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Alguns aspectos do conceito de razão em Voltaire

DIAS, Elizabeth de Assis 21 March 2000 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2018-04-11T13:29:24Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_AlgunsAspectosConceito.pdf: 13665994 bytes, checksum: 2dbc6250659175c663bb74251326a2fe (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2018-05-04T13:27:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_AlgunsAspectosConceito.pdf: 13665994 bytes, checksum: 2dbc6250659175c663bb74251326a2fe (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-04T13:27:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_AlgunsAspectosConceito.pdf: 13665994 bytes, checksum: 2dbc6250659175c663bb74251326a2fe (MD5) Previous issue date: 2000-03-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O nosso trabalho, pressupondo que existe um conceito de razão consolidado pelo movimento iluminista que fez com que o século XVIII se auto-denominasse "século da razão", "século da filosofia", etc., pretende investigá-lo. Nossa análise vincula-se à vertente francesa considerada a mais representativa do período, e elegemos Voltaire, por ser ele um dos mais acerbas defensores do uso esclarecido e livre da razão. A definição do caráter dessa racionalidade é quase sempre escamoteada, não chegando nem mesmo a ser tratada pela maioria dos estudiosos da época. O que freqüentemente eles procuram ressaltar a respeito desse século é que ele é impregnado por uma fé na razão, na capacidade intelectiva do homem que, somente através dela pode conseguir sua auto-libertação. Aceitando esta caracterização da filosofia das luzes, preocupamo-nos com um problema premente: de que razão se trata? Pois estamos conscientes de que a palavra "razão" há muito tempo deixou de ser um conceito simples e univoco. Basta percorrer a História da filosofia para constatar as mudanças de sentido que o termo "razão" sofreu no transcurso de sua existência. Se o século XVIII reivindica para si a adjetivação de "século da razão", "século das luzes," cabe-nos indagar: Qual a procedência desta racionalidade? Onde podemos encontrar o traço característico e distintivo desta designação? Como entender o sentido desta iluminação? Ao discutir essas questões, pretendemos sustentar que a razão, tal como foi concebida por Voltaire, era um pensamento de base empírico-experimental cujas origens não se encontram sobremodo no cartesianismo, mas na Física newtoniana e na Filosofia de Locke. Para elucidarmos o caráter da razão em Voltaire, analisamos criteriosamente sua obra fragmentária e procedemos como quem monta um quebra-cabeça, encaixando peça por peça, de modo a encontrar um fio condutor ou elementos que indicassem uma certa coesão de idéias. Não pretendemos, nos limites estreitos deste trabalho, esgotar todas as nuanças que a razão assumiu no seu pensamento, mas apenas indicar alguns de seus traços, orientações e apresentar alguns temas imbricados neste conceito. Como Voltaire é complexo e sua obra, imensa, tivemos que eleger algumas de suas obras que consideramos mais relevantes para o nosso estudo, como: o Tratado de metafísica., O filósofo ignorante, as Cartas filosóficas, o Dicionário filosófico, os Elementos da filosofia de Newton, o Tratado sobre a Tolerância e outras obras menores cujas referências serão registradas em notas de pé de página. Não nos esquecemos de consultar seus romances e contos, como Cândido, Micrômegas, e poemas de natureza mais filosófica, como Sobre o desastre de Lisboa, Sobre a lei natural, Discurso em verso sobre o homem. Mas o estudo de sua correspondência foi fundamental para elucidarmos certos aspectos de seu pensamento que não estavam muito bem delineados em suas obras. Gostaríamos de fazer uma última observação sobre as citações transcritas de obras que foram escritas nas línguas francesa ou inglesa. No corpo do trabalho, procuramos apresentar uma tradução própria ou de algum tradutor abalizado, que será identificado nas referências bibliográficas.

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