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Avaliação da toxicidade pré-clínica de Foeniculum vulgare Mill / Evaluation of the cronic preclinical toxicity of Foeniculum vulgare MillBranco, Alessandra Camillo da Silveira Castello 29 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Foeniculum vulgare Mill. is a plant that has been known and used by mankind since
antiquity because of its antimicrobial, analgesic, antiinflammatory, antispasmodic and
anxiolytic properties. It is also widely used in the food and cosmetics industries. The
objective of the present study was to investigate the chronic preclinical toxicity of the
lyophilized crude hydroalcoholic extract (LCHAE) of the fruit of F. vulgare
commercialized in sachet form in order to demonstrate the safety of its use by the
population, based on Resolution 90/2004 of the Brazilian Regulatory Authorities. In
this study, Wistar rats (Rattus norvegicus albinus) were treated orally with 8.5, 25.5
and 76.5 mg/kg of LCHAE for 13 weeks (n=10 per dose and sex). General signs of
toxicity, lethality and food and water consumption were evaluated daily, while weight
was evaluated weekly and body temperature, glucose levels and behavioral
parameters using open-field and rota-rod tests were assessed every two weeks. At
the end of treatment, 50% of the animals in each group were sacrificed for blood
analysis and 30% were submitted to histopathology. The remaining animals then
formed the satellite group that remained under observation for 21 days following
treatment to evaluate the reversal and/or appearance of possible toxic effects. During
the 13 weeks of treatment, no signs of toxicity were noted and none of the animals
died. In the females, there was a reduction in weight and food consumption and an
increase in water intake. LCHAE reduced the time both males and females spent on
the rotating bar, and reduced ambulation in the females and defecation and rearing in
both sexes. In both males and females, a hypoglycemic effect occurred and there
was an increase in aspartate aminotransferase (AST) and alkaline phosphatase
(ALP), as well as a reduction in platelet count. In the females, there was an increase
in alanine transaminase (ALT), leukocytes and neutrophils and a decrease in
cholesterol. In the males, a reduction in lymphocytes occurred and there was an
increase in monocytes. Histopathology revealed signs of hepatotoxicity including
mild portal inflammation with the presence of mononuclear exudate, hepatic lobular
necrosis associated with lymphocytic/histiocytic infiltration and mild sinusoidal
inflammation. In addition, there were signs of toxicity in the lungs: focal pneumonitis
with alveolar septal thickening consisting of mononuclear exudate. In the satellite
groups, the majority of the biochemical, hematological and histopathological
alterations in the liver were found to persist, suggesting irreversibility. Further studies
should be developed to confirm these findings; nevertheless, these results indicate
that LCHAE is toxic particularly to the liver and lungs, in both sexes and at the three
doses used. / Foeniculum vulgare Mill. é uma planta usada pelos humanos desde a antiguidade,
devido às suas atividades antimicrobiana, analgésica, anti-inflamatória,
antiespasmódica e ansiolítica, além de ser uma espécie utilizada na indústria de
alimentos e cosméticos. O presente trabalho objetivou investigar a toxicidade préclínica
crônica do extrato hidroalcoólico bruto liofilizado do fruto de F. vulgare
(saches), na perspectiva de avaliar a segurança de seu uso pela população, com
base na Resolução nº 90/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e
algumas modificações. Neste estudo, ratos Wistar (Rattus norvegicus albinus) foram
tratados por via oral (v.o.) com as doses 8,5; 25,5 e 76,5 mg/kg do EHABL durante
13 semanas (n=10 por dose e sexo). Foram avaliados diariamente sinais gerais de
toxicidade, letalidade, consumo de alimentos e água; semanalmente, variação da
evolução ponderal; e, quinzenalmente, temperatura corporal, glicemia e parâmetros
comportamentais através dos testes de campo aberto e da barra giratória. Ao final
do tratamento, 50 % dos animais de cada grupo foram sacrificados para análises
sanguíneas, dos quais 30 % passaram por investigação histopatológica. O restante
dos animais passou a fazer parte do grupo satélite, os quais permaneceram em
observação 21 dias após o tratamento, para a verificação da reversão e/ou
aparecimento de possíveis efeitos tóxicos. Na triagem farmacológica
comportamental, não se observaram características de toxicidade e mortes durante
as 13 semanas de tratamento. Em fêmeas, houve uma diminuição no peso corpóreo
e no consumo de alimentos, com um aumento no consumo de água. O EHABL
reduziu o tempo de permanência na barra giratória em ambos os sexos; diminuiu a
ambulação em fêmeas; e reduziu os parâmetros defecação e levantar em ambos os
sexos. Em machos e fêmeas, houve um efeito hipoglicemiante, aumento da
aspartato aminotransferase (AST) e fosfatase alcalina (FAL), com redução das
plaquetas. Em fêmeas, ocorreu um aumento da alanina aminotransferase (ALT),
leucócitos, neutrófilos e diminuição do colesterol. Nos machos, ocorreu diminuição
do número de linfócitos e aumento do número de monócitos. A análise
histopatológica mostrou indícios de hepatotoxicidade, como portite discreta com a
presença de exsudação mononuclear, necrose lobular hepática associada a afluxo
linfoistiocitário e inflamação sinusoidal discreta. Adicionalmente, o pulmão
apresentou sinais de toxicidade: pneumonite focal com espessamento de septo
alveolar por exsudação mononuclear. Nos grupos satélites, observou-se que a
maioria das alterações bioquímicas, hematológicas e histopatológicas, no fígado,
persistiram, mostrando a necessidade de maiores investigações. Portanto, de
acordo com os resultados obtidos, o EHABL apresentou uma toxicidade significativa,
especialmente no fígado e pulmão, em ambos os sexos e nas três doses utilizadas.
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