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Walter Benjamin entre tempo e linguagem: experiência, transmissão e formação como crítica do destino e da culpa / Walter Benjamin between time and language: experience, transmission and training as a criticism of fate and blameSouza Júnior, Adolfo Pereira de January 2016 (has links)
SOUZA JÚNIOR, Adolfo Pereira de. Walter Benjamin entre tempo e linguagem: experiência, transmissão e formação como crítica do destino e da culpa. 2016. 125f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-11-23T11:45:11Z
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Previous issue date: 2016 / Esta tese se propõe a encontrar um princípio formativo em Walter Benjamin. Seus textos sobre educação, sobre o jogo, sobre o brinquedo e sobre o teatro infantil fazem parte de uma rotina assistemática de delimitação desse princípio. Por meio deles, foi possível visitar um panorama mais amplo e determinante em sua obra, daquilo que está na relação entre experiência e transmissão. Desde os primeiros textos de juventude até as consagradas Teses sobre o conceito de história (1940), o problema da transmissão e de sua plasmação como experiência esteve sempre preso à construção de uma filosofia da história crítica do historicismo e emancipadora do destino e da culpa. Justamente por estar sempre trabalhando na fronteira entre a transmissão e a construção da história, Walter Benjamin desenvolve uma peculiar teoria da experiência. É, exatamente, ela que problematiza a relação entre tempo e linguagem: seja com a tradição filosófica, seja com o mundo moderno capitalista. Para compreender esse desenvolvimento assistemático e entrecruzado de sua teoria da experiência fizemos - como talvez ele o fizesse - uma experiência com seus textos. Nesta, aparece-nos um Benjamin que dá um passo fora da dialética, mas, no entanto, em favor dela. A experiência, para ele, é necessariamente devedora do modo como opera a transmissão. E a transmissão, devedora de um trabalho de velamento sobre um furo de sentido arcaico na linguagem e na cultura que determina o modo como experimentamos o tempo historicamente vivido. A transmissão se apresenta, assim, como o nexo temporal da experiência. Esse nexo não se funda em relações de causa e efeito, é um nexo de culpa. É nesse sentido que Benjamin pode ver com um bom olhar político a pobreza de experiência da vida moderna. Dentro daquilo que chamou de nova barbárie demonstra uma experiência que pode redimir nossa dívida com o passado. É um truque que salva aquilo que foi excluído e abre as possibilidades de um presente vivido na concretude do desejo. Essa posição com relação à experiência e ao tempo, Benjamin viu na infância, assim como na tarefa revolucionária. Elas têm o poder de consolidar um nexo que não se institui, que não faz necessário, que faz do mais arbitrário o mais legítimo. As Jornadas de Junho de 2013 fazem jus a essa experiência. Terminamos e começamos esta tese com elas.
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