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Nesse solo que vós estais, lembrai-vos que é de morrer: uma etnografia das práticas de caminhar, conhecer e mapear entre os habitantes de Pedro Cubas, um Remanescente de Quilombo do Vale do Ribeira-SPSantos, Alessandra Regina 28 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / In view of the conflicts deriving from land titling policies in Remaining Quilombola Communities in the Ribeira Valley, this work sought to understand how the use of cartography as the management technology by the State enables the meeting of two perspectives: one that walks with souls, shapes and reshapes the territory throughout the seasons, rituals and processions; and another that prepares genograms and guarantees land rights. The political and analytical centrality assumed by cartography in the field of public policies intended for quilombola communities (as evidenced by the multiplication and dissemination of geolocation devices) has offered a powerful field of research. Based on technical tools concerning these processes (planimetric survey maps, sketches of land use and occupation, descriptive specifications and anthropological reports), the ethnographic description sought to outline how this meeting of spatial perception technologies and techniques takes place and is stabilized in documents. However, with ethno mapping becoming more and more common, it seems appropriate to ask the following: can these two distinct ways of getting to know and weaving the world, from the more complex ethnomapping experience and the set of assumptions involved in this practice, create a dialogue and work together in a way that does not result in a relationship of subordination, forms of domination or power asymmetries? / Tendo em vista os conflitos decorrentes de políticas de regularização fundiária em Comunidades Remanescentes de Quilombos do Vale do Ribeira, este trabalho buscou apreender como o uso de cartografias enquanto tecnologia de gestão pelo Estado possibilita o encontro entre duas razões: uma que anda com as almas, desenha e redesenha o território ao longo das estações, rituais e procissões; outra que mapeia, elabora genogramas e garante direitos territoriais. A centralidade política e analítica que a cartografia assume dentro do campo das políticas públicas destinadas às populações quilombolas (evidenciada pela multiplicação e difusão de dispositivos tecnológicos de geolocalização) ofereceu um campo potente de investigação. Com base em peças técnicas referentes a estes processos (mapas de levantamento planimétrico, croquis de uso e ocupação, memoriais descritivos e relatórios antropológicos), a descrição etnográfica buscou delinear de que maneira esse encontro entre tecnologias e técnicas sensíveis de percepção espacial toma forma e é estabilizado nos documentos. No entanto, diante da experiência cada vez mais frequente do etnomapeamento, parece ser pertinente a seguinte reflexão: estes modos distintos de conhecer e tecer o mundo podem, a partir da experiência complexa de etnomapeamento e o conjunto de pressupostos implicados nesta prática, estabelecer um diálogo e trabalho conjunto que não impliquem uma relação de subordinação, formas de dominação ou assimetrias de poder?
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