Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2016-08-04T20:21:09Z No. of bitstreams: 1 luizfernandorodrigueslopes.pdf: 2451065 bytes, checksum: 282eca7a9060b33ac153c50ff44fe462 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-08-05T11:53:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 luizfernandorodrigueslopes.pdf: 2451065 bytes, checksum: 282eca7a9060b33ac153c50ff44fe462 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-05T11:53:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 luizfernandorodrigueslopes.pdf: 2451065 bytes, checksum: 282eca7a9060b33ac153c50ff44fe462 (MD5) Previous issue date: 2012-09-28 / Limite interdito entre a dita “civilização” e as “gentes incultas”, a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Guarapiranga, região de fronteira agrícola no Termo de Mariana em meados do século XVIII, era um lugar bastante conveniente para se firmar diferenças e externalizar hierarquias, e vimos que homens potencialmente distintos da localidade - portugueses, brancos e minimamente abastados - buscaram, dentre outros meios, a habilitação de Familiar do Santo Ofício para afiançarem posição prestigiosa. Consideramos a habilitação como uma estratégia de mobilidade social, lhes servindo como passo importante na escalada hierárquica, onde unir pureza de sangue e riqueza material era o caminho para adentrar no seio das elites locais. O cargo de Familiar do Santo Ofício serviu então como apanágio de um setor ascendente em uma sociedade que em meados do século XVIII estava em pleno processo de enraizamento. Ao reconstituir o espaço relacional de nossos personagens, constatamos que as redes de reciprocidade que teceram com homens respeitáveis da localidade - inclusive, com outros agentes inquisitoriais e membros da estrutura eclesiástica local - antes de se candidatarem ao cargo, foram indispensáveis para os habilitandos alcançarem o posto de funcionários laicos do Santo Ofício. Por fim, acompanhamos as trajetórias de nossos personagens após conquistarem o cargo de Familiar do Santo Ofício e percebemos que a patente inquisitorial foi almejada para atender diferentes expectativas e realidades de cada um de nossos personagens, mas de forma geral, a nomeação foi um importante colaborador para abrir portas para a conquista de titulações e patentes de maior prestígio. / Interdicted limit between the so-called "civilization" and "uneducated people", the parish of Nossa Senhora da Conceição de Guarapiranga, agricultural frontier zone in Termo de Mariana during the mid-eighteenth century, was a very convenient place to steady differences and outsource hierarchies, and we saw that the potentially fine men of the locality - Portuguese, and minimally wealthy whites - sought, among other means, the qualification as “Familiares do Santo Ofício” to have a prestigious position guaranteed. We consider the qualification a strategy for social mobility, which served them as an important step in the hierarchy climb-up, where uniting purity of blood and material wealth was the way to penetrate the core of the local elites. The post of “Familiar do Santo Ofício” served, therefore, as an attribute for ascending in a society that in the mid-eighteenth century was in the process of rooting. By reconstituting the relational space of our characters, we found that the reciprocity networks that they wove with respectable men of the town - even with other inquisitorial agents and members of the local ecclesiastical structure - before applying for the position, were indispensable for them to achieve the position of secular officials of the Holy Office. Finally, we followed our characters’ paths after they had acquired the post of “Familiares do Santo Ofício” and we realized that the inquisitorial patent was longed to meet different expectations and realities of each of our characters, but in general, the appointment was an important contributor to open doors for the conquer titles and patents of greater prestige.