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O estágio e o desafio decolonial: (des)construindo sentidos sobre a formação de professores/as de Inglês / Teaching practicum and the decolonial challenge: (de)constructing meanings about English teacher educationBorelli, Julma Dalva Vilarinho Pereira 16 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-16 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / The reconceptualization of linguistics in a proposal of critical practice has brought important
reflections for language studies. The consideration of other voices, recognizing what we can learn
from those on the margins, broadens our possibilities as applied linguists and invites us to look at
ourselves as well as at the practices we reproduce. In addition, this critical perspective challenges
us to transgress the boundaries that separate disciplinary knowledge, which moves us away from
the possibility of expanding our views by taking into account other kinds of knowledge (MOITA
LOPES, 2006). In line with this proposal of problematization, decolonial thinking is discussed by
social scientists as a standpoint, a way of being in the world (MIGNOLO, 2014). The decolonial
challenge consists of problematizing colonialities, which maintain and reproduce violent ways of
living in this world and thinking about it. In this study, I take this path of decolonial criticism and,
based on the knowledge of those who experience the teaching practicum – school teachers,
university teachers and pre-service teachers, I discuss the following objectives: a) to problematize
the structure of the teaching practicum and discuss the main challenges faced in the English
teaching practicum; b) to problematize the interpersonal relationships built during the teaching
practicum by those participants; c) discuss the possibilities of re-signifying both the structure and
the interpersonal relationships of the teaching practicum. To enable these reflections, I talked to
teachers from different contexts in the Midwest: 10 university teachers (5 from Goiás, 3 from Mato
Grosso, 1 from Mato Grosso do Sul, and 1 from the Federal District); 11 schoolteachers (8 from
one city in Goiás and 3 from one city in Mato Grosso); and 40 pre-service teachers (12 from a
university in Goiás, 13 from a university in the Federal District, 9 from a university in Mato
Grosso, and 6 from another university in Goiás). Thus, the interpretations and discussions of the
knowledge constructed in this study are based on principles of qualitative research (DENZIN;
LINCOLN, 2013), considering aspects of a decolonial practice. Regarding the structure of the
teaching practicum, our main reflections, in this doctoral dissertation, point to a teaching practicum
highly influenced by a technical perspective of teacher education and oriented by documents that
emphasize collaboration between school and university without promoting conditions for the
accomplishment of this task. In addition, the separation of teacher observation and teaching
practice does not seem to make sense, since there is not involvement of the pre-service teachers
and university teachers in the school life. Concerning the interpersonal relationships, we
problematize the lack of interaction that characterizes the teaching practicum, the hierarchy that
separates teachers, based on the place where they work, and the type of relationship experienced
within the university itself. In addition, we focus on the conflicts that are generated by a teaching
practicum that is planned at the university, without negotiation with the school, and we think about
possibilities for a more integrated work. Based on these problematizations, I advocate a decolonial
teaching practicum, that goes beyond bringing university and school together, and promotes an
epistemological re-conceptualization which can make the teaching practicum a space of speech and
careful listening (SILVESTRE;, 2017; REZENDE, 2017) for all participants. / A ressignificação da linguística em uma proposta de atuação crítica trouxe importantes
considerações para os estudos da linguagem. A abertura para outras vozes, reconhecendo o que
podemos aprender com aqueles/as que estão à margem, amplia nossas possibilidades como
linguistas aplicados/as e nos convida a olhar para nós mesmos/as, assim como para as práticas que
reproduzimos. Além disso, o viés crítico nos desafia a transgredir as fronteiras que separam os
conhecimentos disciplinarizados, que nos afastam da possibilidade de expandir nossos olhares por
meio da consideração de outros saberes (MOITA LOPES, 2006). Alinhado a essa proposta de
problematização, o pensamento decolonial é discutido por autores das Ciências Sociais como um
posicionamento, uma forma de estar no mundo (MIGNOLO, 2014). O desafio decolonial consiste na
problematização das colonialidades, que mantêm e reproduzem formas violentas de viver e pensar
neste mundo. Neste estudo, assumo este caminho de crítica decolonial e recorro aos saberes
daqueles/as que vivenciam o estágio – professores/as da escola, professores/as licenciandos/as e
professores/as da universidade, tendo em vista os seguintes objetivos: a) problematizar a estrutura
do estágio e discutir os principais desafios enfrentados no estágio de inglês; b) problematizar as
relações interpessoais construídas durante o estágio por esses/as participantes; c) discutir as
possibilidades de ressignificação tanto da estrutura quanto das relações interpessoais do estágio.
Para que essas reflexões fossem possíveis, conversei com professores/as de diferentes locais da
região Centro-Oeste: 10 professores/as da universidade, sendo 5 de Goiás, 3 de Mato Grosso, 1 de
Mato Grosso do Sul e 1 do Distrito Federal. Conversei também com 11 professores/as da escola,
sendo 8 de uma mesma cidade em Goiás; 3 de uma mesma cidade no Mato Grosso, e com 40
professores/as licenciandos/as: 12 de uma universidade em Goiás; 13 de uma universidade no
Distrito Federal; 9 de uma universidade no Mato Grosso; 6 de outra universidade em Goiás. Dessa
forma, as interpretações e discussões dos saberes que compõem este estudo se apoiam em
princípios da pesquisa qualitativa (DENZIN; LINCOLN, 2013), considerando aspectos de uma prática
decolonial. No que diz respeito à estrutura, nossas principais reflexões, nesta tese, apontam para
um estágio com fortes resquícios de uma prática de formação tecnicista e regido por leis que
ressaltam a colaboração entre escola e universidade, mas não apresentam condições para a
realização desse trabalho. Além disso, sua organização em práticas de observação e regência
parece não fazer sentido, já que não contam com o envolvimento dos/as professores/as
licenciandos/as e dos/as professores/as da universidade na vida escolar. No que concerne às
relações interpessoais, problematizamos a falta de interação que caracteriza o estágio, a
hierarquização que separa professores/as, com base no local em que atuam, e o tipo de relação
vivenciada dentro da própria universidade. Ademais, focalizamos os conflitos que são gerados por
um estágio que é planejado na universidade, sem negociação com a escola, e nos dedicamos a
pensar em possibilidades para que haja um trabalho mais integrado. Com base nessas
problematizações, defendo uma prática de estágio decolonial, que supere a aproximação entre
universidade e escola, e promova uma ressignificação epistemológica que possa tornar o estágio
um espaço de fala e escuta cuidadosa (SILVESTRE, 2017; REZENDE, 2017) de todos/as os
participantes.
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