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Estudos floristicos, fitossociologicos e fitogeograficos em formações vegetacionais altimontanas da Serra da Mantiqueira Meridional, sudeste do Brasil / Floristic, phytossociology and phytogeography of the high-altitude vegetation of Serra da Mantiqueira Meridional, southeastern Brazil

Meireles, Leonardo Dias 14 August 2018 (has links)
Orientador: George John Shepherd / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-14T22:19:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Meireles_LeonardoDias_D.pdf: 52013493 bytes, checksum: d5034b3efafae60949067d81a6753f38 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: A Serra Fina é o nome de umas das áreas da Serra da Mantiqueira Meridional, uma cadeia montanhosa na divisa geográfica entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. A Serra Fina compreende um dos maciços de rochas alcalinas que forma uma das áreas de maior altitude dessa região com mais de 2.500 metros de altitude em vários locais. Ela apresenta um destacado gradiente altitudinal que permite a ocorrência de diferentes formações vegetacionais altimontanas. Sua vegetação apresenta-se ainda relativamente conservada, mas pouquíssimo conhecida. Nós objetivamos analisar a composição florística de suas formações vegetacionais altimontanas, descrever a estrutura fitossociológica das florestas nebulares, verificar a similaridade dessa floresta com outras florestas montanas brasileiras e verificar como mudanças climáticas quaternárias influenciaram a distribuição geográfica das espécies que as compõem. Nos campos de altitude, matas de candeias e nas florestas nebulares foram coletadas 393 espécies das quais sete são provavelmente novas para a ciência. As famílias Asteraceae, Poaceae, Melastomataceae, Rubiaceae, Cyperaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Orchidaceae e Ericaceae apresentaram as maiores riquezas específicas. Duas espécies novas da família Asteraceae restritas aos campos de altitude acima de 2.500 metros de altitude foram descritas e ilustradas e as demais necessitam de estudos detalhados por especialistas. A riqueza específica amostrada denota a importância das áreas de altitude na diversidade da Floresta Atlântica e denotam a importância fitogeográfica da Serra Fina por apresentar um grande número de espécies endêmicas ou com distribuição geográfica restrita e comportar espécies com fortes relações com a flora dos Andes, oeste da América do Sul. As florestas apresentaram características típicas de florestas nebulares como menor riqueza, elevada densidade e um dossel reduzido. Myrsinaceae, Myrtaceae, Symplocaceae e Cunoniaceae foram as famílias de maior valor de importância. As florestas alto-montanas da Serra da Mantiqueira apresentaram alta similaridade florística com florestas nebulares sulinas e em parte com as florestas alto-montanas do interior de Minas Gerais e do topo da Serra do Mar em São Paulo, que apresentam uma composição florística relativamente diferenciada. A similaridade dessas florestas com florestas em altitudes mais baixas é relativamente menor. Os modelos de distribuição potencial para espécies florestais montanas destacaram intensas modificações na área de ocupação dessas espécies em cenários climáticos para o Quaternário Tardio e sugerem que estas espécies possam ter ocorrido em altitudes e latitudes menores e longitudes maiores do que atualmente observado. Esses resultados sugerem que florestas com composição florística similar às atuais florestas alto-montanas possam ter ocupado uma área mais extensa no passado, formando em algumas regiões florestas mais extensas que foram posteriormente fragmentadas e confinadas ao topo de cadeias montanhosas na região leste ao sul do Brasil. / Abstract: The "Serra Fina" is the name given to a block of the Serra da Mantiqueira, a mountain chain that forms the boundary between the states of Minas Gerais, São Paulo, and Rio de Janeiro, southeastern Brazil. The Serra Fina largely corresponds to a massif of alkaline rocks and forms the highest part of the range, rising to more than 2500m at several points. It offers an exceptionally extensive altitudinal gradient, with the occurrence of several high-montane vegetation formations. These formations are still relatively well-conserved, but are very poorly known. The main objectives of the present study were to analyze the floristic composition of some of the high-montane vegetation types, describe and analyze the phytosociological structure of the cloud forests, determine the degree of similarity between these forests and other montane forests in Brazil and to investigate possible explanations of the patterns seen, especially with regard to climate changes in the quaternary. A total of 393 species, of which seven are probably new to science, were collected in the grasslands, "candeia" scrub and cloud forests. The greatest species-level richness was found in the families Asteraceae, Poaceae, Melastomataceae, Rubiaceae, Cyperaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Orchidaceae and Ericaceae. Two new species of Asteraceae, confined to grasslands above 2500m have been described and illustrated, and the remainder await more detailed studies by specialists. The species richness encountered demonstrates the importance of the contribution of high altitude areas to the overall diversity of the Atlantic Forest of eastern Brazil, and the phytogeographic importance of the Serra Fina with a large number of endemic species or species with restricted distributions with strong links to the Andean flora of western South America. The forests showed a number of characteristics typical of cloud forests, such as low richness, high density and a reduced canopy, with Myrsinaceae, Myrtaceae, Symplocaceae and Cunoniaceae as the most important families. The Serra da Mantiqueira upper montane forests showed their greatest floristic similarity to be with the cloud forests of southern Brazil and to some extent with the upper montane forests of the interior of Minas Gerais and the crest of the coastal range ("Serra do Mar") in São Paulo, though with a somewhat differentiated floristic composition. Similarities with the surrounding forest matrix at lower altitudes were much less. Models of potential distribution for montane forest species using scenarios for Late Quaternary conditions suggest that extensive modifications of currently observed distributions are likely to have occurred, with many species occupying much lower altitudes and latitudes, together with much greater longitudes. These results suggest that forests similar in composition to current upper montane forests may have occupied much more extensive areas in the past, forming an almost continuous forest that has subsequently been fragmented and confined to high mountain areas in the east-south Brazil. / Doutorado / Doutor em Biologia Vegetal

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