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Discursos normativos e de profissionais da rede de proteção à infância: o trabalho intersetorial contra a violência em uma região de São Paulo - SP / Normative and professional\'s discourses of the child protection network: intersectoral work against violence in a region of Sao Paulo - SPPeretti, Andrezza Gomes 09 March 2018 (has links)
O entendimento de que toda criança é sujeita de direitos é historicamente recente no Brasil. O paradigma atual, pautado nos direitos humanos, preconiza o fim da exploração e de quaisquer tipos de abusos a essa fase da vida. Entretanto, o fenômeno ainda ocorre e as consequências podem ser de curto a longo prazo, sendo um dos fatores de risco associado à problemas cognitivos, linguísticos, afetivos e acadêmicos. O enfrentamento da questão no Brasil se estabelece a partir de várias instituições que fazem parte da Rede de proteção à criança vítima de violência, como disposto desde 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e melhor estruturado em 2006 pelo Sistema de Garantia de Direitos, que prevê um trabalho considerado intersetorial. Todavia, a literatura aponta certa falha na comunicação entre os seus componentes. Entender o funcionamento da Rede e em que medida ela compõe um trabalho intersetorial é importante para refletir acerca de sua dinâmica e suas potencialidades. Para tanto, o objetivo desta pesquisa é compreender a composição e funcionamento da Rede de proteção. Para a realização da pesquisa utilizamos duas fontes de informação: 1) normas, orientações e diretrizes voltadas aos profissionais de grandes áreas que fazem parte da rede protetiva, separando-as pelos seguintes setores: Direitos Humanos, Justiça e Segurança Pública, Saúde, Educação e Assistência Social; e 2) entrevistas semiestruturadas com profissionais que atuam nesses setores e trabalham em uma mesma região na zona Sul da cidade de São Paulo. O material foi analisado de forma qualitativa utilizando a análise discursiva para compreender como a articulação das diferentes esferas atuantes na proteção infantil emerge como um dispositivo para o enfrentamento da violência contra crianças. Notamos que há algumas diferenças entre as atribuições esperadas por cada setor e há uma maior flexibilização dos fluxos de atendimento nos discursos dos profissionais quando comparados aos discursos normativos. Quanto às notificações de violência, destacamos desafios para sua ocorrência relacionados a falta de capacitação dos profissionais para lidar com a temática, insegurança para notificar e ainda ausência de confiança no Conselho Tutelar. Quanto a este órgão, observamos falta de legitimidade quanto a eficácia de suas ações, tornando-se apenas uma instituição necessária para a Rede protetiva porque as normas e leis assim determinam. No que se refere ao funcionamento da rede, notamos que embora os documentos afirmem a sua importância, conceituem a violência de maneira homogênea e definam encaminhamentos a serem tomados, a rede funciona de forma ainda frágil, como constatam os discursos dos profissionais. Para a construção de uma política intersetorial torna-se necessário uniformizar o fluxo de atendimento, os sistemas de informação e notificação de violência e capacitar os profissionais para este processo. Estratégias promissoras para a construção de planos intersetoriais de atendimento na região são as audiências concentradas e outras reuniões semelhantes. A institucionalização desses mecanismos poderia facilitar uma maior articulação entre os setores / The knowledge that every child is a subject of rights is historically recent in Brazil. The current paradigm, based on human rights, advocates the end of exploitation and any other type of abuse in this stage of life. However, the phenomena still occurs and its lead to short or long term consequences, and is one of the risk factors associated to cognitive, linguistic, affective and academic problems. The coping to that question in Brazil is established from many institutions that are part of a child abuse network protection, as it is recommended since 1990 by Child and Adolescent Statute (Estatuto da Criança e do Adolescente) and better organized in 2006 by the Rights Guarantee System (Sistema de Garantia de Direitos), that seeks a work considered intersectoral. Nevertheless, the literature points some failure in the communication of its components. Understand how the network works and to what extent it makes up an intersectoral work is important to reflect about its dynamic and possibilities. Therefore, the objective of this research is to understand the composition and operation of the Protection Network. In order to carry out the research, we used two sources of information: 1) standards, orientation and guidelines for professionals in large areas that are part of the protection network, separating them by the following sectors: Human Rights, Justice and Public Security, Health, Education and Social Assistance; and 2) semi-structured interviews with professionals who work in these sectors and acts in the same region in the southern part of Sao Paulo city. The material was analysed by qualitative methods using discursive analysis to understand how the articulation of the different spheres of child protection emerges as a device for coping with violence against children. We note that there are some differences between the attributions expected by each sector and there is a greater flexibility of the service flows in the professionals\' discourses when compared to normative discourses. Regarding the notifications of violence, we highlight challenges to its occurrence related to the lack of capacity of professionals to deal with the issue, insecurity to notify and still lack of trust in the Tutelary Council. Concerning this institution, we observe a lack of legitimacy regarding the effectiveness of its actions, becoming only a necessary institution for the Protective Network because the rules and laws so determine. Regarding the functioning of the network, we note that although the documents affirm their importance, conceptualize violence in a homogeneous way and define guidelines to be taken, the network works in a still fragile way, as evidenced by the professionals\' discourses. In order to build an intersectoral policy, it is necessary to standardize the flow of attendance, the information and notification systems of violence, and to empower professionals for this process. Promising strategies for building intersectoral service plans in the region are concentrated audience and other similar meetings. The institutionalization of these mechanisms could facilitate greater articulation between sectors
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Norma Brasileira de Potabilidade de Água: Análise dos parâmetrosagrotóxicos numa abordagem de avaliação de risco / Brazilian Standard for potability of water: Analysis of parâmetrosagrotóxicos approach to risk assessmentFernandes Neto, Maria de Lourdes January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / O uso intensivo de agrotóxicos tem suscitado a preocupação de profissionais de diversos setores, face aos riscos potenciais que essas substâncias trazem ao ambiente e aos seres humanos. Nesse contexto, a água consumida pelas populações pode ser uma importante forma de exposição. Os agrotóxicos constituem parâmetro preconizado no padrão de potabilidade nacional, expresso na Portaria MS nº 518, de 25 de março de 2004, mediante a indicação de valores máximos permitidos (VMP) para 23 substâncias. A última atualização formal do conteúdo dessa norma ocorreu em 2000 e, diante do crescimento da agroeconomia brasileira e, por conseguinte, do consumo dessas substâncias, o processo de revisão / reformulação do padrão nacional para os agrotóxicos torna-se imperativo. O objetivo principal deste trabalho é analisar a consistência do atual padrão de potabilidade brasileiro referente aos agrotóxicos. A metodologia do trabalho foi constituída de cinco etapas; a primeira apresenta uma análise comparativa entre o padrão brasileiro e os padrões de outros países. As quatro etapas seguintes foram conduzidas de forma associada às etapas da Metodologia de Avaliação de Risco. Os resultados apresentados indicaram a ausência de informações sistemáticas sobre o consumo de agrotóxicos no país, o que compromete o conhecimento da realidade nacional, em termos das substâncias mais utilizadas. A despeito dessa limitação, dados de 2005 / 2006 apontaram um panorama de uso de agrotóxicos centrado principalmente nos estados de São Paulo e Paraná, embora todos os estados da federação façam uso dessas substâncias; o padrão de potabilidade nacional para agrotóxicos tem sido definido, essencialmente, mediante os parâmetros e valores guias recomendados pela OMS e não considera algumas substâncias das classes dos inseticidas e fungicidas comuso expressivo, cujas características toxicológicas e potencial de contaminação das águas merecem atenção. A revisão / atualização do padrão de potabilidade para os agrotóxicos constitui parte importante de um processo mais amplo de revisão da legislação nacional. Dentre as diversas questões afetas à constante avaliação de risco dos agrotóxicos no padrão de potabilidade, ressalta-se a importância de que o Governo Federal e, com destaque o Ministério da Saúde, garanta a sustentabilidade financeira, operacional e de recursos humanos desse processo. / The intensive use of pesticides has got attention of professionals of different areas, regarding the potential hazard of these substances for environment and for human beings. In this context, the water for human intake can be an important form of exposure. The pesticides are recommended in the national standard for potability, expressed in Portaria MS nº 518/2004, of 25 March 2004, with the maximum permitted
values indication (VMP) for 23 substances. The last update of that normative occurred in 2000 and, considering Brazilian agricultural business growth and, consequently, consumption of those substances, revision/reformulation of the national standard for pesticides becomes imperative. The main objective of this work is to analyze the current consistency of Brazilian standard for potability considering pesticides. The methodology was made up with five steps; the first present an analysis between Brazilian standard and other countries’ standards. Remain four were conducted with the steps of Risk Assessment Methodology. The results indicated a lack of systematic information about the usage of pesticides in the country, which undermines national knowledge of reality, in terms of more common used substances. Despite this limitation,
2005/2006 data indicated a panorama of use of pesticides is focused mainly in the states of São Paulo and Paraná, although all federation states make use of such substances; the national standard for potability has been set to pesticides essentially through the parameters and guide values recommended by WHO, and does not consider some substances from classes of insecticides and fungicides with expressive use and such toxicological characteristics and water contamination potential deserve attention. The
revision/update of national standard for potability considering pesticides is an important
part of a wide process of revision of national legislation. Among the various issues related to risk assessment with pesticides in standard for potability, emphasize the importance that the Federal Government and, in particular the Ministry of Health, ensure the human resources, financial and operational sustainability of this process.
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Discursos normativos e de profissionais da rede de proteção à infância: o trabalho intersetorial contra a violência em uma região de São Paulo - SP / Normative and professional\'s discourses of the child protection network: intersectoral work against violence in a region of Sao Paulo - SPAndrezza Gomes Peretti 09 March 2018 (has links)
O entendimento de que toda criança é sujeita de direitos é historicamente recente no Brasil. O paradigma atual, pautado nos direitos humanos, preconiza o fim da exploração e de quaisquer tipos de abusos a essa fase da vida. Entretanto, o fenômeno ainda ocorre e as consequências podem ser de curto a longo prazo, sendo um dos fatores de risco associado à problemas cognitivos, linguísticos, afetivos e acadêmicos. O enfrentamento da questão no Brasil se estabelece a partir de várias instituições que fazem parte da Rede de proteção à criança vítima de violência, como disposto desde 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e melhor estruturado em 2006 pelo Sistema de Garantia de Direitos, que prevê um trabalho considerado intersetorial. Todavia, a literatura aponta certa falha na comunicação entre os seus componentes. Entender o funcionamento da Rede e em que medida ela compõe um trabalho intersetorial é importante para refletir acerca de sua dinâmica e suas potencialidades. Para tanto, o objetivo desta pesquisa é compreender a composição e funcionamento da Rede de proteção. Para a realização da pesquisa utilizamos duas fontes de informação: 1) normas, orientações e diretrizes voltadas aos profissionais de grandes áreas que fazem parte da rede protetiva, separando-as pelos seguintes setores: Direitos Humanos, Justiça e Segurança Pública, Saúde, Educação e Assistência Social; e 2) entrevistas semiestruturadas com profissionais que atuam nesses setores e trabalham em uma mesma região na zona Sul da cidade de São Paulo. O material foi analisado de forma qualitativa utilizando a análise discursiva para compreender como a articulação das diferentes esferas atuantes na proteção infantil emerge como um dispositivo para o enfrentamento da violência contra crianças. Notamos que há algumas diferenças entre as atribuições esperadas por cada setor e há uma maior flexibilização dos fluxos de atendimento nos discursos dos profissionais quando comparados aos discursos normativos. Quanto às notificações de violência, destacamos desafios para sua ocorrência relacionados a falta de capacitação dos profissionais para lidar com a temática, insegurança para notificar e ainda ausência de confiança no Conselho Tutelar. Quanto a este órgão, observamos falta de legitimidade quanto a eficácia de suas ações, tornando-se apenas uma instituição necessária para a Rede protetiva porque as normas e leis assim determinam. No que se refere ao funcionamento da rede, notamos que embora os documentos afirmem a sua importância, conceituem a violência de maneira homogênea e definam encaminhamentos a serem tomados, a rede funciona de forma ainda frágil, como constatam os discursos dos profissionais. Para a construção de uma política intersetorial torna-se necessário uniformizar o fluxo de atendimento, os sistemas de informação e notificação de violência e capacitar os profissionais para este processo. Estratégias promissoras para a construção de planos intersetoriais de atendimento na região são as audiências concentradas e outras reuniões semelhantes. A institucionalização desses mecanismos poderia facilitar uma maior articulação entre os setores / The knowledge that every child is a subject of rights is historically recent in Brazil. The current paradigm, based on human rights, advocates the end of exploitation and any other type of abuse in this stage of life. However, the phenomena still occurs and its lead to short or long term consequences, and is one of the risk factors associated to cognitive, linguistic, affective and academic problems. The coping to that question in Brazil is established from many institutions that are part of a child abuse network protection, as it is recommended since 1990 by Child and Adolescent Statute (Estatuto da Criança e do Adolescente) and better organized in 2006 by the Rights Guarantee System (Sistema de Garantia de Direitos), that seeks a work considered intersectoral. Nevertheless, the literature points some failure in the communication of its components. Understand how the network works and to what extent it makes up an intersectoral work is important to reflect about its dynamic and possibilities. Therefore, the objective of this research is to understand the composition and operation of the Protection Network. In order to carry out the research, we used two sources of information: 1) standards, orientation and guidelines for professionals in large areas that are part of the protection network, separating them by the following sectors: Human Rights, Justice and Public Security, Health, Education and Social Assistance; and 2) semi-structured interviews with professionals who work in these sectors and acts in the same region in the southern part of Sao Paulo city. The material was analysed by qualitative methods using discursive analysis to understand how the articulation of the different spheres of child protection emerges as a device for coping with violence against children. We note that there are some differences between the attributions expected by each sector and there is a greater flexibility of the service flows in the professionals\' discourses when compared to normative discourses. Regarding the notifications of violence, we highlight challenges to its occurrence related to the lack of capacity of professionals to deal with the issue, insecurity to notify and still lack of trust in the Tutelary Council. Concerning this institution, we observe a lack of legitimacy regarding the effectiveness of its actions, becoming only a necessary institution for the Protective Network because the rules and laws so determine. Regarding the functioning of the network, we note that although the documents affirm their importance, conceptualize violence in a homogeneous way and define guidelines to be taken, the network works in a still fragile way, as evidenced by the professionals\' discourses. In order to build an intersectoral policy, it is necessary to standardize the flow of attendance, the information and notification systems of violence, and to empower professionals for this process. Promising strategies for building intersectoral service plans in the region are concentrated audience and other similar meetings. The institutionalization of these mechanisms could facilitate greater articulation between sectors
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