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ESTÍMULOS PROXIMAIS E DISTAIS: AS CRÍTICAS DE DAVIDSON A QUINE / PROXIMAL AND DISTAL STIMULI: DAVIDSON S CRITICISM TO QUINE

Naidon, Karen Giovana Videla da Cunha 12 September 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / There are approximate thirty years, started a debate among philosophers W. V. O. Quine and D. Davidson about where it should be located in the causal chain speaking- world, the element that determines the empirical meaning of observation sentences - henceforth will call this element of "stimulus." According to Quine, who supports what might be called the "proximal conception," such stimulus would be located on the sensory surface speaker, ie, in a position close to him in this causal chain - proximal stimulus -; Davidson, on the other hand, criticizes the proximal conception, because it would not be able to explain the public nature of language and he suggests Quine to abandon the proximal conception in favor of distal conception, sustained by himself, according to which such a stimulus would be located in own objects and events about which the sentences speak, ie, in a position farther from the speaker - distal stimulus. Despite the suggestion of Davidson, Quine insists until the end of his work in not officially sustain the distal conception, introducing, however, some modifications in its conception in order to escape the criticism proceeded by the author. Given this di-vergence between the two authors, this work aims to carry out the reconstruction and evaluation of this debate. It should be noted, first of all, that Quine is a philosopher very systematic and his theses are closely interconnected, so it is necessary a more general overview of his philosophy whenever one want to understand a particular problem that is inserted in it, otherwise prejudice the proper understanding of it. Therefore, this work will be divided into two main parts: the first one will be reserved for the attempt to situate the central problem that it will be examined in the wake of broader Quinean philosophy as a whole, while the second part will be devoted to the reconstruction of the debate. The conclusion reached is that the final formulation of the conception of Quine can be considered as satisfactory solution of many problems of the initial formulation of proximal conception since we follow the suggestion of Lars Bergström and understand that the meaning of a observation sentence must consist of a subject s dispositions to assent and dissent to sentence, instead of identifying the meaning with set of proximal stimuli that the speaker ties to sentence. Furthermore, though it may be possible to raise objections to the Quine s final solution, it may be considered more appropriate solution to the problems of proximal conception since compared to the suggestion made by Davidson, because the adoption of conception distal would not be satisfactory for Quine s philosophical purposes. / Há aproximados trinta anos, iniciou-se um debate entre os filósofos W. V. O. Quine e D. Davidson a respeito de onde deveria ser situado, na cadeia causal mundo-falante, o elemento que determina o significado empírico de frases de observação − doravante, chamar-se-á tal elemento de estímulo . De acordo com Quine, que sustenta o que se pode chamar de concepção proximal , tal estímulo estaria localizado na superfície sensorial do falante, ou seja, em posição próxima a este em referida cadeia causal − estímulo proximal −; Davidson, por outro lado, critica a concepção proximal, pelo fato de que a mesma não seria capaz de explicar a natureza pública da linguagem, e sugere a Quine seu abandono em prol da concepção distal, por ele próprio sustentada, conforme a qual tal estímulo estaria situado nos próprios objetos e eventos sobre os quais falam as frases, isto é, em posição maibs distante do falante − estímulo distal. A despeito da sugestão de Davidson, Quine insiste até o final de sua obra em não adotar oficialmente a concepção distal, introduzindo, contudo, algumas modificações em sua concepção a fim de escapar às críticas procedidas por aquele autor. Tendo em vista essa divergência entre os dois autores, a presente dissertação tem como objetivo proceder à reconstrução e avaliação desse debate. Há que se ressaltar, antes de tudo, que Quine é um filósofo muito sistemático e que suas teses estão intimamente conectadas entre si, de modo que se faz necessária uma visão mais geral de sua filosofia sempre que se deseja entender um problema específico que se encontra nela inserido, sob pena de prejudicar a adequada compreensão do mesmo. Por essa razão, este trabalho será dividido em duas partes principais: a primeira delas será reservada à tentativa de situar o problema central que será nele examinado no bojo mais amplo da filosofia quineana como um todo, enquanto a segunda parte será dedicada propriamente à reconstrução do debate. A conclusão a que se chega é que a formulação final da concepção de Quine pode ser considerada satisfatória como solução de muitos problemas da formulação inicial da concepção proximal desde se siga a sugestão de Lars Bergström e se entenda que o significado de uma frase de observação deve consistir nas disposições de um sujeito para assentir ou dissentir a ela, em vez de identificar o significado com o conjunto de estímulos proximais que o falante vincula a ela. Ademais, por mais que seja possível levantar objeções contra a solução final de Quine, ela pode ser considerada a saída mais adequada aos problemas da concepção proximal quando comparada à sugestão feita por Davidson, uma vez que a adoção da concepção distal não seria satisfatória para os propósitos filosóficos de Quine.

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