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O movimento da tecnologia social no Brasil contemporâneo

Fonseca, Zilma Catarina Libania da January 2013 (has links)
Submitted by Mario Mesquita (mbarroso@fiocruz.br) on 2014-10-17T18:21:13Z No. of bitstreams: 1 Zilma Catarina Libania da Fonseca.pdf: 1514933 bytes, checksum: 004bf7ceaa7070f2198e74d076ceddef (MD5) / Approved for entry into archive by Mario Mesquita (mbarroso@fiocruz.br) on 2014-10-17T18:23:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Zilma Catarina Libania da Fonseca.pdf: 1514933 bytes, checksum: 004bf7ceaa7070f2198e74d076ceddef (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-17T18:23:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Zilma Catarina Libania da Fonseca.pdf: 1514933 bytes, checksum: 004bf7ceaa7070f2198e74d076ceddef (MD5) Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Vice Direção de Pesquisa / As tecnologias não são neutras, são construídas socialmente num determinado momento histórico e surgem e se desenvolvem em enredadas relações sociais. Como qualquer construção social, são perpassadas por interesses sociais diferentes, divergentes e, mesmo, antagônicos. Nesse sentido, todas as tecnologias são sociais. É o caso, então, de se perguntar: de que se trata, exatamente, quando se fala em “tecnologia social”? quais são as implicações políticas de um movimento denominado “Movimento da Tecnologia Social”? Neste trabalho, tendo como método de investigação o materialismo histórico-dialético, analisamos as principais expressões da Tecnologia Social no Brasil com o objetivo de discernir os elementos teóricos e ético-políticos que poderiam contribuir ou dificultar as práticas de resistência e luta da classe trabalhadora. Para tanto, mapeamos e discutimos a construção do conceito de tecnologia social, o debate político que se trava nesse campo, a atuação do aparato estatal e sua imbricação com as organizações da sociedade civil. Circulam no campo das tecnologias sociais conceitos diferentes e idéias divergentes, porém não antagônicas, visto que estão sustentadas pelo pressuposto teórico da exclusão social e convergem ao atribuir às tecnologias sociais importante papel na inclusão social. O aprofundamento teórico sobre o binômio exclusão-inclusão social tornou-se o ponto nevrálgico desse estudo. Problematizamos o estatuto teórico e o uso do termo exclusão social, questionamos a abordagem dualista implícita no binômio e abordamos os desdobramentos e os sentidos das pseudo-soluções das políticas inclusivas. Aprofundamos a discussão refletindo sobre a centralidade do trabalho e sobre a constituição do exército de reserva na contemporaneidade. Recusamos o uso do termo exclusão social e seu desdobramento implícito de inclusão social e apontamos o conceito de “expropriações secundárias” como instrumento teoricamente apropriado, capaz de contribuir para a compreensão das tecnologias sociais, enquanto processo político direcionado para a inclusão social, sustentado por uma disponibilização cada vez maior da força de trabalho. / Technologies are not neutral, since they are socially built in a given historical moment, emerged and developed from social relations. Like any other social construction, technologies are pervaded by different, diverging and even conflicting social interests. In this sense, all technologies are socially defined. Therefore, it raises some questions: what exactly means the use of the term “social technology”? What are the political implications of a so called “Social Technology Movement”? From the use of the historical-dialectical materialism as our investigation method, we aim to analyze here in this study the main expressions of Social Technology in Brazil in order to make a clear distinction between the theorical and ethical-political elements that could account for or complicate the working-class practices of resistance and struggle. In order to accomplish this, we mapped out and argued about the Social Technology concept construction, the political debate conducted on this matter, the role of government apparatus and its interlinks with civil society’s organizations. There are different concepts and diverging, but not conflicting, ideas in the field of the social technologies, since they are supported by the theorical assumption of social exclusion and as well, they converge in order to assign the social technologies a relevant role in social inclusion. The theorical deepening that supports the exclusion-inclusion binomium has become the sore point of this study. We have discussed the theorical status and the use of the term “social exclusion”; we have argued the dualistic approach implied by the binomium; and we also have tackled the inclusive politics pseudo-solutions ramifications and meanings. We have deepened into the debate reflecting over the central role of work and the contemporary constitution of the army reserve. We have refused the use of the term “social exclusion” and its implied ramification as a social inclusion matter. We have pointed out the “secondary expropriations” concept as a proper theorical instrument, capable of contributing for the understanding of social technologies as a set of social inclusion-oriented political processes, supported by an ever-increasing workforce supply.

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