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O sujeito na gestão paradoxante em organismos internacionaisSalimon, Mário Ibraim 12 April 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Programa de Pós-Graduação em Administração, 2016. / Submitted by Aline Mequita (alinealmeida@bce.unb.br) on 2016-07-01T16:52:48Z
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2016_MárioIbraimSalimon.pdf: 1950625 bytes, checksum: 41d523595773d321a707303e3303d953 (MD5) / Este estudo analisa relações de trabalho em Organismos Internacionais (OI) e busca, como objetivo geral, entender que tipos de sujeito emergem no presente contexto, em que trabalhadores são chamados a inovar e ser eficientes em organizações gerencialistas com condições cada vez mais precárias de trabalho. Para atender aos objetivos específicos, o autor caracteriza os OI em função das representações deles formadas pelos trabalhadores e das relações de trabalho neles vigentes;; identifica, no discurso dos sujeitos, indicadores da ideologia gerencialista e de gestão paradoxante;; e busca manifestações que caracterizem os tipos de sujeito produzidos pela gestão paradoxante. Realizou-se pesquisa qualitativa e descritiva, baseada em estudo transversal de casos. A abordagem foi construtivista e o modo de análise indutivo. O estudo se vale de análises de discurso baseadas em pesquisa documental, entrevistas e anotações de campo. Onze sujeitos associados a 20 diferentes OI foram ouvidos, sendo os resultados analisados a partir de três categorias, baseadas nos objetivos específicos. Constatou-se que a maioria dos entrevistados se frustrou ao adentrar uma dessas organizações, trocando a visão idealizada que tinham por uma imagem de agências que trabalham em função delas próprias, a um custo incompatível com o benefício que geram. Confirmaram-se práticas de precarização laboral orientada à viabilização da instrumentalização mútua entre governo local e OI. As análises indicam que o gerencialismo foi amplamente assimilado pelos OI e que as formações discursivas próprias da ideologia que o embasa estão profundamente imbricadas no pensamento e na ação dos atores desse setor. Encontraram-se indicadores dos sete paradoxos de gestão propostos por Gaulejac. Os sujeitos emergentes da gestão paradoxante são predominantemente defensivos, adotando tanto estratégias coletivas como individuais. No primeiro caso, encontraram-se indicadores de cinismo viril e de recurso ao realismo econômico. As defesas individuais incluem racionalização por meio de discurso teleológico, recalque e clivagem. Também emergiram sujeitos de transgressão, como decorrência da incompatibilidade entre as metas culturais propostas pelas organizações e os meios disponíveis para seu alcance. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study analyses labor relations in International Development Agencies (IDA) and aims at understanding the types of subject that emerge from the present managerialist organization, marked by pressures for efficiency and innovation in a context of growing precarization and scarcity. In order to attain specific objectives, the research defines IDAs in terms of their representations in the subjects’ psyches and the labor relations developed therein;; identifies indicators of managerialist ideology and paradoxal management;; and searches for manifestations that would characterize the types of subject emerging from paradoxal management. The study is qualitative and descriptive in nature. The approach was constructivist and the analytical mode, inductive, based on critical discourse analysis. 11 subjects associated with 20 different organizations have been interviewed, with results being organized in three different categories based on the specific objectives of this research. Findings show that most of the interviewees have been frustrated after entering an IDA, changing their positive views of such organizations for one that portrays them as self-oriented and too costly for the value they are able to return to society. Labor precarization and mutual instrumentalization between government and IDAs have been confirmed, as well as the embedding of managerialist discourse in subjects’ verbalizations and practice. Indicators of Gaulejac’s seven management paradoxes have also been found. The subject that emerges from paradoxal management is predominantly defensive, adopting both collective and individual defense strategies. In the first case, findings show indicators of virile cynicism and the resource to economic realism. Individual defense strategies found in the study include rationalization via teleological discourse, repression and splitting of the Ego. Transgressive subjects also emerged in the interviews as a result of incompatibilities between cultural goals proposed by the organization and the available means for their attainment.
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