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A guardiã e o guardião dos mistérios da alma: a incorporação de Exu e Pomba Gira como promotores da comunicação ego e selfMarian, Gislene Alves 18 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present work had as methodological clipping to demonstrate how the experience inside the religion Umbanda, most specifically the trance process, assists on the psychic development of their adepts. We aim to comprehend how the participation in this religion can promote potentials and complexes’ integration and, in addition, contributes to a communication between psychology and the Umbanda’s cosmovision. Particularly, a study was conducted regarding the symbolic representation of the entities Exu and Pomba Gira and its relation with Anima and Animus, both concepts inherent to analytical psychology, evaluating the scenario under the same theoretical perspective (from junguian matrix), and from the bias of post-colonial theory. Conducting a field research with six umbandists mediuns, we were able to corroborate the hypothesis saying that through the religious experience of trance the entities provide intimal contact with the unconscious during a psychic experience capable of establish a relation between ego and self. We also believe that by highlighting the psychosocial and religious dimension of Exu and Pombagira on mediun’s personal development and by presenting it as a religion that is intimately related with diversity and plurality of the Brasilian society, we could cooperate to overcome the persistent prejudice that rounds the religions from african’s matrixes and its practitioners, decreasing at least a little the incomprehension that is inherent to them / A presente dissertação teve como recorte metodológico demonstrar como a experiência religiosa umbandista, especificamente o transe, auxilia no desenvolvimento psíquico de seus adeptos. Nosso objetivo foi compreender como a participação na Umbanda pode auxiliar na realização de potenciais e na integração de complexos, além de contribuir para um diálogo entre a psicologia e a cosmovisão umbandista. Em particular, desenvolvemos um estudo sobre a representação simbólica das entidades Exu e Pomba Gira e sua relação com Anima e Animus (conceitos presentes na Psicologia Analítica), avaliando o panorama sob esta mesma linha teórica, a partir da matriz junguiana, e sob o viés da Teoria Pós-Colonial. Através da pesquisa de campo com seis médiuns umbandistas, pudemos corroborar a hipótese de que, mediante a experiência religiosa do transe, as entidades proporcionam contato com o inconsciente durante uma experiência psíquica capaz de estabelecer a relação entre Ego e Self. Acreditamos também que, ao explicitar a dimensão psicossocial e religiosa das entidades Exu e Pomba Gira no desenvolvimento pessoal dos médiuns e ao apresentar a Umbanda como uma religião intimamente relacionada com a diversidade e a pluralidade da sociedade brasileira, conseguimos colaborar para a superação de preconceitos ainda persistentes em relação a ela e seus praticantes, diminuindo a incompreensão hoje inerente às religiões de matrizes africanas
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As vinte e uma faces de Exu na Filosofia Afrodescendente da Educação: Imagens, discursos e narrativas. / Les vingt et une faces d’exu dans la philosophie afrodescendante de l’éducation : images, discours et narrativesSOARES, Emanoel Luís Roques January 2008 (has links)
SOARES, Emanoel Luís Roques . As vinte e uma faces de Exu na filosofia afrodescendente da educação: imagens, discursos e narrativas. 2008.188f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-09T13:09:18Z
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Previous issue date: 2008 / O trabalho tem como objetivo examinar os múltiplos conceitos existentes para Exu, dentre os quais a inversão, observada na maneira deste orixá ensinar às avessas, no mito de como ele ensina a Oxum a jogar búzios para ver o futuro, ou do princípio do caos exuriano – no qual é preciso um grande estado de confusão inicial para que o esclarecimento aconteça. Enfoca também a matrifocalidade presente na obra de Ruth Lands: “A cidade das mulheres”, a qual mostra esta inversão exuriana de valores numa cidade machista em que as mulheres mães-de-santo são as poderosas. Serão vistos os diversos conceitos que Exu ganhou após sua chegada ao Brasil, além do dialogismo do orixá da comunicação, o interlocutor de todos os outros. Os mitos africanos serão analisados, pois o mito é base da cultura de um povo e está no início da sua formação, dando sentido à sua existência. Através da investigação desses pontos analisar-se-á a natureza polilógica e polifônica de Exu, que é o próprio movimento em si, pois ele é a força dinâmica que move a tudo e a todos – como bem destaca Joana Elbein dos Santos. Os métodos utilizados são os fenomenológicos que servirão para que se tenha uma visão sem prejuízos sobre o orixá no convívio com “o povo de Santo”, por meio da escuta e de entrevistas, juntamente com o método genealógico, serão analisados vários estudos escritos por antropólogos e historiadores, os quais estão misturados, rasurados e mal redigidos – muitos deles feitos com intenções de poder, já que os primeiros estudiosos estavam diretamente ligados ao cristianismo. Assim, de olhos e ouvidos bem abertos, como um vigia, pois é espreitando – como diria Foucault –, como numa caçada ou investigação policial, buscando a melhor forma de entender a regra do jogo histórico, onde menos se espera é que talvez apareça aquilo que não é possuído pela história. A intenção é mostrar que em Exu existe um princípio pedagógico e dialógico gerador de conceitos e por ter vários conceitos – e porque continua gerando-os em constante mudança uma vez que essa multiplicidade de conceitos e devir são características da filosofia segundo Gilles Deleuze –, mostra que Exu pode ser assim como Apolo e Dionísio que são para George Colli, o princípio de uma filosofia, desta feita não a grega, mas a filosofia da educação afrodescendente. / Le but du travail est d’examiner les plusieurs concepts qui existent pour Exu, d’entre eux l’inversion, observée dans la façon de cet « orixá » enseigner à l’envers. C’est dans le mythe de comment il apprend à Oxum à jeter le sort en utilisant des coquillages pour voir le futur ou du principe du chaos « exuriano » – dans lequel il faut un grand état de confusion initiale pour que l’éclaircement arrive. Montre aussi la matrifocalité qui est présente dans l’oeuvre de Ruth Lands : «A cidade das Mulheres » qui montre cette inversion « exuriana » de valeurs dans une ville machiste où les femmes « mães-de-santo » sont les puissantes. Les divers concepts qu’Exu a gagné après son arrivée au Brésil seront vus et, en plus, des dialogues de l’Orixá de la communication, l’interlocuteur de tous les autres. Les mythes africains seront analysés, car le mythe est la base de la culture d’un peuple, et il est au début de sa formation en donnant de sens à son existence. À travers l’investigation de ces points, on analysera la nature polilogique et poliphonique d’Exu que c’est le propre mouvement autour de soi- même, car il est la force dynamique qui émeut à tout et à tous – comme remarque bien Joana Elbein dos Santos dans son oeuvre « Os Nagôs e a Morte ». En utilisant les méthodes des phénomènes qui serviront pour qu’on aît une vision sans prejudices sur l’Orixá au quotidien du « povo de Santo », à travers l’écoute et les interviews avec le méthode généalogique, ce seront analysés beaucoup d’études écrites par antropologues et historiciens, lesquelles sont melangées, raturées et mal rédigées – beaucoup d’entre elles faites avec des intentions de pouvoir, puisque les premiers studieux étaient directement liés au Christianisme. Ainsi, consciemment, comme un gardien, car c’est en épiant – comme dirait Foucault – comme dans une chasse ou dans une enquête policière, en cherchant la meilleure façon de comprendre la règle du jeu historique, où moins on attend ce qu’apparaisse peut-être ce qui n’est pas inclu par l’histoire. L’intention est de montrer dans l’Exu qui existe un principe pédagogique et des dialogues créateurs de concepts, et de cette manière, qu’il continue à les changer continuemment puisque cette multiplicité de concepts et de « ce qui viendra » sont des caractéristiques de la philosophie de Gilles Deleuze qui montre qu’Exu peut être comme Apolo et Dionysos selon George Colli dans son oeuvre « O Nascimento da filosofia » le principe d’une philosophie pas grecque, mais la philosophie de l’éducation afrodescendante.
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