Orientador: Ricardo Luiz Coltro Antunes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-25T17:41:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Desrosiers_Michaelle_D.pdf: 6022319 bytes, checksum: efa4c2be78a2a71667bbc64331b336b5 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Através deste trabalho, procuramos analizar o significado ideo-politico e economico do "empresariado humanitario" em movimento no plano de "desenvolvimento-reconstrução", atualizado em 2004 e em 2010 apos o terremoto, para as mulheres "negras" operárias na zona franca CODEVI na contemporaneidade. Essa busca nos conduz à analisar as condições historicas de produção da dependencia neocolonial haitiana e de pauperização das mulheres "negras", ou seja, de sua transformação em forca de trabalho subremunerada para as necessidades da reprodução do capital. Assim, analisamos a função social real das zonas francas industriais de exportação (ZFE) vista por muitos como obra "humanitária" para um país em constante estado de emergencia como o Haiti. Destarte, defendemos as seguintes hipoteses: as ZFE, pelas suas caracteristicas fundamentais, incluindo as ZEI (Zonas Economicas Integradas)-extraterritorialidade, liberdade total de produção e de repatriamento dos lucros-, desempenham na contemporaneidade a função de neoplantações, constituindo-se como obstaculos à soberania popular, alimentar e territorial do Haiti e, portanto, ao fim da sua dependencia neocolonial ou "subdesenvolvimento". O carater "humanitário" da obra capitalista realizada na zona franca CODEVI traduz-se no real em um processo hierarquico de exploração segundo o sexo, a "etnia", a nacionalidade e, potencialmente destruidor da saúde fisica e sexual das/dos operárias/os. O trabalho de pesquisa é realizado primariamente em base de relatos dos próprios e das proprias trabalhadoras bem como de representantes da CODEVI e dos orgãos oficiais haitianos de apoio ao desenvolvimento das zonas francas / Abstract: Through this work, we seek to analyze the ideo- political and economic meaning of the "humanitarian entrepreneurship" in motion in Haiti`s "development-reconstruction" plan, updated in 2004 and in 2010 after the earthquake, for "black" women workers in free zone CODEVI in contemporary times. This search leads us to analyze the historical conditions of production of the Haitian neocolonial dependence and pauperization of "black" women, i.e. its transformation into underpaid labour force for the needs of the reproduction of capital. Thus, we analyze the social function of export processing zones (EPZ) seen by many as "humanitarian" work for a country in a constant state of emergency as Haiti. Thus, we support the following hypothesis: the EPZ, for its fundamental characteristics, including the ZEI (Integrated Economic Zones)-extraterritoriality, total freedom of repatriation of profits and production-play in contemporary times the function of neo-plantation, constituting themselves as obstacles to popular, political and territorial sovereignty of Haiti and, therefore, to the end of its colonial dependence or "underdevelopment". The "humanitarian" character of the work carried out in the capitalist free zone CODEVI translates at real in a hierarchical process of exploitation according to the sex, " ethnicity", nationality and potentially destructive for physical and sexual health of the workers. The research work is carried out primarily on the basis of reports of the workers themselves as well as representatives of the CODEVI and the Haitian officers in support of the development of free zones / Doutorado / Sociologia / Doutora em Sociologia