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Análise das mudanças da linha de costa das principais desembocaduras do estado de Sergipe, com ênfase no rio SergipeRodrigues, Tais Kalil January 2008 (has links)
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TAIS KALIL RODRIGUES.pdf: 4795633 bytes, checksum: 0feaec95338e66aac4d7d2ecec76689d (MD5) / O objetivo deste trabalho consistiu em identificar e analisar mudanças de médio prazo e de longo prazo na linha de costa nas desembocaduras dos rios Sergipe, Vaza Barris e Piauí/Real, localizadas entre as coordenadas geográficas 11°25’ e 10°30’S e 37°20’ e 36°25’W. As principais técnicas usadas envolveram o mapeamento da linha de costa, talvegue dos rios, cordões litorâneos
e truncamento destes, com base em imagens fotográficas (1955-2003), sensoriamento remoto e Sistema de Informações Geográficas (SIG). Os achados deste estudo evidenciam que nos últimos 50 anos o litoral sergipano apresentou um intenso processo de urbanização. As regiões adjacentes
às desembocaduras fluviais, caracterizadas por manguezais e dunas nas décadas de 1950/60, foram ocupadas sem considerar a dinâmica costeira. No caso do rio Sergipe, o canal aproximou-se muito da sua margem direita, causando forte erosão das praias adjacentes, com recuo de até 503 m. Nas
vizinhanças do rio Vaza Barris ocorreu progradação na margem esquerda, seguida de erosão. Entre 1965 e 1985 o pontal arenoso progradou cerca de 1,7 Km para SW. De 1985 a 2003 ocorreu um recuo erosivo da linha de costa, com o pontal migrando no sentido do interior do estuário. A desembocadura do rio Vaza Barris migrou para SW ao longo do período de estudo, com conseqüente recuo constante de sua margem interna. Comparações da linha de costa nas adjacências dos rios Piauí/Real no período de 1965-2003 evidenciam destruição total do pontal
arenoso previamente existente na margem esquerda, devido à migração do talvegue fluvial para NE. A integração dos resultados no SIG possibilitou correlacionar os processos de mudanças morfológicas da linha de costa nas áreas estudadas com os modelos esquemáticos de “bypass” (passagem) de sedimentos, a partir da migração de bancos arenosos descritos na literatura. Foram
identificadas áreas de risco devido à ocupação antrópica e áreas vulneráveis ainda não ocupadas, mas sujeitas à erosão costeira. As áreas de risco incluem trechos adjacentes à desembocadura do rio Sergipe e às margens do lado esquerdo do rio Vaza Barris e Piauí/Real. A linha de costa nas
vizinhanças da margem direita da desembocadura do rio VazaBarris foi classificada como vulnerável. Propõe-se uma faixa de recuo mínima de 300 m nos trechos mais críticos e remoção de construções existentes, a exemplo da praia da Orlinha da Coroa do Meio e da Praça de Eventos, na
Praia de Atalaia. Para trechos não urbanizados ou com intervenção antrópica incipiente, propõe-se uma faixa de segurança mínima de 500 m.
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