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O cinema de Ruy Guerra: um imaginário autoral na pós-modernidadeBarros, Eduardo Portanova January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Michel Maffesoli characterizes the post-modernity as an alternative sensibility to the values sustained by the logic of rationalistic type. That means to say that, at the present time, it is already possible, with more clarity, to observe aspects as the emotions, the feelings and an artist’s intuitions - in the case Ruy Guerra - and of his imaginary. This is the objective of this thesis: to investigate Ruy Guerra’s path under the point of view of the imaginary, in Gaston Bachelard’s lineage, Gilbert Durand and Michel Maffesoli. We focused a film director that acted so much at the Cinema Novo of the years 1960 - a phase marked by the political ideology - as in the context of the hedonist post-modernity. What interests, in this thesis, it is to show the balance in Ruy Guerra between their subjective and objective coercions (Gilbert Durand). It’s not looked for a rigid answer, but to seek a constellation of factors. According to Maffesoli, every object or phenomenon is linked the other ones. It interests, therefore, to revise and to question the notion of cinematographic authorship nowadays through the imaginary of this film director. The cinematographic authorship is seen as a result of an existence from culture of the human being while manifestation of his imaginary. lt is not treated, here, about discovering what a film director, behind the camera, thinks, but to admit that a film, in certain circumstances, can be the authorial representation of a sensitive individuality and, only for that, he would already be justified.These films, today, would not have, of specific form, a political character as in the atmosphere of a dictatorship, starting from the years 1960, but they would have, still, some thing in common for being a need, so much before as then, of reflecting the spirit of the time. The important thing is the artist’s expression inside of a logic contraditorial, whose relationship among the Me and the Other bases the ethical aspects, technicians and aesthetic of the cinematographic. / O sociólogo Michel Maffesoli caracteriza o pós-moderno como uma sensibilidade alternativa aos valores sustentados pela lógica de cunho racionalista. Isso significa dizer que, hoje. Já é possível, com mais clareza, observar aspectos como as emoções, os sentimentos e as intuições de um artista - no caso, o dionisíaco (referente a Dionísio, o deus da tragédia) Rui Guerra - e de seu imaginário (sonhos e desejos). Este é o objetivo da tese: investigar a trajetória como processo autoral de Ruy Guerra pelo viés do imaginário na linhagem de Gaston Bachelard, Gilbert Durand e Michel Maffesoli. Focamos um cineasta cujo perfil nos remete ao espírito dionisíaco da desmedida e do insólito, que atuou tanto no Cinema Novo brasileiro dos anos 1960 - uma fase marcada pela ideologia política - quanto no ambiente da hedonista pósmodernidade. O que interessa, neste painel, é mostrar como se dá o equilíbrio. em Rui Guerra, entre suas pulsões subjetivas e coerções objetivas (Durand). Não se trata de buscar uma resposta rígida na direção de um conceito, e sim procurar uma constelação de fatores. Conforme Maffesoli, "todo objeto ou fenômeno está ligado a outros. e é determinado por eles. E, por isso mesmo, está sujeito à mudança e ao acaso" (2004, p. 10). Interessa-nos, portanto, revisar e questionar a noção de autoria cinematográfica pós-moderna através do imaginário deste cineasta como pessoa inserida na coletividade (o "eu-outro"). A autoria cinematográfica é vista como trilha de uma vivência cultural intransponível do ser humano enquanto manifestação do seu imaginário. Não se trata, aqui, de descobrir o que o cineasta, atrás da câmera, pensa, mas admitir que um filme, em determinadas circunstâncias, pode ser a representação simbólica de uma individualidade sensível e, só por isso, ele já se justificaria.Procuramos refletir sobre uma idéia que, inserida em uma sociedade pós-moderna, antes acolhe do que exclui um cinema instintivamente autoral. Estes filmes, hoje, não teriam, de forma específica, uni cenário político ou contestatório como no ambiente da ditadura dos anos 1960. O importante é a expressão do artista dentro de uma lógica contraditorial, cuja relação "eu-outro" fundamenta os aspectos éticos, técnicos e estéticos do fazer cinematográfico.
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O cinema de Ruy Guerra : um imagin?rio autoral na p?s-modernidadeBarros, Eduardo Portanova 01 July 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-07-01 / O soci?logo Michel Maffesoli caracteriza o p?s-moderno como uma sensibilidade alternativa aos valores sustentados pela l?gica de cunho racionalista. Isso significa dizer que, hoje. J? ? poss?vel, com mais clareza, observar aspectos como as emo??es, os sentimentos e as intui??es de um artista - no caso, o dionis?aco (referente a Dion?sio, o deus da trag?dia) Rui Guerra - e de seu imagin?rio (sonhos e desejos). Este ? o objetivo da tese: investigar a trajet?ria como processo autoral de Ruy Guerra pelo vi?s do imagin?rio na linhagem de Gaston Bachelard, Gilbert Durand e Michel Maffesoli. Focamos um cineasta cujo perfil nos remete ao esp?rito dionis?aco da desmedida e do ins?lito, que atuou tanto no Cinema Novo brasileiro dos anos 1960 - uma fase marcada pela ideologia pol?tica - quanto no ambiente da hedonista p?smodernidade. O que interessa, neste painel, ? mostrar como se d? o equil?brio. em Rui Guerra, entre suas puls?es subjetivas e coer??es objetivas (Durand). N?o se trata de buscar uma resposta r?gida na dire??o de um conceito, e sim procurar uma constela??o de fatores. Conforme Maffesoli, "todo objeto ou fen?meno est? ligado a outros. e ? determinado por eles. E, por isso mesmo, est? sujeito ? mudan?a e ao acaso" (2004, p.10). Interessa-nos, portanto, revisar e questionar a no??o de autoria cinematogr?fica p?s-moderna atrav?s do imagin?rio deste cineasta como pessoa inserida na coletividade (o "eu-outro"). A autoria cinematogr?fica ? vista como trilha de uma viv?ncia cultural intranspon?vel do ser humano enquanto manifesta??o do seu imagin?rio. N?o se trata, aqui, de descobrir o que o cineasta, atr?s da c?mera, pensa, mas admitir que um filme, em determinadas circunst?ncias, pode ser a representa??o simb?lica de uma individualidade sens?vel e, s? por isso, ele j? se justificaria. Procuramos refletir sobre uma id?ia que, inserida em uma sociedade p?s-moderna, antes acolhe do que exclui um cinema instintivamente autoral. Estes filmes, hoje, n?o teriam, de forma espec?fica, uni cen?rio pol?tico ou contestat?rio como no ambiente da ditadura dos anos 1960. O importante ? a express?o do artista dentro de uma l?gica contraditorial, cuja rela??o "eu-outro" fundamenta os aspectos ?ticos, t?cnicos e est?ticos do fazer cinematogr?fico.
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