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Instituição da Região Metropolitana de Goiânia – Goiás (1980-2010): configuração e interações espaciais entre os municípios / Establishment of Goiânia Metropolitan Region - Goiás (1980-2010): configuration and spatial interactions between municipalitiesCunha, Débora Ferreira da 16 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-16 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The goal of this research is to study territorial organization, growth and urban expansion of Goiânia’s metropolitan region, verified in the last three decades (1980-2010) and its insertion on the metropolization context. The detailed investigation process focused mainly on researching and analyzing relevant transformation occurred in the structural formation of the metropolitan territory and the spatial interactions among the region’s municipalities, by trying to relate them with the process of urbanization and metropolization. Initially we sought to approach the formation and territorial structure of Goiás and its urban dynamics of population distribution and economy. Beginning from 1980’s, there is a strong influence of the metropolitan phenomenon in Goiás, where metropolitan counties start to grow around Goiânia and Brasília composing urban agglomerations that started to represent the main spatialities of the state. Immediately, for a better characterization of the object of this study, we formulated a description and analysis of Goiânia’s Metropolitan Region (RMG) by investigating the formation process of Goiânia’s Urban Agglomerate, even the creation and institutionalization of RMG focusing on the region’s metropolitan expansion and its recent alterations based on the analysis of urban-metropolitan growth vectors. Next we approached and discussed the structuring of RMG beginning from its road system and metropolitan public transport network as form structuring elements and metropolitan integration with the intention of verifying its particular way of developing. Finally we performed the study of the cities and spatial interactions in RMG to demonstrate the metropolitan spatial configuration as a disaggregated form of territorial unity. Therefore, we observed the metropolis and all the cities that compose it and form a network of integrated cities under the theoretical perspective of the “geographical theory of cities' (PUMAIN, 2006, 2011) by considering the geographical differences of its cities, relative
to population and work dimension as well as pendular mobility of the metropolitan population, which are established in other hierarchical multi directional articulations in the metropolitan territory. After the analysis of the metropolitan expansion vectors, it was then proved the hypothesis that the growth of Goiânia’s metropolitan region does not occur homogeneously and it presents its own differentiated dynamics, distinct from the classic homogeneous model of center-suburbs that predominated up until Goiânia’s metropolization. The study showed that there are, in fact, new urban-metropolitan processes and they are in conformity with recent urbanization processes, similar to what occurs in other urban agglomerations in Brazil and around the world. These new processes are more evident in the south vector of metropolis expansion, where new types of centrality production can be verified, with the combined presence of continuous and dispersed cores; formed by service equipment, closed vertical and horizontal condominiums and in other vectors, ecological condominiums, recreational small farms dispersed around the region - representing a metropolization - at the same time related to concentration and dispersion. The metropolitan spatial configuration is centered in the metropolis - Goiânia - and it has a striking part in the structuring of metropolitan interdependence logic, revealing a spatial pattern centralized in Goiânia, hierarchical and conurbated. In spite of the strong concentration on the capital, when territorial and spatial organization of Goiânia’s metropolitan subsystem is analysed, from a network of cities, by people’s everyday mobility, it was observed another hierarchical articulation in the metropolitan space, multi directional, in which cities inter relations, by pendular flows (2000/2010) are bidirectional, in part multilateral and semi reticular, transforming itself in a less hierarchical and flexible, yet more complex metropolitan subsystem. / A pesquisa tem como objetivo estudar a organização territorial, o crescimento e a expansão urbana da região metropolitana de Goiânia, verificadas nas três últimas décadas (1980-2010), e sua inserção no contexto da metropolização. A investigação detalhada do processo preocupou-se em pesquisar e analisar as transformações relevantes ocorridas na estruturação do território metropolitano, e as interações espaciais entre os municípios da região, buscando relacioná-las com os processos de urbanização e metropolização. Procuramos, inicialmente, abordar a formação e estrutura territorial de Goiás e suas dinâmicas urbanas de distribuição da população
e da economia goiana. A partir de 1980, inicia-se uma forte influência do fenômeno metropolitano em Goiás, quando surgem municípios metropolitanos, no entorno de Goiânia e Brasília, compondo aglomerações urbanas que passaram a representar as principais espacialidades do estado. Em seguida, no sentido de melhor caracterizar o objeto de estudo, elaboramos uma descrição e análise da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), investigando o processo de formação do Aglomerado Urbano de Goiânia, até a criação e institucionalização da RMG, enfocando a expansão metropolitana da região e suas alterações recentes, com base na análise dos vetores de crescimento urbano-metropolitano. Na sequência, abordamos e discutimos a estruturação da RMG, a partir do sistema viário e da rede metropolitana de transporte coletivo, como elementos estruturadores da forma e integração metropolitana, com intuito de verificar seu modo particular de desenvolvimento. Finalmente, realizamos o estudo das cidades e das interações espaciais na RMG, para demonstrar a configuração espacial metropolitana enquanto unidade territorial de forma desagregada. Para tanto, observamos a metrópole e todas as cidades que a compõem e formam uma rede de cidades integradas, sob a perspectiva teórica da ‘teoria geográfica das cidades’ (PUMAIN, 2006, 2011), considerando as diferenças geográficas de suas cidades, relativas as dimensões populacionais e de emprego, bem como da mobilidade pendular da população metropolitana, que se estabelecem em outras articulações hierárquicas multidirecionais no território metropolitano. Realizada a análise dos vetores de expansão metropolitana, ficou comprovada a hipótese de que o crescimento da região metropolitana de Goiânia não ocorre mais de modo homogêneo e apresenta dinâmicas próprias e diferenciadas, distintas do clássico modelo centro-periferia, que predominou até o início da metropolização de Goiânia. O estudo demonstrou que existem, de fato, processos urbano-metropolitanos novos e em conformidade com os processos recentes de urbanização, à semelhança do que ocorre em outras aglomerações urbanas do Brasil e do mundo. Essas novos processos são mais evidentes no vetor de expansão sul da metrópole, onde se verificam novos tipos de produção de centralidade, com a presença combinada de núcleos contínuos, e também dispersos; formados por equipamentos de serviços, condomínios verticais e horizontais fechados; e ainda em outros vetores, condomínios ecológicos, chácaras de recreação e lazer, dispostos na região – representando uma metropolização, ao mesmo tempo, relacionada com a concentração e a dispersão. A configuração espacial metropolitana está centrada na metrópole – Goiânia –, que tem um papel marcante na estruturação das lógicas de interdependência metropolitana, revelando um padrão espacial centralizado em Goiânia, hierarquizado e conurbado. Apesar da forte concentração da capital, quando se analisa a organização territorial e espacial do subsistema metropolitano de Goiânia, a partir da rede de cidades, pela mobilidade cotidiana das pessoas, observa-se outra articulação hierárquica no espaço metropolitano, multidirecional, na qual as inter-relações entre as cidades, pelos fluxos pendulares (2000/2010), são bidirecionais, em parte multilaterais e semi-reticular, transformando-se em um subsistema metropolitano menos hierárquico e mais flexível, porém mais complexo.
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