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Resistência à meticilina mediada pelo gene mecA nos staphylococcus spp coagulase negativaMachado, Alice Beatriz Mombach Pinheiro January 2007 (has links)
Os Staphylococcus spp coagulase negativa (SCoN) são reconhecidos como agentes etiológicos importantes de infecções humanas. A maioria dos países desenvolvidos relata um aumento de infecções nosocomiais por SCoN resistentes a meticilina e outros antibióticos. A resistência a meticilina é uma característica importante destas bactérias, porém difícil de detectar pelos métodos convencionais de suscetibilidade. Esta resistência é devido à presença de um elemento genético chamado staphylococcal cassette chromosome (SCCmec), que codifica o gene mecA. A identificação dos tipos de SCCmec é relevante para epidemiologia da resistência a meticilina dos Staphylococcus spp. Este estudo prospectivo teve como objetivo determinar a prevalência do gene mecA e a distribuição dos tipos de SCCmec nos SCoN. Também foi avaliada a eficiência do teste de disco difusão com cefoxitina e oxacilina para caracterizar a resistência a meticilina mediada pelo gene mecA. Foram analisadas um total de 181 SCoN de hemoculturas. A prevalência do gene mecA entre estes isolados foi de 71,3%. A sensibilidade dos discos de cefoxitina e oxacilina para todas as espécies de SCoN foi de 100% e 98,4%, respectivamente, enquanto que a especificidade foi de 93% e 89,3%. As espécies mais prevalentes de SCoN foram S. epidermidis (64%), seguido pelo S. hominis (10%), S. haemolyticus (8,8%) e S. capitis (7,7%). A percentagem de isolados positivos para o gene mecA foi maior para S. haemolyticus (98,3%), seguido pelo S. epidermidis (75%) e S. hominis (72,2%). Entre os 129 isolados resistentes, 36 (27.9%) foram identificados com o SCCmec tipo I, 4 (3.0%) com o SCCmec tipo II, 67 (52%) com o SCCmec tipo III, 1 (0.8%) com o SCCmec tipo IV e 4 (3.0%) com os SCCmec tipos I e III. Dezessete isolados foram não tipáveis. O SCCmec tipo III foi o mais prevalente entre os isolados de S. epidermidis (52%). Entre estas cepas, 30 (23%) apresentaram um SCCmec tipo III modificado, que amplificou uma região dcs adicional. Os SCoN meticilina resistentes (MR-SCoN) mostraram um nível de resistência aos antibióticos não -lactamicos maior quando comparados aos SCoN meticilina suscetíveis (MS-SCoN). Os isolados com o SCCmec tipo III foram mais resistentes aos antibióticos não -lactamicos do que os isolados com SCCmec tipos I, II, e IV. / Coagulase negative staphylococci (CoNS) are now recognized as important etiological agents of infections in humans. Most developed countries have reported an increase in CoNS infection in hospitalized patients, which are resistant to methicillin and other antibiotics. The methicillin resistance is an important characteristic of these bacteria. Moreover, the resistance to methicillin may not be easily detected by conventional susceptibility methods. Methicillin resistance is due to the acquisition of a large DNA element termed staphylococcal cassette chromosome mec (SCCmec), which harbored the mecA gene. The SCCmec typing is essential for understanding the molecular epidemiology of methicillin resistant Staphylococcus spp. This prospective study was aimed to determine the prevalence of mecA gene and the distribution of SCCmec types in CoNS. Also was evaluated the efficiency of the cefoxitin and oxacilin disk diffusion test to characterize the meticillin resistance mediated by the gene mecA. A total of 181 CoNS from bloodstream isolate were available for the study. The prevalence to mecA gene was 71.3%. The sensivity of oxacillin and cefoxitin disks for all CoNS species were 100% and 98.4% respectively, whereas the specificity were 93% and 89,3 %. The most prevalent SCoN species were: S. epidermidis 116 (64%) followed by S. hominis 18 (10%), S. haemolyticus 16 (8.8%) and S.capitis 14 (7.7%). The percentage of mecApositive isolates was highest for S. haemolyticus (93.8%), followed by S. epidermidis (75%) and S. hominis (72.2%). Among the 129 bloodstream isolates witch mecA gene, 36 (27.9%) harbored SCCmec type I, 4 (3.0%) harbored SCCmec type II, 67 (52%) harbored SCCmec type III, 1 (0.8%) harbored SCCmec type IV and 4 (3.0%) harbored SCCmec type I and III. Seventeen isolates were not typeable. The SCCmec type III was the most prevalent among the isolates of S. epidermidis (52%). Among these strains, 30 (23%) harbored a modified SCCmec type III, which contained, in contrast to regular type III, an additional dcs region. Methicillin resistant CoNS showed higher level of resistance to all non beta lactamics antimicrobials as compared to methicillin susceptible. The isolates with SCCmec type III were more resistant to non-beta lactamics antimicrobials than the isolates harboring SCCmec type I, II and IV.
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Resistência à meticilina mediada pelo gene mecA nos staphylococcus spp coagulase negativaMachado, Alice Beatriz Mombach Pinheiro January 2007 (has links)
Os Staphylococcus spp coagulase negativa (SCoN) são reconhecidos como agentes etiológicos importantes de infecções humanas. A maioria dos países desenvolvidos relata um aumento de infecções nosocomiais por SCoN resistentes a meticilina e outros antibióticos. A resistência a meticilina é uma característica importante destas bactérias, porém difícil de detectar pelos métodos convencionais de suscetibilidade. Esta resistência é devido à presença de um elemento genético chamado staphylococcal cassette chromosome (SCCmec), que codifica o gene mecA. A identificação dos tipos de SCCmec é relevante para epidemiologia da resistência a meticilina dos Staphylococcus spp. Este estudo prospectivo teve como objetivo determinar a prevalência do gene mecA e a distribuição dos tipos de SCCmec nos SCoN. Também foi avaliada a eficiência do teste de disco difusão com cefoxitina e oxacilina para caracterizar a resistência a meticilina mediada pelo gene mecA. Foram analisadas um total de 181 SCoN de hemoculturas. A prevalência do gene mecA entre estes isolados foi de 71,3%. A sensibilidade dos discos de cefoxitina e oxacilina para todas as espécies de SCoN foi de 100% e 98,4%, respectivamente, enquanto que a especificidade foi de 93% e 89,3%. As espécies mais prevalentes de SCoN foram S. epidermidis (64%), seguido pelo S. hominis (10%), S. haemolyticus (8,8%) e S. capitis (7,7%). A percentagem de isolados positivos para o gene mecA foi maior para S. haemolyticus (98,3%), seguido pelo S. epidermidis (75%) e S. hominis (72,2%). Entre os 129 isolados resistentes, 36 (27.9%) foram identificados com o SCCmec tipo I, 4 (3.0%) com o SCCmec tipo II, 67 (52%) com o SCCmec tipo III, 1 (0.8%) com o SCCmec tipo IV e 4 (3.0%) com os SCCmec tipos I e III. Dezessete isolados foram não tipáveis. O SCCmec tipo III foi o mais prevalente entre os isolados de S. epidermidis (52%). Entre estas cepas, 30 (23%) apresentaram um SCCmec tipo III modificado, que amplificou uma região dcs adicional. Os SCoN meticilina resistentes (MR-SCoN) mostraram um nível de resistência aos antibióticos não -lactamicos maior quando comparados aos SCoN meticilina suscetíveis (MS-SCoN). Os isolados com o SCCmec tipo III foram mais resistentes aos antibióticos não -lactamicos do que os isolados com SCCmec tipos I, II, e IV. / Coagulase negative staphylococci (CoNS) are now recognized as important etiological agents of infections in humans. Most developed countries have reported an increase in CoNS infection in hospitalized patients, which are resistant to methicillin and other antibiotics. The methicillin resistance is an important characteristic of these bacteria. Moreover, the resistance to methicillin may not be easily detected by conventional susceptibility methods. Methicillin resistance is due to the acquisition of a large DNA element termed staphylococcal cassette chromosome mec (SCCmec), which harbored the mecA gene. The SCCmec typing is essential for understanding the molecular epidemiology of methicillin resistant Staphylococcus spp. This prospective study was aimed to determine the prevalence of mecA gene and the distribution of SCCmec types in CoNS. Also was evaluated the efficiency of the cefoxitin and oxacilin disk diffusion test to characterize the meticillin resistance mediated by the gene mecA. A total of 181 CoNS from bloodstream isolate were available for the study. The prevalence to mecA gene was 71.3%. The sensivity of oxacillin and cefoxitin disks for all CoNS species were 100% and 98.4% respectively, whereas the specificity were 93% and 89,3 %. The most prevalent SCoN species were: S. epidermidis 116 (64%) followed by S. hominis 18 (10%), S. haemolyticus 16 (8.8%) and S.capitis 14 (7.7%). The percentage of mecApositive isolates was highest for S. haemolyticus (93.8%), followed by S. epidermidis (75%) and S. hominis (72.2%). Among the 129 bloodstream isolates witch mecA gene, 36 (27.9%) harbored SCCmec type I, 4 (3.0%) harbored SCCmec type II, 67 (52%) harbored SCCmec type III, 1 (0.8%) harbored SCCmec type IV and 4 (3.0%) harbored SCCmec type I and III. Seventeen isolates were not typeable. The SCCmec type III was the most prevalent among the isolates of S. epidermidis (52%). Among these strains, 30 (23%) harbored a modified SCCmec type III, which contained, in contrast to regular type III, an additional dcs region. Methicillin resistant CoNS showed higher level of resistance to all non beta lactamics antimicrobials as compared to methicillin susceptible. The isolates with SCCmec type III were more resistant to non-beta lactamics antimicrobials than the isolates harboring SCCmec type I, II and IV.
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Resistência à meticilina mediada pelo gene mecA nos staphylococcus spp coagulase negativaMachado, Alice Beatriz Mombach Pinheiro January 2007 (has links)
Os Staphylococcus spp coagulase negativa (SCoN) são reconhecidos como agentes etiológicos importantes de infecções humanas. A maioria dos países desenvolvidos relata um aumento de infecções nosocomiais por SCoN resistentes a meticilina e outros antibióticos. A resistência a meticilina é uma característica importante destas bactérias, porém difícil de detectar pelos métodos convencionais de suscetibilidade. Esta resistência é devido à presença de um elemento genético chamado staphylococcal cassette chromosome (SCCmec), que codifica o gene mecA. A identificação dos tipos de SCCmec é relevante para epidemiologia da resistência a meticilina dos Staphylococcus spp. Este estudo prospectivo teve como objetivo determinar a prevalência do gene mecA e a distribuição dos tipos de SCCmec nos SCoN. Também foi avaliada a eficiência do teste de disco difusão com cefoxitina e oxacilina para caracterizar a resistência a meticilina mediada pelo gene mecA. Foram analisadas um total de 181 SCoN de hemoculturas. A prevalência do gene mecA entre estes isolados foi de 71,3%. A sensibilidade dos discos de cefoxitina e oxacilina para todas as espécies de SCoN foi de 100% e 98,4%, respectivamente, enquanto que a especificidade foi de 93% e 89,3%. As espécies mais prevalentes de SCoN foram S. epidermidis (64%), seguido pelo S. hominis (10%), S. haemolyticus (8,8%) e S. capitis (7,7%). A percentagem de isolados positivos para o gene mecA foi maior para S. haemolyticus (98,3%), seguido pelo S. epidermidis (75%) e S. hominis (72,2%). Entre os 129 isolados resistentes, 36 (27.9%) foram identificados com o SCCmec tipo I, 4 (3.0%) com o SCCmec tipo II, 67 (52%) com o SCCmec tipo III, 1 (0.8%) com o SCCmec tipo IV e 4 (3.0%) com os SCCmec tipos I e III. Dezessete isolados foram não tipáveis. O SCCmec tipo III foi o mais prevalente entre os isolados de S. epidermidis (52%). Entre estas cepas, 30 (23%) apresentaram um SCCmec tipo III modificado, que amplificou uma região dcs adicional. Os SCoN meticilina resistentes (MR-SCoN) mostraram um nível de resistência aos antibióticos não -lactamicos maior quando comparados aos SCoN meticilina suscetíveis (MS-SCoN). Os isolados com o SCCmec tipo III foram mais resistentes aos antibióticos não -lactamicos do que os isolados com SCCmec tipos I, II, e IV. / Coagulase negative staphylococci (CoNS) are now recognized as important etiological agents of infections in humans. Most developed countries have reported an increase in CoNS infection in hospitalized patients, which are resistant to methicillin and other antibiotics. The methicillin resistance is an important characteristic of these bacteria. Moreover, the resistance to methicillin may not be easily detected by conventional susceptibility methods. Methicillin resistance is due to the acquisition of a large DNA element termed staphylococcal cassette chromosome mec (SCCmec), which harbored the mecA gene. The SCCmec typing is essential for understanding the molecular epidemiology of methicillin resistant Staphylococcus spp. This prospective study was aimed to determine the prevalence of mecA gene and the distribution of SCCmec types in CoNS. Also was evaluated the efficiency of the cefoxitin and oxacilin disk diffusion test to characterize the meticillin resistance mediated by the gene mecA. A total of 181 CoNS from bloodstream isolate were available for the study. The prevalence to mecA gene was 71.3%. The sensivity of oxacillin and cefoxitin disks for all CoNS species were 100% and 98.4% respectively, whereas the specificity were 93% and 89,3 %. The most prevalent SCoN species were: S. epidermidis 116 (64%) followed by S. hominis 18 (10%), S. haemolyticus 16 (8.8%) and S.capitis 14 (7.7%). The percentage of mecApositive isolates was highest for S. haemolyticus (93.8%), followed by S. epidermidis (75%) and S. hominis (72.2%). Among the 129 bloodstream isolates witch mecA gene, 36 (27.9%) harbored SCCmec type I, 4 (3.0%) harbored SCCmec type II, 67 (52%) harbored SCCmec type III, 1 (0.8%) harbored SCCmec type IV and 4 (3.0%) harbored SCCmec type I and III. Seventeen isolates were not typeable. The SCCmec type III was the most prevalent among the isolates of S. epidermidis (52%). Among these strains, 30 (23%) harbored a modified SCCmec type III, which contained, in contrast to regular type III, an additional dcs region. Methicillin resistant CoNS showed higher level of resistance to all non beta lactamics antimicrobials as compared to methicillin susceptible. The isolates with SCCmec type III were more resistant to non-beta lactamics antimicrobials than the isolates harboring SCCmec type I, II and IV.
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Associação entre uso prévio de antimicrobianos, perfil de sensibilidade de microorganismos e fatores de risco em pacientes internados no centro de terapia intensiva do HCPA, 2008-2009Winter, Juliana da Silva January 2011 (has links)
Introdução: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima se que entre 5% e 15% dos pacientes hospitalizados adquirem infecção durante a internação e aproximadamente 25% a 40% recebem antibiótico para tratamento ou profilaxia de infecções. (1) Essas IRAS são especialmente mais graves em UTI, aonde os pacientes são mais suscetíveis e os organismos mais resistentes quando comparados a outros ambientes do hospital. Sabe se que esses pacientes críticos apresentam 5 a 10 vezes mais probabilidade de adquirir IRAS do que em outras unidades de menor complexidade.(2) Por isso, a World Health Organization (WHO) identificou a resistência antimicrobiana como uma das três maiores ameaças para a saúde humana. Objetivos: Este estudo tem por objetivo avaliar os fatores de risco para a multirresistência bacteriana (1) e fatores de risco para mortalidade (2) para pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) que tenham diagnóstico de infecção hospitalar no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Delineamento: Estudo restrospectivo de coorte Métodos: Foram avaliados neste estudo exames microbiológicos de pacientes internados na UTI do HCPA, no período de janeiro de 2008 e dezembro de 2009, com diagnóstico de infecção hospitalar. Foi criada uma ficha de coleta para obtenção dos dados necessários para o estudo. Seu preenchimento era possível a partir de informações, do paciente, obtidas através do sistema informatizado do hospital. Os dados foram transportados para o software EpInfo versão 3.3.2, para posterior análise estatística, a qual foi realizada através do programa estatístico SPSS 14.0. As infecções adquiridas no hospital foram classificadas de acordo com critérios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) (3), os quais são baseados nos critérios do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC).(4) A multirresistência bacteriana foi classificada de acordo com recomendações do CDC e critérios da CCIH do HCPA, e foram incluídas as seguintes bactérias: Klebsiella spp e Escherichia coli produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL); Pseudomonas spp resistente a ceftazidima e/ou resistentes a carbapenêmicos; Acinetobacter spp resistente a ampicilina/sulbactam e/ou resistentes a carbapenêmicos; Enterobacter spp - Citrobacter spp - Serratia spp e Proteus spp resistente a todos os antibióticos exceto carbapenêmicos; Stenotrophomonas maltophilia resistente a sulfametoxazol/trimetropim, Enterococcus spp resistente a vancomicina (VRE) e Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA). Os isolados com suscetibilidade intermediária foram considerados como resistentes. Resultados: Germes multirresistentes (GMR) foram identificados em 32,5% dos isolados microbiológicos. Em geral, os GMR mais comumente encontrados foram ESBL (32.3%; N= 72); MRSA (29.2%; N= 65), Acinetobacter baumanii (21.5%; N= 48), Pseudomonas aeruginosa (8.1%; N= 18). Em Infecções do trato respiratório (ITR), Infecções do trato urinário (ITU) e hemoculturas os GMR mais prevalentes foram, respectivamente, MRSA (40,8%; N= 51), Escherichia coli (21,6%; N= 8), MRSA e Escherichia coli (15,8%; N= 3). Os fatores de risco identificados para a emergência de GMR foram o uso de antimicrobianos em enfermarias (P<0.001), especialmente sulfonamidas (P=0.005), cefalosporinas de terceira geração (P=0.05), cefalosporinas de quarta geração (P<0.01), vancomicina (P<0.01), carbapenêmicos (P<0.01), quinolonas (P<0.01), penicilinas (P=0.03) e penicilinas associadas a inibidores de β-lactamase (P<0.01). O uso de antimicrobianos em UTI também foi considerado um fator de risco para antibióticorresistência (P<0.01), em especial para os seguintes antimicrobianos: cefalosporinas de segunda geração (P=0.05), cefalosporinas de quarta geração (P=0.004), vancomicina (P<0.01), aminoglicosídeos (P=0.02), macrolídeos (P=0.03), carbapenêmicos (P<0.01), quinolonas (P<0.01) e penicilinas (P<0.01). A soma do uso de algumas classes de antimicrobianos, nas enfermarias e UTI, também foram fatores de risco para multirresistência bacteriana (P<0.01), sendo significativo o uso de sulfonamidas (P<0.01), cefalosporinas de terceira geração (P=0.021), vancomicina (P<0.01), macrolídeo (P=0.03), carbapenêmicos (P<0.01), quinolona (P<0.01), penicilina (P<0.01) e penicilinas associadas à inibidores de β-lactamase (P=0.04). Na análise multivariada, os dias de internação prévia a internação atual (considerando os últimos seis meses) e uso de antimicrobianos, somando enfermarias e UTI, foram fatores de risco para GMR, (P<0.01 e P<0.01), respectivamente. O uso de quinolonas em UTI (P=0.02), aminoglicosídeos em UTI (P<0.01), carbapenêmicos somado o uso nas enfermarias e UTI (P<0.01), uso de quinolonas nas enfermarias (P=0.05) e AIDS (P=0.02) também foram considerados fatores de risco para multirresistência bacteriana. Na análise multivariada, os fatores de risco associados à mortalidade hospitalar foram identificação de pacientes portadores de GMR (P<0.01), uso prévio de antimicrobianos nas enfermarias (P<0.01), dias de uso de SVD (P<0.01) e CVC (P<0.01), APACHE II score (P<0.01), idade (P<0.01), dias de internação prévia a internação atual (P<0.01), dias de internação no HCPA (P<0.01), doenças hematológicas (P<0.01) e transplante de medula óssea (P=0.05) Conclusão: Houve correlação entre dias de internação prévia a internação atual; uso de antimicrobianos quando utilizados nas enfermarias, e logo depois, na UTI; uso de quinolonas na UTI, uso de quinolonas nas enfermarias, uso de aminoglicosídeos na UTI, carbapenêmicos somando as enfermarias e UTI e AIDS com a emergência de GMR. Considerando os fatores de risco para a mortalidade hospitalar foi possível observar que o surgimento de GMR, consumo prévio de antimicrobianos nas enfermarias, dias de uso de SVD e CVC, grau de gravidade do paciente, idade, dias prévios de internação, dias de internação no HCPA, doenças hematológicas e transplante de medula óssea foram independentemente associados à mortalidade em pacientes internados na UTI com diagnóstico de infecção hospitalar. / Introduction: Hospital-acquired infections (HAI) are considered one of the major public health problems worldwide. It is estimated that between 5% and 15% of hospitalised patients acquire an infection during hospitalisation and approximately between 25% and 40% receive antibiotics for treatment or prophylaxis of infections (1). These HAI are especially serious in ICUs, where patients are more susceptible and micro-organisms are more resistant, when compared to those in other hospital areas. It is known that these critical care patients present between 5 and 10 times greater probability of acquiring a HARI than in other lower complexity hospital units (2). For this reason, the World Health Organization (WHO) has identified antimicrobial resistance as one of the three major threats for human health. Objectives: The aim of this study is to evaluate the risk factors for multi-bacterial resistance (1) and mortality risk factors (2) for patients hospitalised in the Intensive Care Unit (ICUs) of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) who had a hospital acquired infection diagnosis during the period between January 2008 and December 2009. Design: Retrospective cohort study Methods: For this study, the microbiological analyses of the patients with a diagnosis of hospital acquired infection, attended to in the ICU of the HCPA, during the period from January 2008 until December 2009, were evaluated. A collection form was created in order to obtain the necessary data for the study. Its completion was possible from the information supplied by the patient, obtained through the hospital’s computarised system. The data was transferred to the Epinfo 3.3.2 software version for subsequent statistical analysis, which was performed using the SPSS 14.0 statistics programme. Hospital acquired infections were classified according to the criteria of the Hospital Infection Control Committee (HICC) (3), which are based upon the criteria of the Centers for Diseases Control and Prevention (CDC).(4) Multi-bacterial resistance was classified according to the recommendations of the CDC, as well as, criteria from the HICC of the HCPA, and the following bacteria were included: Klebsiella spp and Escherichia coli, producers of extended-spectrum β-lactamase (ESBL); Pseudomonas spp, resistant to ceftazidime and/or resistant to carbapenems; Acinetobacter spp, resistant to ampicillin/sulbactam and/or carbapenems resistant; Enterobacter spp - Citrobacter spp - Serratia spp and Proteus spp, resistant to all antibiotics except carbapenems; sulfametoxazol/trimetropim resistant Stenotrophomones maltophilia, vancomycin resistant (VRE) Enterococcus spp and meticilin resistant Staphylococcus aureus (MRSA). The isolates with intermediate susceptibility were considered resistant. Results: Multi-resistant germs (MRG) were identified in 32,5% of the microbiological isolates. In general, the most commonly found MRG were: ESBL (32.3%; N= 72); MRSA (29.2%; N= 65), Acinetobacter baumanii (21.5%; N= 48) and Pseudomonas aeruginosa (8.1%; N= 18). In respiratory tract infections (RTI), urinary tract infections (UTI) and hemocultures, the most prevalent MRGs were, respectively, MRSA (40,8%; N= 51), Escherichia coli (21,6%; N= 8), MRSA and Escherichia coli (15,8%; N= 3). The risk factors identified for the emergence of MRGs were: the use of antimicrobials in wards (P<0.001), especially sulphonamides (P=0.005), third generation cephalosporins (P=0.05), fourth generation cephalosporins (P<0.01), vancomycin (P<0.01), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01), penicillins (P=0.03) and penicillins associated with β-lactamase inhibitors (P<0.01). The use of antimicrobials in the ICU was also considered a risk factor for antibiotic resistance (P<0.01), especially for the following antimicrobials: second generation cephalosporins (P=0.05), fourth generation cephalosporins (P=0.004), vancomycin (P<0.01), amino glycosides (P=0.02), macrolides (P=0.03), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01) and penicillins (P<0.01). The sum of the use of some antimicrobial classes, in the wards and in the ICU, were also risk factors for bacterial multiresistance (P<0.01), being significant the use of sulphonamides (P<0.01), third generation cephalosporins (P=0.21), vancomycin (P<0.01), macrolides (P=0.03), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01), penicillin (P<0.01) and penicillin associated with β-lactamase inhibitors (P=0.04). In the multivariate analysis, the amount of days in hospital, previous to the current hospitalisation (taking into account the past six months) and the use of antimicrobials, adding-up wards plus ICU, were risk factors for MRG, (P<0.01 and (P<0.01), respectively. The use of quinolones in the ICU (P=0.02), amino glycosides in the ICU (P<0.01), carbapenems, adding the use in the wards to the use in the ICU (P<0.01), use of quinolones in wards (P=0.05) and AIDS (P=0.02) were also considered risk factors for multi-bacterial resistance. In the multivariate analysis, the risk factors associated with hospital mortality were identified in patients bearing MRG (P<0.01), previous use of antimicrobials in wards (P<0.01), days of use of urinary catheter (UC) (P<0.01) and central venous catheter (CVC) (P<0.01), APACHE II score (P<0.01), age, previous days of hospitalisation before the current event (P<0.01), number of days hospitalised in the HCPA (P<0.01), haematological disease (P<0.01) and bone marrow transplant (P=0.05). Conclusion: There was a correlation between a previous hospitalisation and the current one, use of antimicrobials, when used in wards and soon after in the ICU; use of quinolones in the ICU, use of quinolones in the ward, use of amino glycosides in the ICU, carbapenems, adding use in wards and in the ICU and AIDS, with the emergence of MRGs. Taking into account the risk factors for hospital mortality, it was possible to observe that the emergence of MRGs, previous use of antimicrobials in the wards, days on UC and CVC, degree of severity of the patient’s health condition, age, previous amount of days hospitalised before the current occurrence, number of days hospitalised in the HCPA, hematological disease and bone marrow transplantation were independently associated with patient mortality, for individuals hospitalised in the ICU with a diagnosis of hospital infection.
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Perfil de utilização de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva da Santa Casa de Misericordia de Fortaleza / Utilisation Profile of Antimicrobial in the intensive care unit at Santa Casa de Misericordia de FortalezaSousa, Paulo Cesar Pereira de January 2006 (has links)
SOUSA, Paulo Cesar Pereira de. Perfil de utilização de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. 2006. 107 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem Ciências Farmacêuticas, Fortaleza, 2006. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-12-20T13:40:48Z
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Previous issue date: 2006 / Antibiotics are the most prescribed drugs at the Intensive Care Units. Bacteria has become more and more resistant to those drugs, which represents a threat of public health. Keeping eyes on the use of antimicrobic agents is one of the essential preconditions to control that resistance. In the period of November 1st 2005 to June 30th 2006, was verified an observational study, descriptive and prospective, where were evaluated the handbook of patients on Intensive Care Unit (ICU) of “Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza”. About 157 patients were observed and their handbook and structured forms. The social-demographic characteristics, the factors of risk associated to clinic evolution and the identification and profile of bacterial resistance were studied. The use of antimicrobic was evaluated with the objective to available subsidies to a good and rational use of drugs. The collected data were analyzed on the SPSS, version 10.0. The patients presented an average of 66 years old and the mortality between the elderly people was 60%. The most frequent diagnosed hypotheses were respiratory infection (28.7%) and sepses (15.9%), associated to 48.9% out of 80% of the total registered deaths. About half of those who made use of veinal or urinary catheters - 62.4% and 87.3%, respectively, came to die. It was found that the antibiotic therapy applied in those patients was not based on the microbiotic sensitiveness patterns, and the antibiotic consume was 182,8 DDD (daily dose definite) per bed a day. The most given antibiotic were the ß-lactamics (107.8 DDD per 100 beds a day), such as ceftriaxone (31.9%), ciprofloxacin (16.9%) and clindamicin (14.4%). The highest dose of antibiotic given was ceftriaxone (50.3 DDD/100 beds a day). The Gram-negative bacilli were more often (71.1%), especially P. aeruginose (21.7%). The most predominant species was S. aureus (22.9%). 77.8% and 84.2% of ceps displayed tough toward cefalotin and penicillin, respectively. Most of patients (54.1%) died, though they were under antibiotic therapy. The broad profile of resistance at antibiotics shown in this research follows the recent patterns, which state that the most of the isolated patients are resistant to the ß-lactamics, such as Pseudomonas and Staphylococcus. Scientists have become more concerned about the future, due to the high therapeutic limitation. The outcomes displayed in this essay aims to point out the necessity of monitoring the sue of antibiotics at Intensive Care Units, in order to minimize the causes of mortality due to the abuse of antibiotics. Educational actions, in order to promote a permanent guard on the use of antibiotics at hospitals, along with a rational politic to regulate the their use are very important measures to prevent and control such restless situation. / Perfil de utilização de antimicrobianos na unidade de terapia intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza Os antibióticos são as drogas mais prescritas nas Unidades de Terapia Intensiva e o aumento constante da resistência bacteriana a essas drogas é uma ameaça à saúde pública. A vigilância do uso de antimicrobianos é um dos pré-requisitos essencial para a promoção do controle da resistência. No período de 01 de Novembro de 2005 a 30 de junho de 2006, foi realizado um estudo observacional, descritivo e prospectivo, onde foram avaliados os prontuários de pacientes internados na Unidade Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Foram observados 157 pacientes através de seus prontuários e formulários estruturados. As características sócio-demográficas, os fatores de riscos associados à evolução clínica e a identificação e perfil de resistência bacteriano foram estudadas. A utilização de antimicrobianos foi avaliada com o objetivo de disponibilizar subsídios para o uso adequado e racional desses fármacos. Os dados coletados foram analisados no SPSS versão 10.0. Os pacientes apresentaram uma media de 66 anos de idade e a mortalidade entre os maiores de 60 anos foi de 60,0%. As hipóteses diagnósticas mais freqüentes, infecção respiratória (28,7%) e sepse (15,9%), foram associadas a 48,9% e 80% dos óbitos, respectivamente. Cerca da metade dos pacientes que fizeram uso de cateter venoso central e ou de cateter urinário, 62,4% e 87,3%, respectivamente, evoluíram para óbito. A antibioticoterapia frequentemente não foi baseada nos padrões de sensibilidade microbiana e o consumo de antibióticos foi de 182,8 Dose Diária Definida (DDD) por 100 leitos-dia. Predominou o uso de β-lactâmicos (107,8 DDD por 100 leito-dias), os antimicrobianos mais consumidos foram ceftriaxona (31,9%), ciprofloxacina (16,9%) e clindamicina (14,4%) e o maior valor de DDD foi para ceftriaxona (50,3 DDD/100 leito-dias). A resistência bacteriana foi elevada para a maioria dos antibióticos utilizados, especialmente aos β-lactâmicos. Os bacilos Gram-negativos foram mais freqüentes (71,1%), especialmente P. aeruginosa (21,7%). A espécie predominante foi S. aureus (22,9%). 77,8% e 84,2% das cepas de P. aeruginosa e S. aureus foram resistentes a cefalotina e à penicilina, respectivamente, e 47,4 % dos isolados de S. aureus apresentaram resistência à Oxacilina e 0,6% à Vancomicina. A maioria dos pacientes (54,1%) foi a óbito. O amplo perfil de resistência aos antimicrobianos constatado nesse estudo segue o padrão atual, onde a maioria dos isolados são resistentes aos β-lactâmicos e pertencem aos gêneros Pseudomonas e Staphylococcus. A elevada resistência das cepas de S. aureus à oxacilina é motivo de grande preocupação, devido à limitação terapêutica que essa resistência determina. Os resultados obtidos nesse trabalho mostram a necessidade de se monitorar o uso de antibacterianos e a ocorrência de resistência bacteriana em UTI’s, no sentido de minimizar os fatores que predispõem ao aumento da morbidade e mortalidade. A promoção de ações educativas, da vigilância permanente das cepas bacterianas hospitalares e de uma política racional para o uso de antimicrobianos são medidas de imensa importância na prevenção e no controle dessa situação.
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Associação entre uso prévio de antimicrobianos, perfil de sensibilidade de microorganismos e fatores de risco em pacientes internados no centro de terapia intensiva do HCPA, 2008-2009Winter, Juliana da Silva January 2011 (has links)
Introdução: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima se que entre 5% e 15% dos pacientes hospitalizados adquirem infecção durante a internação e aproximadamente 25% a 40% recebem antibiótico para tratamento ou profilaxia de infecções. (1) Essas IRAS são especialmente mais graves em UTI, aonde os pacientes são mais suscetíveis e os organismos mais resistentes quando comparados a outros ambientes do hospital. Sabe se que esses pacientes críticos apresentam 5 a 10 vezes mais probabilidade de adquirir IRAS do que em outras unidades de menor complexidade.(2) Por isso, a World Health Organization (WHO) identificou a resistência antimicrobiana como uma das três maiores ameaças para a saúde humana. Objetivos: Este estudo tem por objetivo avaliar os fatores de risco para a multirresistência bacteriana (1) e fatores de risco para mortalidade (2) para pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) que tenham diagnóstico de infecção hospitalar no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Delineamento: Estudo restrospectivo de coorte Métodos: Foram avaliados neste estudo exames microbiológicos de pacientes internados na UTI do HCPA, no período de janeiro de 2008 e dezembro de 2009, com diagnóstico de infecção hospitalar. Foi criada uma ficha de coleta para obtenção dos dados necessários para o estudo. Seu preenchimento era possível a partir de informações, do paciente, obtidas através do sistema informatizado do hospital. Os dados foram transportados para o software EpInfo versão 3.3.2, para posterior análise estatística, a qual foi realizada através do programa estatístico SPSS 14.0. As infecções adquiridas no hospital foram classificadas de acordo com critérios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) (3), os quais são baseados nos critérios do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC).(4) A multirresistência bacteriana foi classificada de acordo com recomendações do CDC e critérios da CCIH do HCPA, e foram incluídas as seguintes bactérias: Klebsiella spp e Escherichia coli produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL); Pseudomonas spp resistente a ceftazidima e/ou resistentes a carbapenêmicos; Acinetobacter spp resistente a ampicilina/sulbactam e/ou resistentes a carbapenêmicos; Enterobacter spp - Citrobacter spp - Serratia spp e Proteus spp resistente a todos os antibióticos exceto carbapenêmicos; Stenotrophomonas maltophilia resistente a sulfametoxazol/trimetropim, Enterococcus spp resistente a vancomicina (VRE) e Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA). Os isolados com suscetibilidade intermediária foram considerados como resistentes. Resultados: Germes multirresistentes (GMR) foram identificados em 32,5% dos isolados microbiológicos. Em geral, os GMR mais comumente encontrados foram ESBL (32.3%; N= 72); MRSA (29.2%; N= 65), Acinetobacter baumanii (21.5%; N= 48), Pseudomonas aeruginosa (8.1%; N= 18). Em Infecções do trato respiratório (ITR), Infecções do trato urinário (ITU) e hemoculturas os GMR mais prevalentes foram, respectivamente, MRSA (40,8%; N= 51), Escherichia coli (21,6%; N= 8), MRSA e Escherichia coli (15,8%; N= 3). Os fatores de risco identificados para a emergência de GMR foram o uso de antimicrobianos em enfermarias (P<0.001), especialmente sulfonamidas (P=0.005), cefalosporinas de terceira geração (P=0.05), cefalosporinas de quarta geração (P<0.01), vancomicina (P<0.01), carbapenêmicos (P<0.01), quinolonas (P<0.01), penicilinas (P=0.03) e penicilinas associadas a inibidores de β-lactamase (P<0.01). O uso de antimicrobianos em UTI também foi considerado um fator de risco para antibióticorresistência (P<0.01), em especial para os seguintes antimicrobianos: cefalosporinas de segunda geração (P=0.05), cefalosporinas de quarta geração (P=0.004), vancomicina (P<0.01), aminoglicosídeos (P=0.02), macrolídeos (P=0.03), carbapenêmicos (P<0.01), quinolonas (P<0.01) e penicilinas (P<0.01). A soma do uso de algumas classes de antimicrobianos, nas enfermarias e UTI, também foram fatores de risco para multirresistência bacteriana (P<0.01), sendo significativo o uso de sulfonamidas (P<0.01), cefalosporinas de terceira geração (P=0.021), vancomicina (P<0.01), macrolídeo (P=0.03), carbapenêmicos (P<0.01), quinolona (P<0.01), penicilina (P<0.01) e penicilinas associadas à inibidores de β-lactamase (P=0.04). Na análise multivariada, os dias de internação prévia a internação atual (considerando os últimos seis meses) e uso de antimicrobianos, somando enfermarias e UTI, foram fatores de risco para GMR, (P<0.01 e P<0.01), respectivamente. O uso de quinolonas em UTI (P=0.02), aminoglicosídeos em UTI (P<0.01), carbapenêmicos somado o uso nas enfermarias e UTI (P<0.01), uso de quinolonas nas enfermarias (P=0.05) e AIDS (P=0.02) também foram considerados fatores de risco para multirresistência bacteriana. Na análise multivariada, os fatores de risco associados à mortalidade hospitalar foram identificação de pacientes portadores de GMR (P<0.01), uso prévio de antimicrobianos nas enfermarias (P<0.01), dias de uso de SVD (P<0.01) e CVC (P<0.01), APACHE II score (P<0.01), idade (P<0.01), dias de internação prévia a internação atual (P<0.01), dias de internação no HCPA (P<0.01), doenças hematológicas (P<0.01) e transplante de medula óssea (P=0.05) Conclusão: Houve correlação entre dias de internação prévia a internação atual; uso de antimicrobianos quando utilizados nas enfermarias, e logo depois, na UTI; uso de quinolonas na UTI, uso de quinolonas nas enfermarias, uso de aminoglicosídeos na UTI, carbapenêmicos somando as enfermarias e UTI e AIDS com a emergência de GMR. Considerando os fatores de risco para a mortalidade hospitalar foi possível observar que o surgimento de GMR, consumo prévio de antimicrobianos nas enfermarias, dias de uso de SVD e CVC, grau de gravidade do paciente, idade, dias prévios de internação, dias de internação no HCPA, doenças hematológicas e transplante de medula óssea foram independentemente associados à mortalidade em pacientes internados na UTI com diagnóstico de infecção hospitalar. / Introduction: Hospital-acquired infections (HAI) are considered one of the major public health problems worldwide. It is estimated that between 5% and 15% of hospitalised patients acquire an infection during hospitalisation and approximately between 25% and 40% receive antibiotics for treatment or prophylaxis of infections (1). These HAI are especially serious in ICUs, where patients are more susceptible and micro-organisms are more resistant, when compared to those in other hospital areas. It is known that these critical care patients present between 5 and 10 times greater probability of acquiring a HARI than in other lower complexity hospital units (2). For this reason, the World Health Organization (WHO) has identified antimicrobial resistance as one of the three major threats for human health. Objectives: The aim of this study is to evaluate the risk factors for multi-bacterial resistance (1) and mortality risk factors (2) for patients hospitalised in the Intensive Care Unit (ICUs) of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) who had a hospital acquired infection diagnosis during the period between January 2008 and December 2009. Design: Retrospective cohort study Methods: For this study, the microbiological analyses of the patients with a diagnosis of hospital acquired infection, attended to in the ICU of the HCPA, during the period from January 2008 until December 2009, were evaluated. A collection form was created in order to obtain the necessary data for the study. Its completion was possible from the information supplied by the patient, obtained through the hospital’s computarised system. The data was transferred to the Epinfo 3.3.2 software version for subsequent statistical analysis, which was performed using the SPSS 14.0 statistics programme. Hospital acquired infections were classified according to the criteria of the Hospital Infection Control Committee (HICC) (3), which are based upon the criteria of the Centers for Diseases Control and Prevention (CDC).(4) Multi-bacterial resistance was classified according to the recommendations of the CDC, as well as, criteria from the HICC of the HCPA, and the following bacteria were included: Klebsiella spp and Escherichia coli, producers of extended-spectrum β-lactamase (ESBL); Pseudomonas spp, resistant to ceftazidime and/or resistant to carbapenems; Acinetobacter spp, resistant to ampicillin/sulbactam and/or carbapenems resistant; Enterobacter spp - Citrobacter spp - Serratia spp and Proteus spp, resistant to all antibiotics except carbapenems; sulfametoxazol/trimetropim resistant Stenotrophomones maltophilia, vancomycin resistant (VRE) Enterococcus spp and meticilin resistant Staphylococcus aureus (MRSA). The isolates with intermediate susceptibility were considered resistant. Results: Multi-resistant germs (MRG) were identified in 32,5% of the microbiological isolates. In general, the most commonly found MRG were: ESBL (32.3%; N= 72); MRSA (29.2%; N= 65), Acinetobacter baumanii (21.5%; N= 48) and Pseudomonas aeruginosa (8.1%; N= 18). In respiratory tract infections (RTI), urinary tract infections (UTI) and hemocultures, the most prevalent MRGs were, respectively, MRSA (40,8%; N= 51), Escherichia coli (21,6%; N= 8), MRSA and Escherichia coli (15,8%; N= 3). The risk factors identified for the emergence of MRGs were: the use of antimicrobials in wards (P<0.001), especially sulphonamides (P=0.005), third generation cephalosporins (P=0.05), fourth generation cephalosporins (P<0.01), vancomycin (P<0.01), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01), penicillins (P=0.03) and penicillins associated with β-lactamase inhibitors (P<0.01). The use of antimicrobials in the ICU was also considered a risk factor for antibiotic resistance (P<0.01), especially for the following antimicrobials: second generation cephalosporins (P=0.05), fourth generation cephalosporins (P=0.004), vancomycin (P<0.01), amino glycosides (P=0.02), macrolides (P=0.03), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01) and penicillins (P<0.01). The sum of the use of some antimicrobial classes, in the wards and in the ICU, were also risk factors for bacterial multiresistance (P<0.01), being significant the use of sulphonamides (P<0.01), third generation cephalosporins (P=0.21), vancomycin (P<0.01), macrolides (P=0.03), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01), penicillin (P<0.01) and penicillin associated with β-lactamase inhibitors (P=0.04). In the multivariate analysis, the amount of days in hospital, previous to the current hospitalisation (taking into account the past six months) and the use of antimicrobials, adding-up wards plus ICU, were risk factors for MRG, (P<0.01 and (P<0.01), respectively. The use of quinolones in the ICU (P=0.02), amino glycosides in the ICU (P<0.01), carbapenems, adding the use in the wards to the use in the ICU (P<0.01), use of quinolones in wards (P=0.05) and AIDS (P=0.02) were also considered risk factors for multi-bacterial resistance. In the multivariate analysis, the risk factors associated with hospital mortality were identified in patients bearing MRG (P<0.01), previous use of antimicrobials in wards (P<0.01), days of use of urinary catheter (UC) (P<0.01) and central venous catheter (CVC) (P<0.01), APACHE II score (P<0.01), age, previous days of hospitalisation before the current event (P<0.01), number of days hospitalised in the HCPA (P<0.01), haematological disease (P<0.01) and bone marrow transplant (P=0.05). Conclusion: There was a correlation between a previous hospitalisation and the current one, use of antimicrobials, when used in wards and soon after in the ICU; use of quinolones in the ICU, use of quinolones in the ward, use of amino glycosides in the ICU, carbapenems, adding use in wards and in the ICU and AIDS, with the emergence of MRGs. Taking into account the risk factors for hospital mortality, it was possible to observe that the emergence of MRGs, previous use of antimicrobials in the wards, days on UC and CVC, degree of severity of the patient’s health condition, age, previous amount of days hospitalised before the current occurrence, number of days hospitalised in the HCPA, hematological disease and bone marrow transplantation were independently associated with patient mortality, for individuals hospitalised in the ICU with a diagnosis of hospital infection.
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Associação entre uso prévio de antimicrobianos, perfil de sensibilidade de microorganismos e fatores de risco em pacientes internados no centro de terapia intensiva do HCPA, 2008-2009Winter, Juliana da Silva January 2011 (has links)
Introdução: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima se que entre 5% e 15% dos pacientes hospitalizados adquirem infecção durante a internação e aproximadamente 25% a 40% recebem antibiótico para tratamento ou profilaxia de infecções. (1) Essas IRAS são especialmente mais graves em UTI, aonde os pacientes são mais suscetíveis e os organismos mais resistentes quando comparados a outros ambientes do hospital. Sabe se que esses pacientes críticos apresentam 5 a 10 vezes mais probabilidade de adquirir IRAS do que em outras unidades de menor complexidade.(2) Por isso, a World Health Organization (WHO) identificou a resistência antimicrobiana como uma das três maiores ameaças para a saúde humana. Objetivos: Este estudo tem por objetivo avaliar os fatores de risco para a multirresistência bacteriana (1) e fatores de risco para mortalidade (2) para pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) que tenham diagnóstico de infecção hospitalar no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. Delineamento: Estudo restrospectivo de coorte Métodos: Foram avaliados neste estudo exames microbiológicos de pacientes internados na UTI do HCPA, no período de janeiro de 2008 e dezembro de 2009, com diagnóstico de infecção hospitalar. Foi criada uma ficha de coleta para obtenção dos dados necessários para o estudo. Seu preenchimento era possível a partir de informações, do paciente, obtidas através do sistema informatizado do hospital. Os dados foram transportados para o software EpInfo versão 3.3.2, para posterior análise estatística, a qual foi realizada através do programa estatístico SPSS 14.0. As infecções adquiridas no hospital foram classificadas de acordo com critérios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) (3), os quais são baseados nos critérios do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC).(4) A multirresistência bacteriana foi classificada de acordo com recomendações do CDC e critérios da CCIH do HCPA, e foram incluídas as seguintes bactérias: Klebsiella spp e Escherichia coli produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL); Pseudomonas spp resistente a ceftazidima e/ou resistentes a carbapenêmicos; Acinetobacter spp resistente a ampicilina/sulbactam e/ou resistentes a carbapenêmicos; Enterobacter spp - Citrobacter spp - Serratia spp e Proteus spp resistente a todos os antibióticos exceto carbapenêmicos; Stenotrophomonas maltophilia resistente a sulfametoxazol/trimetropim, Enterococcus spp resistente a vancomicina (VRE) e Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA). Os isolados com suscetibilidade intermediária foram considerados como resistentes. Resultados: Germes multirresistentes (GMR) foram identificados em 32,5% dos isolados microbiológicos. Em geral, os GMR mais comumente encontrados foram ESBL (32.3%; N= 72); MRSA (29.2%; N= 65), Acinetobacter baumanii (21.5%; N= 48), Pseudomonas aeruginosa (8.1%; N= 18). Em Infecções do trato respiratório (ITR), Infecções do trato urinário (ITU) e hemoculturas os GMR mais prevalentes foram, respectivamente, MRSA (40,8%; N= 51), Escherichia coli (21,6%; N= 8), MRSA e Escherichia coli (15,8%; N= 3). Os fatores de risco identificados para a emergência de GMR foram o uso de antimicrobianos em enfermarias (P<0.001), especialmente sulfonamidas (P=0.005), cefalosporinas de terceira geração (P=0.05), cefalosporinas de quarta geração (P<0.01), vancomicina (P<0.01), carbapenêmicos (P<0.01), quinolonas (P<0.01), penicilinas (P=0.03) e penicilinas associadas a inibidores de β-lactamase (P<0.01). O uso de antimicrobianos em UTI também foi considerado um fator de risco para antibióticorresistência (P<0.01), em especial para os seguintes antimicrobianos: cefalosporinas de segunda geração (P=0.05), cefalosporinas de quarta geração (P=0.004), vancomicina (P<0.01), aminoglicosídeos (P=0.02), macrolídeos (P=0.03), carbapenêmicos (P<0.01), quinolonas (P<0.01) e penicilinas (P<0.01). A soma do uso de algumas classes de antimicrobianos, nas enfermarias e UTI, também foram fatores de risco para multirresistência bacteriana (P<0.01), sendo significativo o uso de sulfonamidas (P<0.01), cefalosporinas de terceira geração (P=0.021), vancomicina (P<0.01), macrolídeo (P=0.03), carbapenêmicos (P<0.01), quinolona (P<0.01), penicilina (P<0.01) e penicilinas associadas à inibidores de β-lactamase (P=0.04). Na análise multivariada, os dias de internação prévia a internação atual (considerando os últimos seis meses) e uso de antimicrobianos, somando enfermarias e UTI, foram fatores de risco para GMR, (P<0.01 e P<0.01), respectivamente. O uso de quinolonas em UTI (P=0.02), aminoglicosídeos em UTI (P<0.01), carbapenêmicos somado o uso nas enfermarias e UTI (P<0.01), uso de quinolonas nas enfermarias (P=0.05) e AIDS (P=0.02) também foram considerados fatores de risco para multirresistência bacteriana. Na análise multivariada, os fatores de risco associados à mortalidade hospitalar foram identificação de pacientes portadores de GMR (P<0.01), uso prévio de antimicrobianos nas enfermarias (P<0.01), dias de uso de SVD (P<0.01) e CVC (P<0.01), APACHE II score (P<0.01), idade (P<0.01), dias de internação prévia a internação atual (P<0.01), dias de internação no HCPA (P<0.01), doenças hematológicas (P<0.01) e transplante de medula óssea (P=0.05) Conclusão: Houve correlação entre dias de internação prévia a internação atual; uso de antimicrobianos quando utilizados nas enfermarias, e logo depois, na UTI; uso de quinolonas na UTI, uso de quinolonas nas enfermarias, uso de aminoglicosídeos na UTI, carbapenêmicos somando as enfermarias e UTI e AIDS com a emergência de GMR. Considerando os fatores de risco para a mortalidade hospitalar foi possível observar que o surgimento de GMR, consumo prévio de antimicrobianos nas enfermarias, dias de uso de SVD e CVC, grau de gravidade do paciente, idade, dias prévios de internação, dias de internação no HCPA, doenças hematológicas e transplante de medula óssea foram independentemente associados à mortalidade em pacientes internados na UTI com diagnóstico de infecção hospitalar. / Introduction: Hospital-acquired infections (HAI) are considered one of the major public health problems worldwide. It is estimated that between 5% and 15% of hospitalised patients acquire an infection during hospitalisation and approximately between 25% and 40% receive antibiotics for treatment or prophylaxis of infections (1). These HAI are especially serious in ICUs, where patients are more susceptible and micro-organisms are more resistant, when compared to those in other hospital areas. It is known that these critical care patients present between 5 and 10 times greater probability of acquiring a HARI than in other lower complexity hospital units (2). For this reason, the World Health Organization (WHO) has identified antimicrobial resistance as one of the three major threats for human health. Objectives: The aim of this study is to evaluate the risk factors for multi-bacterial resistance (1) and mortality risk factors (2) for patients hospitalised in the Intensive Care Unit (ICUs) of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) who had a hospital acquired infection diagnosis during the period between January 2008 and December 2009. Design: Retrospective cohort study Methods: For this study, the microbiological analyses of the patients with a diagnosis of hospital acquired infection, attended to in the ICU of the HCPA, during the period from January 2008 until December 2009, were evaluated. A collection form was created in order to obtain the necessary data for the study. Its completion was possible from the information supplied by the patient, obtained through the hospital’s computarised system. The data was transferred to the Epinfo 3.3.2 software version for subsequent statistical analysis, which was performed using the SPSS 14.0 statistics programme. Hospital acquired infections were classified according to the criteria of the Hospital Infection Control Committee (HICC) (3), which are based upon the criteria of the Centers for Diseases Control and Prevention (CDC).(4) Multi-bacterial resistance was classified according to the recommendations of the CDC, as well as, criteria from the HICC of the HCPA, and the following bacteria were included: Klebsiella spp and Escherichia coli, producers of extended-spectrum β-lactamase (ESBL); Pseudomonas spp, resistant to ceftazidime and/or resistant to carbapenems; Acinetobacter spp, resistant to ampicillin/sulbactam and/or carbapenems resistant; Enterobacter spp - Citrobacter spp - Serratia spp and Proteus spp, resistant to all antibiotics except carbapenems; sulfametoxazol/trimetropim resistant Stenotrophomones maltophilia, vancomycin resistant (VRE) Enterococcus spp and meticilin resistant Staphylococcus aureus (MRSA). The isolates with intermediate susceptibility were considered resistant. Results: Multi-resistant germs (MRG) were identified in 32,5% of the microbiological isolates. In general, the most commonly found MRG were: ESBL (32.3%; N= 72); MRSA (29.2%; N= 65), Acinetobacter baumanii (21.5%; N= 48) and Pseudomonas aeruginosa (8.1%; N= 18). In respiratory tract infections (RTI), urinary tract infections (UTI) and hemocultures, the most prevalent MRGs were, respectively, MRSA (40,8%; N= 51), Escherichia coli (21,6%; N= 8), MRSA and Escherichia coli (15,8%; N= 3). The risk factors identified for the emergence of MRGs were: the use of antimicrobials in wards (P<0.001), especially sulphonamides (P=0.005), third generation cephalosporins (P=0.05), fourth generation cephalosporins (P<0.01), vancomycin (P<0.01), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01), penicillins (P=0.03) and penicillins associated with β-lactamase inhibitors (P<0.01). The use of antimicrobials in the ICU was also considered a risk factor for antibiotic resistance (P<0.01), especially for the following antimicrobials: second generation cephalosporins (P=0.05), fourth generation cephalosporins (P=0.004), vancomycin (P<0.01), amino glycosides (P=0.02), macrolides (P=0.03), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01) and penicillins (P<0.01). The sum of the use of some antimicrobial classes, in the wards and in the ICU, were also risk factors for bacterial multiresistance (P<0.01), being significant the use of sulphonamides (P<0.01), third generation cephalosporins (P=0.21), vancomycin (P<0.01), macrolides (P=0.03), carbapenems (P<0.01), quinolones (P<0.01), penicillin (P<0.01) and penicillin associated with β-lactamase inhibitors (P=0.04). In the multivariate analysis, the amount of days in hospital, previous to the current hospitalisation (taking into account the past six months) and the use of antimicrobials, adding-up wards plus ICU, were risk factors for MRG, (P<0.01 and (P<0.01), respectively. The use of quinolones in the ICU (P=0.02), amino glycosides in the ICU (P<0.01), carbapenems, adding the use in the wards to the use in the ICU (P<0.01), use of quinolones in wards (P=0.05) and AIDS (P=0.02) were also considered risk factors for multi-bacterial resistance. In the multivariate analysis, the risk factors associated with hospital mortality were identified in patients bearing MRG (P<0.01), previous use of antimicrobials in wards (P<0.01), days of use of urinary catheter (UC) (P<0.01) and central venous catheter (CVC) (P<0.01), APACHE II score (P<0.01), age, previous days of hospitalisation before the current event (P<0.01), number of days hospitalised in the HCPA (P<0.01), haematological disease (P<0.01) and bone marrow transplant (P=0.05). Conclusion: There was a correlation between a previous hospitalisation and the current one, use of antimicrobials, when used in wards and soon after in the ICU; use of quinolones in the ICU, use of quinolones in the ward, use of amino glycosides in the ICU, carbapenems, adding use in wards and in the ICU and AIDS, with the emergence of MRGs. Taking into account the risk factors for hospital mortality, it was possible to observe that the emergence of MRGs, previous use of antimicrobials in the wards, days on UC and CVC, degree of severity of the patient’s health condition, age, previous amount of days hospitalised before the current occurrence, number of days hospitalised in the HCPA, hematological disease and bone marrow transplantation were independently associated with patient mortality, for individuals hospitalised in the ICU with a diagnosis of hospital infection.
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DETECÇÃO MOLECULAR DE BETA-LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO EM ISOLADOS CLÍNICOS DE Pseudomonas aeruginosa PROVENIENTES DE HOSPITAL PÚBLICO DE PERNAMBUCOSILVA JÚNIOR, Valdemir Vicente da 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria gram-negativa conhecida por causar infecções oportunistas em diversos sítios do corpo humano principalmente tendo como destaque as infecções das vias aéreas. Estes patógenos apresentam resistência intrínseca a várias classes de agentes antimicrobianos, e notável habilidade em adquirir outros mecanismos de resistência, como por exemplo, a ação de enzimas beta-lactamases. Os genes que codificam essas enzimas geralmente são adquiridos através de mecanismos de transferência genética intra e/ou interespécies. A ação dessas beta-lactamases juntamente com outros mecanismos de resistência é frequentemente a razão das falhas terapêuticas durante o tratamento das infecções. Sendo assim, o presente estudo visou determinar a frequência genotípica de beta-lactamases do tipo ESBL (Beta-lactamases de espectro estendido) em isolados de P.aeruginosa provenientes do Hospital das Clínicas de Pernambuco (HC-UFPE). Os 159 isolados tiveram seu DNA extraído através do kit Brazol. O DNA obtido da extração foi quantificado e diluído para então iniciar a pesquisa genética através da técnica de PCR. Os isolados foram selecionados para pesquisa molecular de acordo com o perfil de resistência. Para o gene blaTEM, 1,41% (1/71) apresentou positividade; com relação ao blaGES observou-se que 2 isolados dos 54 testados (3,92%) carreavam o gene, após sequenciamento e análise in silico verificou-se que se tratava da GES-1; a tipagem molecular por ERIC-PCR demonstrou que os dois isolados são geneticamente relacionados. Esses achados possuem importância epidemiológica molecular dado que o gene blaGES em P.aeruginosa ainda não foi descrito no nordeste Brasileiro e o gene blaTEM em P.aeruginosa não foi relatado no Brasil; e portanto, servem de alerta para uma possível disseminação desses genes que contribuem de forma expressiva na resistência apresentada por isolados de P.aeruginosa.
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Caracterização de isolados de actinobactérias utilizando BOX-PCR e URP-PCR e purificação de composto bioativo produzido por um isolado de Streptomyces sp. / Characterization of actinobacterias isolates using BOX-PCR and URP-PCR and purification of a bioactive compound produced by an isolate of Streptomyces spBorba, Marcela Proença January 2016 (has links)
O filo Actinobacteria é um importante grupo de bactérias Gram positivas amplamente distribuídas nos ambientes aquáticos e terrestres, são grandes produtores de compostos biologicamente ativos e, portanto, de grande interesse biotecnológico. O gênero Streptomyces destaca-se como maior produtor destes compostos, sendo responsável por cerca de 70% dos antibióticos que hoje utilizamos. A identificação dos organismos deste gênero ainda é um desafio. Durante muitos anos a identificação foi realizada somente com base em características morfológicas e fisiológicas. Atualmente, com o avanço das técnicas moleculares, há um grande número de espécies relatadas em bancos de dados genômicos. Este trabalho tem por objetivo identificar isolados de actinobactérias presentes no Laboratório de Microbiologia Ambiental ICBS/UFRGS com auxílio das técnicas de BOX-PCR, amplamente utilizado em estudos de diversidade dentro deste filo, e URP-PCR. E, além disso, realizar purificação parcial de um composto antimicrobiano efetivo contra bactérias produzido pelo isolado Streptomyces 8S. Os primers URP e BOX1AR produziram distintos padrões de amplificação nos isolados estudados, porém não foi possível investigar as relações de similaridade entre eles. Ainda o sequenciamento da região 16S rDNA não foi eficiente para identificar as espécies. Para a purificação do composto antimicrobiano foi realizada extração líquido-líquido com o solvente acetato de etila, posteriormente cromatografia de gel-filtração (Sephadex G-75) e troca iônica (SP-Sepharose e DEAE-celulose). A atividade antimicrobiana do composto foi recuperada após cada etapa. O composto manteve-se ativo após os ensaios de estabilidade frente à adição de EDTA, enzimas proteolíticas e altas temperaturas. Isto sugere que o composto antimicrobiano não é de origem protéica. Este trabalho sugere novos estudos a partir dos resultados preliminares obtidos, como a amplificação de todo o fragmento 16S rDNA dos isolados de actinobactérias e a investigação do composto antimicrobiano através de cromatografias de alta resolução. / The Actinobacteria phylum is an important group of Gram positive bacteria widely distributed in terrestrial and aquatic environments. They are major producers of biologically active compounds and therefore of great biotechnological interest. The genus Streptomyces stands out as the largest producer of these compounds, accounting for about 70% of the antibiotics that we use today. The identification of these organisms is still a challenge. For many years the identification was carried out only based on morphological and physiology characteristics. Today, with the advance of molecular techniques, there are a large number of species reported in genomics database. This work aims to identify isolates of actinobacterias present in the Laboratório de Microbiologia Ambiental ICBS / UFRGS with the help of BOX-PCR techniques, widely used in diversity studies within this phylum, and URP-PCR. And besides that, performing partial purification of an antimicrobial compound effective against bacteria produced by Streptomyces 8S isolated. The URP and BOX1AR primers produced different amplification patterns in the isolates, but it was not possible to investigate the relationship of similarity between them. Also the sequencing of 16S rDNA was not efficient to identify the species. To purify the antimicrobial compound was carried out liquid-liquid extraction with the solvent ethyl acetate, subsequently chromatography: gel-filtration (Sephadex G-75) and ion exchange (SP-Sepharose and DEAE-cellulose). The antimicrobial in question did not adhere to the SP-Sepharose column, showing that it has negative charge. The antimicrobial activity of the compound was recovered after each step. The compound remained active after the stability tests like the addition of EDTA, proteolytic enzymes and high temperatures. This suggests that the antimicrobial compound is not a protein. This work suggests further studies based on the obtained preliminary results such as the amplification of the entire 16S rDNA of actinobacterias isolated fragment and the investigation of the antimicrobial compound using high resolution chromatography.
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Avaliação de atividade antibacteriana do actinomiceto endofítico R18(6) contra bactérias gram-negativas multirresistentes / Evaluation of antibacterial activity of endophytic actinomycete R18(6) against gram-negative bacteria multidrug resistantCarvalho, Tiele da Silva January 2014 (has links)
As bactérias Gram-negativas das famílias Enterobacteriaceae e Pseudomonadaceae são os patógenos mais comumente isolados de infecções. Devido ao crescente aparecimento de micro-organismos resistentes aos antimicrobianos disponíveis para terapêutica, a busca de novos compostos tornou-se eminente, principalmente oriundos de fontes naturais cultiváveis. Os actinomicetos são uma das principais fontes de metabólitos secundários com atividade antibacteriana. Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial do actinomiceto endofítico R18(6) em produzir metabólitos ativos contra bactérias Gram-negativas multirresistentes. Para isto, utilizou-se o teste de dupla camada para avaliar a capacidade de produção de metabólitos ativos pelo actinomiceto. As condições de cultivo, como fontes de carbono, temperatura, pH, modo de incubação e tempo de incubação do isolado, sob cultura submersa, foram otimizadas. A atividade antimicrobiana do isolado foi avaliada a cada 24 horas durante 10 dias utilizando a técnica de difusão em poço, na qual foram medidos os halos de inibição. O actinomiceto mostrou melhor atividade contra as bactérias Gram-negativas testadas quando cultivado em meio base contendo glicose como fonte de carbono, pH ajustado para 6.5, incubação a 30ºC sob agitação constante durante 96 horas. No ensaio de concentração inibitória mínima do extrato bruto, esta variou entre 1/32 e 1/256, e mostrou atividade bactericida ou bacteriostática de acordo com o isolado Gram-negativo. O extrato ativo foi avaliado quando à sua estabilidade térmica e enzimática, o qual se apresentou estável a altas temperaturas e instável às enzimas proteolíticas. O extrato bruto foi submetido à extração com solventes e a acetona mostrou-se eficiente como solvente extrator. A micromorfologia do isolado foi observada em microscopia óptica e de varredura, nos quais apresentou características semelhantes ao gênero Streptomyces. O actinomiceto endofítico R18(6) mostrou ser uma nova fonte promissora para a produção de compostos ativos contra bactérias Gram-negativas multirresistentes. / Gram-negative bacteria of the Enterobacteriaceae and Pseudomonadacea family are the most common pathogens isolated from infections. Due to the increase of microorganisms resistant to antimicrobial agents available for treatment, the search for new compounds, mainly from natural and culturable sources, has become an important issue. The actinomycetes are a major source of secondary metabolites with antibacterial activity. The aim of this work was to evaluate the potential production of active metabolites by the endophytic actinomycete R18(6) against Gram-negative bacteria multiresistant. For this, the double layer method was used to assess the ability of production of active metabolites by the isolate. Based on this assay the culture condition growth of the isolate in submerged culture was optimized. For that as carbon source, temperature, pH, incubation way and incubation time were tested looking for a better metabolite production. The antimicrobial activity of the isolate was evaluated every 24 hours for 10 days by the well diffusion assay, where the inhibition halo was measured. The actinomycete showed the best activity against Gram-negative bacteria when cultured in base medium supplemented with glucose, adjusted in pH 6,5, incubation temperature of 30ºC for 96 hours with agitation. In the microdilution assay the concentration of crude extract varied from 1/32 to 1/256, and it showed bactericidal or bacteriostatic activity according to Gram-negative tested isolate. The thermal and enzymatic stability of crude extract were evaluated, where it exhibited thermal stability in high temperature and it was unstable to proteolytic enzymes. The crude extract was subjected to solvent extraction and acetone was efficient as extractor solvent. The isolate showed similar characteristics of the genus Streptomyces when evaluated by optical and scanning microscopy. The endophytic actinomycete R18(6) showed to be a new and a promising source of active metabolites production against Gram-negative bacteria multidrug resistant.
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