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Geografia, militância e marxismo: a trajetória de Horieste Gomes e sua participação no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira / Geography, activism and marxismo: the course of Horieste Gomes and his participation in the Brasilian Geography Renewal MovementFreitas, Weder David de 29 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-29 / This study aims to understand the participation of teacher Horieste
Gomes in the Brazilian Geography Renewal Movement. So, we used the
contextual approach method proposed by Berdoulay ([1981] 2003) to help
our research. Based on this methodological perspective, we investigated
geography development specifically, the so-called Critical Geography and
Horieste Gomes participation in the Renewal Movement. We understand
that science develops from two important factors: the first is the social
context in which it is and the second is the theoretical and methodological
bases that will support scientific thinking. In Brazilian Geography, in the
1960s, 1970s and 1980s, there was a meeting between these two factors,
providing a moment of epistemological rupture and the formation of a
new geographical science conception. This meeting enabled a
reinterpretation of Geography and its social function, both in the social
context, particularly the military dictatorship actions, and the politicalacademic setting, with the possibility of a pure Marxist reading, with no
interference. However, to go only to the original Marxism in a political
framework developer was not enough. There was a difficult task to be
done: join Marxist theory to geographical science. How could that be,
since Geography traditionally dealt better with physical aspects than with
humans? How to include Marxism in a science that for several years, had
only as a method the description? These issues, although secondary in
this research, are a difficult mission to the authors, who are the
protagonists of Geography Renewal Movement, as Horieste Gomes, with
a clearly Leninist conception, he can solve in their own way, all of these
problems. First by understanding that the scientific neutrality should not
exist for this geographical thinking, which means that the researcher
must adhere the worker group, carry out a research focusing on this
concept. With this argument, he strongly criticizes the previous currents,
Traditional and Quantitative Geography. It is also possible to understand
that the geographer can contribute to the formation of a society with
transformative consciousness, so, to adopt a dialectical and historical
materialism is what best contributes to this process. So, this method is
the only one that is able to provide a totalizing and emancipatory
analysis. From this point of view, he makes his considerations about
geographical knowledge with no dichotomy between Physical and Human
Geography. To understand that there is a relationship between human
and that it is mediated through work and to understand this, from the
historical and dialectical materialism, it is possible to realize that nature
is historicized and that man is naturalize, as this relationships gets
narrow. Finally, he clarifies that only the socialist mode of production is
able to harmonize the relationship between human and nature, since this
perspective, nature would not be seen only as a resource and the
socialization of contemplation could generate a environmental
consciousness. / Esse trabalho tem como objetivo entender a participação do professor
Horieste Gomes no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira. Para
tanto, lançamos mão do método da abordagem contextual proposto por
Berdoulay ([1981] 2003) para subsidiar nossa pesquisa. Ao se pautar nessa
perspectiva metodológica, investigamos o desenvolvimento da Geografia, em
especial, a chamada Geografia Crítica e a participação de Horieste Gomes no
Movimento de Renovação. Entendemos que a ciência se desenvolve a partir
de dois fatores importantes: o primeiro é o contexto social, em que está
presente e o segundo são as bases teórico-metodológicas que vão alicerçar o
pensamento científico. Na Geografia brasileira, nas décadas de 1960, 1970
e 1980, houve o encontro entre esses dois fatores, propiciando um momento
de ruptura epistemológica e a formação de uma nova concepção de ciência
geográfica. Este encontro possibilitou uma releitura da Geografia e de sua
função social, tanto no contexto social, notadamente pelas ações da ditadura
militar, como no cenário político-acadêmico, com a possibilidade de uma
leitura marxista na fonte – sem intermediações. Todavia, somente ir aos
originais do marxismo dentro de um quadro político revelador, não foi o
suficiente. Havia a necessidade de realizar uma difícil tarefa: casar a teoria
marxista com a ciência geográfica. De que modo isso poderia ocorrer, já que
tradicionalmente a Geografia lidou melhor com os aspectos físicos do que
com os humanos? Como incorporar o marxismo numa ciência que, por
vários anos, tinha como método apenas a descrição? Essas questões, apesar
de secundárias nesta pesquisa, dão o tom da difícil missão dos autores, que
são protagonistas do Movimento de Renovação da Geografia, como é o caso
de Horieste Gomes. Ele, com uma concepção claramente leninista, consegue
resolver, de seu modo, todos esses problemas. Primeiro pelo entendimento
de que a neutralidade científica não deve existir para essa corrente do
pensamento geográfico, isto é, o pesquisador deve tomar partido pela classe
trabalhadora, realizar sua pesquisa com enfoque nessa concepção. Com esse
argumento, critica veementemente as correntes anteriores, a Geografia
Tradicional e a Quantitativa. Também entende que o geógrafo pode
contribuir para a formação de uma consciência transformadora da
sociedade, por isso, a adoção do materialismo histórico e dialético é o que
melhor contribui para tal processo. Pois, este é o único método capaz de
produzir uma análise totalizante e emancipadora. A partir deste ponto de
vista, faz suas considerações acerca do conhecimento geográfico sem que
haja a dicotomia entre a Geografia Física e a Humana. Compreende que há
uma relação entre o homem e a natureza mediada pelo trabalho e que ao
entender esta, a partir do materialismo histórico e dialético, percebe que a
natureza é historicizada e o homem é naturalizado, conforme ela se estreita.
Por fim, esclarece que somente o modo de produção socialista é capaz de
harmonizar a relação entre homem e natureza, visto que nessa perspectiva,
a natureza não seria vista apenas como recurso e a socialização de sua
contemplação poderia gerar uma consciência socioambiental.
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