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Pesca e pobreza no Brasil / Fisheries and poverty in Brazil

Alencar, Carlos Alexandre Gomes de January 2014 (has links)
ALENCAR, Carlos Alexandre Gomes de. Pesca e pobreza no Brasil. 2014. 235 f. : Tese (doutora) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia de Pesca, Fortaleza-CE, 2014 / Submitted by Nádja Goes (nmoraissoares@gmail.com) on 2016-07-25T15:43:24Z No. of bitstreams: 1 2014_tese_cagalencar.pdf: 8125218 bytes, checksum: a030485caefb5d84f22558885a2ecbc3 (MD5) / Approved for entry into archive by Nádja Goes (nmoraissoares@gmail.com) on 2016-07-25T15:43:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_tese_cagalencar.pdf: 8125218 bytes, checksum: a030485caefb5d84f22558885a2ecbc3 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-25T15:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_tese_cagalencar.pdf: 8125218 bytes, checksum: a030485caefb5d84f22558885a2ecbc3 (MD5) Previous issue date: 2014 / This study aims to make an approach on fisheries and poverty issues, which concepts have been used by several authors to present relations between these two issues. There are two contrasting interpretations in the literature on the relationship between fisheries and poverty. The first relates to the view that "they are fishermen, so they are poor". This is the perception of "endemic poverty" which is felt by the fishermen and that, regardless of what they try to do, remain poor. The second interpretation refers to the idea commonly transmitted in that the relationship between fisheries and poverty refers to the distributive role of fishing, or to the fact that fishing (because of its nature of open access) offers a poor livelihood by fishing activity. In other words this is the view that "they are poor, so the fishing is left to them". The socioeconomic profile of Brazilian fishermen for the year 2010, concludes that the Brazilian professional fishermen are mostly artisanal class, which represents 99.14% of the total 824,814 registered professionals. The average age was 39.21 years, with regional and gender differences. Unmarried predominates in the sector, with 49.92% of the total. Most fishermen have incomplete primary education (79.46%) or are either illiterate (6.53%). Informality prevails in the fishing industry with the activity as an individual work or as household economy. This fact is directly related to the character of the artisanal fisheries in Brazil. Furthermore, Brazilian fishermen have been reduced the amount of goods purchased over time, which may be indicative of a deterioration in activity. Regional differences are observed in almost all variables studied RGP. When faced socioeconomic indicators of the Brazilian population, the country may be divided into two groups, the first formed by the North, Northeast and Midwest regions, less developed than the Southeast and South regions. The distribution and concentration of Brazilian fishermen follows this characteristic of the indicators of population while maintaining strong relationship with poverty vulnerability (as more fishermen, more vulnerable) and the IDHM, especially regarding its education component. / O presente trabalho aborda os temas pesca e pobreza, cujos conceitos têm sido utilizados por diversos autores para apresentar relações entre os dois temas. Existem duas interpretações contrastantes na literatura sobre a relação entre a pesca e a pobreza. A primeira relata a visão de que “são pescadores, portanto são pobres”. Esta é a percepção da “pobreza endêmica” a qual é sentida pelos pescadores e que, independente do que eles tentam fazer, continuarão pobres. A segunda interpretação refere-se à ideia comumente transmitida na literatura de que a relação entre pesca e pobreza deve-se ao papel distributivo da pesca, ou seja, ao fato de que a pesca (por causa de sua natureza de livre acesso) oferece aos pobres um meio de subsistência por meio da atividade de pesca. Em outras palavras essa é a visão de que “são pobres, portanto pescar é o que lhes resta”. Foi elaborado o perfil socioeconômico dos pescadores brasileiros para o ano de 2010, onde conclui-se que os pescadores profissionais brasileiros são majoritariamente da classe artesanal, que representa 99,14% do total de 824.814 profissionais registrados. A média de idade foi de 39,21 anos, com diferenças regionais e de gênero. Predomina no setor os pescadores solteiros, com 49,92% do total. A maioria dos pescadores possuem o ensino fundamental incompleto (79,46%) ou são analfabetos (6,53%). A informalidade no setor pesqueiro é mais presente, por meio do trabalho individual ou economia familiar. Tal fato está diretamente relacionado com o caráter essencialmente artesanal da pesca no Brasil. Além disso, os pescadores brasileiros têm sofrido uma redução da quantidade de bens adquiridos ao longo do tempo, o que pode ser indicativo de uma deterioração da atividade. Há diferenças regionais em praticamente todas as variáveis estudadas. Quando confrontados os indicadores socioeconômicos da população brasileira, fica mais evidente a divisão do país em dois grupos, sendo o primeiro formado pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de características menos desenvolvidas que as regiões Sudeste e Sul. A distribuição e concentração dos pescadores brasileiros acompanha essa característica dos indicadores da população, mantendo forte relação com a vulnerabilidade à pobreza (quanto mais pescadores, mais vulnerável) e com o IDHM, principalmente quanto ao seu componente relacionado à educação.
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Fisheries and poverty in Brazil / Pesca e pobreza no Brasil

Carlos Alexandre Gomes de Alencar 03 October 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / This study aims to make an approach on fisheries and poverty issues, which concepts have been used by several authors to present relations between these two issues. There are two contrasting interpretations in the literature on the relationship between fisheries and poverty. The first relates to the view that "they are fishermen, so they are poor". This is the perception of "endemic poverty" which is felt by the fishermen and that, regardless of what they try to do, remain poor. The second interpretation refers to the idea commonly transmitted in that the relationship between fisheries and poverty refers to the distributive role of fishing, or to the fact that fishing (because of its nature of open access) offers a poor livelihood by fishing activity. In other words this is the view that "they are poor, so the fishing is left to them". The socioeconomic profile of Brazilian fishermen for the year 2010, concludes that the Brazilian professional fishermen are mostly artisanal class, which represents 99.14% of the total 824,814 registered professionals. The average age was 39.21 years, with regional and gender differences. Unmarried predominates in the sector, with 49.92% of the total. Most fishermen have incomplete primary education (79.46%) or are either illiterate (6.53%). Informality prevails in the fishing industry with the activity as an individual work or as household economy. This fact is directly related to the character of the artisanal fisheries in Brazil. Furthermore, Brazilian fishermen have been reduced the amount of goods purchased over time, which may be indicative of a deterioration in activity. Regional differences are observed in almost all variables studied RGP. When faced socioeconomic indicators of the Brazilian population, the country may be divided into two groups, the first formed by the North, Northeast and Midwest regions, less developed than the Southeast and South regions. The distribution and concentration of Brazilian fishermen follows this characteristic of the indicators of population while maintaining strong relationship with poverty vulnerability (as more fishermen, more vulnerable) and the IDHM, especially regarding its education component. / O presente trabalho aborda os temas pesca e pobreza, cujos conceitos tÃm sido utilizados por diversos autores para apresentar relaÃÃes entre os dois temas. Existem duas interpretaÃÃes contrastantes na literatura sobre a relaÃÃo entre a pesca e a pobreza. A primeira relata a visÃo de que âsÃo pescadores, portanto sÃo pobresâ. Esta à a percepÃÃo da âpobreza endÃmicaâ a qual à sentida pelos pescadores e que, independente do que eles tentam fazer, continuarÃo pobres. A segunda interpretaÃÃo refere-se à ideia comumente transmitida na literatura de que a relaÃÃo entre pesca e pobreza deve-se ao papel distributivo da pesca, ou seja, ao fato de que a pesca (por causa de sua natureza de livre acesso) oferece aos pobres um meio de subsistÃncia por meio da atividade de pesca. Em outras palavras essa à a visÃo de que âsÃo pobres, portanto pescar à o que lhes restaâ. Foi elaborado o perfil socioeconÃmico dos pescadores brasileiros para o ano de 2010, onde conclui-se que os pescadores profissionais brasileiros sÃo majoritariamente da classe artesanal, que representa 99,14% do total de 824.814 profissionais registrados. A mÃdia de idade foi de 39,21 anos, com diferenÃas regionais e de gÃnero. Predomina no setor os pescadores solteiros, com 49,92% do total. A maioria dos pescadores possuem o ensino fundamental incompleto (79,46%) ou sÃo analfabetos (6,53%). A informalidade no setor pesqueiro à mais presente, por meio do trabalho individual ou economia familiar. Tal fato està diretamente relacionado com o carÃter essencialmente artesanal da pesca no Brasil. AlÃm disso, os pescadores brasileiros tÃm sofrido uma reduÃÃo da quantidade de bens adquiridos ao longo do tempo, o que pode ser indicativo de uma deterioraÃÃo da atividade. Hà diferenÃas regionais em praticamente todas as variÃveis estudadas. Quando confrontados os indicadores socioeconÃmicos da populaÃÃo brasileira, fica mais evidente a divisÃo do paÃs em dois grupos, sendo o primeiro formado pelas regiÃes Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de caracterÃsticas menos desenvolvidas que as regiÃes Sudeste e Sul. A distribuiÃÃo e concentraÃÃo dos pescadores brasileiros acompanha essa caracterÃstica dos indicadores da populaÃÃo, mantendo forte relaÃÃo com a vulnerabilidade à pobreza (quanto mais pescadores, mais vulnerÃvel) e com o IDHM, principalmente quanto ao seu componente relacionado à educaÃÃo.

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