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Estrutura e estratégias de dispersão do componente arbóreo em uma floresta estacional de encosta no Parque Estadual de Itapuã,sul do Brasil / Structure and dispersal strategies of the arboreal component in an hillside seasonal forest in Parque Estadual de Itapuã, southern of Brazil

Kray, Jair Gilberto January 2010 (has links)
Os objetivos do presente trabalho foram realizar uma análise exploratória da estrutura do componente arbóreo de uma floresta estacional de encosta, relacionando-a a variáveis ambientais, e avaliar os padrões bióticos nas síndromes de dispersão e estratégias de estabelecimento. O estudo foi conduzido no Parque Estadual de Itapuã, Viamão (RS), nas encostas do morro do Campista (30°12´06”S e 51°02´45”O). A análise de correspondência canônica aplicada às relações entre espécies o seu ambiente mostrou que há forte relação entre vegetação, exposição solar das encostas e variações edáficas. Três grupos de unidades amostrais foram determinados relativamente às faces de exposição solar. Observou-se que entre os grupos há diferenças estruturais relacionadas à exposição, tais como aumento da diversidade nas áreas com maior exposição solar e diminuição da área basal média, devido ao menor porte dos indivíduos. As diferentes estratégias de dispersão ocuparam posições distintas ao longo do espaço vertical, e as estratégias de estabelecimento demonstraram as tendências adaptativas das espécies às condições disponíveis no ambiente. As diferenças entre as estruturas florestais e entre as estratégias de estabelecimento das diferentes faces de exposição indicam que a exposição solar, juntamente com fatores edáficos, atua seletivamente sobre as espécies desta formação florestal. / In this study, we performed an exploratory analysis of the structure of the arboreal component of a hillside seasonal forest, in order to relate its structure to their environmental variables. In addition, we evaluated the biotic patterns of the dispersal syndromes and establishment strategies. We carried out the research at Parque Estadual de Itapuã, in the slopes of the Campista hill (30°12´06”S and 51°02´45”W). Canonical Correspondence Analysis was used to correlate the species to their environment. The results showed strong relationship among vegetation, solar exposure of the hillsides and edaphic variations. According to their solar exposure, three groups of sampling units were determined. Among these groups, we found structural differences related to solar exposure. In areas with higher exposure, a higher diversity was found, as well as individuals with lower mean basal area, due to their lower height. Different dispersal strategies occupied different positions along the vertical space, whereas the establishment strategies showed the species' adaptive tendencies to environmental available conditions. The differences in the forestry structure, as well as the ones in the species' establishment strategies due to solar exposure, demonstrate that solar exposure together with edaphic factors act selectively on the species in such forestry formations.
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Estrutura e estratégias de dispersão do componente arbóreo em uma floresta estacional de encosta no Parque Estadual de Itapuã,sul do Brasil / Structure and dispersal strategies of the arboreal component in an hillside seasonal forest in Parque Estadual de Itapuã, southern of Brazil

Kray, Jair Gilberto January 2010 (has links)
Os objetivos do presente trabalho foram realizar uma análise exploratória da estrutura do componente arbóreo de uma floresta estacional de encosta, relacionando-a a variáveis ambientais, e avaliar os padrões bióticos nas síndromes de dispersão e estratégias de estabelecimento. O estudo foi conduzido no Parque Estadual de Itapuã, Viamão (RS), nas encostas do morro do Campista (30°12´06”S e 51°02´45”O). A análise de correspondência canônica aplicada às relações entre espécies o seu ambiente mostrou que há forte relação entre vegetação, exposição solar das encostas e variações edáficas. Três grupos de unidades amostrais foram determinados relativamente às faces de exposição solar. Observou-se que entre os grupos há diferenças estruturais relacionadas à exposição, tais como aumento da diversidade nas áreas com maior exposição solar e diminuição da área basal média, devido ao menor porte dos indivíduos. As diferentes estratégias de dispersão ocuparam posições distintas ao longo do espaço vertical, e as estratégias de estabelecimento demonstraram as tendências adaptativas das espécies às condições disponíveis no ambiente. As diferenças entre as estruturas florestais e entre as estratégias de estabelecimento das diferentes faces de exposição indicam que a exposição solar, juntamente com fatores edáficos, atua seletivamente sobre as espécies desta formação florestal. / In this study, we performed an exploratory analysis of the structure of the arboreal component of a hillside seasonal forest, in order to relate its structure to their environmental variables. In addition, we evaluated the biotic patterns of the dispersal syndromes and establishment strategies. We carried out the research at Parque Estadual de Itapuã, in the slopes of the Campista hill (30°12´06”S and 51°02´45”W). Canonical Correspondence Analysis was used to correlate the species to their environment. The results showed strong relationship among vegetation, solar exposure of the hillsides and edaphic variations. According to their solar exposure, three groups of sampling units were determined. Among these groups, we found structural differences related to solar exposure. In areas with higher exposure, a higher diversity was found, as well as individuals with lower mean basal area, due to their lower height. Different dispersal strategies occupied different positions along the vertical space, whereas the establishment strategies showed the species' adaptive tendencies to environmental available conditions. The differences in the forestry structure, as well as the ones in the species' establishment strategies due to solar exposure, demonstrate that solar exposure together with edaphic factors act selectively on the species in such forestry formations.
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Estrutura e estratégias de dispersão do componente arbóreo em uma floresta estacional de encosta no Parque Estadual de Itapuã,sul do Brasil / Structure and dispersal strategies of the arboreal component in an hillside seasonal forest in Parque Estadual de Itapuã, southern of Brazil

Kray, Jair Gilberto January 2010 (has links)
Os objetivos do presente trabalho foram realizar uma análise exploratória da estrutura do componente arbóreo de uma floresta estacional de encosta, relacionando-a a variáveis ambientais, e avaliar os padrões bióticos nas síndromes de dispersão e estratégias de estabelecimento. O estudo foi conduzido no Parque Estadual de Itapuã, Viamão (RS), nas encostas do morro do Campista (30°12´06”S e 51°02´45”O). A análise de correspondência canônica aplicada às relações entre espécies o seu ambiente mostrou que há forte relação entre vegetação, exposição solar das encostas e variações edáficas. Três grupos de unidades amostrais foram determinados relativamente às faces de exposição solar. Observou-se que entre os grupos há diferenças estruturais relacionadas à exposição, tais como aumento da diversidade nas áreas com maior exposição solar e diminuição da área basal média, devido ao menor porte dos indivíduos. As diferentes estratégias de dispersão ocuparam posições distintas ao longo do espaço vertical, e as estratégias de estabelecimento demonstraram as tendências adaptativas das espécies às condições disponíveis no ambiente. As diferenças entre as estruturas florestais e entre as estratégias de estabelecimento das diferentes faces de exposição indicam que a exposição solar, juntamente com fatores edáficos, atua seletivamente sobre as espécies desta formação florestal. / In this study, we performed an exploratory analysis of the structure of the arboreal component of a hillside seasonal forest, in order to relate its structure to their environmental variables. In addition, we evaluated the biotic patterns of the dispersal syndromes and establishment strategies. We carried out the research at Parque Estadual de Itapuã, in the slopes of the Campista hill (30°12´06”S and 51°02´45”W). Canonical Correspondence Analysis was used to correlate the species to their environment. The results showed strong relationship among vegetation, solar exposure of the hillsides and edaphic variations. According to their solar exposure, three groups of sampling units were determined. Among these groups, we found structural differences related to solar exposure. In areas with higher exposure, a higher diversity was found, as well as individuals with lower mean basal area, due to their lower height. Different dispersal strategies occupied different positions along the vertical space, whereas the establishment strategies showed the species' adaptive tendencies to environmental available conditions. The differences in the forestry structure, as well as the ones in the species' establishment strategies due to solar exposure, demonstrate that solar exposure together with edaphic factors act selectively on the species in such forestry formations.
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Vegetação rupestre associada á floresta estacional no sul do Brasil

Rocha, Fernando Souza January 2009 (has links)
Formações rupestres representam centros de diversidade taxonômica e funcional associadas a condições ambientais extremas. São também sítios para colonização por espécies florestais, normalmente associada a mecanismos de facilitação. A distribuição das espécies, determinada por seu nicho e por mecanismos neutros, resulta na variação da composição entre comunidades (diversidade beta). Neste trabalho pretendemos avaliar se a vegetação rupestre apresenta-se, taxonômica e funcionalmente, distinta da matriz florestal regional, analisar possíveis interações positivas entre espécies associadas ao avanço da floresta sobre a vegetação rupestre e determinar como a composição de espécies arbóreas no gradiente floresta-afloramento rochoso é limitada por dinâmicas neutras, de nicho ou ambas ao longo da ontogenia. Estudamos a vegetação sobre afloramentos basálticos no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. A flora das comunidades rupestres foi estudada a campo durante dois anos. As espécies foram classificadas em formas de vida com base na literatura e observação no campo. Para avaliarmos a ocorrência de facilitação e os padrões de diversidade beta arbórea amostramos comunidades de espécies arbóreas em três ecótonos de floresta/afloramento rochoso. Em cada sítio estabelecemos 60 parcelas de 1.5 x 1.5 m ao longo do gradiente. As parcelas foram descritas pela cobertura de Bromelia balansae Mez e pela composição de espécies, separadas em quatro classes de tamanho, representando as diferentes fases ontogenéticas dos indivíduos. Avaliamos diferenças taxonômicas e funcionais entre a vegetação rupestre e a flora regional através de testes de qui-quadrado e os efeitos dos diferentes fatores através de testes de aleatorização uni e multivariados. Registramos 111 espécies, das quais 43 de ocorrência restrita aos afloramentos, distribuídas em 54 famílias botânicas. O espectro de formas de vida teve grande frequência de caméfitos (29.7%), nanofanerófitos (17.1%) e geófitos (15.3%). Entre as espécies de ocorrência restrita, geófitos (32.6%), caméfitos (25.6%) e nanofanerófitos (20.9%) como foram as mais frequentes. Testes de 2 indicaram diferenças significativas nas frequências de famílias e de formas de vida entre os ambientes. Nossos resultados indicaram uma associação positiva entre a cobertura de bromélias e a riqueza e a abundância de plântulas de espécies arbóreas. Aparentemente, maiores coberturas por B. balansae fornecem proteção contra a herbivoria, indistintamente, e amenização das severas condições ambientais, favorecendo o estabelecimento de espécies pioneiras da floresta. Os testes multivariados indicaram efeito significativo do fator sítio sobre a diversidade beta, em todas as classes de tamanho, e do fator gradiente somente para duas classes de tamanho analisadas. A vegetação rupestre apresentou uma flora distinta, florística e funcionalmente, com uma grande similaridade a outras formações rupestres neotropicais, mas com expressivo número de espécies arbóreas. Plântulas destas espécies, aparentemente, beneficiam-se da presença de B. balansae, o que pode levar à redução gradual da vegetação rupestre neste mosaico floresta/afloramentos. Entender como as comunidades arbóreas têm sua distribuição determinada por limitações de dispersão e de nicho pode levar a uma melhor compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade. / Rocky outcrops are centers of taxonomic and functional diversity with extreme environmental conditions. They also are sites for colonization by forestry species, usually related to facilitation mechanisms. The species distribution set by niche and neutrals mechanisms results in the variation of composition among communities (beta diversity). The goals of this work are evaluate if rocky outcrops are taxonomically and functionally different from the surrounding forest, study the possible positive interactions among species related to the advance of the forest over the rupestrian vegetation and determine how the composition of arboreal species in the interface forest/rocky outcrop is limited by neutral, niche or both dynamics along the ontogeny. We studied the vegetation of basaltic rocky outcrops at the Turvo State Park, south Brazil. The flora from rupestrian communities was analyzed at field during two years. Species were classified into life forms based on literature and field observations. To evaluate the patterns of arboreal beta diversity and the occurrence of facilitation between plants we sampled arboreal species in three forest/rocky outcrop ecotones. In each rocky outcrop we established 60 plots of 1.5 x 1.5 m along the forest-rocky outcrop ecotone. We described each plot in terms of Bromelia balansae Mez cover and the composition of tree species, separated into four size classes, representing different ontogenetic stages of individuals. The taxonomic and functional differences between the rupestrian vegetation and regional flora were analyzed with the chi-square test and the effects of different factors were analyzed with randomization tests uni-and multivariate. We registered 111 species, 43 of which restricted to the rocky outcrops, distributed in 54 botanic families. The life form spectrum showed a high proportion of chamaephytes (29.7%), nanophanerophytes (17.1%) and geophytes (15.3%). The flora restricted to rocky outcrops showed more frequently geophytes (32.6%), chamaephytes (25.6%) and nanophanerophytes (20.9%). Chi-square tests indicated significant differences in frequencies among environments, for both families and life forms. Our results showed that the coverage of bromeliads is positively correlated to the richness and abundance of seedlings of arboreal species. It seems that higher cover by B. balansae gives protection against herbivory indistinctively, and also reduces the effects of severe environmental conditions, allowing the settlement of forest pioneers species. Multivariate tests showed significant effect of the site factor on the beta diversity in all classes of size and significant effect of the gradient factor only on two size classes evaluated. The rupestrian vegetation is distinct floristically and functionally, showing high floristic similarity with other neotropical rupestrian formations, but has high number of arboreal species. Seedlings of arboreal species seem to have benefit from the presence of B. balansae, which can cause a gradual reduction of the rupestrian vegetation in the forest and rocky outcrop mosaic. Understanding how the distribution of arboreal communities is determined by limitations of dispersal and niche can improve the comprehension of the dynamics that generate and maintain diversity.
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Vegetação rupestre associada á floresta estacional no sul do Brasil

Rocha, Fernando Souza January 2009 (has links)
Formações rupestres representam centros de diversidade taxonômica e funcional associadas a condições ambientais extremas. São também sítios para colonização por espécies florestais, normalmente associada a mecanismos de facilitação. A distribuição das espécies, determinada por seu nicho e por mecanismos neutros, resulta na variação da composição entre comunidades (diversidade beta). Neste trabalho pretendemos avaliar se a vegetação rupestre apresenta-se, taxonômica e funcionalmente, distinta da matriz florestal regional, analisar possíveis interações positivas entre espécies associadas ao avanço da floresta sobre a vegetação rupestre e determinar como a composição de espécies arbóreas no gradiente floresta-afloramento rochoso é limitada por dinâmicas neutras, de nicho ou ambas ao longo da ontogenia. Estudamos a vegetação sobre afloramentos basálticos no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. A flora das comunidades rupestres foi estudada a campo durante dois anos. As espécies foram classificadas em formas de vida com base na literatura e observação no campo. Para avaliarmos a ocorrência de facilitação e os padrões de diversidade beta arbórea amostramos comunidades de espécies arbóreas em três ecótonos de floresta/afloramento rochoso. Em cada sítio estabelecemos 60 parcelas de 1.5 x 1.5 m ao longo do gradiente. As parcelas foram descritas pela cobertura de Bromelia balansae Mez e pela composição de espécies, separadas em quatro classes de tamanho, representando as diferentes fases ontogenéticas dos indivíduos. Avaliamos diferenças taxonômicas e funcionais entre a vegetação rupestre e a flora regional através de testes de qui-quadrado e os efeitos dos diferentes fatores através de testes de aleatorização uni e multivariados. Registramos 111 espécies, das quais 43 de ocorrência restrita aos afloramentos, distribuídas em 54 famílias botânicas. O espectro de formas de vida teve grande frequência de caméfitos (29.7%), nanofanerófitos (17.1%) e geófitos (15.3%). Entre as espécies de ocorrência restrita, geófitos (32.6%), caméfitos (25.6%) e nanofanerófitos (20.9%) como foram as mais frequentes. Testes de 2 indicaram diferenças significativas nas frequências de famílias e de formas de vida entre os ambientes. Nossos resultados indicaram uma associação positiva entre a cobertura de bromélias e a riqueza e a abundância de plântulas de espécies arbóreas. Aparentemente, maiores coberturas por B. balansae fornecem proteção contra a herbivoria, indistintamente, e amenização das severas condições ambientais, favorecendo o estabelecimento de espécies pioneiras da floresta. Os testes multivariados indicaram efeito significativo do fator sítio sobre a diversidade beta, em todas as classes de tamanho, e do fator gradiente somente para duas classes de tamanho analisadas. A vegetação rupestre apresentou uma flora distinta, florística e funcionalmente, com uma grande similaridade a outras formações rupestres neotropicais, mas com expressivo número de espécies arbóreas. Plântulas destas espécies, aparentemente, beneficiam-se da presença de B. balansae, o que pode levar à redução gradual da vegetação rupestre neste mosaico floresta/afloramentos. Entender como as comunidades arbóreas têm sua distribuição determinada por limitações de dispersão e de nicho pode levar a uma melhor compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade. / Rocky outcrops are centers of taxonomic and functional diversity with extreme environmental conditions. They also are sites for colonization by forestry species, usually related to facilitation mechanisms. The species distribution set by niche and neutrals mechanisms results in the variation of composition among communities (beta diversity). The goals of this work are evaluate if rocky outcrops are taxonomically and functionally different from the surrounding forest, study the possible positive interactions among species related to the advance of the forest over the rupestrian vegetation and determine how the composition of arboreal species in the interface forest/rocky outcrop is limited by neutral, niche or both dynamics along the ontogeny. We studied the vegetation of basaltic rocky outcrops at the Turvo State Park, south Brazil. The flora from rupestrian communities was analyzed at field during two years. Species were classified into life forms based on literature and field observations. To evaluate the patterns of arboreal beta diversity and the occurrence of facilitation between plants we sampled arboreal species in three forest/rocky outcrop ecotones. In each rocky outcrop we established 60 plots of 1.5 x 1.5 m along the forest-rocky outcrop ecotone. We described each plot in terms of Bromelia balansae Mez cover and the composition of tree species, separated into four size classes, representing different ontogenetic stages of individuals. The taxonomic and functional differences between the rupestrian vegetation and regional flora were analyzed with the chi-square test and the effects of different factors were analyzed with randomization tests uni-and multivariate. We registered 111 species, 43 of which restricted to the rocky outcrops, distributed in 54 botanic families. The life form spectrum showed a high proportion of chamaephytes (29.7%), nanophanerophytes (17.1%) and geophytes (15.3%). The flora restricted to rocky outcrops showed more frequently geophytes (32.6%), chamaephytes (25.6%) and nanophanerophytes (20.9%). Chi-square tests indicated significant differences in frequencies among environments, for both families and life forms. Our results showed that the coverage of bromeliads is positively correlated to the richness and abundance of seedlings of arboreal species. It seems that higher cover by B. balansae gives protection against herbivory indistinctively, and also reduces the effects of severe environmental conditions, allowing the settlement of forest pioneers species. Multivariate tests showed significant effect of the site factor on the beta diversity in all classes of size and significant effect of the gradient factor only on two size classes evaluated. The rupestrian vegetation is distinct floristically and functionally, showing high floristic similarity with other neotropical rupestrian formations, but has high number of arboreal species. Seedlings of arboreal species seem to have benefit from the presence of B. balansae, which can cause a gradual reduction of the rupestrian vegetation in the forest and rocky outcrop mosaic. Understanding how the distribution of arboreal communities is determined by limitations of dispersal and niche can improve the comprehension of the dynamics that generate and maintain diversity.
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Vegetação rupestre associada á floresta estacional no sul do Brasil

Rocha, Fernando Souza January 2009 (has links)
Formações rupestres representam centros de diversidade taxonômica e funcional associadas a condições ambientais extremas. São também sítios para colonização por espécies florestais, normalmente associada a mecanismos de facilitação. A distribuição das espécies, determinada por seu nicho e por mecanismos neutros, resulta na variação da composição entre comunidades (diversidade beta). Neste trabalho pretendemos avaliar se a vegetação rupestre apresenta-se, taxonômica e funcionalmente, distinta da matriz florestal regional, analisar possíveis interações positivas entre espécies associadas ao avanço da floresta sobre a vegetação rupestre e determinar como a composição de espécies arbóreas no gradiente floresta-afloramento rochoso é limitada por dinâmicas neutras, de nicho ou ambas ao longo da ontogenia. Estudamos a vegetação sobre afloramentos basálticos no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. A flora das comunidades rupestres foi estudada a campo durante dois anos. As espécies foram classificadas em formas de vida com base na literatura e observação no campo. Para avaliarmos a ocorrência de facilitação e os padrões de diversidade beta arbórea amostramos comunidades de espécies arbóreas em três ecótonos de floresta/afloramento rochoso. Em cada sítio estabelecemos 60 parcelas de 1.5 x 1.5 m ao longo do gradiente. As parcelas foram descritas pela cobertura de Bromelia balansae Mez e pela composição de espécies, separadas em quatro classes de tamanho, representando as diferentes fases ontogenéticas dos indivíduos. Avaliamos diferenças taxonômicas e funcionais entre a vegetação rupestre e a flora regional através de testes de qui-quadrado e os efeitos dos diferentes fatores através de testes de aleatorização uni e multivariados. Registramos 111 espécies, das quais 43 de ocorrência restrita aos afloramentos, distribuídas em 54 famílias botânicas. O espectro de formas de vida teve grande frequência de caméfitos (29.7%), nanofanerófitos (17.1%) e geófitos (15.3%). Entre as espécies de ocorrência restrita, geófitos (32.6%), caméfitos (25.6%) e nanofanerófitos (20.9%) como foram as mais frequentes. Testes de 2 indicaram diferenças significativas nas frequências de famílias e de formas de vida entre os ambientes. Nossos resultados indicaram uma associação positiva entre a cobertura de bromélias e a riqueza e a abundância de plântulas de espécies arbóreas. Aparentemente, maiores coberturas por B. balansae fornecem proteção contra a herbivoria, indistintamente, e amenização das severas condições ambientais, favorecendo o estabelecimento de espécies pioneiras da floresta. Os testes multivariados indicaram efeito significativo do fator sítio sobre a diversidade beta, em todas as classes de tamanho, e do fator gradiente somente para duas classes de tamanho analisadas. A vegetação rupestre apresentou uma flora distinta, florística e funcionalmente, com uma grande similaridade a outras formações rupestres neotropicais, mas com expressivo número de espécies arbóreas. Plântulas destas espécies, aparentemente, beneficiam-se da presença de B. balansae, o que pode levar à redução gradual da vegetação rupestre neste mosaico floresta/afloramentos. Entender como as comunidades arbóreas têm sua distribuição determinada por limitações de dispersão e de nicho pode levar a uma melhor compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade. / Rocky outcrops are centers of taxonomic and functional diversity with extreme environmental conditions. They also are sites for colonization by forestry species, usually related to facilitation mechanisms. The species distribution set by niche and neutrals mechanisms results in the variation of composition among communities (beta diversity). The goals of this work are evaluate if rocky outcrops are taxonomically and functionally different from the surrounding forest, study the possible positive interactions among species related to the advance of the forest over the rupestrian vegetation and determine how the composition of arboreal species in the interface forest/rocky outcrop is limited by neutral, niche or both dynamics along the ontogeny. We studied the vegetation of basaltic rocky outcrops at the Turvo State Park, south Brazil. The flora from rupestrian communities was analyzed at field during two years. Species were classified into life forms based on literature and field observations. To evaluate the patterns of arboreal beta diversity and the occurrence of facilitation between plants we sampled arboreal species in three forest/rocky outcrop ecotones. In each rocky outcrop we established 60 plots of 1.5 x 1.5 m along the forest-rocky outcrop ecotone. We described each plot in terms of Bromelia balansae Mez cover and the composition of tree species, separated into four size classes, representing different ontogenetic stages of individuals. The taxonomic and functional differences between the rupestrian vegetation and regional flora were analyzed with the chi-square test and the effects of different factors were analyzed with randomization tests uni-and multivariate. We registered 111 species, 43 of which restricted to the rocky outcrops, distributed in 54 botanic families. The life form spectrum showed a high proportion of chamaephytes (29.7%), nanophanerophytes (17.1%) and geophytes (15.3%). The flora restricted to rocky outcrops showed more frequently geophytes (32.6%), chamaephytes (25.6%) and nanophanerophytes (20.9%). Chi-square tests indicated significant differences in frequencies among environments, for both families and life forms. Our results showed that the coverage of bromeliads is positively correlated to the richness and abundance of seedlings of arboreal species. It seems that higher cover by B. balansae gives protection against herbivory indistinctively, and also reduces the effects of severe environmental conditions, allowing the settlement of forest pioneers species. Multivariate tests showed significant effect of the site factor on the beta diversity in all classes of size and significant effect of the gradient factor only on two size classes evaluated. The rupestrian vegetation is distinct floristically and functionally, showing high floristic similarity with other neotropical rupestrian formations, but has high number of arboreal species. Seedlings of arboreal species seem to have benefit from the presence of B. balansae, which can cause a gradual reduction of the rupestrian vegetation in the forest and rocky outcrop mosaic. Understanding how the distribution of arboreal communities is determined by limitations of dispersal and niche can improve the comprehension of the dynamics that generate and maintain diversity.

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