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Incidência e fatores de risco para fratura vertebral por osteoporose em idosos brasileiros da comunidade: um estudo prospectivo de base populacional. São Paulo Ageing e Health (SPAH) Study / Vertebral fractures, Incidence and risk factors for osteoporotic vertebral fracture in low-income community-dwelling elderly: a population-based prospective cohort study in Brazil

Domiciano, Diogo Souza 05 February 2015 (has links)
As fraturas vertebrais por osteoporose conferem risco aumentado de novas fraturas por fragilidade e maior mortalidade. Não há dados consistentes acerca da incidência de fratura vertebral osteoporótica em países de baixa/média renda, que têm experimentado aumento da expectativa de vida e envelhecimento populacional acelerado nas últimas décadas. Os objetivos deste estudo foram determinar a incidência de fratura vertebral osteoporótica, diagnosticada por radiografia, bem como identificar os principais fatores de risco para fratura em idosos brasileiros da comunidade, em um estudo coorte prospectivo de base populacional. Setecentos e sete indivíduos da comunidade, com 65 anos ou mais, foram avaliados através de radiografias da coluna vertebral obtidas no início do estudo e após um tempo médio de seguimento de 4,3 ± 0,8 anos. Nova fratura vertebral foi definida como uma alteração na morfologia vertebral resultando em maior grau de deformidade na segunda radiografia (graus 1-3), quando comparado com o exame inicial. Questionário (dados clínicos), medida da densidade mineral óssea (DMO) e exames laboratoriais foram realizados na avaliação inicial. Modelos de regressão multivariada de Poisson foram construídos para identificar os preditores independentes de fratura vertebral. Quatrocentos e quarenta e nove mulheres (72,9±4,8 anos) e 258 homens (72,3±4,7 anos) foram incluídos no estudo. A incidência de fratura vertebral ajustada para a idade foi 40,3/1000 pessoas-ano em mulheres e 30,6/1000 pessoas-ano em homens. Na análise multivariada três modelos possíveis de fatores de risco para fratura foram determinados em mulheres: 1. idade (RR 2,46, IC 95% 1,66-3,65, para cada aumento em 10 anos), fratura osteoporótica prévia (RR 1,65, IC 95% 1,00-2,71) e DMO da coluna lombar (RR 1,21, IC 95% 1,03-1,41, para cada redução de 1 DP na DMO); 2. idade (RR 2,25, IC 95% 1,52-3,34, para cada aumento em 10 anos) e DMO do colo do fêmur (RR 1,42, IC 95% 1,11-1,81, para cada redução de 1 DP na DMO); 3. Idade (RR 2,11, IC 95% 1,41-3,15, para cada aumento em 10 anos) e DMO do quadril total (RR 1,56, IC 95% 1,21-2,0, para cada redução de 1 DP na DMO). Em homens, o maior quartil de distribuição do telopeptídeo C-terminal (CTX) sérico (RR 1,96, IC 95% 0,98-3,91) e fratura prévia (RR 2,10, 95% CI 1,00-4,39) foram preditores de nova fratura vertebral, após ajustes para idade, peso e atividade física. Este é o primeiro estudo longitudinal que determinou a incidência de fratura vertebral em uma amostra de base populacional de idosos na América Latina. A frequência de fratura vertebral foi elevada nessa população. Idade, fratura prévia, DMO e marcadores bioquímicos da remodelação óssea foram preditores de nova fratura vertebral / Vertebral fractures are associated with increased future fracture risk and mortality. No data on incidence of osteoporotic vertebral fracture have been reported in low-income countries where the population\'s aging has been faster. Thus, we sought to describe the incidence and risk factors for radiographic vertebral fracture in a longitudinal prospective Brazilian population-based elderly cohort. 707 older adults (449 women and 258 men) were evaluated with spinal radiographs obtained at baseline and after a mean follow-up of 4.3 ± 0.8 years. New vertebral fracture was defined as distinct alteration in the morphology of vertebrae resulting in higher grade of deformity on the second radiograph when compared to the baseline radiograph. Clinical questionnaire, bone mineral density (BMD), and laboratory tests were performed at baseline. Multivariate Poisson regression models were used to identify independent predictors of fracture. The age-standardized incidence of vertebral fracture was 40.3/1,000 person-years in women and 30.6/1,000 in men. In women, three models of risk factors for fracture were fitted: (1) age (relative risks (RR) 2.46, 95 % confidence interval (CI) 1.66-3.65), previous osteoporotic fracture (RR 1.65, 95 % CI 1.00-2.71), and lumbar spine BMD (RR 1.21, 95 % CI 1.03-1.41); (2) age (RR 2.25, 95 % CI 1.52-3.34) and femoral neck BMD (RR 1.42, 95 % CI 1.11-1.81); (3) age (RR 2.11, 95 % CI 1.41-3.15) and total hip BMD (RR 1.56, 95 % CI 1.21-2.0). In men, the highest quartile of cross-linked C-telopeptide (CTx) (RR 1.96, 95 % CI 0.98-3.91) and prior fracture (RR 2.10, 95 % CI 1.00-4.39) were predictors of new vertebral fracture. This is the first population-based study to ascertain the incidence of vertebral fracture in elderly Latin Americans, confirming the high frequency of the disorder. Age, prior fracture, BMD, and bone turnover were predictors of the short-term incidence of vertebral fracture
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Incidência e fatores de risco para fratura vertebral por osteoporose em idosos brasileiros da comunidade: um estudo prospectivo de base populacional. São Paulo Ageing e Health (SPAH) Study / Vertebral fractures, Incidence and risk factors for osteoporotic vertebral fracture in low-income community-dwelling elderly: a population-based prospective cohort study in Brazil

Diogo Souza Domiciano 05 February 2015 (has links)
As fraturas vertebrais por osteoporose conferem risco aumentado de novas fraturas por fragilidade e maior mortalidade. Não há dados consistentes acerca da incidência de fratura vertebral osteoporótica em países de baixa/média renda, que têm experimentado aumento da expectativa de vida e envelhecimento populacional acelerado nas últimas décadas. Os objetivos deste estudo foram determinar a incidência de fratura vertebral osteoporótica, diagnosticada por radiografia, bem como identificar os principais fatores de risco para fratura em idosos brasileiros da comunidade, em um estudo coorte prospectivo de base populacional. Setecentos e sete indivíduos da comunidade, com 65 anos ou mais, foram avaliados através de radiografias da coluna vertebral obtidas no início do estudo e após um tempo médio de seguimento de 4,3 ± 0,8 anos. Nova fratura vertebral foi definida como uma alteração na morfologia vertebral resultando em maior grau de deformidade na segunda radiografia (graus 1-3), quando comparado com o exame inicial. Questionário (dados clínicos), medida da densidade mineral óssea (DMO) e exames laboratoriais foram realizados na avaliação inicial. Modelos de regressão multivariada de Poisson foram construídos para identificar os preditores independentes de fratura vertebral. Quatrocentos e quarenta e nove mulheres (72,9±4,8 anos) e 258 homens (72,3±4,7 anos) foram incluídos no estudo. A incidência de fratura vertebral ajustada para a idade foi 40,3/1000 pessoas-ano em mulheres e 30,6/1000 pessoas-ano em homens. Na análise multivariada três modelos possíveis de fatores de risco para fratura foram determinados em mulheres: 1. idade (RR 2,46, IC 95% 1,66-3,65, para cada aumento em 10 anos), fratura osteoporótica prévia (RR 1,65, IC 95% 1,00-2,71) e DMO da coluna lombar (RR 1,21, IC 95% 1,03-1,41, para cada redução de 1 DP na DMO); 2. idade (RR 2,25, IC 95% 1,52-3,34, para cada aumento em 10 anos) e DMO do colo do fêmur (RR 1,42, IC 95% 1,11-1,81, para cada redução de 1 DP na DMO); 3. Idade (RR 2,11, IC 95% 1,41-3,15, para cada aumento em 10 anos) e DMO do quadril total (RR 1,56, IC 95% 1,21-2,0, para cada redução de 1 DP na DMO). Em homens, o maior quartil de distribuição do telopeptídeo C-terminal (CTX) sérico (RR 1,96, IC 95% 0,98-3,91) e fratura prévia (RR 2,10, 95% CI 1,00-4,39) foram preditores de nova fratura vertebral, após ajustes para idade, peso e atividade física. Este é o primeiro estudo longitudinal que determinou a incidência de fratura vertebral em uma amostra de base populacional de idosos na América Latina. A frequência de fratura vertebral foi elevada nessa população. Idade, fratura prévia, DMO e marcadores bioquímicos da remodelação óssea foram preditores de nova fratura vertebral / Vertebral fractures are associated with increased future fracture risk and mortality. No data on incidence of osteoporotic vertebral fracture have been reported in low-income countries where the population\'s aging has been faster. Thus, we sought to describe the incidence and risk factors for radiographic vertebral fracture in a longitudinal prospective Brazilian population-based elderly cohort. 707 older adults (449 women and 258 men) were evaluated with spinal radiographs obtained at baseline and after a mean follow-up of 4.3 ± 0.8 years. New vertebral fracture was defined as distinct alteration in the morphology of vertebrae resulting in higher grade of deformity on the second radiograph when compared to the baseline radiograph. Clinical questionnaire, bone mineral density (BMD), and laboratory tests were performed at baseline. Multivariate Poisson regression models were used to identify independent predictors of fracture. The age-standardized incidence of vertebral fracture was 40.3/1,000 person-years in women and 30.6/1,000 in men. In women, three models of risk factors for fracture were fitted: (1) age (relative risks (RR) 2.46, 95 % confidence interval (CI) 1.66-3.65), previous osteoporotic fracture (RR 1.65, 95 % CI 1.00-2.71), and lumbar spine BMD (RR 1.21, 95 % CI 1.03-1.41); (2) age (RR 2.25, 95 % CI 1.52-3.34) and femoral neck BMD (RR 1.42, 95 % CI 1.11-1.81); (3) age (RR 2.11, 95 % CI 1.41-3.15) and total hip BMD (RR 1.56, 95 % CI 1.21-2.0). In men, the highest quartile of cross-linked C-telopeptide (CTx) (RR 1.96, 95 % CI 0.98-3.91) and prior fracture (RR 2.10, 95 % CI 1.00-4.39) were predictors of new vertebral fracture. This is the first population-based study to ascertain the incidence of vertebral fracture in elderly Latin Americans, confirming the high frequency of the disorder. Age, prior fracture, BMD, and bone turnover were predictors of the short-term incidence of vertebral fracture

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