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A diferença está na pele?: depoimentos de mulheres negras e brancas presas na Penitenciária Feminina de Sant anaBiazeto, Ana Luiza de F. 13 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-13 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation aims to analyze the life of incarcerated black women at the
Sant ana s Women Penitentiary in São Paulo, Brazil. This research attempts to shed
light on the reasons why black and white women are in this penitentiary examining
the causes of their arrests and relating the results obtained in this study to
propositional the starters to a policy geared to women prisoners and blacks. The high
number of black women (black or mixed) in the Brazilian prison system and the case
of a 15 years old from Pará who had over 20 men in her cell in Belém in November
2007, are matters that motivated this research . As a result of theoretical studies and
interviews, it is noted that the presence of blacks in the prison system is a historical
reality, despite changes in the governing laws over the years, continued racism has
made it possible to analyze this historical process in the penal system. It is
impossible to investigate the criminal matter without taking into account the variables
of gender that accompany it. The circumstances in the penitentiary system of blacks
and women are examples of social issues, which in order to be understood in Brazil
and Latin America require critical studies of relevant fields and the historical and
structural processes that established societies in the continent. The incarcerated
black woman, therefore, is manifestation of a social issue. In this qualitative research,
three black women and three white women were interviewed in order to find
differences and similarities in their reports. The female inmates are housed in
separate prisons according to their crimes with drug trafficking being the most
common crime among the inmates. This study analyzed the meaning, interpretation
and explanation of the content of the communication articulated during interviews,
focusing on the following subjects: drug trafficking, social inequalities, skin color, and
prejudice. This thesis has an enhanced purpose to shed light on key aspects that
affect the incarcerated female population in Brazil and also helps to (re) construct
female identities, even behind bars. Concerning black women, the act of (re)
constructing their female and black identities is necessary for them to accept
themselves. Consequently their acceptance of their own identities will allow for their
individual progress and also the progress of their daughters. The (re) construction of
female identities is an area which really needs to be strengthened and present within
Brazilian history. In addition, another key emphasis of this study is the need for
autonomy of the perception of the incarcerated female / A presente dissertação tem como objetivo principal analisar a trajetória de mulheres
negras e presas na Penitenciária Feminina de Sant ana. Busca-se, também,
conhecer e compreender os motivos de incidência das mulheres negras e brancas
nesta penitenciária, compreender os motivos que as levaram à prisão e articular os
resultados obtidos no estudo a medidas propositivas voltadas às mulheres presas e
negras. O elevado número de mulheres negras (pretas ou pardas) no sistema
prisional brasileiro e o caso da adolescente paraense - de 15 anos, presa com mais
de 20 homens numa cela em Belém, em novembro de 2007 -, são aspectos que
motivaram a realização deste trabalho. Em decorrências dos estudos teóricos e
entrevistas realizadas, nota-se que a presença do negro no sistema prisional se dá
de longa data, com mutações de acordo com os códigos de leis que regiam épocas
e que através do racismo é possível enxergar os sistemas penais ao longo de todo o
processo histórico. Evidencia-se, também, que não é possível investigar a questão
criminal sem levar em conta as variáveis de gênero que a acompanham. As
situações do sistema prisional, do negro e da mulher são aqui elucidadas como
expressões da questão social, que - para ser entendida no Brasil e na América
Latina - exige uma revisitação crítica da ação dos sujeitos e dos processos históricoestruturais
que instituíram as sociedades do continente. A mulher negra e presa,
portanto, é considerada uma das expressões da questão social. Nesta pesquisa
qualitativa, foram ouvidas três mulheres negras e três brancas, a fim de verificar
diferenças e semelhanças nos relatos. O perfil das interlocutoras foi diversificado
pela própria instituição prisional, sendo o tráfico de entorpecentes o delito comum
entre elas. Realizou-se o estudo e a análise de conteúdo, através da compreensão,
interpretação e explicação das formas de comunicação das entrevistas realizadas,
com os seguintes itens de análise: o tráfico, as desigualdades sociais, a cor da pele
como marca e o preconceito. A proposta amplificada desta dissertação visa elucidar
aspectos que assolam a população prisional feminina brasileira e colaborar para
(re)construir uma identidade feminina, mesmo que atrás das grades. No que
concerne à mulher negra, (re)construir uma identidade feminina e negra, de
aceitação própria, para o progresso e avanço próprio e das filhas, que
necessariamente demandam ser fortalecidas e presentes na história brasileira.
Acrescido a isso, vislumbra-se através da continuidade deste trabalho, a emergência
da percepção da autonomia de quem se encontra presa
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