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Avaliação em língua estrangeira (inglês) no acesso ao ensino superior : o ENEM em discussãoRauber, Bárbara Battistelli 28 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / Inferences based on the results of language tests have been used to make decisions about people s lives because tests work as a gateway at important moments related to education, employment and moving from one country to another (MCNAMARA, 2000). In this study, we aimed at discussing the inclusion of an English test in the ENEM entrance examination in Brazil. This test evaluates the reading ability in English as a Foreign Language (EFL). Its use in the Brazilian educational system was introduced without the development and publication of specifications that are a central and crucial part of a test construction process. Test specifications should include information related to the theoretical framework underlying the test and the level of understanding expected from test-takers (ALDERSON; CLAPHAM; WALL, 1995). From this perspective, we conducted an interpretative research (MOITA LOPES, 1994) based on documents (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008) in order to understand the construct that underlies the ENEM English test. The documents that contributed to the data analysis were the English Curricular Guidelines for Brazilian Secondary Schools and the Guidelines for ENEM 2009, which are the documents that direct the development of the current version of ENEM. The results obtained from the analysis of the 2010 and 2011 ENEM English tests show that the assessment of the EFL reading ability is operationalized primarily through the decoding of texts by test-takers, which originates from a narrow concept of language (SCARAMUCCI, 1995). Based on this, we believe that the ENEM English test does not allow test-takers to read between the lines, as suggested by the English Curricular Guidelines. The results also show that the competence and the skills presented by the Guidelines for ENEM 2009 are not implemented in the ENEM English test. Furthermore, the results suggest that the development of this test should be reconsidered by the test writers, starting with the design and publication of specifications that are coherent with the contemporary theories that guide the process of EFL teaching, learning and assessment. / Na área de avaliação em contextos de ensino-aprendizagem de línguas, inferências feitas com base nos resultados de exames têm sido utilizadas de forma crescente na tomada de decisões sobre a vida das pessoas avaliadas, com os exames funcionando, por exemplo, como porta de entrada em importantes momentos da educação, na busca por um emprego e ao transitar de um país para outro (MCNAMARA, 2000). Em âmbito nacional, a reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), ocorrida em 2009, implicou na sua transformação em um exame de acesso ao ensino superior, sendo que muitas instituições públicas de ensino vêm, desde então, substituindo, total ou parcialmente, seus exames vestibulares pelo ENEM. Nesse contexto de reformulação do ENEM, dois aspectos despertaram nossa atenção: a inclusão de uma prova que avalia a habilidade de leitura em língua estrangeira (LE) dos candidatos e a ausência de especificações para essa prova, nas quais deveriam constar informações relacionadas ao arcabouço teórico que a fundamenta, ou seja, ao seu construto, e ao tipo de compreensão esperada dos examinandos (ALDERSON; CLAPHAM; WALL, 1995). Partindo dessa perspectiva, procedemos a esta pesquisa interpretativista (MOITA LOPES, 1994) baseada em documentos (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008), com o objetivo de compreender o construto que fundamenta a prova de inglês do ENEM. Os documentos que contribuíram para a análise da prova mencionada foram as Orientações Curriculares para o Ensino Médio - Língua Estrangeira (OCEM-LE) e a Matriz de Referência para o ENEM 2009, que segundo o MEC/Inep, direcionam a elaboração da versão atual do exame. Os resultados, provenientes da análise das questões da prova de inglês das edições 2010 e 2011 do ENEM, revelam que a avaliação de leitura em LE operacionalizada nessa prova mobiliza predominantemente a decodificação de textos pelos examinandos, sendo perpassada por uma concepção estreita e fragmentada de língua(gem) e associada a uma visão de leitura como extração passiva dos sentidos do texto (SCARAMUCCI, 1995). Assim, entendemos que a maior parte das questões da prova de inglês do ENEM não converge com as sugestões das OCEM-LE de que a leitura em LE deve ser entendida como uma prática cultural e crítica de língua(gem). Os resultados mostram, ainda, que a competência e as habilidades apresentadas pela Matriz de Referência para o ENEM 2009 não são contempladas nessa prova, além de sinalizarem que todo o processo de desenvolvimento da prova de inglês do ENEM deveria ser revisto pelos agentes do MEC/Inep, a começar pela elaboração de especificações consistentes para essa prova, e acima de tudo, coerentes com as teorias contemporâneas que orientam o processo de ensino-aprendizagem de LE (inglês) e sua avaliação.
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