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Aquisição da linguagem e variação linguística: um estudo sobre a flexão verbal variável na aquisição do PBMolina, Daniele de Souza Leite 08 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-08 / Esta pesquisa tem como objetivo investigar a produção e a compreensão da flexão verbal de 3ª pessoa do plural por crianças adquirindo o português brasileiro (PB). Estudos desenvolvidos na área da Sociolinguística Variacionista destacam o caráter variável da marcação de plural no PB, tanto no âmbito do sintagma nominal, quanto no sintagma verbal (NARO, 1981; SCHERRE, 1994; SCHERRE; NARO, 1992; 1993; 1998; 2000; 2006; NARO; SCHERRE, 1991; 1993; 1999; 2007). Buscamos discutir, do ponto de vista da aquisição da linguagem, a identificação, a produção e a compreensão da marcação de número por crianças, levando em consideração que, no PB, a informação morfofonológica de número pode – a depender da(s) variedade(s) com a(s) qual(is) a criança está em contato – aparecer de forma pouco sistemática no input. Em um estudo longitudinal, investigamos a produção de morfemas verbais de terceira pessoa do plural por crianças e adultos em contextos de interação. A análise dos dados revela que, embora haja variação entre marcação morfofonológica redundante e não redundante, a realização da marca redundante de plural no verbo é bastante frequente na fala dos adultos e das crianças de classe média residentes em área urbana. Já na fala de crianças de classe baixa residentes em área rural, prevalece a marcação não redundante. Diversos estudos sugerem, porém, que, embora a flexão de número seja produzida por crianças por volta dos três anos de idade, até a faixa etária de seis anos, crianças apresentam dificuldades na interpretação da morfologia verbal em tarefas de compreensão (JOHNSON; DE VILLIERS; SEYMOR, 2005; PÉREZ-LEROUX, 2005; LEGENDRE et al., 2010; BLÁHOVÁ; SMOLIK, 2014). A partir de um estudo experimental, investigamos a identificação e a compreensão de numerosidade veiculada pelo morfema de terceira pessoa (singular e plural) no PB por crianças brasileiras em contextos em que a informação de número é realizada de maneira redundante (no sujeito e no verbo) e em contextos em que a informação de número é expressa apenas no verbo (sujeito nulo). Os resultados revelaram a identificação da marcação morfofonológica de plural e o mapeamento dos enunciados plurais a imagens com mais de um agente. Em conjunto, os resultados obtidos sugerem que há um desenvolvimento no mapeamento feito por crianças entre marcação morfofonológica e conceito de numerosidade em função da faixa etária. Além disso, o fator grupo socioeconômico também parece influenciar o desempenho dos participantes. A variabilidade identificada no input, por outro lado, parece não interferir na compreensão do morfema verbal de plural por parte dos participantes avaliados, uma vez que o desempenho das crianças adquirindo o PB vai ao encontro do verificado em línguas nas quais a flexão verbal de número é sistemática. / This research aims at investigating the production and the comprehension of 3rd person plural verbal inflection by children acquiring Brazilian Portuguese (BP). Sociolinguistic studies point out the variability on plural markings in BP, on noun and on verb phrases (NARO, 1981; SCHERRE, 1994; SCHERRE; NARO, 1992; 1993; 1998; 2000; 2006; NARO; SCHERRE, 1991; 1993; 1999; 2007). We discuss, from the language acquisition’s point of view, the production and the comprehension of number marking by children, considering that, depending on the linguistic variety children are exposed to, BP may present a non-consistent morphological number marking in the input. On a longitudinal study, third person plural verbal morphemes production was investigated on contexts of interaction between children and adults. The analysis of data shows that, although variability between redundant and non-redundant plural markings on verbs is frequent, the presence of plural verbal marking is more frequent on middle class adults and children’s speech. On the other side, working class children’s speech presents more non-redundant verbal markings. Previous studies in several languages that exhibit consistent number inflection patterns suggest that, although children produce number inflection by the age of three, they have difficulty on comprehension tasks until the age of six (JOHNSON; DE VILLIERS; SEYMOR, 2005; PÉREZ-LEROUX, 2005; LEGENDRE et al., 2010; BLÁHOVÁ; SMOLIK, 2014). Our experimental study aims at verifying the identification and the comprehension of 3rd person verbal forms (singular and plural) by Brazilian children in contexts in which number information is given by redundant markings (on subject and verb) and in contexts in which number information is presented only on the verb (null subject sentences). The results suggest the identification of plural markings and the mapping of plural sentences to pictures with more than one character and a development on the performance as a whole due to age range. Besides, social factors seem to influence participants’ performance. In general, variable input seems not to interfere on the identification and comprehension of the plural verbal morpheme on the task developed on this study since BP’s results are similar to the ones verified on languages in which verbal inflection is consistent.
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