Orientador: Albina Rodrigues Torres / Coorientador: Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira / Banca: Flávia Helena Pereira Padovani / Banca: Flávia de Lima Osório / Resumo: Introdução: Várias são as razões pelas quais familiares de portadores de transtornos mentais podem sentir sobrecarga e sofrimento. Os pacientes podem apresentar comportamentos problemáticos e incapacidades, que geram dependência e impacto negativo na vida dos familiares, principalmente os cuidadores. Foram realizados vários estudos para medir esse impacto, mas principalmente em transtornos mentais mais graves, como esquizofrenia e demências. Já foi encontrada também sobrecarga relevante em familiares de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo, mas não há na literatura estudos sobre sobrecarga e sofrimento psíquico em familiares cuidadores de pacientes com transtorno de pânico e agorafobia (TPA). O TPA se caracteriza por crises intensas, inesperadas e recorrentes de ansiedade, associadas à ansiedade antecipatória e vários comportamentos de esquiva, por medo de ter novas crises em diversos locais e situações. Assim, em geral essas pessoas se tornam dependentes de algum familiar para realizar suas atividades da vida diária. Objetivos: Estimar a prevalência e a gravidade de sobrecarga e sofrimento psíquico (transtorno mental comum - TMC) em familiares de pacientes com TPA, assim como avaliar a associação de fatores demográficos e clínicos com estes dois desfechos. Método: Estudo transversal, com amostra clínica de adultos portadores de TPA (critérios do DSM-IV), em tratamento numa clínica privada de Bauru e no Ambulatório de Transtornos Ansiosos e Obsessivo-Compulsivos (ATAOC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP de janeiro de 2011 a outubro de 2013. Os instrumentos de avaliação do cuidador foram: um questionário sobre dados sociodemográficos, a Carer Burden Interview (CBI), a Escala de Avaliação da Sobrecarga dos Familiares (FIBS-BR) e o Self-Reporting Questionnaire (SRQ). Os instrumentos de avaliação dos pacientes foram: um questionário para avaliar características ... / Abstract: Introduction: There are many reasons for family members of patients with mental disorders to suffer and feel burdened. Psychiatric patients may present inappropriate behaviors and functional impairments, becoming dependent on others. This situation can have a negative impact on the lives of family members, especially the caregivers. There are several studies to measure this impact on caregivers, but they are mainly about major mental disorders, such as schizophrenia and dementia. High levels of family burden were also observed among Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) caregivers, but there are no studies on family burden and distress among Panic-Agoraphobic Disorder (PAD) caregivers. The main PAD features are: intense, unexpected and recurrent panic attacks in association with anticipatory anxiety and avoidance of places and/or situations due to fear of having another panic attack. So, in general, the patients become dependent upon family members for assistance in daily life activities. Objective: To estimate the prevalence and severity of the burden and psychological suffering (common mental disorder - CMD) in family members of patients with PAD. Method: It is a cross-sectional study, with a clinical sample of adults with PAD diagnosis (DSM-IV criteria), receiving treatment from a private clinic in Bauru and also at an outpatient service ("Ambulatório de Transtornos Ansiosos e Obsessivo-Compulsivos"- ATAOC) of the Botucatu Medical School (UNESP), State of São Paulo -Brazil, between January 2011 and October 2013. The assessment instruments used to evaluate the caregivers were: a questionnaire with sociodemographic data, the Carer Burden Interview (CBI), the Brazilian version of the Family Burden Interview Scale (FIBS-BR) and the Self-Reporting Questionnaire (SRQ). The instruments to assess the patients were: a questionnaire with sociodemographic and clinical data, the Panic and Agoraphobia Scale (PAS) to evaluate the severity of ... / Mestre

Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2015-05-04T13:10:13Z No. of bitstreams: 1 Lucelia Santos Sousa.pdf: 1802853 bytes, checksum: 5f73241cf5abecbf85034a03af7609d3 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-04T13:10:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lucelia Santos Sousa.pdf: 1802853 bytes, checksum: 5f73241cf5abecbf85034a03af7609d3 (MD5) Previous issue date: 2012-10-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Million people around the world are affected by mental health problems and they aren¿t assisted as expected. Studies show relevant points about mental health care in the primary assistance. Some of these studies talk about the Family Health Program, but in special the job of the community health worker as an important and meaningful strategy in the assistance to the mental disordered patients and its family. However, the lack of preparation of these professionals in dealing with situations related to mental health is remarkable. Starting from this approach the following task comes from an interest in contributing to a reflection about the necessary support that the community workers need to cooperate in the assistance to the community patients with mental health problems. The study aims to understand the vision of the community workers about mental health problems. This is about the qualitative research methods composed by traditional research techniques of anthropology: dense ethnographic observation and depth interviews with 15 agents from a primary care unity of Praia Grande city in São Paulo. The field research was done from March to June 2011. The narratives of each agent interviewed make possible to identify the representation about mental health problems. A common aspect of the reports was noted, the trust relationship between the person with some mental problem and the community worker. Mental disorders are identified through the records of the family conversations held at home or in the clinic and through the relatives and neighbor¿s report. The concern about mental health problems is related to the bond established with her own family, with real cases in this activity area and with some courses made. The notion of mental health problem had many meanings, and there was a concern to not confuse them with crazy people. The reasons given mentioned an past or present event: stress, financial and life condition, alcohol abuse, drug abuse, family and genetic problems. Was concluded that community workers need information and specific training about mental health to face this situations in their daily work. Furthermore the relationship established between these people and the patients and their families to give subsidy to build interventions about mental health. / Milhares de pessoas no mundo inteiro são acometidas por problemas de saúde mental, as quais não recebem assistência em saúde de forma esperada. Neste sentido, estudos apontam pontos relevantes sobre o cuidado em saúde mental na atenção primária, entre eles, alguns ressaltam o Programa Saúde da Família, mais especificamente o trabalho do agente comunitário de saúde como estratégia importante e significativa para a assistência ao paciente com transtorno mental e sua família. No entanto, o despreparo desses trabalhadores em lhe dar com assuntos relacionados à saúde mental é fato constatado. Partindo dessa abordagem, o seguinte trabalho surge do interesse em contribuir para uma reflexão sobre o suporte necessário para que os agentes comunitários possam cooperar na assistência a pessoas com problema de saúde mental na comunidade. Com o presente estudo, objetiva-se compreender a visão dos agentes comunitários sobre os problemas de saúde mental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa composta por métodos e técnicas de pesquisa tradicional da Antropologia: a observação etnográfica densa e entrevistas em profundidade com 15 agentes de uma unidade básica de saúde do município de Praia Grande, São Paulo. A pesquisa em campo foi realizada no período de março a junho de 2011. As narrativas de cada agente entrevistado permitiram, sobretudo, identificar suas representações acerca do componente problema de saúde mental. Como aspecto comum dos relatos, foi observada a relação de confiança presente entre a pessoa portadora de algum problema mental e o agente comunitário. A forma como identificam transtornos mentais são através do cadastro da família, conversa realizada em domicílio ou na unidade de saúde, observação e através dos relatos de parentes e vizinhos. A percepção sobre os problemas de saúde mental está relacionada ao vínculo estabelecido com a própria família, com os casos existentes em sua área de atuação e com cursos realizados. A noção de problema de saúde mental teve significados diversos, sendo que houve a preocupação em não confundi-las com a pessoa louca. As causas indicadas fizeram menção a um evento passado ou atual da vida: o stress, a condição financeira e de vida, o uso abusivo do álcool, o consumo de drogas, problemas familiares e genéticos. Foi possível concluir que os agentes comunitários necessitam de informação e treinamento específico sobre saúde mental para enfrentar situações presentes no seu cotidiano de trabalho. Além disso, a relação que se estabelece entre esses sujeitos e os pacientes e suas famílias dá subsídio para a construção de intervenções acerca da saúde mental.