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Relações hídricas e fotossíntese em espécies lenhosas de um cerrado stricto sensu em São Carlos, SP.

Rojas, Manuel Humberto Cardoza 25 March 2002 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:30:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_Doutorado_Manuel_Humberto_Cardoza_Rojas.pdf: 713103 bytes, checksum: 4e09f9c6ac21aea05975382d576d81b8 (MD5) Previous issue date: 2002-03-25 / Values of pre dawn, initial, and morning (between 10:00-11:30 h) leaf water potential (Ψaa, Ψi, and Ψ, respectively), and morning leaf gas exchange were obtained during wet and dry seasons in woody species of cerrado stricto sensu vegetation located at Southeast of Brazil, in São Carlos municipality (21°58'S-47°52'W, 850 m a.s.l.). At first eight species were studied measuring the leaf water potential during daily courses in dry and wet seasons. Two daily courses were carried out per season. In wet season the meteorological conditions were similar between the daily courses, when the maximum air temperature, vapor pressure deficit (VPD) and the total hours of direct solar radiation values were equivalent. Notwithstanding, the studied species showed different mean values of minimum (Ψmin) and integrated (IΨ) leaf water potential between the daily courses. In dry season the values of maximum temperature, VPD and the total hours of direct solar radiation values were much more different between the daily courses but there were not significant differences between Ψmin and IΨ mean values. The conditions at dry season (specially a moderate water stress at the rizosphere) could induce one distinct reaction since the early morning, promoting stomatal closing and avoiding great alterations in leaf water status. In chapter 1 were compared the average values of Ψmin among cerrado stricto sensu vegetation, Northern Australian savanna and Mediterranean Climate Vegetation. Because the rainfall is greater and more constant during the year in cerrado, and by reason of their woody species are able to cope the leaf water status during dry season, the values of Ψmin in cerrado were lower than Australian savanna (Mediterranean vegetation showed the lowest Ψmin). The results in chapter 2 confirmed the initial explanations in chapter 1 about the differences in Ψmin and IΨ in wet and dry seasons. In chapter 2 there are presented results of leaf gas exchange in 23 woody species: net photosynthesis (A), stomatal conductance (gs), transpiration (E), and sub stomatal CO2 concentration (Ci). All species studied (including those in chapter 1) showed reduced values of gs in dry season (78% on average basis) confirming that during the winter drought occurs sharp reduction of gs. This reduction was able to decrease the E values (-33%) due to the stomatal narrowing (lower values of gs under high values of VPD). It was probably responsible to increase the resistance for CO2 incoming to sub stomatal chamber, lowering the CO2 concentration available to photosynthesis. It could explain, at least in part, the lower mean A values under drought condition. Because A and E values decreased proportionally (around 32%), the water use efficiency mean values were kept equivalent during dry and wet seasons. In chapter 2 is proposed a diagram where are pointed out the principal causal events and the probable physiological responses for cerrado woody species under dry season. / Neste trabalho foram obtidos valores de potencial hídrico antes do amanhecer (Ψaa) inicial (Ψi) e matinal (Ψ, entre 10:00 e 11:30 h), e valores matinais de trocas gasosas entre a folha e a atmosfera nas estações seca e chuvosa em espécies lenhosas de um cerrado stricto sensu localizado na região Sudeste do Brasil, estado de São Paulo, no município da cidade de São Carlos (21°58'S-47°52'W, 850 m de altitude). Oito espécies foram estudadas obtendo-se valores de potencial hídrico foliar Ψl durante dois cursos diários na estação chuvosa e dois cursos diários na estação seca. Na estação chuvosa as condições meteorológicas foram relativamente semelhantes quanto aos valores máximos de temperatura, número de horas de brilho solar e déficit de pressão de vapor (DPV). No entanto as espécies estudadas apresentaram valores médios de potencial hídrico mínimo Ψmin e integrado (IΨ) diferentes. Na época seca os valores máximos de temperatura, número de horas de brilho solar e DPV foram distintos entre os cursos diários mas não houve diferenças entre os valores médios de Ψmim e IΨ. As condições impostas na época seca (principalmente um estresse hídrico moderado na rizosfera) podem ter provocado uma reação diferenciada desde o início do dia, promovendo o fechamento estomático e evitando maiores variações do estado hídrico foliar mesmo sob valores de DPV duas vezes maiores em relação à época chuvosa. Ainda neste âmbito foram comparados os valores médios de Ψmin com os valores obtidos em outros ecossistemas (savanas Norte australianas e vegetação de Clima Mediterrâneo). Devido à uma precipitação mais elevada e distribuída de maneira mais uniforme durante o ano na área ocupada pelo cerrado, e a capacidade de manutenção do estado hídrico foliar na seca, as espécies lenhosas do cerrado stricto sensu apresentaram os maiores valores de Ψmin, seguidas pela espécies de savana Norte australiana e, com os menores valores de Ψmin, as espécies de Clima Mediterrâneo. As suposições iniciais tentando explicar os diferentes comportamentos de Ψmim e IΨ entre as estações seca e chuvosa foram confirmadas no capítulo 2. Neste segundo e último capítulo foram medidos os valores de trocas gasosas em 23 espécies lenhosas: fotossíntese líquida (A), condutância estomática (gs), transpiração (E) e concentração interna de CO2 na câmara subestomática (Ci). Todas as 23 espécies estudadas (incluindo as 8 do capítulo 1) apresentaram valores bem mais reduzidos de gs na época seca (78% de redução, em média), confirmando que na estiagem de inverno há uma redução acentuada dos valores de gs capazes de diminuir a transpiração matinal em 33% devido a um fechamento estomático (redução de gs sob maiores valores de DPV). Devido a uma abertura média menor do poro do aparato estomático ocorreu também um aumento da resistência à difusão do CO2 atmosférico para a câmara subestomática, diminuindo a oferta de substrato (CO2) para a fotossíntese. Este fato pode explicar, em parte, a diminuição (- 35%) dos valores de A na época seca. Como os valores médios de A e E diminuíram proporcionalmente, a eficiência do uso da água assumiu valores equivalentes para as duas estações. No capítulo 2 é proposto um diagrama onde são destacados os principais eventos causais e as respostas fisiológicas mais prováveis para as espécies estudadas sob as condições de seca no cerrado stricto sensu.

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