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Uma câmera no corpo da linguagem: a poética cinematográfica de Manuel GusmãoLima, Marleide Anchieta de 27 March 2017 (has links)
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Tese - Marleide versão final.pdf: 1973754 bytes, checksum: 42b7d9d0b9b9cfbc162e27707889b8be (MD5) / Análise da dinâmica cinematográfica presente na escrita de Manuel Gusmão – poeta e
ensaísta literário português –, e de seu trabalho com a sonoridade, com os movimentos, com o
jogo de luzes e sombras a co-mover a materialidade verbo-visual dos poemas. Nesse sentido,
desenvolvem-se reflexões acerca de uma teorização da imagem e de uma ética do olhar
oriundas dos próprios procedimentos imagéticos que se estabelecem no lirismo crítico do
referido poeta, no âmbito da poesia portuguesa contemporânea. Com sua escrita em
movimento, ele nos dá a ver seu cinepoiesis, em que se vale da lentidão, da frenagem rítmica
e de uma memória afetiva, a fim de problematizar a visualidade excessiva e indiscernível, o
imediatismo, a velocidade e a anestesia que, cada vez mais, caracterizam as experiências
cotidianas na sociedade ocidental globalizada. Articulando o poder sensível e cognoscível da
poesia, objetiva-se também ressaltar sua poética de afetos, lugar dialógico de encontros e
desencontros, de uma constelação espaciotemporal de vozes a propor uma antropogênese e a
reiterar a cinética constante das palavras, das imagens e do mundo. / This work aims at the analysis of the cinematographic dynamic of Manuel Gusmão‟s writing
– Portuguese poet and literary essay writer – and his work with sonority, movements, the
game of lights and shadows as a co-mmove of the verbal-visual materiality of the poems. In
this sense, reflections are developed about the theorization of image and the ethics of the act
of looking upcoming from the imagetic procedures themselves, which are established in the
critic lyricism of the mentioned poet, in the scope of the Portuguese contemporary poetry.
With his moving writing, he makes us see his cinepoiesis, achieved by means of slowness, the
rhythmic restraint and affective memory, in order to problematize the excessive and
indiscernible visuality, as well as the immediatism, the speed and the anaesthesia which,
more and more characterize the daily experiences in the western globalized society.
Articulating the sensitive and cognizable power of poetry, we also aim at highlighting his
poetics of affections, dialogical place of crossroads, of a space-temporal constellation of
voices proposing an anthropogenesis to reiterate the constant kinetic of words, images and
the world.
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