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Estrutura e manejo de uma floresta de várzea do estuário amazônico / Structure and management of a floodplain forest in the Amazon estuaryMacedo, Domingos Sávio Moreira dos Santos 05 September 1996 (has links)
O estudo está dividido em quatro capítulos. O Capítulo I fornece algumas informações ecológicas básicas sobre a estrutura e funcionamento de florestas de várzea do estuário amazônico, principalmente em relação aos regimes periódicos de inundação das várzeas de maré e suas influências sobre o meio biofísico. Nos capítulos seguintes são apresentados resultados que poderão servir como base ecológica para o manejo deste ecossistema. Sob várias intensidades de manejo florestal, o estudo enfoca o impacto sobre a vegetação arbórea (Capítulo IV) e regeneração natural de plântulas e o crescimento de mudas de Virola surinamensis que foram plantadas na floresta (Capítulo II). A área de estudo está localizada na foz do rio Amazonas, no município de Gurupá, Estado do Pará (latitude 1º29S e longitude 51º38W). Existem dois níveis de oscilação da maré na região do estuário: i) nível baixo de água abaixo do solo compreendendo os meses de julho a janeiro, o que praticamente coincide com o período menos intenso de chuva; e ii) nível alto de água nos meses de fevereiro a junho, coincidindo com os períodos de maior intensidade de chuva. O regime de inundações periódicas é o grande catalizador dos processos bióticos e abióticos das várzeas, acelerando os processos de renovação dos seus recursos. Na metodologia adotada foram instaladas 16 parcelas de 70 x 70 metros (0,49 ha) de forma quadrada, onde foi realizado um inventário de todos os indivíduos acima de 10 cm de DAP. Foram realizados 4 tratamentos com 4 repetições cada: i) testemunha (sem exploração: tratamento 1 TI); ii): retirada de 25% da área basal a partir dos maiores diâmetros (tratamento 2 T2); iii) retirada de 50% da área basal (tratamento 3 T3); iv) retirada de 75% da área basal (tratamento 4 T4). Após a exploração foram instaladas sub-parcelas de 40 x 40 metros (0,16 ha)dentro das parcelas de 0.49 ha, ou seja, foi deixada uma bordadura de 15 metros para cada lado. Em seguida foi realizado um plantio de enriquecimento de Virola surinamensis (Rol.) Warb., perfazendo um total de 144 mudas por sub-parcela. Na mesma área das sub-parcelas foram instaladas microparcelas de 2 x 2 metros (4 m2), cruzando o centro das sub-parcelas. As porcentagens médias de luz obtidas para os tratamentos foram: 5.6% para o T1; 13.5% para o T2; 24.8% para o T3; e, 40,1% para o T4. Da mesma forma a interação entre luz e topografia não exerceu efeitos significativos sobre o crescimento das mudas de Virola surinamensis. A variação topografia e a interação entre luz e topografia não teve efeito sobre a sobrevivência das mudas. Houve um aumento do número de espécies e do número de indivíduos à medida que aumentou o regime de luz. Tanto o índice de heterogeneidade de Shannon, como de riqueza de espécies Margalef, evidenciaram estas mudanças, principalmente com relação aos extremos (tratamento 1 e 4). O volume comercial por ha foi: 58,88 m3 (T2); 93,13 m3 (T3); e 136.86 m3 (T4). Os custos médios por metro cúbico/há foram: US$6.37 (T2); US$ 5.80 (T3) e US$ 5.46 (T2). Com relação às arvores danificadas foram observadas diferenças significativas entre T2 e T3 e T4. / This study is divided into four chapters. Chapter I provides ecological information about the structure and function of floodplain forests in the Amazon estuary, mainly in relation to periodic regimes of flooding and their influence on the biophysical environment. The next chapters provide on ecological basis for management of this ecosystem. Under various forest management intensities, the study focuses on the impact on the structure of adult trees (Chapter IV) on the natural regeneration of seedlings (Chapter III); and on the growth of seedlings of Virola surinamensis that were planted within the forest (Chapter II). The study site is located at the mouth of the Amazon river, in the municipality of Gurupá, Pará State, Brazil (latitude 0º47'S and longitude 51°37'W). Two leveIs of oscilation were found: i) low water leveI during July through January, at the same time as low leveIs of rainfall; and ii) high water leveI during February through June, at the same time as high leveIs of rainfall. The tidal regime is the great catalyst of biotic and abiotic activities in the floodplain forests, accelerating the renovation processes of its resources. As part of the methodology utilized, 16 square plots measuring 70 x 70 meters (0.49 ha) were defined, where a forest inventory was conducted in which alI trees DBH ≥ 10 cm were measured. Four treatments were applied with four replications each: i) without logging (control: treatment 1 T1); 25% removal of the basal area, beginning with the highest diameters (treatment 2 - T2), iii) removal of 50% of the basal area (treatment 3 - T3), and iv) removal of 75% of the basal area (treatment 4 - T4). After the forest logging, subplots of 40 x 40 meters (0.16 ha) were placed inside the main plots of 0.49 ha, with a border of 15 m on each side. Then an enrichment planting was done using seedlings of Virola surinamensis (Rol.) Warb., with a of 144 seedlings per subplot, within the subplots, microplots of 2 x 2 meters (4 m2) were placed crossing the center of the subplots. The ean percentages of light (luminosity) obtained under the treatments were: 5.6% (TI); 13.5% (T2); 24.8% (T3); and 40.1% (T4) . Likewise, the interaction between light and topography exerted no significant effect on seedling growth. Topographic variation, as well as the interaction between light and topography, exerted no effect on seedling mortality. The number of species and individuals increased signicantly as light luminosity) increased. In addition, the heterogeneity index of Shannon and the species richness index of Margalef reflected these changes, especially at the extremes (TI and T4). The comercial volume per ha: 58.88 m3 (T2); 93.13 m3 (T3); and 136.86 m3 (T4). The mean costs per cubic meter per ha were: US$6.37 (T2); US$5.80 (T3) and US$5.46 (T4). In relation to trees damaged, statistical differences were found between T2 and T3 and T4.
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Recuperação florestal em açaizais de várzea submetidos ao manejo intensivo no estuário amazônicoCARVALHO, Rosileia da Costa 20 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-20 / FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas / A recuperação florestal tem sido uma estratégia utilizada pelos ribeirinhos do estuário amazônico para recuperação de florestas fortemente antropizada pela exploração intensiva dos açaizais. Neste trabalho buscamos identificar e analisar o surgimento dessas experiencias de recuperação florestal no município de Abaetetuba. Para estudar a recuperação florestal em áreas de açaizais de várzea foi necessário realizar o zoneamento dessas experiencias, o que resultou em 38 experiencias identificadas e distribuídas na região de várzea. Identificando suas características e natureza, realizando assim uma tipologia, que compõe o primeiro artigo deste trabalho. No segundo artigo nos focamos em analisar as trajetórias dessas experiencias, partindo de um estudo detalhado de um estabelecimento por cada tipo encontrado, entendendo os fatores históricos decisivos para a diferenciação das trajetórias, analisamos também as lógicas de mudanças das práticas no manejo dos açaizais, percebendo que por vezes ocorre a confluência de diversas lógicas, acionadas pelos ribeirinhos para tomada de decisões. Para isso foi necessário realizar entrevistas retrospectivas com as famílias escolhidas para o estudo detalhado, totalizando 4 famílias. Também buscamos identificar os fatores que influenciaram a conformação do cenário das experiencias de recuperação florestal, dentre eles principalmente a destinação de créditos para incentivo à recuperação da diversidade florestal. No terceiro e último artigo buscamos compreender como as experiencias de recuperação florestal nas áreas de açaizais tem refletido nos saberes e práticas dos ribeirinhos. Encontramos uma variedade de estratégias utilizadas no manejo dos açaizais que incorporam vários níveis de saberes, variáveis externas como o mercado e assistência técnica influenciam nas mudanças dessas práticas e saberes. Constatamos que nem sempre mudança de saberes representa mudanças práticas, tendo em vista que o ribeirinho pode não dispor de recursos para realiza-las. E que as estratégias produtivas podem ser constituídas de conhecimentos tradicionais, bem como de novos saberes. / Forest recovery has been a strategy used by riverside of the Amazonian estuary to recover forests heavily anthropized by the intensive exploitation of açaizais. In this work we seek to identify and analyze the emergence of these forest recovery experiences in the municipality of Abaetetuba. In order to study forest recovery in floodplain areas it was necessary to zonate these experiences, which resulted in 38 experiences identified and distributed in the floodplain region. Identifying its characteristics and nature, thus realizing a typology, which composes the first article of this work. In the second article we focus on analyzing the trajectories of these experiences, starting from a detailed study of an establishment for each type found, understanding the decisive historical factors for the differentiation of trajectories, we also analyze the logics of changes of the practices in the management of açaizais, which sometimes occurs the confluence of several logics, triggered by the riverside for decision making. For that it was necessary to conduct retrospective interviews with the families chosen for the detailed study, totalizing 4 families. We also sought to identify the factors that influenced the conformation of the scenario of forest recovery experiences, among them the allocation of credits to encourage the recovery of forest diversity. In the third and last article we seek to understand how the experiences of forest recovery in the areas of açaizais have reflected in the knowledge and practices of the riverside. We find a variety of strategies used in the management of açaizais that incorporate different levels of knowledge, external variables such as the market and technical assistance influence the changes of these practices and knowledge. We find that not always change of knowledge represents practical changes, since the riverine may not have the resources to carry them out. And that the productive strategies can be constituted of traditional knowledge, as well as of new knowledge.
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