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Conflitos de interesse entre Brasil e Estados Unidos: o tema agrícola / Conflicts of interest between Brazil and the United States: the agricultural issue

Alves, Christiane Maria Souza 20 December 2004 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-11-03T14:17:26Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 252889 bytes, checksum: 23affd7dc43cf5f890c7b92a28e8abc0 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-03T14:17:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 252889 bytes, checksum: 23affd7dc43cf5f890c7b92a28e8abc0 (MD5) Previous issue date: 2004-12-20 / Os subsídios agrícolas, concedidos pelo governo dos Estados Unidos, estimulam a produção doméstica, garantindo ao produtor norte-americano um preço mínimo. Esses subsídios causam impacto negativo nos preços de commodities importantes para o país, visto que retiram do mercado potenciais exportadores agrícolas, como o Brasil. Neste trabalho, enfatiza-se que a inclusão das medidas de políticas nacionais e comerciais, aplicadas ao algodão e à soja, permite identificar fontes de desvio no comércio. O objetivo geral deste trabalho é avaliar os benefícios da eliminação das barreiras à entrada do Brasil no mercado norte-americano, considerando que a redução dos subsídios constitui uma possibilidade de aumentar as exportações agrícolas brasileiras, especialmente de algodão e soja. O referencial teórico consiste na análise dos efeitos de políticas protecionistas, como tarifas e subsídios, sobre o comércio internacional e sobre os preços internacionais. Como modelo analítico foi utilizada a Matriz de Análise Política, de Monke e Pearson, que, além de possibilitar a descrição de dependências intra e intersetorial das relações econômicas, permite analisar os efeitos das políticas econômicas na agricultura. Pelos resultados da Matriz, constatou-se que os valores adicionados aos sistemas de produção de algodão e soja pelos produtores americanos foram inferiores aos seus custos com os insumos comercializáveis e com os fatores de produção domésticos. Para dar continuidade ao processo de produção, os agricultores americanos contam com a ajuda do governo; caso contrário, operariam no prejuízo. Os produtores brasileiros demonstram maior competitividade em relação aos americanos, já que, nos sistemas produtivos de algodão e soja, os lucros destes foram positivos e as receitas, superiores aos custos de produção. Os custos dos fatores domésticos nos sistemas produtivos de algodão e soja dos Estados Unidos foram superiores aos custos dos insumos comercializáveis, ao contrário dos sistemas de produção brasileiros. A competitividade da produção brasileira foi muito superior à americana, e a origem dessa competitividade está nos baixos custos dos fatores domésticos. O custo privado demonstra que houve eficiência produtiva brasileira nos dois sistemas de produção, algodão e soja, já que os empresários conseguiram maximizar lucros excedentes. O custo de proteção nominal indicou que houve proteção à produção americana de algodão e soja, além de transferências, e ausência destas no Brasil. Pelo coeficiente de proteção efetiva, verificou-se que os lucros privados dos produtores norte- americanos foram maiores, por terem sido utilizadas políticas de subsídios ao produto e aos insumos comercializáveis, e houve ausência de distorções nos sistemas de produção brasileiros. Os produtores americanos conseguiram competir com o produtor brasileiro, devido à subvenção que o governo norte- americano concedeu ao sistema produtivo. As políticas protecionistas norte- americanas deixam claro que, apesar de produzirem com custo superior ao brasileiro, os produtores americanos conseguem oferecer produtos a menores preços, o que obriga os produtores brasileiros a diminuírem os preços de oferta dos produtos para continuarem competitivos, o que diminui a rentabilidade dos produtores brasileiros. / The agricultural subsidies provided to US producers by the government encourage domestic production by guaranteeing a minimal price. These subsidies cause a negative impact on the prices of important US commodities excluding from the market potential agricultural exporters, such as Brazil. This work emphasizes that the inclusion of national and trade policies applied to cotton and soybean allows identifying trade- distorting sources. The overall objective of this work is to evaluate the benefits of eliminating trade barriers against Brazil export to the US market, since reduced subsidies may lead to increased agricultural Brazilian exports, especially cotton and soybean. The theoretical basis consists in the assessment of the effects of protectionist policies, such as tariffs and subsidies, on international trade and prices. The Policy Analysis Matrix of Monk and Pearson was the analytical model applied, which not only allows to describe the intra and intersectorial dependences of the economic relationships but also to analyze the effects of the economic policies on agriculture. The results confirmed that the values added to the cotton and soybean production systems by the US producers were lower than their costs with the commerciable inputs and domestic production factors. In order to give continuity to the production process, the US farmers count on the assistance of the government; otherwise, they would be at a loss. The Brazilian producers show greater competitivity than their US counterparts, since in the cotton and soybean production systems, their profits were positive and the revenues higher than the production costs. The costs of the domestic factors in the cotton and soybean productive systems in the US were higher than the cost of the commerciable inputs, contrarily to the Brazilian production systems. The Brazilian production competitivity was much higher than the American, with the origin of such competitivity being in the low costs of the domestic factors. The private cost demonstrates that Brazilian productivity was efficient in the two production systems, cotton and soybean, since the exporters were able to maximize surplus profits. The nominal protection cost indicated that assistance was provided to US cotton and soybean production, besides transfers and absence of them in Brazil. The effective protection coefficient showed that the private profits of the US farmers were higher as a result of the subsidy policies applied to the product and commerciable inputs, and absence of distortions in the Brazilian production systems. The US producers were able to compete with the Brazilian producers because of the subsidies paid to them by the US government. The US support programs make it clear that, although producing with a cost higher than the Brazilian cost, the US producers are able to offer products at lower prices, forcing the Brazilian producers to lower their prices to remain competitive, decreasing their profitability. / Dissertação importada do Alexandria

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