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Disputas Territoriais na Floresta Amazônica : o caso de Manicoré (Amazonas, Brasil) / Disputes territoriales en forêt amazonienne : le cas de Manicoré (Amazonas, Brésil) / Territorial disputes in Amazon rainforest : the case of Manicoré (Amazonas – Brazil)Soares, Ana Paulina Aguiar 20 October 2014 (has links)
Cette thèse constitue un essai de géographie régionale visant à expliciter les modalités d’occupation et les conflits qu’elles occasionnent dans une région de la haute Amazonie forestière, celle de la moyenne vallée du fleuve Madeira au sud-est de l’État d’Amazonas. Dans cette région de confins disputée dès l’époque coloniale, cet affluent de rive droite de l’Amazone forme à la fois une limite entre les empires portugais et espagnol et une voie de passage qui servira à dessiner un grand Brésil. Empruntant tour à tour les méthodes de la géohistoire et de la géopolitique, la thèse ouvre le débat sur la prise en compte de la composante environnementale, ici en particulier dans l’analyse du conflit entre une entreprise d’exploitation de bois et des communautés extractivistes vivant de la collecte des produits de la forêt. Avec difficultés, les luttes sociales incorporent la dimension de l’environnement et les entreprises des principes de responsabilité sociale et environnementale, RSE. C’est ce moment d’adaptation des normes que nous avons voulu saisir à plusieurs échelles : celle du cours moyen du fleuve Madeira, de l’immense municipalité de Manicoré et d’un village au nom prédestiné de Democracia [Démocratie]. Les bonnes pratiques d’une véritable gestion forestière, lentes à se mettre en place, ne sont pas pleinement maîtrisées ni acceptées localement et le défi de concilier des usages différenciés des forêts et des fleuves concerne tous les acteurs de la scène environnementaliste qui se préoccupent du devenir des forêts tropicales et de ses habitants, en particulier en prenant la défense de leur conception de l’occupation des territoires. / This thesis is an essay about Regional Geography, aiming at clarifying the modalities of occupation and the conflicts in Western Brazilian Amazonia, especially in the middle Madeira River valley, southern state of Amazonas. Since colonial times, this region is a disputed one: the right bank of the Amazon River became the boundary between the Portuguese and Spanish empires. Besides this passage way allowed to draw a boundary for a Grand Brazil. The thesis is grounded on the methods of geohistory and geopolitics. It opens a debate on how the actors take in account the environmental dimension, and bases its analysis on a conflict between a logging company and extractive communities, that live from collecting forest products. Social struggles hardly incorporate environmental dimension and the companies have difficulties in committing in the principles of social and environmental responsibilities. This work analyzes this time of adaptation to the standards and at various scales: the average course of the Madeira River, territorial vastness of the city of Manicoré and a community with a predestined name of Democracia [Democracy]. Good practices of a true forest management are slowly implemented and hardly handled or accepted in a local level. Nevertheless, all the actors of the environmental scene are challenged with bringing back the different uses of forests and rivers. And in particular those who care with the future of tropical forests and their inhabitants, and take the defense of their conceptions of territorial occupation. / Esta tese consiste em um ensaio de Geografia Regional visando explicitar as modalidades de ocupação e os conflitos por elas ocasionadas na Amazônia Ocidental brasileira, especialmente no vale do médio rio Madeira, no sul do Estado do Amazonas. Nessa região disputada desde a época colonial, esse afluente da margem direita do rio Amazonas passou a ser o limite entre os impérios português e espanhol e uma via de passagem que serviu para desenhar um grande Brasil. Fundamentada nos métodos dageo-história e da geopolítica, a tese abre um debate sobre a tomada de consciência ambiental, aqui em particular com a análise do conflito entre uma empresa madeireira e comunidades extrativistas que vivem da coleta dos produtos florestais. As boas práticas de uma verdadeira gestão florestal, lentas quando aplicadas, não foram plenamente incorporadas nem aceitas localmente. Com dificuldades, as lutas sociais incorporaram a dimensão ambiental e, as empresas, os princípios das responsabilidades social e ambiental. É nesse momento de adaptação às normas que procuramos estudar nas diversas escalas: o curso médio do rio Madeira, a imensidade territorial do município de Manicoré e uma comunidade com um nome predestinado de Democracia. Enfim, fica o desafio de conciliar os usos diferenciados da floresta e dos rios que concerne a todos os atores da cena ambientalista que se preocupam com o futuro das florestas tropicais e de seus habitantes, em particular, em defesa das concepções de ocupação dos territórios pelos moradores.
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