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Mineração e planejamento : estudo de caso no municipio de Itu (SP)Lemos, Antonio Carlos Primo Nalesso 27 February 1992 (has links)
Orientador : Luiz Augusto Milani Martins / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-14T02:12:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1991 / Resumo: Nas últimas décadas verifica-se crescente utilização do planejamento como instrumento de políticas públicas para o equacionamento e minimização dos conflitos associados à mineração. A partir de um referencial teórico conceitual acerca dos temas mineração e planejamento, e de uma análise de experiências nacionais e internacionais de inserção da mineração no planejamento, desenvolve-se um estudo de caso no município de Itu (Estado de S. Paulo). Nesta abordagem ressalta-se a componente política do planejamento como aspecto essencial à sua efetividade e implementação. Também são apresentadas as características técnicas dos trabalhos geológicos necessários à elaboraçao do Plano Diretor Municipal. Como resultado deste trabalho o autor aponta que é limitada a perspectiva de minimização de conflitos da mineração através do planejamento, salientando que ela depende da participação e do nível de organização política da sociedade. É apontada também a necessidade de desenvolvimento de pesquisas e experiências com novos instrumentos e modelos de planejamento / Abstract: In the last decades, there has been a growing utilization of planning as a tool of public policy to prevent and administer the conflicts associated with mining. From the basic concepts of mining, and planning, the author evaluates national and foreign experiences with respect to the inclusion of mining in municipal planning and putlines a case study from the municipality of Itu (S. Paulo State). It is emphasired that the political component of planning as a necessary condition for its eficiency and implementation should be takem into account. The technical characteristics of the geological work needed to suplement official, municipal plans are also presented. The author concludes that the perspective of reducing conflicts associated with mining is limited and depends on the political organization of society. The need to research and experiment new tools and planning models is also stressed. / Mestrado / Administração e Politica de Recursos Minerais / Mestre em Geociências
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Aspectos da Mineralogia, Geoquímica, Gêneses e Potencialidade Econômica do Campo Pegmatítico de Marilac, Minas GeraisGandini, Antonio Luciano 15 March 2000 (has links)
A região de estudo deste trabalho, Campo Pegmatítico de Marilac (CPM), localiza-se a 25 km NW da cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. Ela está inserida no Distrito Pegmatítico de Governador Valadares (DPGV), um dos segmentos da grande Província Pegmatítica Oriental do Brasil (PPOB). Essa província possui uma forma lenticular alongada no sentido NS, embora sua maior parte esteja localizada no Estado de Minas Gerais, e seus limites situam-se nos Estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e Sul da Bahia. A PPOB é produtora de minerais industriais, sendo a principal região de minerais-gemas do País e, ao mesmo tempo, uma das principais províncias gemológicas do mundo no tocante à variedade e volume de minerais gemológicos produzidos. O Campo Pegmatítico de Marilac possui cerca de uma centena de pegmatitos, dos quais 44 foram selecionados para estudo. Foram amostrados cristais de feldspatos, micas, berilos e nióbio-tantalatos de várias zonas dos pegmatitos. Quanto à estrutura dos corpos, estes são zonados simples ou complexos, sendo que suas dimensões médias estão entre 10 a 20m de espessura e 20 a 100m de comprimento. As formas mais comuns dos pegmatitos são lenticulares, seguidas das tabulares, sendo estes corpos encaixados de maneira concordante, em sua maioria, em xistos da Formação São Tomé do Grupo Rio Doce que, estruturalmente, foi deformado de maneira complexa e metamorfizado no facies anfibolito. A mineralogia essencial é constituída por microclínio pertitizado, às vezes amazonita, quartzo (hialino, fumê, róseo e leitoso), muscovita e albita. Os minerais acessórios são; biotita, berilo [escória (berilo industrial), água-marinha, morganita e goshenita], granada (almandina, espessartina), nióbio-tantalatos e turmalinas (pretas, verdes, azuis e róseas), sendo que a complexidade mineralógica aumenta segundo à direção SW-NE da área. Os feldspatos que ocorrem nestes pegmatitos são microclínio macropertitizado (\'Or IND.97,07-77,57\' \'Ab IND.22,12-2,88\'\'An IND.0,82-0,05\') e albita (\'Ab IND.98,97-77,04\'\'Or IND.17,84-0,74\'\'An IND.9,82 - 0,33\'), muitas vezes cleavelandita. As análises químicas de 190 amostras de feldspatos deste campo pegmatítico apresentaram razões de K/Rb, K/Cs, Rb/Cs, Ba/Sr, Rb/Sr, K/Ba e Ba/Sr que, em sua quase totalidade, correspondem, a pegmatitos potássicos na classificação de Lopes Nunes. Os dados do gráfico K/Rb versus Rb, comparados à distribuição geográfica dos pegmatitos, mostraram uma tendência não linear do aumento do grau de diferenciação destes corpos na direção SW-NE, sendo que a Lavra do Escondido foi a que apresentou maior concentração em elementos alcalinos raros. Utilizando o gráfico K/Rb versus Cs de Morteani & Gaupp, pôde-se classificar os corpos pegmatíticos do Campo de Marilac como elementos raros, não mineralizados em tântalo. Na área estudada destacam-se três núcleos de pegmatitos com maior grau de diferenciação. Nestes núcleos, os valores, para as razões citadas acima, são similares aos dos pegmatitos do tipo berilífero da classe a elementos raros como discute Cerný, enquanto a maioria se enquadra na classe muscovítica. Utilizando-se as razões K/Rb x Cs e K/Rb x Li para as micas, mais de 60% dos corpos são identificados com muscovíticos ou muscovíticos complexos das classes à muscovita e a elementos raros, respectivamente, quando classificados segundo diagrama de Cerný & Burt. Para a razão K/Rb x Ti, os pontos caíram em áreas semelhantes àquelas ocupadas por pegmatitos dos tipos berilo-columbita e potássico de Lopes Nunes. Desta forma, os corpos analisados neste trabalho constituem um grupo de transição entre os indicados pelos autores anteriormente citados. Utilizando os diagramas K/Rb x Ba e K/Rb x Ga, e baseando-se no trabalho de Cerný & Burt, 60% dos corpos foram classificados como do tipo berilo-columbita, ocorrendo ainda alguns da classe muscovita e outros do tipo lepidolita. Nestes diagramas parece haver necessidade de expansão do campo referente ao tipo berilo-columbita, pois a maioria dos pontos referentes às micas do Campo de Marilac caiu sobre o limite do campo do tipo lepidolita, não havendo, entretanto, correspondência entre os teores em Li da muscovita e este campo, bem como a correspondente assembléia mineral. Ainda em relação as micas, as razões K/Rb; K/Cs; Rb/Cs; Rb/Sr e Li/Cs reresentam pegmatitos de baixo a médio grau de diferenciação . Segundo Cerný & Burt, todas as tendências ilustradas nos diversos diagramas exibem continuidade no fracionamento dos elementos traço, desde muscovita, passando por muscovita litinífera até lepidolita. Quanto ao berilo, não foi encontrado o politipo octaédrico. Os politipos n e os de transição perfazem \'APROXIMADAMENTE IGUAL A \'25% das amostras. Os politipos t do tipo 2, pobres em álcalis raros, correspondem a \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 60% e o t do tipo 1, \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 15%, sendo encontrados nos pegmatitos do Escondido, Jonas Lima II e José Pereira (\"Sem Terra\"). A relação entre \'Li IND.2\'O e BeO salienta a substituição do Be por Li no sítio tetraédrico, bem como o fracionamento ocorrido durante a cristalização das diferentes zonas. As variedades de berilo mais abundantes são industrial (escória), água-marinha e morganita muito clara, respectivamente em ordem de abundância. A partir da relação entre Na/Li versus Cs(%) dos cristais de berilo, lançados no diagrama de Trueman & Cerný, pôde-se observar que há, predominantemente, uma transição entre dois tipos principais de pegmatitos no Campo de Marilac. O mais abundante é do tipo A, estéril, portador de Be, Nb, Ta e pobre em álcalis raros; o outro do tipo B mostra enriquecimento nestes últimos elementos. A razão Li x Cs exibe uma tendência de crescimento, que relacionada à posição geográfica dos corpos, mostra um aumento de sudoeste para nordeste da área de ocorrência. Esta tendência pode ser indicativa da direção do fracionamento do fluido. A maioria dos diagramas de infravermelho mostrou água do tipo I predominando sobre a do tipo II, ocorrendo ainda\'CO IND.2\' e, raramente \'CH IND.4\'. O \'N IND.2\' foi detectado por espectroscopia micro-Raman como um dos componentes da fase gasosa presente nas inclusões fluidas dos berilos. Estudos, por microscopia nas amostras de berilo do pegmatito do Ipê, das zonas gráfica e intermediária e de um corpo de substituição desse pegmatito, revelaram a presença de um grande número de inclusões fluidas. Pelo estudo microtermométrico, os dados das temperaturas eutéticas sugerem uma evolução dos fluidos a partir de sistemas inicialmente compostos por \'Na POT.+\', \'K POT.+\', com possíveis quantidades de \'Fe POT.2+\' e de \'Fe POT.3+\', para soluções mais ricas em cálcio. Finalmente, quanto aos nióbio-tantalatos, a densidade destes varia entre 5,69 e 7,82, sendo que 4,16% das amostras correspondem à composição de ferrocolumbita, 54,17% de tântalo-columbita, 25% de columbo-tantalita e 16,67% de tantalita na porção NE da área. Valores de \'c IND.o\'/\'a IND.o\' dos parâmetros de cela unitária das 29 amostras lançados no diagrama de Cerný e colaboradores, permitiram classificá-las, em sua maior parte, como ferrocolumbitas ordenadas com graus diferentes de ordenação, sugerindo proximidade com algum possível corpo granítico, sem contudo obedecer a uma direção definida na área. Manganotantalitas são raras. As amostras apresentam zoneamento composicional detectado por meio da difração de raios X e confirmado pelas análises de seções polidas em microscopia eletrônica de varredura. Também foram identificadas inclusões nesses nióbio-tantalatos de cassiterita, ixiolita, romanechita, wodginita entre outros. Os pegmatitos do Campo de Marilac mostraram razões Ta/(Ta+Nb) e Mn/(Mn+Fe), respectivamente, dentro dos intervalos 0,25 a 0,80 e 0,18 a 0,26. A maioria das amostras apresenta valores maiores de Nb do que Ta (Nb \'>OU=\'Ta), indicando que os pegmatitos pertencem à classe muscovítica, ou à classe elementos raros, subclasse muscovítica, sendo que o teor de tântalo aumenta da mesma maneira que a complexidade mineralógica da área numa direção de SW para NE, porém não de uma maneira linear. Com relação aos aspectos econômicos, dentre os minerais estudados para esta Tese, somente os feldspatos foram estudados para este fim por serem os de maior interesse econômico. Apenas alguns feldspatos são piroexpansíveis e os testes de queima até 1.200°C exibiram cor branca para os cones de prova. Estas características, indicam que eles podem ser utilizados na indústria de vidros de um modo geral. Outros minerais, como as turmalinas e berilo, quando ocorrem limpos e transparentes, são destinados ao emprego gemológico. Sob o aspecto geoquímico, as diversas razões químicas dos minerais estudados mostraram uma evolução de SW para NE na área. O enquadramento dos pegmatitos do Campo de Marilac, na classe pegmatítica a elementos raros, implica em que estes corpos correspondam a resíduos derivados de granitos orogenéticos, por fracionamento ígneo a partir de uma fonte ígnea localizada a SW da área, sendo o granito Açucena a provável fonte. / Mineralogical and geochemical studies of the Marilac Pegmatitic Field (MPF) were performed with the objective of characterizing its geochemistry and genesis. The MPF is located in the central portion of the huge \"Província Pegmatítica Oriental do Brasil\". This province is situated mostly in Minas Gerais state following an NS trend, and covers the states of Bahia, Espírito Santo, and Rio de Janeiro. The province referred to above is a classic worldwide producer of gem minerals that include several varieties of tourmaline, spodumene, topaz and rare gemstones such as herderyte, phenakite and euclase among others. The MPF has around one hundred pegmatite bodies of lenticular or tabular shape and dimensions between 20 and 100 meters. The pegmatite bodies are concordant with the mica schist of the São Tomé Formation (Rio Doce Group). This lithologic unit underwent metamorphism of the amphibolite facies. The study of the mineralogical composition of the pegmatite bodies revealed that the main phases are pertitic microcline, which may occurs in the form of amazonite, qtrartz in different varieties (hyaline, smoked, pinky, and milky), muscovite, and albite. The following accessory minerals were also identified: biotite, beryl (including industrial beryl and its gemological varieties: aquamarine, morganite and goshenite), garnet (almandine and spessartine), NB-tantalate minerals, and tourmalines (dark, green, blue and pink). Within the feldspar group the following minerals were identified: macropertitic microcline (Or IND.97,07-77,57\' \'Ab IND.22,12-2,88\'\'An IND.0,82-0,05\') albite (Ab IND.98,97-77,04\'\'Or IND.17,84-0,74\'\'An IND.9,82 - 0,33\' and less frequently cleavelandite. The K/Rb, K/Cs, Rb/Cs, Ba/Sr, Rb/Sr, K/Ba and Ba/Sr ratios of 190 samples showed that the pegmatite bodies are potassic in composition according to the Lopes Nunes classification. Considering the K/Rb ratio versus Rb diagram the pegmatite bodies display a non-linear chemical differentiation along the SW-NE direction. Based on the K/Rb ratio versus Cs diagram the MPF pegmatite bodies can be classified as Ta-absent, and rare element-bearing type according to the Morteani & Gaupp classification. Three groups of more differentiated pegmatite bodies have been observed in the MPF. These bodies can be classified as beryl-type and rare element class of the Cerný classification. The majority, however, belongs to the muscovitic class of the same classification. Concerning mica, the K/Rb, ratio versus Cs, and K/Rb ratio versus Li diagrams showed that 60% of the pegmatite bodies are muscovitic or complex muscovitic belonging to the rare element class of the Cerný & Burt classification. The K/Rb ratio versus Ti diagram suggest that the pegmatite bodies belong to the potassic, and beryl-columbite types of the Lopes Nunes classification. Therefore, the MPF pegmatite bodies seems to be transitional between the groups proposed by the authors referred to above. The K/Rb ratio versus Ba, and K/Rb ratio versus Ga diagrams show that 60% of the pegmatite bodies are beryl-columbite type. Subordinately occur the muscovite class and lepidolite type. As for K/RB, K/Cs, Rb/Cs, Rb/Sr, and Li/Cs ratios the data suggest that most of the pegmatite bodies show low to medium differentiation. The industrial variety of beryl is the most common in the study area. Minor occurrences of aquamarine, morganite, and goshenite are also found. The beryl polytypes do not include the octahedral polytype. The n and the transition polytypes make up 25% of the samples. The t polytype of type 2, which is poor in rare alkaline elements represent 60% whereas the t polytype of the type 1 corresponds to 15%. The Li\' IND.2\'O/BeO ratio indicates the substitution degree of Be by Li inside the tetrahedral site. The Na/Li ratio versus Cs diagram shows that, in the study area, there is a clear transition between the A and B groups of the Trueman & Cerný classification. The A type is mineralized in Be, Nb, and Ta and it is poor in rare alkaline elements. The B type is rich in rare alkalines elements. Infrared spectroscopy of beryl revealed the presence of I-type water and minor occurrences of ll-type water, C\'O IND. 2\' and C\'H IND. 4\'. Nitrogen was detected by micro-Raman spectroscopy in fluid inclusions of some beryl crystals. Nb-tantalate minerals have densities ranging from 5.69 to 7.82. Tantalum-columbite, columbium-tantalite, tantalite, and iron-tantalite correspond to 54.17%, 25%, 16.67%, and 4.16% of the samples, respectively. The plotting of the \'c IND. o\'/\'a IND. o\' ratio of the unit cell parameters for 29 samples revealed the existence of an ordered structure for most of them. This result in combination with the chemical data of the minerals referred to above suggest the proximity of a possible granitic intrusion in the study area. Mn-tantalite minerals are rare in the area. Inclusions of cassiterite, ixiolite, romanechite, wodginite have been identified. The Ta/(Ta+Nb) and Mn/(Mn+Fe) ratios range from 0.25 to 0.80 and from 0.18 to 0.26, respectively. Nb contents are usually higher than the Ta contents, and they indicate that the pegmatite bodies of the study area belong either to the muscovitic class or the rare element class. Both the Ta content and the mineralogical complexity increase non-linearly from SW to NE in the study area. Feldspars were studied in relation to their use and applications. Currently they may present some economic interest among all minerals that were analyzed. Some feldspars are pyroexpansible and, when submitted to temperatures as high as 1,200°C they become white Such characteristics suggest that they can be used in the glass industry. Other minerals such as tourmaline and beryl may have gemologic applications. Mineralogical and chemical data showed that the MPF pegmatite bodies belong to the rare element class in the classification proposed by Cerný and collaborators. Therefore, it is almost certain that those pegmatite bodies are derived from orogenetic granites. Field relations showed that the Açucena granite, which outcrops in the SW portion of the study area, seems to be the most probable source for the pegmatitic mineralizations.
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Distribuição de elementos menores no processo de fabricação de clínquer portland / Not available.Sato, Paulo Eduardo Solak 03 September 2004 (has links)
O presente trabalho visou entender o comportamento da distribuição dos elementos menores em alguns fornos de cimento no Brasil, através de rastreamento de elementos menores nas matérias-primas, combustíveis, resíduos co-processados, emissões gasosas e clínquer portland. A importância deste estudo visa contribuir para um melhor entendimento do impacto no processo e na qualidade ambiental, decorrente do acréscimo de elementos menores, incluindo metais, no processo industrial de fabricação de clínquer portland com a utilização de co-processamento de resíduos. O clínquer portland é o produto resultante da sinterização da farinha a aproximadamente 1450°C. A sinterização é um processo onde ocorre uma série de reações químicas no estado sólido, na presença de uma fase líquida, dentro de um ambiente oxidante com parâmetros termodinâmicos controlados. O co-processamento é um termo usado para a incineração de resíduos industriais em fornos de cimento portland, permitindo a substituição de uma parte do combustível fóssil por resíduos com poder calorífico, tais como pneus, tintas, vernizes e solventes. A combustão destes materiais pode implicar no aumento do nível de elementos menores no sistema forno, sendo que alguns deles de grande preocupação ambiental, tais como os metais pesados de alta volatilidade como o chumbo e cádmio, por exemplo. A pesquisa foi realizada a partir de amostras de matéria primas, combustíveis, clínquer portland e resíduos coletados em 8 plantas de cimento, instaladas em 5 estados brasileiros, com foco na distribuição e concentração de elementos menores. Paralelamente foram estudadas as emissões de 4 plantas de cimento. Os estudos de balança de massa foram comprometidos por divergências e incertezas decorrentes do procedimento de amostragem, da complexidade do mecanismo de volatilização, precipitação e incorporação dos elementos e dispersão analítica. O grau de volatilização dos elementos menores e a natureza dos combustíveis e resíduos co-processados têm forte impacto no aporte de elementos menores na composição, desempenho e qualidade ambiental do clínquer. A diferente origem dos materiais carbonáticos utilizados não imprime características micro-químicas regionais e geológicas especiais. / The present study aims to understand the distribution of trace elements in some Brazilian portland clinker kilns, based on chemical analysis of raw materials, fuels, cofired wastes, gaseous emissions and clinkers. This study is a contribution to the understanding of the impact of the trace elements input in the production of portland clinker with co-firing of industrial wastes, with emphasis on the environmental control of industrial processes. Portland clinker results from the sinterization of the raw materials at aprox. 1450ºC. In this process, several solid state reactions take place in the presence of a liquid phase, in a highly oxidative environment under thermodinamically controlled conditions. The term \"co-firing\" refers to the incineration of industrial wastes in portland clinker kilns, a process in which fossil fuels are in part substituted by wastes with some calorific potential, such as tires, paints and thinners. Burning of such materials tends to enhance the levels of trace elements in the kiln system, while some of these elements are environmentally dangerous, such as the volatile heavy metals lead and cadmium. We analysed samples of raw materials, fuels, clinkers and wastes from 8 cement plants, in 5 Brasilian States, emphasizing trace elements concentrations. Additionally, 4 samples of gaseous emissions of cement plants have been analysed. The attempts to calculate a mass balance were hindered by uncertainties regarding sampling procedures, complexity of volatilization, precipitation and incorporation mechanisms, and analytical errors. The degree of volatilization of the elements, together with the composition of fuels and co-fired wastes strongly enhances the input of trace elements in the composition of the clinker, therefore affecting its environmental quality. The different types and sources of carbonates present in the raw meal do not affect the trace element composition of the clinker to such a large extent.
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Gênese das jazidas de caulinita e bauxita de Vargem dos Óculos, Quadrilátero Ferrífero, MG / Not available.Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino 04 August 1988 (has links)
As Jazidas de Caulinita e Bauxita de Vargem dos Óculos, encontram-se na calha do Sinclinal da Moeda, sobre rochas do Grupo Itabira. A heterogeneidade litológica deste grupo, propicia uma alteração geoquímica diferenciada, culminando com a formação de depressões, cujo conjunto encontra-se envolvido por vertentes, associadas às cristas constituídas por itabiritos. Desta forma, três unidades morfológicas são definidas na área, as unidades de alta, média e baixa vertente. As unidades de alta e média vertente são capeadas por uma couraça ferruginosa isalterítica, a interface entre a média e baixa vertente por uma couraça alumino-ferruginosa e, a unidade de baixa vertente por um material argiloso, predominantemente caulinítico. Na unidade de baixa vertente, onde se localizam as Jazidas em estudo, dois perfis de alteração se sobrepõem em discordância estrutural. Um perfil inferior, cuja evolução se deu \"in situ\", à partir dos filitos dos carbonáticos do Grupo Itabira e, um perfil superior alóctone, oriundo da deposição de fragmentos laterizados, pertencentes às pretéritas couraças alumino-ferruginosas desenvolvidas na média vertente. Na unidade de baixa vertente, condições de hidromorfia são atuantes, propiciando o desenvolvimento de mecanismo de desferruginação sobre ambos jazimentos, que concorre para a formação de expressiva fácies bauxítica, na Jazida de Bauxita, acompanhado ou seguido de uma importante silicificação, na Jazida de Caulinita, tendo como consequência a formação de significativa fácies caulinítica / The Kaolinite and Bauxite ore deposits of Vargem do Óculos are situated at the Moeda Syncline trough, lying over rocks of the ltabira Group. The lithological heterogenelty of this Group, provides a differenciated geochemical alteration, which induces the formation of depressions and slopes, associated to Itabirite crests. Morphological units, therefore, can be defined, the upper middle and low slope. The uppet and middle units are covered by an alterite lron crust; the interface between the middle and low one by an alumino-ferruginous crust and the low slope unit by an argillaceous material, predominantly kaolinic. At the low unit, where the deposits are located, two alteration profiles are overiald in structuraI unconformity. An inferior one, with an \"in situ\" evolution from carbonate phyllites of the ltabira Group and the superior one allochthnous is derived from deposition of fragmented material of ancient alumino-ferruginous crusts, developed at the middle slope. At the low unit a hydromorphic environment and roducing conditions predominate. This leads to the development of deferruginization, on both deposits and forming expressive bauxitic facies, in the Bauxite deposit. Such mechanism is accompanied or followed by a sillicification, at the Kaolinite deposit, with the formation of significant Kaolinitic facies.
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Metodologia para o cálculo de reservas da turfeira de Jacareí e suas características físico-químicas / Not available.Ostafiuc, Gerson Bardichia 30 May 1986 (has links)
O estudo da turfeira próxima a cidade de Jacareí, à margem esquerda do rio Paraíba do Sul, apresentou resultado satisfatório, permitindo a delimitação de uma turfeira de forma alongada, de aproximadamente 6,0 km de comprimento por 1,2 km de largura média. A turfa aflora em 80% da área, possui espessura, média de 3,00 m, teor máximo ponderado de 50% de cinzas e 35% de umidade, apresenta um reserva medida de aproximadamente 3.964.500 toneladas, apresentando um conteúdo energético de 1.565.000 Gcal. A viabilidade econômica da turfeira de Jacareí, como alternativa energética, só poderá ser totalmente comprovada por meio da implantação de lavra experimental, quando se obtiver so custos reais necessários para extração da tonelada de turfa, que compradas com os do óleo combustível revelará a exequibilidade econômica do empreendimento. / The study of a peat bog developed in Jacareí city, far from São Paulo City 60 km to the northeast, in the basin of Paraíba do Sul river, has presented good results, allowing the delimitation of a peat bog with 6,0 km long and 1,2 km wide. This peat bog is about 370,0 hectares, contain about 10,999,000 m³ of peat resources with an average depth of about 3,0 metres and in some places more than 7,0 metres depth. The analysis of the material provided of the peat bog for testing physical properties, have shown 35% of ashes content and 35% of moisture content, as well as 2.800 kcal/kg of average heating value. The economic viability of Jacareí peatland resources, its\' useful and application as an alternative energetic source depends on experimental mining tests, like explotation and milling methods, involving costs, equipments, and so forth.
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Mina de Cobre de Camaquã, Rio Grande do Sul / Not available.Bettencourt, Jorge Silva 24 April 1973 (has links)
A Mina de cobre de Camaquã, no Estado do Rio Grande do Sul, é constituída por duas zonas principais, denominadas, Mina S. Luiz e Mina Uruguai, além dos setores subsidiários conhecidos por Zonas Intermediária, Potreiros, Oscarino, Feliciano e Cêrro das Tunas. Pequenos filões, de menor importância também são assinalados (Fig. 3). O setor S. Luiz se compõe da mina propriamente dita e de vários filões isolados, conhecidos como, São Júlio, Barnabé e Esperança. Sem considerar os filões isolados, abrange uma faixa de aproximadamente 700 metros de comprimento, com largura variável, de 20 metros na extremidade SE e 110 metros no extremo NW. Seus filões mais importantes, modernamente foram designados como Principal ou S. Luiz, Capa e Lapa. Na Mina Uruguai, sempre se considerou a existência de duas zonas independentes, quais sejam, Zona Uruguai e Zona Piritas, separadas pela Falha Piritas. Os veios ocorrem numa área com extensão de 650 metros de larguras de 270 metros na Zona Piritas e 180 metros na Zona Uruguai. Os veios mais importantes são: Filão Piritas, na Zona Piritas; filões, Lapa, Sðbre Lapa, Capa e Sôbre Capa na Zona Uruguai. Os trabalhos de lavra e pesquisa, efetuados nos últimos 30 anos, permitiram verificar a existência de um sistema de veios, muito mais numerosos do que acima indicado. A Zona Intermediária, situada entre as minas S. Luiz e Uruguai, dista 300 metros da Zona Piritas e 200 metros da extremidade SE da Mina S. Luiz. Ao contrário das duas minas anteriores, esta zona se caracteriza por densos fraturamentos subsidiários a falhas principais. A Zona Potreiros dá continuidade aos veios isolados da Mina S. Luiz; estende-se por cerca de 700 metros, com largura aproximada de 200 metros. Nesta faixa ocorrem inúmeros veios, predominantemente constituídos por minerais de ganga. Os setores Cêrro das Tunas e Feliciano possuem vários filões contínuos, além de afloramentos isolados, cujos comprimentos variam de poucos até 120 metros; podem ser considerados como prolongamentos das falhas mineralizadas da Zona Piritas. Todos os setores da Jazida de Camaquã foram pesquisados em diversas épocas, por trincheiras superficiais e por galerias, trabalhos de sondagem e desenvolvimento subterrâneo. Os setores Oscarino, Feliciano, Cêrro das Tunas e Potreiros a despeito dos intensos trabalhos de pesquisa efetuados, apresentam inexpressiva reserva de minério. Em contrapartida, as Minas S. Luiz, Uruguai e Zona Intermediária mostram-se possuidoras das maiores reservas de minério de cobre no distrito sendo responsáveis por toda a produção da jazida de Camaquã. As rochas mais abundantes no distrito, pertencem aos Grupos Bom Jardim e Camaquã, respectivamente de idades pré-cambriana e paleozóica inferior, além de diques de diabásio de idade mesozóica e sedimentos recentes (Fig. 2 ). As unidades sedimentares possuem uma espessura local provavelmente de vários quilômetros e recobrem o embasamento pré-cambriano. O complexo sedimentar, representado pelos grupos acima discriminados, é constituido de arenitos, ritmitos, grauvacas e conglomerados, além de intrusivas e extrusivas andesíticas. o Grupo Bom Jardim, contendo as rochas mais antigas do distrito, é recoberto em discordância angular pelos sedimentos do Grupo Camaquã. Em âmbito Iocal, as rochas do Grupo Bom Jardim são mais importantes uma vez que constituem as encaixantes da mineralização cuprífera. Emergem no núcleo de um anticlinal formado por rochas do Grupo Camaquã, determinando uma estrutura homoclinal, cujas camadas possuem direção NE e mergulho médio em torno de 35º. O dique de diabásio mais importante na área corta o sistema de veios da Mina S. Luiz, seccionando-a em duas zonas; dados geocronológicos apontam uma idade correspondente ao Cretáceo Médio Inferior. Metamorfismo termal, tanto dos sulfetos quanto das rochas encaixantes, é observado nos contatos deste corpo. As feições estruturais dominantes no distrito, são representadas por grandes falhamentos trancorrentes com direção NE, e falhas normais, tracionais e subsidiárias, com direção NW, todas de idade pré-cambriana. Estas últimas são transversais ou oblíquas à direção média das camadas e à estrutura homoclinal do Grupo Bom Jardim e assumem extrema importância pelo fato de estarem associadas à mineralização no distrito. Falhamentos pós-mineralização também foram assinaldos, cortando as estruturas acima apontadas. A distribuição dos depósitos filonares é restrita a arenitos, ritmitos e conglomerados dos Membros Mangueirão e Vargas que são unidades da Formação Arroio dos Nobres do Grupo Bom Jardim (Fig. 3 ). Verificou-se que, em geral, a mineralização econômica é principalmente localizada nos conglomerados e arenitos conglomeráticos; entretanto, mineralizações de porte foram constatadas em arenito, a grande profundidade, com condicionamento tectônico discutido no capítulo X. Os depósitos filonares se formaram por preenchimento e substituição ao longo de planos de falhas normais e estruturas penadas associadas; há também mineralização disseminada nas paredes e nos espaços entre os planos de falhas. A possança dos filões varia de poucos centímetros a um máximo de 4 metros, nas zonas de enriquecimento. A persistência dos principais corpos de minérios em profundidade é notória, até pelo menos 330 metros na vertical, não havendo evidências, de que o limite inferior de mineralização tenha sido atingido em qualquer localidade. De um modo geral, os filões principais das minas Uruguai e S. Luiz tem mergulhos para SW e NE, respectivamente, sendo possível prever os caimentos dos corpos mineralizados, em função das estruturas e e estratigrafia. Os tipos de alteração das encaixantes identificados no distrito são: silicificação, caolinização e sericitização, que acompanham, com maisfrequência a mineralização primária. Digna de nota, é a cloritização intensa, desenvolvida na Mina Uruguai, particularmente na Zona Piritas. Representa uma alteração tardia, superimposta à alteração primitiva e acompanha a mineralização hematítica. De maneira geral, a sequência paragenética indica a existência de pelo menos, quatro fases de deposição. As soluções mineralizantes sofreram modificações físico-químicas marcantes, durante a evolução do depósito sendo função dos eventos magmático-tectônicos coevos. A paragenese primária é simples, sendo os principais sulfetos e óxidos: pirita, calcopirita, bornita, hematita e calcosita. Zonamento vertical hipógeno, em veios, foi observado, especialmente na Mina S. Luiz onde a lavra já atingiu o nível 700 pés. Notou-se que a calcopirita e pirita aumentam em profundidade, predominando nos níveis 600 e 700 pés. Na Mina Uruguai, mesmo no nível 500 pés, há sempre mistura intensa de minerais hipógenos e supérgenos. Ligeiro zonamento lateral primário foi notado na Zona Piritas da Mina Uruguai, onde predomina mineralização a hematita. A Jazida de Camaquã apresenta todas as características de depósitos hidrotermais mesotermais. A julgar pelos dados geoquímicos obtidos, as soluções hidrotermais sulfuretadas são consideradas derivadas de uma fonte magmática profunda. Os condutos primários seriam, provavelmente, as grandes falhas de direção NE, que atingiriam o embasamento cristalino. Devido ao ambiente tectônico propício da Zona da Mina, as soluções seriam canalizadas, secundariamente, para as falhas NW, com espaços abertos adequados å deposição de sulfetos, óxidos e minerais de ganga. As rochas encaixantes teriam um papel relevante no fornecimento dos elementos necessários à formação de grande parte dos minerais de minério e ganga. Lixiviação e enriquecimento supérgeno são bem desenvolvidos no distrito, com formação de calcosita e bornita como minerais principais. A fixação precisa dos limites da zona enriquecida é problemática, devido às dificuldades em discriminar a natureza hipógena e supérgena da calcosita e bornita, bem como pela oxidação intensa, efetuada em realces antigos e galerias dos níveis inferiores, por águas percolantes. / Not available.
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Geologia de depósitos residuais bauxíticos na região de Lavrinhas, SP e sua viabilidade econômicaSigolo, Joel Barbujiani 13 September 1979 (has links)
O trabalho em apreço faz parte de um estudo geológico de uma região bauxitizada no município de Lavrinhas no nordeste do Estado de São Paulo. Nesta área ocorrem vários depósitos bauxíticos, cujas rochas encaixantes estão representadas por rochas metamórficas pertencentes ao Grupo Paraíba do Sul e rochas ígneas alcalinas pertencentes ao Maciço Alcalino de Passa Quatro. A região mineralizada compreende uma faixa com cerca de 43 quilômetros circunscrevendo os Maciços Alcalinos de Passa Quatro e Itatiaia, bem como uma zona situada sobre os maciços, principalmente o de Passa Quatro. O acesso à área da Fazenda Mato Quieto - região básica deste estudo - se faz por rodovia que liga a cidade de Cruzeiro a de Lavrinhas, seguindo-se por estrada secundária que a liga ao distrito de Pinheiros para finalmente alcançar a Fazenda Mato Quieto, a qual dista cerca de 16 quilômetros de Cruzeiro em linha reta. As rochas metamórficas encaixantes da mineralização referidas como pertencentes ao Pré-Cambriano médio e superior, podem ser distinguidas em duas seqüências, a primeira e inferior, representada por gnaisses porfiroblásticos, granada gnaisses, sillimanita gnaisses e biotita-hornblenda gnaisses e, a segunda e superior, encontra-se representada por biotita gnaisses, quartzo-biotita xistos, quartzitos e migmatitos. As rochas alcalinas têm idade presumível Mesozóica (fins do Cretáceo). Os jazimentos bauxíticos estão associados a depósitos de talude, com idade Terciária, constituídos de material eluvionar, oriundo de rochas alcalinas e, em parcela menos expressiva, de rochas pertencentes ao embasamento cristalino. Alguns dos jazimentos ocorrem como colúvios, sob a forma de cones de dejeção, encaixados no próprio Maciço Alcalino de Passa Quatro. Outros encontram-se sob a forma eluvionar. Os jazimentos associados aos tálus e coluviões sobre o maciço, na forma de cones de dejeção, podem ser classificados como jazimentos alóctones, enquanto que os depósitos eluvionares podem ser classificados como jazimentos autóctones. A colocação dos depósitos residuais alóctones foi ditada em consoante com os efeitos tectônicos que se fizeram presentes na formação do Gráben do Paraíba do Sul, favorecendo a movimentação de grande volume de eluviões já mineralizados, com sua posterior distribuição por sobre rochas metamórficas, não possuindo, dessa forma relação genética com os depósitos bauxíticos. Acredita-se que a formação destes depósitos corresponde a um processo de bauxitização que precedeu a formação do Gráben do Paraíba do Sul, havendo predominância do processo de bauxitização direta o qual perdura até os dias atuais, embora já com predominância de bauxitização indireta. A existência de dois períodos de bauxitização proporcionou a formação de diferentes tipos de minério. A bauxitização direta favorece essencialmente a formação do minério graúdo totalmente bauxitizado ou parcialmente bauxitizado, enquanto que a bauxitização indireta favorece a formação do minério miúdo concrecionário e remobilizado. O primeiro processo precedeu aos eventos tectônicos que culminaram com a origem do Gráben do Paraíba do Sul, e o segundo processo tornou-se predominante, após o estabelecimento do gráben. O comportamento espacial dos corpos mineralizados não apresenta disposição geométrica definida, razão pela qual estão classificados como do tipo amas. Os corpos mineralizados, embora contendo pequenas reservas (em torno de 200 000 toneladas métricas), poderão ser explotados, posto que no total, as reservas atingem mais de 1,5 milhões de toneladas métricas, o que aliado a localização dos depósitos e a excelente qualidade do minério permitem seu aproveitamento econômico. / Not available.
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Geologia econômica da região de Currais Novos - RN / Not available.Maranhão, Ricardo 01 February 1970 (has links)
O presente trabalho descreve a geologia econômica da região de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, onde estão as principais jazidas de scheelita e de molibdenita do Brasil: jazidas Brejuí e Barra Verde. As rochas metamórficas da área pertencem à Série Ceará e são constituídas por gnaisses, calcários e tactitos. O autor evidenciou a existência de duas fases metamórficas no desenvolvimento dessas rochas. A primeira, datada de 750 \'+ OU -\' 50 M.A. possibilitou o desenvolvimento das texturas e dos minerais essenciais dos gnaisses e calcários e a formação dos tactitos compostos essencialmente de epidoto, diopsídio, granada, quartzo, calcita e vesuvianita. Ainda nessa fase ocorreu o empurrão das rochas da área oeste sôbre o gnaisse da Formação Seridó, ocasionando inversões de camadas nas áreas de Brejuí, Barra Verde, Quixabeiral, etc. Na segunda fase, com 550 \'+ OU -\' M.A. de idade, ocorreu microclinização dos gnaisses biotíticos das formações Parelhas e Quixaba e a mineralização dos tactitos, devido ao aporte de tungstênio, molibdênio, flúor, cobre, etc., provenientes do granito de Acari. Na etapa final dessa fase houve a intrusão do granodiorito Acauã. As rochas \"magmáticas da região estão representadas por: a) um grande batólito granítico heterogêneo - o maciço Acari -, constituído por quatro fácies petrográficas: um granodiorito pórfiro, um granito monzonítico, um diorito e pequenos corpos granodioriticos. b) um pequeno stock granodiorítico homogêneo e intrusivo - o. granodiorito Acauã. c) Diques de basaltos, aplitos e pegmatites. O minério da região é o tácito, que apresenta nítidos contrôles estratigráficos e estruturais, os quais servem de guias para a prospecção. Têm as jazidas Brejuí e Barra Verde um teor médio da ordem de 0,6% em \'W IND. O 3\' e 0,2% em Mo e uma espessura média de 2m. Nas outras ocorrências sua possança média é inferior a 1 m e o teor médio inferior a 0,5% em \'W IND. O 3\'. Sendo mantida a atual produção da região, cerca de 650 t métricas/ano de concentrados com 75% de \'W IND. O 3\', só as reservas conhecidas nas jazidas Brejuí e Barra Verde serão suficientes para abastecer o mercado por mais 20 anos / Not available.
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Caracterização química e mineralógica das argilas da região da Bacia do Alto Tietê: contribuição a gênese dos depósitos e a aplicação tecnológica / Not available.Corrêa, Waldomiro Lunardi Pires 03 July 1984 (has links)
Com o objetivo de levantar dados sobre sua mineralogia, geologia e atualizar informações sobre suas propriedades cerâmicas, as argilas da região da Bacia do Alto Tietê foram estudadas através de análises granulométricas, análises químicas, análises térmicas diferenciais, difração de raios X e ensaios cerâmicos. A partir dos dados obtidos, pode-se concluir que os sedimentos são constituídos por argilomineral do grupo da caolinita, micas, quartzo e gibbsita. A gibbsita parece ser mineral autigênico, pois não aparece nas litologias adjacentes, além de ocorrer intimamente misturado ao mineral caolinita nas frações abaixo de 0,002 mm. As amostras mais ricas no mineral gibbsita localizam-se numa das maiores várzeas da bacia. As amostras mais pobres no mineral gibbsita estão localizadas nas bordas da bacia, área de pequenas várzeas. A morfoscopia dos grãos da fração areia, angulosos e pouco arredondados, constituída principalmente por quartzo e micas, a ausência de estratificação e de estruturas sedimentares, sugerem a ocorrência de apenas um ciclo deposicional para os sedimentos estudados, que litologicamente se caracterizam como argilas sílticas ou arenosas. Do ponto de vista cerâmico, os materiais podem ser classificados como argilas refratárias. As mais aluminosas são indicadas para a fabricação de chamotas para refratários sílico-aluminosos, e ocorrem preferencialmente na região de grandes várzeas. Dois horizontes classificados como \"areia-siltico-argilosa\", por beneficiamento em peneiras U.S.S. 325 (abertura 0,044 mm) produziram materiais cujo comportamento frente aos ensaios cerâmicos, permite indicá-los como fonte alternativa de argilominerais para a indústria de cerâmica branca, ou como ligantes para chamota refratária. / The clays from the High Tietê River Basin were studied by means of grain size analysis, chemical analysis differential thermal analysis, X ray diffraction analysis and ceramic tests. This study was carried out aiming at the collection of data about their mineralogical and geological characteristics and in order to bring up-to-date information about their ceramic properties. The data showed that the sediments consist of clay minerals of the kaolinite group, mica, quartz and gibbsite. The latter one seems to be an authigenic mineral as it does not occur in the adjacent lithology. Besides, it is intimately aggregated to kaolinite in fractions under 0.002 mm. The richest samples of gibbsite can be found in the larger meadow areas of the basin. The poorest samples occur in the basin edges, in smaller meadow areas. The morphoscopy of the sand fraction grains - consisting mainly of quartz and mica - which shows angular and not always rounded grains, and the lack of stratification and sedimentary structures suggest the occurrence of just one deposition cycle for the studied sediments. These sediments are lithologically considered as silty clays or sandy clays. Under a ceramic point of view, the studied materials can be classified as refractory clays. The ones with a higher alumina content are used in the making of chamotte for silica-aluminous refractories and occur preferably in the larger meadow areas. The ones with less alumina content can be used as a bonding agent in chamotte or as a component of white-ware batches. They occur in the smaller meadow areas. Two samples classified as \"silty-clay-sands\", after passing through U.S.S. 325 (0.44 mm. opening) mesh sieves, produced raw materials which, after undergoing ceramic tests, can be characterized as an alternative source of clay minerals for whiteware industries or as a bonding agent for refractory chamotte.
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Aspectos mineralógicos, genéticos e econômicos das ocorrências diamantíferas da região nordeste do Paraná e sul de São PauloChieregati, Luiz Antonio 16 October 1989 (has links)
As ocorrências diamantíferas do nordeste paranaense e sul do Estado de São Paulo são conhecidas desde meados do século passado, e vem sendo exploradas, de modo intermitente, até os dias de hoje. O diamante ocorre tanto em cascalheiros do leito atual dos rios, como também em aluviões recentes e antigos, constituindo os denominados \"monchões\". Os depósitos são em geral de pequenas dimensões, sendo raros aqueles que suportam um trabalho mecanizado de lavra e beneficiamento. O conteúdo de diamantes nos depósitos também é pequeno, variando os teores entre 0,04 e 0,08 ct/m³. A produção total dos garimpos oscila entre 400 e 1.000 ct/ano de diamantes além de pequena quantidade de ouro obtido como subproduto. As principais ocorrências situam-se na bacia do rio Tibaji, desde os arredores da cidade homônima até cerca de 50 Km a jusante de Telêmaco Borba. Outros rios diamantíferos são o Laranjinha, Cinzas, Jaguariaíva, Jaguaricatu, Itararé e Verde, este último integralmente no Estado de São Paulo. Do ponto de vista geológico, as ocorrências estão posicionadas sobre unidades estratigráficas do Devoniano, permo-Carbonífero e Permiano da bacia do Paraná, sendo rara a presença de depósitos mineralizados, sobre terrenos geologicamente mais antigos ou mais novos do que os mencionados. Além dos parâmetros econômicos e geológicos, os depósitos foram estudados quanto ao seu conteúdo minerológico, buscando-se caracterizar a fonte desses sedimentos bem como a eventual presença de minerais paragenéticos do diamante, indicativos de suas fontes primárias. Entre os minerais pesados verificou-se a predominância das fases ultra-estáveis, Zircão, Turmalina e Rutilo, além da presença marcante de ilmenita, magnetita, goethita, cromita e monazita. Subsidiariamente verificou-se a presença de granadas de cores variadas, anfibólitos, piroxênios, epidoto, estaurolita, apatita, xenotima, anatásio, espinélio verde, ouro e o próprio diamante. Determinações químicas por meio de microssonda eletrônica, efetuadas em granadas, ilmenitas e espinélios da região, não revelaram, entretanto, indícios da presença de kimberlitos. As granadas são constituídas principalmente da molécula de almandina, com pequenas proporções das moléculas de piropo e grossulária. As ilmenitas por sua vez apresentam baixo conteúdo de magnésio, não correspondendo às de natureza kimberlítica. Quanto à presença de minerais de lamproítos na área, os dados obtidos com os espinélios não permitem avançar muito nessa hipótese, já que as características dos mineirais-índice utilizados na prospecção dessas rochas não se encontram suficientemente divulgados na literatura especializada. No que se refere ao diamante, o mesmo é de pequenas dimensões, com peso médio de 0,10 ct não obstante termos registrados o achado de pedras com peso de até de 10 ct. O hábito predominante é o rombodecaédrico, seguido das formas de transição para o octaédro. Subordinadamente ocorrem cristais geminados, agregados policristalinos e o próprio octaédro, além de exemplares irregulares e fraturados. O diamante é predominantemente incolor e de qualidade gemológica. A origem desse diamante tem sido motivo de controvérsia ao longo dos tempos. A distribuição das ocorrências conhecidas, invariavelmente situadas sobre os terrenos paleozóicos da bacia do Paraná, sugere que o diamante esteja sendo liberado dos sedimentos rudáceos dessas unidades. Por outro lado, o balizamento das ocorrências pelas estruturas tectônicas do arco de Ponta Grossa e a presença de rochas alcalinas e alcalino-ultra-básicas na porção central dessa estrutura, permite supor a existência de rochas matrizes primárias do diamante, a elas associadas. Apesar das evidências apontarem para um modelo de reciclagem do diamante, a localização espacial e temporal de suas fontes primárias não deve ser abandonada, uma vez que seu entendimento traz uma importante contribuição para o conhecimento da evolução tectônica dessa porção de nosso continente. / Diamonds have been exploited in northeastern Paraná and southern São PauIo states since the middIe of the Iast century. The mineral occurs in alluvial, elluvial and colluvial deposits, in concentrations ranging from 0.04 up to 0.60 ct/m³, with annual output fIuctuating around 1000 ct/year. In addition, gold has been recovered as a by product of concentrates in many localities. The main occurences and deposits are located in the basins of Tibaji, Laranjinhas, Cinzas, Jaguariaíva and Itararé Rivers. Field surveys revealed that the deposits are reIated to the lower (Furnas Formation) and middle (ltararé Subgroup) portions of the Paleozoic sequences of the sedimentary Paraná Basin. Occurences on Precambrian basement seem to be rare and sporadic. In order to investigate the source of local diamonds, mineral concentrates were sistematically sampled at more then one hundred different targets within the area of recorded diamond exploitation. As identifìed by optical microscopy and X-ray diffraction the mineralogical assemblage comprises mgnetite, goethite, hematite, Iimonite, ilmenite, zircon, rutile, tourmaline, chromite, monazite, garnets, hornblende, epidote, staurolite, apatite, xenotime, anatase, gahnite, corundum, kyanite, gold and diamond. Garnets and ilmenites were analysed in the electron micro probe, in order to search for the primary source of local diamonds. Garnets are mainly magnesium-poor and chromium-depleted almandine. Magnesium and chromium are absent in ilmenites as well. There fore, the absence of Cr-pyrope garnet and Mg-ilmenite, the common mineral indicators of kimberlite, reinforces the hypothesis based on field work that the studied diamonds have been recycIed from the rudaceous units of the Paraná Basin. The study of several parceIs of diamonds from local deposits (garimpos) revealed grain sizes granulometry from 0.01 to 5.0 ct. Diamonds wejghing 10 or more carats have been recorded Occasionally. However, large stones of tens or even hundreds carats Iike those found in western Minas Gerais, have never been recorded in the Tibaji and neighboring areas. As commonly observed elsewhere in Brazil and most worlwide localities dodecahedra is the most common crystal Morphology, foIIowed by forms intermedi ate between dodecahedral and octahedral crystals. Unrounded octahedra, flat twins, pyramidal cube, polycrystalline aggregates, cleavage fragments and borts are less common. As previously observed crystalIine inclusions are mainlly olivine, garnet, spinel and sulphides. The great majority of the diamonds are colorless (90%), the remainder showing variations of green brown and yellow. It is estimated from the examination of parcels totalizing 5,000 carats that 70% are gemological diamonds. The origin of the diamond from Tibaji and neighboring areas has always been a matter of discussion. Apart from old ideas linking these diamonds to acid rocks or kimberlite sources Iocated in Southern Africa via pre-drift glacial transport, current hypothesis are centered on the possibility (or not) of primary sources in the area. Unfortunately, there is still little informations on the nature and distribution of the heavy minerals found together with the diamond, as well as on the geological and tectonics characteristics of the area. Although no kimberlite mineral was found during this research enhancing the possibiIity that the diamond has been recycled from the rudaceous units of the Paraná Basin, this result has to be interpreted in the light of the large size of the area investigated. On the other side until systematic surveys permit a firm conclusion as to the presence or absence of primary sources, the possibility of the presence of kimberlite and/or lamproite intrusions in the area can not be excluded, given the huge amount of basic/ultrabasic dikes associated with the ponta Grossa Arch.
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