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Interação de fungos micorrízicos arbusculares, agentes de controle biológico e Phytophthora parasitica em limoeiro cravo (Citrus limonia) / Interactions of arbuscular mycorrhizal fungi, biological control and Phytophthora parasitica in Citrus limoniaAgnani, Deise Renata Gonzalez 23 April 2002 (has links)
Estudos das interações de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e outros microrganismos da rizosfera têm documentado o efeito do FMA nas populações destes microrganismos e vice-versa. Espécies do gênero Trichoderma são usadas no controle biológico de patógenos de raiz. Este fungo produz uma série de enzimas extracelulares que degradam a parede de células fúngicas, sendo este um importante fator de biocontrole. Bactérias promotoras do crescimento de plantas, como algumas Pseudomonas do grupo fluorescente, também podem atuar no biocontrole de patógenos de raiz, produzindo substâncias antagônicas ou sideróforos. Além disso, é conhecida a importância da matéria orgânica como fator de melhoramento do solo, suprimindo patógenos do solo e da rizosfera. Uma das principais doenças de citros é a podridão de raiz causada por Phytophthora parasitica, que ocorre na sementeira. Assim, os objetivos foram estudar as interações que ocorrem na rizosfera e na planta hospedeira quando da presença concomitante de P. parasitica, FMAs e agentes de controle biológico, e, avaliar o efeito de diferentes substratos em tais interações microbianas, utilizando-se o porta-enxerto limoeiro Cravo (Citrus limonia). Com o objetivo de selecionar bactérias eficientes no controle do fungo causador de doença de raiz de citros, P. parasitica, foram realizados 3 experimentos in vitro (meio B de King, meio cenoura e sementes de trigo) e um in vivo, nos quais foram utilizados 69 isolados de Pseudomonas spp. e um isolado de P. parasitica. Outro experimento teve finalidade de observar a interação na planta em substrato inerte, sendo os tratamentos: com e sem FMA (Glomus intraradices com pré-colonização- GI pré ou G. intraradices sem a pré-colonização- GI), com e sem os agentes de controle biológico (T. harzianum e B. subtilis) e com e sem o patógeno (P. parasitica). Um segundo experimento de interação em esquema fatorial 3 x 3 x 2 constou de 2 agentes de controle biológico (T. harzianum e B. subtilis) e um controle (sem agente) X 2 FMAs (G. intraradices e G. etunicatum) e uma testemunha (sem FMA) X com e sem P. parasitica com inoculação anterior, posterior e concomitante do FMA e dos agentes de controle biológico. Um último experimento foi montado como fatorial 2 x 2 x 2 x 3: com e sem T. harzianum X com e sem G. intraradices X com e sem P. parasitica X 3 substratos (adição de 2 tipos de matéria orgânica-esterco e plantmax e sem adição de matéria orgânica). Para o experimento in vitro, os isolados bacterianos A5, 52B, I5, I6, I7 E 73 foram antagônicos ao patógeno nos três experimentos realizados. A maioria dos isolados bacterianos, 78%, mostrou um certo controle do patógeno in vivo, já que a massa da matéria fresca das raízes não foi afetada pela presença de P. parasitica. No experimento empregando substrato inerte (areia) houve tendência de controle da Phytophthora por todos os tratamentos realizados. A colonização radicular nas plantas sem patógeno foi significativamente maior quando realizada a inoculação prévia do FMA (GI pré). Trichoderma diminuiu significativamente a colonização do FMA, quando inoculado previamente. No segundo experimento de interação, o crescimento da planta foi favorecido pela inoculação do FMA e pelos agentes de controle biológico inoculados anterior ou concomitante ao FMA, observando-se que estes antagonistas não afetaram a colonização radicular. Houve tendência de controle da doença nos tratamentos 1° Tri/GE, 1° GI/Tri, GI+ Tri, 1° GI/Bac e somente Trichoderma e Bacillus. No último experimento realizado o crescimento das plantas colonizadas por G. intraradices e GI+ Tri, tanto na ausência como na presença de Phytophthora, foi significativamente maior, nos três substratos empregados. As plantas micorrizadas, tanto na presença quanto na ausência de Trichoderma, controlaram P. parasitica / Studies on interactions of arbuscular mycorrhizal fungus (AMF) and other rhizospheric microorganisms have shown the effect of AMF on these microorganisms and vice versa. Species of the genus Trichoderma have been used to control root pathogens. This fungus produces some extracellular enzymes that degrade fungal cell wall, what is considered an important factor of biocontrol. Plant growth-promoting rhizobacteria, such as some Pseudomonas of the fluorescent group, can act in root pathogens biocontrol, producing antagonist substances or siderophoros. Besides, it is known the importance of organic matter as a factor of soil improvement, decreasing soil and rhizosphere pathogens. One of the major citrus diseases is the root rot caused by Phytophthora parasitica. Our purposes were to study the interactions that may occur in rhizosphere and host plant in the presence of P. parasitica, AMFs and biological control agents; to evaluate the effect of different substrates in this microbe interaction and to select rhizospheric bacteria to control P. parasitica in vitro (B King media, carrot media and wheat seeds) and in vivo, using Citrus limonia. The first experiment had the purpose of evaluating the microbe interactions in plants, using an inert substrate, testing the effect of AMF (Glomus intraradices inoculated at seed nursery- GI before transplanting, or, G. intraradices inoculated at transplanting- GI), biological control agent (Trichoderma harzianum and Bacillus subtilis) and the pathogen (P. parasitica). A second experiment had a factorial 3x3x2 completely randomized design, where the factors were: biological control agents (T. harzianum, B. subtilis and no agent), AMFs (G. intraradices, G. etunicatum and no AMF), P. parasitica (with and without), with previous, afterwards and concurrent inoculation of AMF and biological control agent. A last experiment had a factorial 2x2x2x3 completely randomized design, where the factors were: T. harzianum (with or without), G. intraradices (with or without), P. parasitica (with or without), substrates (soil with addition of 2 kinds of organic matter- dairy manure and plantmax- and no addition). The plant growth was enhanced by AMF and biological control agents inoculated previously or concurrently with AMF, observing that these antagonists did not affect the radicular colonization. There was disease control in treatments 1° Tri/GE, 1° GI/Tri, exclusively with Trichoderma and Bacillus inoculation. In vitro assays showed that Pseudomonas sp isolates 80S, A5 and I6 were antagonists to the pathogen. Most of the bacteria isolates, 78%, showed pathogen control in vivo and root weight was not affected by the presence of P. parasitica. When using inert substrate (sand) all treatments controlled P. parasitica. The radicular colonization with no pathogen inoculation was significantly higher with previous AMF inoculation. Trichoderma decreased significantly the AMF colonization when it was inoculated previously. Colonized plants by G. intraradices and GI+ Tri, inoculated or not with P. parasitica, showed a significantly higher growth in the 3 substrates tested. The mycorrhizal plants, in the presence or absence of Trichoderma, controlled P. parasitica.
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