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Gênero e dependência alcoólica: análise de pacientes tratados em ambulatório especializadoElbreder, Márcia Fonsi [UNIFESP] 29 September 2010 (has links) (PDF)
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Publico-318f.pdf: 2037557 bytes, checksum: e75bd7aa08c5f4f425dc41f10276bc0a (MD5) / Introdução: A dependência do álcool é um grave problema de saúde pública no mundo. Neste contexto, homens e mulheres apresentam características heterogêneas e, consequentemente, comportam-se de maneira distinta nas diferentes etapas do processo de tratamento. Objetivos: 1. Caracterizar a amostra de pacientes quanto às variáveis: sociodemográficas, consumo alcoólico e intervenções terapêuticas, com enfoque no gênero; 2. Identificar os fatores associados à retenção, após a 4ª semana, nos primeiros 12 meses de tratamento, entre homens e mulheres dependentes do álcool; 3. Comparar o tempo de retenção, nos primeiros 12 meses de tratamento, entre homens e mulheres dependentes do álcool. Metodologia: Trata-se de estudo transversal retrospectivo, com amostra de 1051 pacientes (833 homens e 218 mulheres), que preencheram critérios diagnósticos para a síndrome de dependência do álcool, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), que procuraram tratamento pela primeira vez na Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD), no período de janeiro de 2000 a janeiro 2006 e que compareceram semanalmente aos atendimentos terapêuticos. A primeira consulta (triagem) foi definida como o tempo zero do estudo; a partir daí os pacientes foram analisados durante os 12 meses consecutivos. A retenção no tratamento foi medida em “semanas de tratamento”, considerando-se abandono de tratamento como a quarta falta consecutiva e sem justificativa. Resultados: As mulheres dependentes do álcool apresentaram maior índice de desemprego, viviam menos com um companheiro, tinham nível educacional mais alto, iniciaram o consumo alcoólico mais tardiamente, necessitaram menos do programa de desintoxicação alcoólica ambulatorial, consumiam mais fermentados, apresentaram menos comorbidades psiquiátricas, usaram menos medicações coadjuvantes durante o tratamento e, em geral, apresentaram mais obstáculos para a entrada, retenção e abandono de tratamento, quando comparadas aos homens dependentes do álcool. O uso do Dissulfiram contribuiu para a retenção no tratamento, independentemente do gênero. A regressão logística final verificou que a retenção, após a 4ª semana, nos primeiros 12 meses de tratamento, tem mais chance de ocorrer entre os pacientes mais velhos, que utilizavam alguma medicação coadjuvante durante o tratamento, que bebiam mais frequentemente durante a semana e que apresentavam grau grave de dependência alcoólica. O tempo de retenção no tratamento foi de oito semanas, independentemente do gênero. Conclusões: Homens e mulheres dependentes do álcool apresentam uma série de nuances, que devem ser explorados para melhor entendimento de suas necessidades e especificidades, visando tornar as abordagens terapêuticas e ações preventivas mais eficazes. / TEDE
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