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Revendo histórias, construindo o presente e plantando o futuro: proposta de trabalho com famílias adolescentes em situação de vulnerabilidade em Belém-PABastos, Bruna Francinetti Menezes Castro 01 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Based on systemic theory and considering that Cerveny (1997) conceives the adolescent stage
of the vital cycle of the family as the period in which the whole family act as a teen, this study
aims, through qualitative research, understand how it develops this process in vulnerable
households attended by Social assistance Reference Centers (CRAS) of Aurá and Guama in
Belem – PA; we also present a proposal for intervention for families with such features. The
studied population was composed of 33 participants from 10 families, and 6 from CRAS Aurá
and 4 from CRAS Guama. Data collection consisted of 20 meetings, 10 in each center. We
use the following instruments: one form with 71 questions concerning the structure and
dynamics of the adolescent´s family; an Interview semi-structured with 9 questions; and 9
workshops with multi-family groups. The results revealed that, in the adolescent phase of the
family vital cycle, it is necessary to create new rules as a way of adapting each member to
perform his duties in the family because the family roles are well definied. The father
provides the household. The mother is responsible for taking care of home and children, even
when also has a job. Adolescents must obey the rules, collaborate in domestic activities,
studying and caring for parents and grandparents when these become ill. Grandmothers living
with their teenage grandchildren build personal relationships and care for the teens. The
intervention proposal considered not only the recommendations of the Unified Social
Assistance System (SUAS) to work with families in vulnerable situations, but also the
intergenerationality, the different family structures, the local culture, the knowledge of the
family and the demands by them. We seek to emphasize the potential of the surveyed families
and to build strategies of dealing with adverse situations anda encouraging the active
participation of its members. For the participants, the intervention allowed them to realize
they are not a single case; besides, it extended the support network, encouraged them to learn
as they shared their stories and strengthened their family bonds. Adolescents identified with
the presented issues, said the intervention favored relationship and family communication,
and the recognition of its inter-generational inheritance. Adults felt supported and highligted
the importance of having access to information to facilitate the performance of their roles in
the family and community. As for their life project, the families surveyed had difficulty in
planning it, especially adults. Based on this experience, it was observed that the vulnerability
also affects the professionals who work with these families. The strengthening of public
policies that take care of professionals working with families in vulnerable situations is
required. We hope that the knowledge produced in this study encourage the practice to
consider the context and the diversity of the Brazilian family in contemporary society / Baseado na teoria sistêmica e considerando que a classificação de Cerveny (1997) concebe a
fase adolescente do ciclo vital da família como sendo o período em que toda a família
adolesce, este estudo tem como objetivo, através da pesquisa qualitativa, compreender como
se desenvolve esse processo nos núcleos familiares em situação de vulnerabilidade atendidos
pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do Aurá e Guamá, em Belém –
PA, e apresentar uma proposta de intervenção para famílias com tais características. A
população estudada foi composta de 33 participantes, oriundos de 10 famílias, sendo 6 do
CRAS Aurá e 4 do CRAS Guamá. A coleta de dados foi composta de 20 encontros, 10 em
cada CRAS. Utilizamos os seguintes instrumentos: um Formulário com 71 questões referentes
à estrutura e à dinâmica da família adolescente; uma Entrevista semi-estruturada com 9
perguntas; e 9 Oficinas com grupos de multifamilias. Os resultados revelaram que, na fase
adolescente do ciclo vital familiar, é necessário criar novas regras como medida adaptativa
para cada membro exercer as suas funções na família. Com relação aos papéis familiares, o
pai tem a função de provedor. A mãe é a responsável por cuidar da casa e dos filhos, mesmo
quando realiza dupla jornada. Aos adolescentes cabem obedecerem às regras, colaborarem nas
atividades domésticas, estudar e cuidar dos pais e avós quando esses adoecem. As avós, ao
coabitarem com seus netos adolescentes, constroem relações afetivas e de cuidado com os
netos. A proposta de intervenção apresentada considerou não só as recomendações do Sistema
Único de Assistência Social (SUAS) para o trabalho com famílias em situação de
vulnerabilidade, como também a intergeracionalidade, os diversos arranjos familiares, a
cultura local, o saber da família e as demandas apresentada por elas. Buscamos enfatizar as
potencialidades das famílias pesquisadas e a construção de estratégias de enfretamento para
lidar com situações adversas, estimulando o protagonismo dos seus membros. Para os
participantes, a intervenção impediu que permanecessem com a sensação de caso único; além
disso, ampliou a rede de apoio e e estimulou a aprendizagem por meio do compartilhamento
de histórias. Os adolescentes se identificaram com as temáticas abordadas, afirmaram que a
intervenção favoreceu as relações e a comunicação na família, e o reconhecimento das suas
heranças intergeracionais. Os adultos se sentiram apoiados e ressaltaram a importância de ter
acesso a informações que facilitem o desempenho de seus papeis na família e na comunidade.
Quanto ao projeto de vida, as famílias pesquisadas apresentaram dificuldade de planejá-lo,
especialmente os adultos. Com base nesta experiência, observou-se que a vulnerabilidade
atinge também os profissionais que atuam junto a essas famílias. É necessário o
fortalecimento de políticas públicas que cuidem dos profissionais que trabalham com famílias
em situação de vulnerabilidade. Esperamos que o conhecimento produzido neste estudo
incentive a prática de trabalhos que considerem o contexto e a diversidade da família
brasileira na contemporaneidade
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