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Solos mestiços : ciência, arte contemporânea e cinemaTeixeira, Vitor Hugo Lima 24 February 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Considering that science becomes increasingly science of events, in this study we follow
interconnections between fields of knowledge that are produced by processuality,
exchanges, interferences, mixing, unknown. One of these fields is Social Psychology.
Specifically the social psychology that is not interested in dealing with concepts or objects
already built, but with concepts and objects to appear. Here we conducted an
experimentation, a composition between science, art and subjectivity production. We have
no interest in formats, predetermined models, but in the production that occurs between;
the elements are destroyed and recreated during the presentations of them. It is an output
that is less form and more performance. It produces the research/researcher in the
process itself, using experiments, experiences, artistic images, to produce
deterritorializations, to find escape routes in order to support the research/researcher.
Thus, the engagement with the research problem guided by the thought of the difference
is permeated by the strangeness of new position in which the researcher puts himself: the
distance of evident, modern certainties, a disruption of truisms, where the researcher
"dichotomic-kaleidoscopic-mosaic" remove the homogeneities, causes disruptions, gives
up the generalizations and totalizations, and enters routes that have little to do with
representation and more with creation. The soils that compose this study are necessarily
associated: art-philosophy-science: it is crossbred soils. These consist of a space-time
that provides opportunity to the tensions and intersections between fields of knowledge.
Therefore, the crossbred soils are made of a producing strain land, an ideal place for
exchanges between different areas. Through concomitant interferences between these
fields occur the possibility of new scenarios, contradicting the supposed scientific unit that
epistemology and modern philosophy pursued during the twentieth century. This
dissertation does not intend to create concepts, but to convey flows of ideas regarding the
production of thoughts and practices that enable interferences between fields of
knowledge. On this direction we tried to point out artistic productions that break the idea of
concepts, objects and subjects naturalized and dichotomized. An example of this
miscegenation occurs in the relationship between contemporary art and cinema. These
fields are increasingly converging to places of interference and creations between-areas,
in the network. The plot that this research focuses is the one involving the aesthetic
experience that the participant of the hybrid contemporary art exhibition spaces/projection
is immersed on the artistic/digital works. Following this idea, we spied several meetingsmismatch-
reunions between science, art/cinema and philosophy. The mixture, the
miscegenation, is therefore the strong point of this research, which criticizes itself and
expands not only through the lens enabled by deleuze-guattarian ethical-aesthetic
paradigm and the literature that relates ARTIST-WORK-PARTICIPANT, but also through
Julio Cortázar, the Free Jazz, holes, stairs, Cosmococas, Tekpix, HermetoPascoal,
mangaba juice, 30 years old, Cildo Meireles, MIMO, and other wandering support that
emerged as intercessors for the development of the researcher as a producer of thought
and practices that put into play these relationships. / Considerando que a ciência torna-se cada vez mais ciência dos acontecimentos, neste
estudo perseguimos encontros entre campos do conhecimento que se produzem através
da processualidade, das trocas, das interferências, da mistura, do não sabido. Um desses
campos é a Psicologia Social. Trata-se de uma psicologia social que não se debruça
sobre conceitos ou objetos já constituídos, mas que aposta em conceitos e objetos por
vir. Aqui realizamos uma experimentação, uma composição entre ciência, arte e
produção de subjetividade. Nada de formatos, de modelos predeterminados, mas a
produção ocorre entre, os elementos se destroem e se recriam durante as
apresentações. Trata-se de uma produção que é menos forma e mais performance.
Produz a pesquisa/pesquisador em processo, utilizando experimentações, vivências,
imagens artísticas, para produzirem desterritorializações, para apontarem linhas de fuga
em prol da pesquisa/pesquisador. Deste modo, o envolvimento com a problemática da
pesquisa pautada pelo pensamento da diferença é permeado de estranhamentos pela
nova posição em que o pesquisador se coloca: o distanciamento do que é evidente, das
certezas modernas, uma distância e perturbação das obviedades, onde o pesquisador
―bifurcado-caleidoscópico-mosaico‖ descola as homogeneidades, provoca rupturas, abre
mão das generalizações e totalizações, e adentra rotas que pouco tem de representação
e mais tem de criação. Os solos que compõem este estudo estão necessariamente
associados: arte-filosofia-ciência: trata-se de solos mestiços. Estes consistem em um
espaço-tempo que oportuniza tensões e cruzamentos entre campos do conhecimento.
Portanto, os solos mestiços constituem-se em um terreno produtor de tensões, um local
propício ao intercâmbio entre distintas áreas, que através de interferências concomitantes
entre elas possibilitam produções de novos cenários mistos, contrariando, deste modo, a
suposta unidade científica que a epistemologia e filosofia modernas perseguiram durante
o século XX. Esta dissertação não tem a pretensão de criar conceitos, mas de transmitir
fluxos de ideias voltadas para produções de pensamentos e práticas que possibilitem
interferências entre campos do conhecimento, apontando principalmente produções
artísticas que rompem a ideia de conceitos, objetos e sujeitos naturalizados e
dicotomizados. Um exemplo desta mestiçagem ocorre nas relações entre arte
contemporânea e cinema. Esses campos passam cada vez mais a convergirem para
lugares de interferências e criações entre-áreas, em rede. A trama que esta pesquisa se
debruça é a que envolve as experiências estéticas a que o participador dos híbridos
espaços artísticos contemporâneos de exposição/projeção está imerso diante das obras
artísticas/digitais. Deste modo espiamos diversos encontros-desencontros-reencontros
entre a ciência, a arte/cinema e a filosofia. A mistura, a mestiçagem, é, portanto o ponto
forte desta pesquisa, que se critica e amplia não somente através das lentes viabilizadas
pelo paradigma ético-estético deleuzo-guattariano e pela literatura que relaciona
ARTISTA-OBRA-PARTICIPADOR, mas também através de Julio Cortázar, do Free Jazz,
buracos, escadas, Cosmococas, Tekpix, Hermeto Pascoal, suco de mangaba, 30 anos,
Cildo Meireles, MIMO, entre outros apoios errantes que surgiram como intercessores
para o desenvolvimento do pesquisador, enquanto produtor de pensamento e de práticas
que coloquem em jogo estas relações
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