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Histórico demográfico e filogeografia em populações brasileiras de Ardea alba egrettaCorrêa, Thaís Camilo 24 September 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-09-24 / Universidade Federal de Minas Gerais / The present work studied populations of Ardea alba egretta (Great Egret) family Ardeidae (Aves), sampled from four Brazilian regions situated at different latitudes (Rio Grande do Sul, Pantanal, São Paulo and Amapá). Species-specific primers developed in this study allowed the sequencing of 194 individuals in the Domain I of mitochondrial DNA control region (fragment of 586 bp). Fifty-eight polymorphic sites were found, defining 74 haplotypes. Haplotype Hap9 was the most frequent and the majority of the remaining haplotypes occurred in low frequencies. Average nucleotide diversity was 0.006 and average haplotype diversity 0.908. Distribution of nucleotide diversity followed a descending order: Amapá> Pantanal> São Paulo> Rio Grande do Sul, and the differences between Amapá and the other populations were statistically significant. Results of AMOVA analysis indicated that there is genetic differentiation among populations of the four regions (Fct = 0.02145, p = 0.03324). Values of the pairwise F-statistics showed low genetic structuring among the colonies within each region, but significant structuring among the four regions. It was evident by the analysis of structuring that the genetic composition of Amapá is different from other regions. Significant differences revealed by the tests of Fu's Fs, Tajima's D, R2 and analyses of mismatch distribution, together with star-shaped haplotype networks, indicated signals of demographic expansion in the populations of Rio Grande do Sul and Pantanal. For the Amapá population only biases of Fu's Fs were significant and the curves of "mismatch distribution" can be explained by the unimodal standard distribution. The estimated time of expansion (τ) for Rio Grande do Sul population was 7,195 years before present, for Pantanal population was 32,009 and for Amapá population was 68,674. Obtained results are consistent with the hypothesis that the equatorial region likely was a refuge for populations of this species during the Pleistocene glaciations. / Foram estudadas populações de Ardea alba egretta (garça-branca-grande) da família Ardeidae (Aves), amostradas em quatro regiões brasileiras, com latitudes diferentes (Rio Grande do Sul, Pantanal, São Paulo e Amapá). Oligonucleotídeos espécie-específicos desenvolvidos nesse estudo possibilitaram o seqüenciamento de um fragmento de 586 pb do Domínio I da região controladora do DNA mitocondrial em 194 individuos. Cinqüenta e oito sítios polimórficos foram encontrados, definindo 74 haplótipos. O haplótipo de maior freqüência foi o Hap9 e a maioria dos demais haplótipos apresentaram freqüências baixas. A diversidade nucleotídica média foi de 0,006 e a diversidade haplotípica média 0,908. A distribuição da diversidade nucleotídica seguiu ordem decrescente do Amapá > Pantanal > São Paulo > Rio Grande do Sul e as diferenças entre Amapá e as demais populações foram estatisticamente significativas. Os resultados da análise AMOVA indicaram que há diferenciação genética entre as populações das quatro regiões (Fct = 0,02145; p = 0,03324). Valores de Fst par-a-par revelaram baixa estruturação entre as colônias dentro de cada região, mas estruturação entre as quatro regiões foi detectada. Ficou evidente pelas análises de estruturação que a composição genética do Amapá difere das demais regiões estudadas. Significantes desvios nos testes de Fs de Fu, D de Tajima, R2 e as análises da distribuição das diferenças par-a-par ( mismatch distribution ) e redes haplotípicas em formato de estrela apontam para sinais de expansão demográfica nas populações do Rio Grande do Sul e do Pantanal. Para o Amapá apenas os desvios de Fs de Fu foram significativos e as curvas de mismatch distribution podem ser explicadas pelo padrão unimodal. A estimativa do tempo de expansão (τ) para o Rio Grande do Sul foi de 7.195 anos antes do presente, para o Pantanal foi de 32.009 e para o Amapá foi de 68.674, anos antes do presente. Os resultados obtidos foram concordantes com a hipótese de que a região equatorial possivelmente foi o refúgio para as populações dessa espécie durante glaciações ocorridas no Pleistoceno.
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