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Estatuto ontológico do conhecimento em Lukács: uma análise a partir da obra prolegômenos para uma ontologia do ser social / Ontological statute of knowledge in Lukács: an analysis based upon the prolegomena for an ontology of social beingBarbosa, Fabiano Geraldo January 2016 (has links)
BARBOSA, Fabiano Geraldo. Estatuto ontológico do conhecimento em Lukács: uma análise a partir da obra prolegômenos para uma ontologia do ser social. 2016. 122f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-04T14:09:05Z
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Previous issue date: 2016 / The first two decades of the twentieth century define the moment of greatest expression of a set of efforts around the building of the neo-positivist thought. The Vienna Circle, a group of scientists from different fields, such as the German physicist Moritz Schlick, the German mathematicians Hans Hahn and Rudolf Carnap, the Austrian sociologist and economist Otto Neurath, among others, marked the history of philosophy trying to establish a scientific philosophy. The neo-positivist doctrine, on the wake of Scientism - Empiricism - Naturalism, proposes the experimental sciences procedures as the only ones to possess scientific validity, thus, denying the reality of any entity that is not empirically perceptible. Undeniably, over the last century, science has become the interest of various fields of knowledge. Historians, sociologists, thinkers of different hues have shown increased interest in this field of study and research. Even despite the fact that neopositivism has disqualified, as Lukács attests, every question about being, placing it as unscientific, the truth is that philosophical propositions in the field of ontological investigation developed, each in its own way, and constituted as direct evidence of the phenomenon of the relationship between the question of being and praxis. That is, it is the "inescapable character of the ontological approach to the world problems as a fact that can not be overlooked also in our times” (Lukács, 2010, p. 34). However, this recognition does not equal such philosophical propositions to the ontology outlined by Lukács, from Marx. The concept of being found in trends contemporary to Lukács relies upon an isolated individual, allegedly abandoned in the world. To resort to the reflection on being, Lukács points out the determination of a specific, objective being, the social social. His intellectual project aims to rescue the Marxist ontology as the only possible way to conduct the thinking of the world to the being. Thus, this work is part of a field of studies and research marked by Marxian ontology, inaugurated by Lukács, assuming, here, as an object of appreciation for our analysis, the work Prolegomena to an ontology of social being. / As duas primeiras décadas do século XX demarcam o momento de maior expressão de um conjunto de esforços em torno da edificação do pensamento Neopositivista. O Círculo de Viena, um grupo de cientistas de diversas áreas, tais como o físico alemão Moritz Schlick, os matemáticos alemães Hans Hahn e Rudolf Carnap, o sociólogo e economista austríaco Otto Neurath, entre outros, marcou a história da Filosofia ao tentar estabelecer uma filosofia científica. A doutrina Neopositivista, sobre a esteira do Cientificismo – Empirismo – Naturalismo, propõe os procedimentos das ciências experimentais como os únicos a possuírem validade científica, negando, desta forma, a realidade de qualquer ente que não seja empiricamente experimentável. Inegavelmente, ao longo do último século a ciência passou a ser interesse dos diversos campos do conhecimento. Historiadores, sociólogos, pensadores dos mais diversos matizes demonstram cada vez mais interesse nesse campo de estudo e investigação. Mesmo a despeito de o Neopositivismo haver desqualificado, como atesta Lukács, toda indagação acerca do ser, colocando-a como anticientífica, a verdade é que as proposições filosóficas no campo da investigação ontológica se desenvolveram, cada uma a seu modo, e se constituíram como fenômeno de comprovação direta da relação entre a questão do ser com a práxis. Ou seja, trata-se do “caráter ineludível da abordagem ontológica dos problemas do mundo como um fato que não pode ser negligenciado no pensamento também de nossa época (Lukács, 2010, p. 34)”. No entanto, esse reconhecimento não iguala tais proposições filosóficas à ontologia delineada por Lukács, a partir de Marx. A concepção de ser encontrada nas tendências contemporâneas a Lukács trata de um indivíduo isolado, supostamente abandonado ao mundo. Ao lançar mão da reflexão sobre o ser, Lukács aponta para a determinação de um ser específico, objetivo, o ser social. Seu projeto intelectual aponta para o resgate da ontologia do marxismo como único caminho possível de conduzir o pensamento do mundo para o ser. Desta forma, o presente trabalho se insere num campo de estudos e investigações demarcado pala ontologia marxiana, inaugurada por Lukács, assumindo, aqui, como objeto de apreciação para nossas análises a obra Prolegômenos para uma ontologia do ser social.
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