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Eficiência da revegetação para manutenção de aves em áreas de restinga no nordeste brasileiro: testes com translocação e interação frugívoros-plantas

Vieira-filho, Arnaldo Honorato 29 July 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-17T14:55:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1489084 bytes, checksum: 041a54952cfb5cf205ab0b59a3510266 (MD5) Previous issue date: 2012-07-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In this study two hypothesis related to the non-colonization of a 20 years old post mining reforested restinga area by the native avifauna from natural restinga forests were tested: (1) the distance between natural restinga forests and the reforested area does not allow colonization by 13 -common birds species tested; (2) the reforested area does not present the necessary structural organization to support the interactions between frugivorous birds-plants. To test the distance hypothesis, experimental translocations with 60% of 13 birds species individuals were performed between June/2008 and April/2010, and monitored until September/2011. From all the 125 individuals translocated to the reforested area, 58 were recaptured in the natural area and only one was recaptured in the reforested area, indicating that many individuals returned to their original area and remained in it. This result shows that the distance of 500 m between both areas does not constitute a barrier for colonization of the reforested area by the studied species, due to their capability of transposing open areas between patches. Therefore, the non-colonization of the reforested area by these species must be related to other causes. To test the hypothesis related to vegetation structure and composition frugivory events were recorded through direct observations and monthly capture of birds during one sampling year. Thus, it was possible to examine the dietary composition of frugivorous birds species and to construct interaction networks between frugivorous birds and plant species, calculating the importance index from plant species to frugivorous birds and vice-versa. The results showed a bigger compartmentalization at the reforested interactions network when compared to the natural area's one and also a replacement of the main species, both birds and plants, included in the interactions networks. This can be explained by the difference in composition of bird and plant species in the studied areas and by the lower plant richness and density in the reforested one. We can conclude that the studied reforested area does not present plant structure and composition able to support the interactions network between frugivorous birds-plants yet. So, the introduction of seedlings of those key plant species found in the natural area interactions network in the reforested area is suggested in order to provide a greater fruit availability and the maintenance of the frugivorous avifauna in the recovery area. / No presente trabalho foram testadas duas hipóteses relacionadas a não colonização de uma área de restinga reflorestada pós-lavra há cerca de 20 anos por parte da avifauna presente em áreas de restinga nativa: (1) a distância entre a restinga nativa e a área reflorestada não permite a colonização de 13 espécies de aves comuns à região; (2) a área reflorestada não apresenta a organização estrutural necessária para suportar as interações entre aves frugívoras-plantas. Para testar a hipótese de distância, foram realizadas translocações experimentais de cerca de 60% dos indivíduos de 13 espécies de aves estudadas entre junho de 2008 e abril de 2010, seguidas de monitoramento até setembro de 2011. Dos 125 indivíduos translocados para a área reflorestada, 58 foram recapturados na área de restinga nativa e apenas um foi recapturado na área reflorestada, indicando que parte dos indivíduos retornaram à área original e permaneceram na mesma. Esse resultado mostra que a distância mínima de 500 m entre as áreas não se caracteriza como uma barreira para a colonização do reflorestamento pelas espécies estudadas, evidenciando sua capacidade de transpor áreas abertas entre os remanescentes de restinga. Portanto, a não colonização da área reflorestada por estas espécies deve estar associada à outra causa. Para testar a hipótese relacionada à estrutura e composição da vegetação foram registrados eventos de frugivoria através observações diretas e da captura mensal de aves durante um ano de amostragem. Dessa forma foi possível verificar a composição da dieta de espécies de aves frugívoras e construir as redes de interação entre as espécies de aves frugívoras e plantas, verificando-se o índice de importância das espécies vegetais para as aves frugívoras e vice-versa. Os resultados demonstram uma maior compartimentalização da rede de interações no reflorestamento em comparação com a rede da área nativa, além de uma substituição das principais espécies, tanto de aves como de plantas, envolvidas nas redes de interações observadas nas áreas amostradas. Isso pode ser explicado pela diferença na composição das espécies de aves e de plantas na área de estudo e as menores riqueza e densidade vegetais encontradas na área reflorestada. Face ao exposto, conclui-se que o reflorestamento estudado ainda não apresenta estrutura e composição vegetal capazes de suportar a rede de interações entre aves frugívoras-plantas. Assim sugere-se o plantio de mudas das espécies vegetais chave na área reflorestada a fim de proporcionar uma maior disponibilidade de frutos e a manutenção da avifauna frugívora na área em recuperação.

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