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A agricultura familiar no Brasil e as transformações no campo no início do século XXI. / Family agriculture in Brazil and the changes in the Field in the early XXI century.

Silva, Sóstenes Ericson Vicente da 26 February 2010 (has links)
This study focuses on the Brazilian family agriculture and the changes in the field at the beginning of this century, and aims at analyzing the recent changes in the field and implications for family agriculture. The choice of this approach was to start living the author with farmers and their theoretical conception about the contradictions in the countryside. This is an MSc in Social Work, submitted to the Graduate Program in Social Work at the Federal University of Alagoas. The study took place from August 2007 to February 2010, based on a critical perspective. This research started from the assumption that the changes in family agriculture in the early twentyfirst century, have shown a deepening of its subordination to capital, shaped the development of the destructive forces of capital over the field, considering that by incorporating the balance of household production, big capital keeps increasing its process of expansion and accumulation, while expanding its dominance over the field. Based on this study, we have seen in Brazil since the Portuguese colonization, consisted of a hegemonic agro-export model, focusing on large estates in monoculture and in slavery, characterized as 'a specific type of capitalism' in which 'small producers rural', historically, played a secondary role to the dominant agricultural model. However, since the end of the twentieth century, the Brazilian government, under the determination of big business, has justified the implementation of various measures to adjust the called family agriculture by the need for their development, strengthening and expansion. However, such measures actually show the deepening of the process of subordination of rural producers to the determinations of capital should be included as part of the neo-liberal offensive against the constant conflicts in the countryside and the ever increasing need for expansion and capital accumulation. / O presente estudo trata sobre a agricultura familiar brasileira e as transformações no campo, nesse início de século, e tem por objetivo geral analisar as recentes transformações no campo e suas implicações na produção agrícola familiar. A escolha dessa abordagem se deu a partir do convívio do autor com produtores rurais e da sua concepção teórica acerca das contradições presentes no meio rural. Trata-se de uma dissertação de Mestrado em Serviço Social, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas, cujo estudo se deu no período de agosto de 2007 a fevereiro de 2010, tendo como base uma perspectiva crítica. Tal pesquisa partiu da hipótese de que as transformações na agricultura familiar, no início do século XXI, têm evidenciado o aprofundamento da sua subordinação ao capital, plasmado no desenvolvimento das forças destrutivas do capital sobre o campo, tendo em vista que ao incorporar o excedente da produção familiar, o grande capital mantém crescente o seu processo de expansão e acumulação, enquanto amplia o seu domínio sobre o campo. Com base nesse estudo, vimos que, no Brasil, desde a colonização portuguesa, constituiu-se um modelo hegemonicamente agroexportador, centrado no latifúndio, na monocultura e no escravismo, caracterizado como um tipo específico de capitalismo , no qual os pequenos produtores rurais , historicamente, ocuparam um papel secundário ao modelo agrícola predominante. No entanto, desde o final do século XX, o governo brasileiro, sob determinação do grande capital, tem justificado a implementação de diversas medidas de ajustamento da chamada agricultura familiar pela necessidade de seu desenvolvimento, fortalecimento e expansão. Entretanto, tais medidas, na verdade, evidenciam o aprofundamento do processo de subordinação dos produtores rurais às determinações do capital, devendo ser compreendidas como parte da ofensiva neoliberal face aos constantes conflitos no campo e à necessidade sempre crescente de expansão e acumulação do capital.

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