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Composição e estrutura vegetacional em diferentes formações na floresta Atlântica, sul de Santa Catarina, Brasil

Martins, Rafael January 2010 (has links)
Florestas pluviais tropicais, entre elas a Floresta Atlântica, são formações de elevada diversidade e riqueza o que as torna muito complexas. Elucidar os mecanismos que mantêm esta diversidade constitui o foco das abordagens ecológicas atuais. O objetivo do presente estudo, além de contribuir para o melhor conhecimento florístico-estrutural da Floresta Atlântica, foi o de avaliar as relações entre espécies e o ambiente, a partir da heterogeneidade florística em respostas a gradientes ambientais. O estudo foi conduzido em três formações florestais no sul Catarinense, compreendendo um fragmento de floresta brejosa, e dois de Floresta Ombrófila Densa, uma submontana e outra montana. Foram amostrados indivíduos arbustivo-arbóreos, com altura a partir de 0,20 m. Classes de tamanho foram estabelecidas, consistindo em (1) indivíduos iguais ou maiores a 0,20 m e menores que 1m; (2) maiores que 1 m e menores que 5 cm de DAP (diâmetro à altura do peito); e (3) iguais ou maiores a 5 cm de DAP. A análise de correspondência canônica aplicada à classe 3 mostrou a segregação das comunidades a partir de gradientes indiretos (altitude e topografia), ocasionando variação na disponibilidade de recursos (gradientes diretos) locais. A análise de nichos aplicada às três classes de tamanho demonstrou especialização de nichos por parte das espécies, conforme demonstrado pelo índice médio de marginalidade (OMI). As relações do ambiente com as fases ontogenéticas demonstraram que as espécies tendem a conservar seus nichos e que esta conservação é mais evidenciada no ambiente de sub-bosque, onde as espécies tendem a coexistir com sobreposição de nichos. / Tropical rain forests, including the Atlantic Forest, are made up of high diversity and richness which makes them very complex. Elucidating the mechanisms that maintain this diversity is the focus of current ecological approaches. The aim of this study also contributes to a better understanding of the floristic-structural Atlantic Forest, was to assess the relationships between species and the environment from the floristic heterogeneity in responses to environmental gradients. The study was conducted in three forests in southern Santa Catarina, including a remnant lowland peat forest and submontane rain forest and montane rain forest.We sampled tree species, height from 0.20 m. Size classes were established, consisting of (1) individuals equal to or greater than 0.20 m less than 1m, (2) greater than 1 m in less than 5 cm DBH (diameter at breast height), and (3) equal or larger than 5 cm DBH. A canonical correspondence analysis applied to the class 3 showed the segregation of communities from indirect gradients (altitude and topography), causing variation in the availability of resources (direct gradients) locations. The analysis of niche applied to three size classes demonstrated expertise in niches by species, as demonstrated by the average index of marginality (IMO). Relations on the environment and ontogenetic stages showed that the species tend to retain their niche and that conservation is more evident in the environment of the understory, where species tend to coexist with overlapping niches.
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Fragmentação e mudanças nas comunidades arbóreas em distintas formações florestais no sul do Brasil

Orihuela, Rodrigo Leonel Lozano January 2014 (has links)
A conversão generalizada de florestas maduras em pequenos fragmentos florestais nos trópicos, aliada a crescente pressão para aumento da produção de alimentos, nas próximas décadas, é esperado que ocorra a conversão de 1 bilhão de hectares de habitats naturais em áreas agrícolas. Deste modo, os ecólogos deparam-se com o desafio de examinarem as respostas dos organismos aos distúrbios antrópicos e o papel de paisagens antropizadas como repositórios de biodiversidade. Nesta tese, nós examinamos o efeito da fragmentação florestal na estrutura e composição de comunidades arbóreas em três formações florestais, sazonais e não-sazonais no sul do Brasil (Floresta Ombrófila Densa - FOD, Floresta Ombrófila Mista - FOM e Floresta Estacional Decidual - FED). Para este fim, utilizamos dois conjuntos de dados. No primeiro, amostramos as comunidades arbóreas em 10 parcelas de 0,1 ha em florestas contínuas (na unidade de conservação de maior extensão de floresta contínua presente em cada formação florestal, no sul do Brasil) e em 10 fragmentos florestais adjacentes na região. Enquanto no segundo, as comunidades arbóreas foram amostradas em 389 parcelas de 0,4 ha cada, de variados tamanhos (entre 26° e 29° S e 48° e 53° O; dados Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina). Neste conjunto de dados também examinamos a influência das métricas da paisagem (área florestal, forma e isolamento) e de variáveis climáticas (precipitação, temperatura e sazonalidade) na estrutura e composição das comunidades arbóreas. Em ambas as amostragens, todas as árvores com DAP ≥ 10 cm em cada parcela foram medidas, identificadas ao nível de espécies e caracterizadas em categorias funcionais descrevendo sua estratégia de regeneração, estratificação vertical, modo de dispersão de sementes, tamanho das sementes e densidade de madeira. As parcelas de FOD apresentaram a maior riqueza de espécies, seguida pela FOM e FED. A maioria dos atributos das comunidades apresentou diferenças significativas entre os tipos florestais, as principais diferenças compreenderam: riqueza de espécies, densidade de troncos, proporção de espécies e troncos de pioneiras, proporção de espécies de sub-bosque e espécies dispersas por vertebrados. As formações florestais apresentaram marcadas diferenças nas respostas às variáveis da paisagem e do fragmento. Devido ao fato de possuírem uma flora mais diversificada de espécies tolerantes ao estresse e de demandantes de luz, com uma reduzida riqueza/abundância de espécies de floresta madura tolerantes à sombra, ambas, FED e FOM, são intrinsecamente mais resilientes a distúrbios antrópicos contemporâneos, incluindo efeitos de borda induzidos pela fragmentação, em termos de erosão de espécies e mudanças funcionais. Nós sugerimos que essas diferenças intrínsecas nas respostas às mudanças na estrutura da paisagem entre as formações florestais deveriam guiar distintas estratégias de conservação. / The widespread conversion of old-growth tropical forests into small forest fragments, and mounting pressure to increase food production in the next decades is expected to expand natural habitat replacement with farmland by perhaps 1 billion ha; challenging applied ecologists to examine organismal response to human disturbance and the role played by anthropogenic landscapes as biodiversity repositories. At the present study, we examined the effects of forest fragmentation on the structure and composition of tree assemblages within three seasonal and aseasonal forest types of southern Brazil, including evergreen, Araucaria and deciduous forests. We used two datasets, in the first, we sampled tree assemblages in each forest type within 10 plots of 0.1 ha in both continuous forests (in the largest continuous protected forest areas within each forest type) and 10 adjacent forest fragments. While in the second dataset, trees assemblages were sampled in 389 plots of 0.4 ha forest fragments off all sizes (between 26° and 29° S and 48° and 53° W; data of Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina). Using this second dataset, we also examined the influences of landscape metrics (forest area, shape and isolation) and climatic variables (precipitation, temperature and seasonality) on the structure and composition of tree assemblages. In both datasets, all trees with DBH ≥ 10 cm within each plot were measured, identified to species level, and assigned to trait categories describing their regeneration strategy, vertical stratification, seed-dispersal mode, seed size and wood density. Evergreen forest plots exhibited the highest species richness, followed by Araucaria and deciduous forests. Most tree assemblages attributes showed significant differences among forest types, the major differences comprised: species richness, stem density, the proportion of pioneer species and stems, and the proportion of understorey and vertebrate-dispersed species. The forest types demonstrate markedly divergent responses to patch and landscape variables. By supporting a more diversified light-demanding and stress-tolerant flora with reduced richness/abundance of shade-tolerant, old-growth species, both deciduous and Araucaria forests, the tree assemblages are more intrinsically resilient to contemporary humandisturbances, including fragmentation-induced edge effects, in terms of species erosion and functional shifts. We suggest that these intrinsic differences in responses to changes in landscape structure between forest types should guide conservation strategies.
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Composição e estrutura vegetacional em diferentes formações na floresta Atlântica, sul de Santa Catarina, Brasil

Martins, Rafael January 2010 (has links)
Florestas pluviais tropicais, entre elas a Floresta Atlântica, são formações de elevada diversidade e riqueza o que as torna muito complexas. Elucidar os mecanismos que mantêm esta diversidade constitui o foco das abordagens ecológicas atuais. O objetivo do presente estudo, além de contribuir para o melhor conhecimento florístico-estrutural da Floresta Atlântica, foi o de avaliar as relações entre espécies e o ambiente, a partir da heterogeneidade florística em respostas a gradientes ambientais. O estudo foi conduzido em três formações florestais no sul Catarinense, compreendendo um fragmento de floresta brejosa, e dois de Floresta Ombrófila Densa, uma submontana e outra montana. Foram amostrados indivíduos arbustivo-arbóreos, com altura a partir de 0,20 m. Classes de tamanho foram estabelecidas, consistindo em (1) indivíduos iguais ou maiores a 0,20 m e menores que 1m; (2) maiores que 1 m e menores que 5 cm de DAP (diâmetro à altura do peito); e (3) iguais ou maiores a 5 cm de DAP. A análise de correspondência canônica aplicada à classe 3 mostrou a segregação das comunidades a partir de gradientes indiretos (altitude e topografia), ocasionando variação na disponibilidade de recursos (gradientes diretos) locais. A análise de nichos aplicada às três classes de tamanho demonstrou especialização de nichos por parte das espécies, conforme demonstrado pelo índice médio de marginalidade (OMI). As relações do ambiente com as fases ontogenéticas demonstraram que as espécies tendem a conservar seus nichos e que esta conservação é mais evidenciada no ambiente de sub-bosque, onde as espécies tendem a coexistir com sobreposição de nichos. / Tropical rain forests, including the Atlantic Forest, are made up of high diversity and richness which makes them very complex. Elucidating the mechanisms that maintain this diversity is the focus of current ecological approaches. The aim of this study also contributes to a better understanding of the floristic-structural Atlantic Forest, was to assess the relationships between species and the environment from the floristic heterogeneity in responses to environmental gradients. The study was conducted in three forests in southern Santa Catarina, including a remnant lowland peat forest and submontane rain forest and montane rain forest.We sampled tree species, height from 0.20 m. Size classes were established, consisting of (1) individuals equal to or greater than 0.20 m less than 1m, (2) greater than 1 m in less than 5 cm DBH (diameter at breast height), and (3) equal or larger than 5 cm DBH. A canonical correspondence analysis applied to the class 3 showed the segregation of communities from indirect gradients (altitude and topography), causing variation in the availability of resources (direct gradients) locations. The analysis of niche applied to three size classes demonstrated expertise in niches by species, as demonstrated by the average index of marginality (IMO). Relations on the environment and ontogenetic stages showed that the species tend to retain their niche and that conservation is more evident in the environment of the understory, where species tend to coexist with overlapping niches.
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Fragmentação e mudanças nas comunidades arbóreas em distintas formações florestais no sul do Brasil

Orihuela, Rodrigo Leonel Lozano January 2014 (has links)
A conversão generalizada de florestas maduras em pequenos fragmentos florestais nos trópicos, aliada a crescente pressão para aumento da produção de alimentos, nas próximas décadas, é esperado que ocorra a conversão de 1 bilhão de hectares de habitats naturais em áreas agrícolas. Deste modo, os ecólogos deparam-se com o desafio de examinarem as respostas dos organismos aos distúrbios antrópicos e o papel de paisagens antropizadas como repositórios de biodiversidade. Nesta tese, nós examinamos o efeito da fragmentação florestal na estrutura e composição de comunidades arbóreas em três formações florestais, sazonais e não-sazonais no sul do Brasil (Floresta Ombrófila Densa - FOD, Floresta Ombrófila Mista - FOM e Floresta Estacional Decidual - FED). Para este fim, utilizamos dois conjuntos de dados. No primeiro, amostramos as comunidades arbóreas em 10 parcelas de 0,1 ha em florestas contínuas (na unidade de conservação de maior extensão de floresta contínua presente em cada formação florestal, no sul do Brasil) e em 10 fragmentos florestais adjacentes na região. Enquanto no segundo, as comunidades arbóreas foram amostradas em 389 parcelas de 0,4 ha cada, de variados tamanhos (entre 26° e 29° S e 48° e 53° O; dados Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina). Neste conjunto de dados também examinamos a influência das métricas da paisagem (área florestal, forma e isolamento) e de variáveis climáticas (precipitação, temperatura e sazonalidade) na estrutura e composição das comunidades arbóreas. Em ambas as amostragens, todas as árvores com DAP ≥ 10 cm em cada parcela foram medidas, identificadas ao nível de espécies e caracterizadas em categorias funcionais descrevendo sua estratégia de regeneração, estratificação vertical, modo de dispersão de sementes, tamanho das sementes e densidade de madeira. As parcelas de FOD apresentaram a maior riqueza de espécies, seguida pela FOM e FED. A maioria dos atributos das comunidades apresentou diferenças significativas entre os tipos florestais, as principais diferenças compreenderam: riqueza de espécies, densidade de troncos, proporção de espécies e troncos de pioneiras, proporção de espécies de sub-bosque e espécies dispersas por vertebrados. As formações florestais apresentaram marcadas diferenças nas respostas às variáveis da paisagem e do fragmento. Devido ao fato de possuírem uma flora mais diversificada de espécies tolerantes ao estresse e de demandantes de luz, com uma reduzida riqueza/abundância de espécies de floresta madura tolerantes à sombra, ambas, FED e FOM, são intrinsecamente mais resilientes a distúrbios antrópicos contemporâneos, incluindo efeitos de borda induzidos pela fragmentação, em termos de erosão de espécies e mudanças funcionais. Nós sugerimos que essas diferenças intrínsecas nas respostas às mudanças na estrutura da paisagem entre as formações florestais deveriam guiar distintas estratégias de conservação. / The widespread conversion of old-growth tropical forests into small forest fragments, and mounting pressure to increase food production in the next decades is expected to expand natural habitat replacement with farmland by perhaps 1 billion ha; challenging applied ecologists to examine organismal response to human disturbance and the role played by anthropogenic landscapes as biodiversity repositories. At the present study, we examined the effects of forest fragmentation on the structure and composition of tree assemblages within three seasonal and aseasonal forest types of southern Brazil, including evergreen, Araucaria and deciduous forests. We used two datasets, in the first, we sampled tree assemblages in each forest type within 10 plots of 0.1 ha in both continuous forests (in the largest continuous protected forest areas within each forest type) and 10 adjacent forest fragments. While in the second dataset, trees assemblages were sampled in 389 plots of 0.4 ha forest fragments off all sizes (between 26° and 29° S and 48° and 53° W; data of Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina). Using this second dataset, we also examined the influences of landscape metrics (forest area, shape and isolation) and climatic variables (precipitation, temperature and seasonality) on the structure and composition of tree assemblages. In both datasets, all trees with DBH ≥ 10 cm within each plot were measured, identified to species level, and assigned to trait categories describing their regeneration strategy, vertical stratification, seed-dispersal mode, seed size and wood density. Evergreen forest plots exhibited the highest species richness, followed by Araucaria and deciduous forests. Most tree assemblages attributes showed significant differences among forest types, the major differences comprised: species richness, stem density, the proportion of pioneer species and stems, and the proportion of understorey and vertebrate-dispersed species. The forest types demonstrate markedly divergent responses to patch and landscape variables. By supporting a more diversified light-demanding and stress-tolerant flora with reduced richness/abundance of shade-tolerant, old-growth species, both deciduous and Araucaria forests, the tree assemblages are more intrinsically resilient to contemporary humandisturbances, including fragmentation-induced edge effects, in terms of species erosion and functional shifts. We suggest that these intrinsic differences in responses to changes in landscape structure between forest types should guide conservation strategies.
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Fragmentação e mudanças nas comunidades arbóreas em distintas formações florestais no sul do Brasil

Orihuela, Rodrigo Leonel Lozano January 2014 (has links)
A conversão generalizada de florestas maduras em pequenos fragmentos florestais nos trópicos, aliada a crescente pressão para aumento da produção de alimentos, nas próximas décadas, é esperado que ocorra a conversão de 1 bilhão de hectares de habitats naturais em áreas agrícolas. Deste modo, os ecólogos deparam-se com o desafio de examinarem as respostas dos organismos aos distúrbios antrópicos e o papel de paisagens antropizadas como repositórios de biodiversidade. Nesta tese, nós examinamos o efeito da fragmentação florestal na estrutura e composição de comunidades arbóreas em três formações florestais, sazonais e não-sazonais no sul do Brasil (Floresta Ombrófila Densa - FOD, Floresta Ombrófila Mista - FOM e Floresta Estacional Decidual - FED). Para este fim, utilizamos dois conjuntos de dados. No primeiro, amostramos as comunidades arbóreas em 10 parcelas de 0,1 ha em florestas contínuas (na unidade de conservação de maior extensão de floresta contínua presente em cada formação florestal, no sul do Brasil) e em 10 fragmentos florestais adjacentes na região. Enquanto no segundo, as comunidades arbóreas foram amostradas em 389 parcelas de 0,4 ha cada, de variados tamanhos (entre 26° e 29° S e 48° e 53° O; dados Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina). Neste conjunto de dados também examinamos a influência das métricas da paisagem (área florestal, forma e isolamento) e de variáveis climáticas (precipitação, temperatura e sazonalidade) na estrutura e composição das comunidades arbóreas. Em ambas as amostragens, todas as árvores com DAP ≥ 10 cm em cada parcela foram medidas, identificadas ao nível de espécies e caracterizadas em categorias funcionais descrevendo sua estratégia de regeneração, estratificação vertical, modo de dispersão de sementes, tamanho das sementes e densidade de madeira. As parcelas de FOD apresentaram a maior riqueza de espécies, seguida pela FOM e FED. A maioria dos atributos das comunidades apresentou diferenças significativas entre os tipos florestais, as principais diferenças compreenderam: riqueza de espécies, densidade de troncos, proporção de espécies e troncos de pioneiras, proporção de espécies de sub-bosque e espécies dispersas por vertebrados. As formações florestais apresentaram marcadas diferenças nas respostas às variáveis da paisagem e do fragmento. Devido ao fato de possuírem uma flora mais diversificada de espécies tolerantes ao estresse e de demandantes de luz, com uma reduzida riqueza/abundância de espécies de floresta madura tolerantes à sombra, ambas, FED e FOM, são intrinsecamente mais resilientes a distúrbios antrópicos contemporâneos, incluindo efeitos de borda induzidos pela fragmentação, em termos de erosão de espécies e mudanças funcionais. Nós sugerimos que essas diferenças intrínsecas nas respostas às mudanças na estrutura da paisagem entre as formações florestais deveriam guiar distintas estratégias de conservação. / The widespread conversion of old-growth tropical forests into small forest fragments, and mounting pressure to increase food production in the next decades is expected to expand natural habitat replacement with farmland by perhaps 1 billion ha; challenging applied ecologists to examine organismal response to human disturbance and the role played by anthropogenic landscapes as biodiversity repositories. At the present study, we examined the effects of forest fragmentation on the structure and composition of tree assemblages within three seasonal and aseasonal forest types of southern Brazil, including evergreen, Araucaria and deciduous forests. We used two datasets, in the first, we sampled tree assemblages in each forest type within 10 plots of 0.1 ha in both continuous forests (in the largest continuous protected forest areas within each forest type) and 10 adjacent forest fragments. While in the second dataset, trees assemblages were sampled in 389 plots of 0.4 ha forest fragments off all sizes (between 26° and 29° S and 48° and 53° W; data of Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina). Using this second dataset, we also examined the influences of landscape metrics (forest area, shape and isolation) and climatic variables (precipitation, temperature and seasonality) on the structure and composition of tree assemblages. In both datasets, all trees with DBH ≥ 10 cm within each plot were measured, identified to species level, and assigned to trait categories describing their regeneration strategy, vertical stratification, seed-dispersal mode, seed size and wood density. Evergreen forest plots exhibited the highest species richness, followed by Araucaria and deciduous forests. Most tree assemblages attributes showed significant differences among forest types, the major differences comprised: species richness, stem density, the proportion of pioneer species and stems, and the proportion of understorey and vertebrate-dispersed species. The forest types demonstrate markedly divergent responses to patch and landscape variables. By supporting a more diversified light-demanding and stress-tolerant flora with reduced richness/abundance of shade-tolerant, old-growth species, both deciduous and Araucaria forests, the tree assemblages are more intrinsically resilient to contemporary humandisturbances, including fragmentation-induced edge effects, in terms of species erosion and functional shifts. We suggest that these intrinsic differences in responses to changes in landscape structure between forest types should guide conservation strategies.
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Diversidade e abundância de hemiepífitos em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica no Sul do Brasil

Orihuela, Rodrigo Leonel Lozano January 2010 (has links)
O objetivo principal deste trabalho foi identificar os principais fatores abióticos e bióticos correlacionados com a distribuição da abundância e riqueza de hemiepífitos primários, secundários e lianas rizo-escandentes, sinúsias que carecem de estudos, em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica sul-brasileira. Alocamos 15 unidades amostrais no total (de 400 m2 cada), distribuídas nas porções inferior (200 - 250 m a.n.m.), média (380 - 430 m) e superior (670 - 720 m) de um gradiente altitudinal no nordeste do Rio Grande do Sul. Amostramos em cada parcela a abundância de cada espécie, a porcentagem de árvores colonizadas por cada sinúsia e as seguintes variáveis explanatórias: abertura do dossel, composição do solo e densidade de árvores com DAP ≥ 5 e 20 cm; e para cada cota altitudinal, a temperatura e precipitação média anual. Utilizamos modelos lineares generalizados para analisar a influência das variáveis na abundância das sinúsias. Encontramos que as variáveis climáticas (precipitação e temperatura) foram as principais variáveis explanatórias relacionadas com variação na abundância e riqueza das três sinúsias analisadas. As distintas formas de vida apresentaram diferenças na intensidade da resposta às variáveis. Foi registrado um aumento de quatro vezes na abundância de hemiepífitos secundários e de praticamente duas vezes para lianas rizo-escandentes, entre a porção inferior e a superior do gradiente, correlacionando-se positivamente com o aumento da precipitação e umidade. A riqueza total de espécies apresentou um decréscimo na porção superior do gradiente, que foi correlacionado ao decréscimo da temperatura. Os resultados encontrados corroboram trabalhos anteriores, com outros grupos vegetais e animais, que afirmam que as variáveis climáticas são as preditoras de primeira ordem da distribuição das espécies e reforçam a necessidade de se analisar distintas formas de vida, pois estas tendem a responder de modo distinto aos fatores ambientais. / The main aim of this study was to analyze the major abiotic and biotic factors correlated with distribution, abundance and richness of primary and secondary hemiepiphytes and root-climbing lianas along an altitudinal gradient of the South Brazilian Atlantic Forest. Fifteen 400-m² square sample plots within three altitudinal levels at the slope of Serra Geral in north-eastern Rio Grande do Sul were defined. Abundance of all species, the percentage of host trees colonized by each synusia, and explanatory variables canopy openness, soil composition and tree density with DBH ≥ 5 and ≥ 20 cm were recorded for each sample plot. Mean annual air temperature and rainfall were recorded for each altitudinal level. Climatic variables (precipitation and temperature) were the main explanatory variables related with the variation in abundance and richness in the three synusiae studied. The three life forms showed different intensities in their response to these variables. The abundance of secondary hemiepiphytes increased up to four times from the lower to upper altitudinal levels, while root-climbing lianas increased almost twice in the same direction, following an increase in precipitation and humidity. Total species richness decreased toward the upper level of the gradient correlated with lower temperatures and colder winter months. Our results corroborate previous studies on other taxonomic groups, which indicate that climatic variables are first-order predictors for species distribution and reinforce the importance to study different life forms, because these may respond in distinct ways to environment factors.
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Diversidade e abundância de hemiepífitos em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica no Sul do Brasil

Orihuela, Rodrigo Leonel Lozano January 2010 (has links)
O objetivo principal deste trabalho foi identificar os principais fatores abióticos e bióticos correlacionados com a distribuição da abundância e riqueza de hemiepífitos primários, secundários e lianas rizo-escandentes, sinúsias que carecem de estudos, em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica sul-brasileira. Alocamos 15 unidades amostrais no total (de 400 m2 cada), distribuídas nas porções inferior (200 - 250 m a.n.m.), média (380 - 430 m) e superior (670 - 720 m) de um gradiente altitudinal no nordeste do Rio Grande do Sul. Amostramos em cada parcela a abundância de cada espécie, a porcentagem de árvores colonizadas por cada sinúsia e as seguintes variáveis explanatórias: abertura do dossel, composição do solo e densidade de árvores com DAP ≥ 5 e 20 cm; e para cada cota altitudinal, a temperatura e precipitação média anual. Utilizamos modelos lineares generalizados para analisar a influência das variáveis na abundância das sinúsias. Encontramos que as variáveis climáticas (precipitação e temperatura) foram as principais variáveis explanatórias relacionadas com variação na abundância e riqueza das três sinúsias analisadas. As distintas formas de vida apresentaram diferenças na intensidade da resposta às variáveis. Foi registrado um aumento de quatro vezes na abundância de hemiepífitos secundários e de praticamente duas vezes para lianas rizo-escandentes, entre a porção inferior e a superior do gradiente, correlacionando-se positivamente com o aumento da precipitação e umidade. A riqueza total de espécies apresentou um decréscimo na porção superior do gradiente, que foi correlacionado ao decréscimo da temperatura. Os resultados encontrados corroboram trabalhos anteriores, com outros grupos vegetais e animais, que afirmam que as variáveis climáticas são as preditoras de primeira ordem da distribuição das espécies e reforçam a necessidade de se analisar distintas formas de vida, pois estas tendem a responder de modo distinto aos fatores ambientais. / The main aim of this study was to analyze the major abiotic and biotic factors correlated with distribution, abundance and richness of primary and secondary hemiepiphytes and root-climbing lianas along an altitudinal gradient of the South Brazilian Atlantic Forest. Fifteen 400-m² square sample plots within three altitudinal levels at the slope of Serra Geral in north-eastern Rio Grande do Sul were defined. Abundance of all species, the percentage of host trees colonized by each synusia, and explanatory variables canopy openness, soil composition and tree density with DBH ≥ 5 and ≥ 20 cm were recorded for each sample plot. Mean annual air temperature and rainfall were recorded for each altitudinal level. Climatic variables (precipitation and temperature) were the main explanatory variables related with the variation in abundance and richness in the three synusiae studied. The three life forms showed different intensities in their response to these variables. The abundance of secondary hemiepiphytes increased up to four times from the lower to upper altitudinal levels, while root-climbing lianas increased almost twice in the same direction, following an increase in precipitation and humidity. Total species richness decreased toward the upper level of the gradient correlated with lower temperatures and colder winter months. Our results corroborate previous studies on other taxonomic groups, which indicate that climatic variables are first-order predictors for species distribution and reinforce the importance to study different life forms, because these may respond in distinct ways to environment factors.
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Diversidade e abundância de hemiepífitos em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica no Sul do Brasil

Orihuela, Rodrigo Leonel Lozano January 2010 (has links)
O objetivo principal deste trabalho foi identificar os principais fatores abióticos e bióticos correlacionados com a distribuição da abundância e riqueza de hemiepífitos primários, secundários e lianas rizo-escandentes, sinúsias que carecem de estudos, em um gradiente altitudinal na Floresta Atlântica sul-brasileira. Alocamos 15 unidades amostrais no total (de 400 m2 cada), distribuídas nas porções inferior (200 - 250 m a.n.m.), média (380 - 430 m) e superior (670 - 720 m) de um gradiente altitudinal no nordeste do Rio Grande do Sul. Amostramos em cada parcela a abundância de cada espécie, a porcentagem de árvores colonizadas por cada sinúsia e as seguintes variáveis explanatórias: abertura do dossel, composição do solo e densidade de árvores com DAP ≥ 5 e 20 cm; e para cada cota altitudinal, a temperatura e precipitação média anual. Utilizamos modelos lineares generalizados para analisar a influência das variáveis na abundância das sinúsias. Encontramos que as variáveis climáticas (precipitação e temperatura) foram as principais variáveis explanatórias relacionadas com variação na abundância e riqueza das três sinúsias analisadas. As distintas formas de vida apresentaram diferenças na intensidade da resposta às variáveis. Foi registrado um aumento de quatro vezes na abundância de hemiepífitos secundários e de praticamente duas vezes para lianas rizo-escandentes, entre a porção inferior e a superior do gradiente, correlacionando-se positivamente com o aumento da precipitação e umidade. A riqueza total de espécies apresentou um decréscimo na porção superior do gradiente, que foi correlacionado ao decréscimo da temperatura. Os resultados encontrados corroboram trabalhos anteriores, com outros grupos vegetais e animais, que afirmam que as variáveis climáticas são as preditoras de primeira ordem da distribuição das espécies e reforçam a necessidade de se analisar distintas formas de vida, pois estas tendem a responder de modo distinto aos fatores ambientais. / The main aim of this study was to analyze the major abiotic and biotic factors correlated with distribution, abundance and richness of primary and secondary hemiepiphytes and root-climbing lianas along an altitudinal gradient of the South Brazilian Atlantic Forest. Fifteen 400-m² square sample plots within three altitudinal levels at the slope of Serra Geral in north-eastern Rio Grande do Sul were defined. Abundance of all species, the percentage of host trees colonized by each synusia, and explanatory variables canopy openness, soil composition and tree density with DBH ≥ 5 and ≥ 20 cm were recorded for each sample plot. Mean annual air temperature and rainfall were recorded for each altitudinal level. Climatic variables (precipitation and temperature) were the main explanatory variables related with the variation in abundance and richness in the three synusiae studied. The three life forms showed different intensities in their response to these variables. The abundance of secondary hemiepiphytes increased up to four times from the lower to upper altitudinal levels, while root-climbing lianas increased almost twice in the same direction, following an increase in precipitation and humidity. Total species richness decreased toward the upper level of the gradient correlated with lower temperatures and colder winter months. Our results corroborate previous studies on other taxonomic groups, which indicate that climatic variables are first-order predictors for species distribution and reinforce the importance to study different life forms, because these may respond in distinct ways to environment factors.

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