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A vazão (in)dizível do ser. Sobre das Ereignis em Heidegger e o gozo em Lacan / The (un)speakable outflow of being. On the concepts of das Ereignis in Heidegger and Enjoyment in LacanSouza, Elton Augusto Pinotti e 17 June 2016 (has links)
Investigamos os possíveis efeitos das experiências de atravessamento das identificações e representações do ser, implicados no conceito de gozo feminino de Jacques Lacan, e também no estudo da superação da metafísica no ser-o-aí (Dasein) de Martin Heidegger, ocasião de desvelamento em que o ser irrompe com uma singular estranheza (das Ereignis). Nosso objetivo foi o de esclarecer quais seriam possíveis finalidades clínicas e efeitos transformativos, face ao patológico, que o tratamento psicanalítico poderia conferir às experiências de transbordamento do ser para mais além das significações fálicas. Para tanto, a metodologia escolhida foi o estudo da obra de dois dos principais expoentes do século XX nos campos da filosofia e da psicanálise, legitimadores cada qual a seu modo da formalização e da escuta de um paradoxo: o ser é ao mesmo tempo íntimo e estrangeiro, radicalmente inacessível ao pensamento, e neste sentido se provaria êxtimo. Num primeiro momento, esclarecemos os sentidos da extimidade ou ek-sistência do ser nas obras de Heidegger, em textos de 1927 a 1966, e de Lacan, sobretudo no recorte de seu seminário 20 (1972-73), paradigmas com os quais pudemos trabalhar, em nosso último capítulo, certos desafios que a lacuna do ser traz à situação clínica. Como resultado, sustentamos a leitura de que o ser para a psicanálise lacaniana se apreende pelo conceito de gozo, em suas duas modalidades: ser da significância, correlata ao gozo fálico típico da fantasia neurótica, e Outra irrepresentável, denominada de gozo feminino. Como efeitos deste gozo desconhecido, desarticulador da representação objetal, dar-se-iam os temporários atravessamentos das identificações do sujeito, bem como das amarrações simbólicas do sintoma; experiências que podem transcorrer em efeitos de indeterminação produtiva. Concluímos que, sobretudo em virtude da vazão indizível do ser, podemos romper com uma leitura a nosso ver reducionista da psicanálise em que a perspectiva monoculturalista e falocêntrica perpetuasse, clinicamente, efeitos de sujeito em relação exclusivamente fálica-objetal com o ser. Defendemos finalmente a importância de uma 9 escuta psicanalítica capaz de diferenciar o ser do objeto, caso se atente também à insólita abertura de um ser para mais além do Falo / This research investigates the possible effects of certain experiences that cross over the identifications and representations of Being, implied on Jacques Lacans concept of feminine enjoyment and also regarding the overcoming of metaphysics in Martin Heideggers concept of Being-there (Dasein), which refers to an unconcealment experience in which Being bursts out with a singular strangeness (das Ereignis). We aim to clarify the clinical purposes and transformative effects on the pathological treatments which psychoanalysis may convey on the overflow experiences of Being beyond phallic signification. Therefore, the adopted methodology was to study the work of two of the twentieth centurys leading exponents in the fields of philosophy and psychoanalysis who legitimize, each in their own way, the formalization and the understanding of the following idea: that the inner being of man is out of his imaginary or representative reach, and by being inner and outer at the same time, Being is extimity. At first, we clarified how a strange possibility of enjoyment of extimacy or of the ek-sistence of Being is formulated in the works of Heidegger between 1927 and 1966, as well as in Lacans theory, especially within the clipping of his seminar 20 (1972-73). Thus, supported by those two paradigms, in our last chapter we could reflect about certain challenges that the unspeakable Being brings to the clinical situation. As the outcome of our research, we argue that the concept of Being in lacanian psychoanalysis is held by the concept of enjoyment in its two forms: firstly, as the Being of significance related to the phallic enjoyment of neurotic fantasy and, secondly, as the unrepresentable Other, related to the experience of extimacy within feminine enjoyment. As effects of this unknown enjoyment, devoid of object representation, the subjects identifications, as well as the symbolic symptoms bindings, would helplessly flow through; which characterizes them as experiences that could elapse productive indeterminacy effects. Finally, after studying the problems of Being and of the Unspeakable in clinical practice, we conclude that due to the unspeakable outflow of 11 Being through the perspective of certain experiences of indetermination, it is possible to break, as we understand it, the reductionist interpretation of psychoanalysis in which the monoculturalistic and phallocentric perspective could clinically perpetuate the effects of the subject in exclusively phallic-objectal relations with its Being. We finally stand for the importance of a psychoanalytical listening also capable of differentiating Being and object, as long as psychoanalysts look out for an opening of Being beyond the Phallus
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A vazão (in)dizível do ser. Sobre das Ereignis em Heidegger e o gozo em Lacan / The (un)speakable outflow of being. On the concepts of das Ereignis in Heidegger and Enjoyment in LacanElton Augusto Pinotti e Souza 17 June 2016 (has links)
Investigamos os possíveis efeitos das experiências de atravessamento das identificações e representações do ser, implicados no conceito de gozo feminino de Jacques Lacan, e também no estudo da superação da metafísica no ser-o-aí (Dasein) de Martin Heidegger, ocasião de desvelamento em que o ser irrompe com uma singular estranheza (das Ereignis). Nosso objetivo foi o de esclarecer quais seriam possíveis finalidades clínicas e efeitos transformativos, face ao patológico, que o tratamento psicanalítico poderia conferir às experiências de transbordamento do ser para mais além das significações fálicas. Para tanto, a metodologia escolhida foi o estudo da obra de dois dos principais expoentes do século XX nos campos da filosofia e da psicanálise, legitimadores cada qual a seu modo da formalização e da escuta de um paradoxo: o ser é ao mesmo tempo íntimo e estrangeiro, radicalmente inacessível ao pensamento, e neste sentido se provaria êxtimo. Num primeiro momento, esclarecemos os sentidos da extimidade ou ek-sistência do ser nas obras de Heidegger, em textos de 1927 a 1966, e de Lacan, sobretudo no recorte de seu seminário 20 (1972-73), paradigmas com os quais pudemos trabalhar, em nosso último capítulo, certos desafios que a lacuna do ser traz à situação clínica. Como resultado, sustentamos a leitura de que o ser para a psicanálise lacaniana se apreende pelo conceito de gozo, em suas duas modalidades: ser da significância, correlata ao gozo fálico típico da fantasia neurótica, e Outra irrepresentável, denominada de gozo feminino. Como efeitos deste gozo desconhecido, desarticulador da representação objetal, dar-se-iam os temporários atravessamentos das identificações do sujeito, bem como das amarrações simbólicas do sintoma; experiências que podem transcorrer em efeitos de indeterminação produtiva. Concluímos que, sobretudo em virtude da vazão indizível do ser, podemos romper com uma leitura a nosso ver reducionista da psicanálise em que a perspectiva monoculturalista e falocêntrica perpetuasse, clinicamente, efeitos de sujeito em relação exclusivamente fálica-objetal com o ser. Defendemos finalmente a importância de uma 9 escuta psicanalítica capaz de diferenciar o ser do objeto, caso se atente também à insólita abertura de um ser para mais além do Falo / This research investigates the possible effects of certain experiences that cross over the identifications and representations of Being, implied on Jacques Lacans concept of feminine enjoyment and also regarding the overcoming of metaphysics in Martin Heideggers concept of Being-there (Dasein), which refers to an unconcealment experience in which Being bursts out with a singular strangeness (das Ereignis). We aim to clarify the clinical purposes and transformative effects on the pathological treatments which psychoanalysis may convey on the overflow experiences of Being beyond phallic signification. Therefore, the adopted methodology was to study the work of two of the twentieth centurys leading exponents in the fields of philosophy and psychoanalysis who legitimize, each in their own way, the formalization and the understanding of the following idea: that the inner being of man is out of his imaginary or representative reach, and by being inner and outer at the same time, Being is extimity. At first, we clarified how a strange possibility of enjoyment of extimacy or of the ek-sistence of Being is formulated in the works of Heidegger between 1927 and 1966, as well as in Lacans theory, especially within the clipping of his seminar 20 (1972-73). Thus, supported by those two paradigms, in our last chapter we could reflect about certain challenges that the unspeakable Being brings to the clinical situation. As the outcome of our research, we argue that the concept of Being in lacanian psychoanalysis is held by the concept of enjoyment in its two forms: firstly, as the Being of significance related to the phallic enjoyment of neurotic fantasy and, secondly, as the unrepresentable Other, related to the experience of extimacy within feminine enjoyment. As effects of this unknown enjoyment, devoid of object representation, the subjects identifications, as well as the symbolic symptoms bindings, would helplessly flow through; which characterizes them as experiences that could elapse productive indeterminacy effects. Finally, after studying the problems of Being and of the Unspeakable in clinical practice, we conclude that due to the unspeakable outflow of 11 Being through the perspective of certain experiences of indetermination, it is possible to break, as we understand it, the reductionist interpretation of psychoanalysis in which the monoculturalistic and phallocentric perspective could clinically perpetuate the effects of the subject in exclusively phallic-objectal relations with its Being. We finally stand for the importance of a psychoanalytical listening also capable of differentiating Being and object, as long as psychoanalysts look out for an opening of Being beyond the Phallus
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