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Estudo da mucosa gástrica na esquistossomose mansônica na forma hepato-esplênicaSoares Dias, Heloisa 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Com os objetivos de estabelecer a ocorrência e os tipos de lesões gástricas na forma hepatoesplênica
da esquistossomose mansônica (EMHE), e de verificar a existência de associação da
gastropatia congestiva portal (GCP) com a intensidade da fibrose periportal (FPP) e com os
sinais endoscópicos e ultra-sonográficos da hipertensão porta (HP), foram estudados
prospectivamente 71 pacientes, selecionados no ambulatório de esquistossomose do HC,
UFPE. Foram excluídos pacientes com antecedentes de tratamento cirúrgico para HP,
escleroterapia ou ligadura elástica das varizes do esôfago, de alcoolismo, hepatites B e/ou C e
pacientes em uso de beta-bloqueador. Todos os pacientes realizaram endoscopia digestiva alta
(EDA), seguindo um protocolo para caracterização das varizes do esôfago, da gastrite e da
GCP, realizando biópsia no corpo e antro gástricos; ultra-sonografia (USG) do abdome
superior, seguindo protocolo do Cairo e Niamey para caracterização do grau e padrão da FPP
e dos diâmetros das veias porta, esplênica e também do diâmetro longitudinal do baço. Foram
calculados médias, valores máximos, mínimos e desvios padrão das variáveis contínuas,
apresentados distribuição de freqüência e percentuais, e utilizados os testes de Qui-quadrado e
Exato de Fisher para verificar as associações entre a GCP e a intensidade da HP e grau da
FPP. Em todos os testes foram aplicados níveis de confiabilidade com valores de 95%
(p<0,05). A freqüência de GCP pela EDA foi de 54,9% (39 casos), sendo 33 (46,5%) leve e
06 (8,5%) intensa. A de gastrite foi de 83% (59 casos), sendo 32 (45,1%) enantematosa e 27
(38%) erosiva. A análise histopatológica revelou 20 casos (28,2%) de GCP, 39 casos (54,9%)
de gastrite, 07 casos (9,9%) de lesões associadas (GCP e gastrite) e 05 casos (7,0%) com
mucosa normal. Não houve associação entre o diagnóstico endoscópico e o histopatológico da
GCP. A elevada incidência de Helicobacter pylori possivelmente mascara o diagnóstico da
GCP pela histopatologia. Igualmente, não houve associação da GCP com o calibre e sinais
vermelhos das varizes do esôfago, assim como da GCP com o grau da FPP, nem com
diâmetros das veias porta, esplênica e diâmetro longitudinal do baço. O grande número de
circulação colateral observado em 33 pacientes (43,5%) foi possivelmente o motivo pelo qual
não se obteve associação da GCP com a FPP, nem com os sinais preditivos de HP avaliados
pela USG do abdome. Devido ao pequeno número de casos de GCP intensa (06 - 8,5%),
conclui-se que, na EMHE sem antecedentes prévios de tratamento para HP, a GCP é uma
condição benigna, com baixo risco de HDA
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