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Disfunção temporomandibular: alterações funcionais quanto à postura e flexibilidade cranio-cervical, atividade eletromiográfica da musculatura mastigatória, qualidade de vida e síndrome de burnout

Amaral, Franciele Aparecida 28 March 2018 (has links)
Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2018-05-09T11:51:57Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Franciele Aparecida Amaral.pdf: 5965301 bytes, checksum: 9b0e820d63a7dd3b025dad49e67bcf15 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-09T11:51:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Franciele Aparecida Amaral.pdf: 5965301 bytes, checksum: 9b0e820d63a7dd3b025dad49e67bcf15 (MD5) Previous issue date: 2018-03-28 / Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) constitui um termo amplo para as alterações e problemas clínicos que envolvem as articulações temporomandibulares (ATM), os músculos mastigatórios e as demais estruturas associadas. Com a fisiopatologia ainda não completamente esclarecida e de etiologia multifatorial, a DTM é uma das causas mais comuns de dor orofacial e uma das maiores causas de dor musculoesquelética. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a DTM, diagnosticada por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC / TMD), com a Síndrome de Burnout (SB), postura crânio-cervical, amplitude de movimento cervical, condição bucal e atividade eletromiográfica (EMGs) dos músculos masseteres e temporais, além de verificar o impacto da DTM sobre a qualidade de vida relacionada à saúde Bucal (QVRSB). Metodologia: O presente trabalho é uma pesquisa observacional, transversal, prospectiva e de abordagem quantitativa, de natureza aplicada, quanto aos objetivos é exploratória. A amostra foi constituída de 50 mulheres, com idades entre 18 e 40 anos, portadoras de DTM de acordo com o RDC / TMD que se enquadraram nos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Os instrumentos de avaliação foram o RDC/TMD, Maslach Burnout Inventory - General Survey, Oral Health Impact Profile (OHIP-14), fleximetria cervical, biofotogrametria e a EMGs. Para a análise dos resultados foi utilizado o programa IBM SPSS 20. Para os resultados descritivos foi utilizado média, desvio-padrão, mediana, intervalo-interquartílico, valor mínimo e máximo, frequência e porcentagem. Para os resultados inferenciais foram utilizados testes não paramétricos. Os testes utilizados foram Kruskal Wallis Test, Mann-Whitney Test para as comparações e Spearman Test para as correlações. O nível de significância foi menor ou igual a 0,05. Resultados: A média de idade da amostra foi de 27,48 ± 6,37 anos. Quanto à saúde bucal, a amostra possuía entre 24 a 32 dentes e 76% relataram bruxismo. Em relação à DTM, 66% apresentaram DTM mista, 30% DTM muscular e 4% DTM articular. Em relação à SB não houve diferenças nos escores dos domínios entre os diversos diagnósticos de DTM. Quanto maior o envolvimento articular maiores foram os escores para SB nos domínios exaustão emocional e despersonalização. O grupo com maior grau de dor crônica apresentou maior escore de exaustão emocional para SB. Quanto maior o escore para a SB pior a QVRSB e maior o grau de depressão. Os ângulos posturais não foram diferentes entre os diagnósticos de DTM e não tiveram correlação com as limitações relacionadas a função mandibular. Os diagnósticos de DTM muscular e mista tiveram menor rotação cervical à direita em comparação ao diagnóstico articular. Os escores de QVRSB não apresentaram diferença quanto ao diagnóstico de DTM. Os grupos com maior grau de dor crônica apresentaram pior QVRSB. Envolvimento articular em um lado ou biarticular tiveram pior QVRSB que o grupo sem envolvimento articular. Um maior grau de dor, menor abertura mandibular, maior limitação relacionada à função mandibular e maior depressão implicou em uma pior QVRSB. Ter ou não bruxismo não apresentou diferença na QVRSB. As participantes divididas em tipos de diagnósticos e divididas 8 em com presença e sem presença de bruxismo não apresentaram diferenças nos valores da EMGs. A prevalência na ativação muscular não implicou em diferenças nas limitações relacionadas à função mandibular assim como não houve correlação desta com os valores da EMGs. O grau de dor crônica I e II apresentaram valores significativamente menores de EMGs do temporal esquerdo em comparação com as participantes sem dor. Conclusão: O comprometimento muscular na DTM exerce influência na fleximetria/amplitude de movimento cervical. O comprometimento articular, a depressão, o grau de dor crônica e as limitações da função mandibular tem impacto na QVRSB. Uma pior QVRSB é acompanhada de um pior escore da SB e esta sofre impacto do comprometimento articular e da depressão. Os diversos diagnósticos de DTM não apresentaram diferenças na atividade EMGs como também na postura crânio-cervical. / Introduction: The temporomandibular disorder (TMDs) is a broad term for changes and clinical problems involving temporomandibular joints (TMJ), the muscles of mastication and other associated structures. With pathophysiology not yet fully understood and with a multifactorial etiology, TMD is one of the most common causes of orofacial pain and one of the major causes of musculoskeletal pain. Objective: This study aims to verify the association between TMD, diagnosed through the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC / TMD), with Burnout Syndrome (SB), craniocervical posture, cervical range of motion , (EMGs) of the masseter and temporalis muscles, as well as to verify the impact of TMD on quality of life related to oral health (HRQoL). Methodology: The present work is an observational, transversal, prospective and quantitative approach, of applied nature, regarding the goals and exploratory. The sample consisted of 50 women, aged between 18 and 40 years, with TMD according to RDC / TMD, who met the established inclusion and exclusion criteria. The evaluation instruments were RDC / TMD, Maslach Burnout Inventory - General Survey, Oral Health Impact Profile (OHIP-14), cervical fleximetry, biophotogrammetry and EMGs. Results: The mean age of the sample was 27.48 ± 6.37 years. Regarding oral health, the sample had between 24 and 32 teeth and 76% reported bruxism. In relation to TMD, 66% had mixed TMD, 30% TMD muscle and 4% TMD joint. Regarding SB, there were no differences in the domain scores between the various TMD diagnoses. The higher the joint involvement, the higher the SB scores in the areas of emotional exhaustion and depersonalization. The group with greater degree of chronic pain presented higher emotional exhaustion score for SB. The higher the score for SB the worse is the HRQoL and the greater degree of depression. The postural angles were not different between the TMD diagnoses and had no correlation with the limitations related to the mandibular function. The diagnosis of muscular and mixed TMD had lower right cervical rotation compared to joint diagnosis. The HRQoL scores did not differ from the diagnosis of TMD. The groups with the highest degree of chronic pain presented worse QRSRS. Joint involvement on one side or biarticular had worse QRSRS than the group without joint involvement. A greater degree of pain, lower mandibular opening, greater limitation related to mandibular function and greater depression implied a worse HRQoL. Whether or not bruxism presented, there is no difference in the HRQoL. Participants divided into types of diagnoses and those divided in presence and absence of bruxism did not present differences in EMGs values. The prevalence in muscle activation did not imply differences in the limitations related to mandibular function, as there was no correlation between this and EMGs values. The grade of chronic pain I and II presented significantly lower values of left temporal GEMS in comparison with the participants without pain. Conclusion: Muscular impairment in TMD exerts influence on fleximetry/ range of motion of the neck. Joint involvement, depression, degree of chronic pain and limitations of mandibular function have an impact on HRQoL. A worse HRQoL is accompanied by a worse SB score and it is impacted by joint impairment and depression. The various TMD diagnoses showed no differences in the EMG activity as well as in the craniocervical posture.

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