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O Percurso do Conceito de Fim de AnÃlise de Freud a Lacan / The Path Of The Concept Of End Of Analysis to Freud from LacanAna Carolina Borges LeÃo Martins 12 April 2010 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A nossa pesquisa tem por objetivo acompanhar as formulaÃÃes do conceito de fim de
anÃlise, desde Freud, passando pelos pÃs-freudianos e chegando Ãs contribuiÃÃes do ensino
de Lacan. Para tanto, dividimos metodologicamente o nosso percurso em trÃs momentos
distintos: 1. o percurso do conceito de fim de anÃlise em Freud; 2. a investigaÃÃo dos
conceitos de cura e de fim de anÃlise nas produÃÃes teÃricas dos analistas contemporÃneos a
Freud e pÃs-freudianos; 3. o redimensionamento das perspectivas terapÃuticas e do conceito
de fim de anÃlise a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan. No primeiro momento, vimos
de que modo a introduÃÃo do conceito de pulsÃo de morte, em 1920, contribuiu para a
dissociaÃÃo definitiva entre o fim de anÃlise e os fins terapÃuticos. TambÃm pudemos discutir
a direÃÃo do tratamento em Freud, os obstÃculos à cura e ao fim de anÃlise e a proposiÃÃo
tÃcnica das construÃÃes em anÃlise, uma saÃda artificial, proposta por Freud, aos impasses do
tratamento analÃtico. Na segunda parte, investigamos as soluÃÃes dadas pelos analistas pÃsfreudianos
ao obstÃculo da economia pulsional. Partimos da hipÃtese de que o movimento
analÃtico nÃo aceitou, de bom grado, as contribuiÃÃes do conceito de pulsÃo de morte,
preferindo traduzi-las em termos de amortecimento dos resultados terapÃuticos. Nessa
perspectiva, dois obstÃculos tornaram-se supostos lanÃar o tratamento analÃtico em uma tarefa
sem fim: em 1930, o carÃter fazia obstÃculo à cura, por sua relaÃÃo estreita aos obscuros
modos de satisfaÃÃo pulsional; em 1950, o ser do analista embotava o bom andamento da
transferÃncia, constituindo-se como um inoportuno resÃduo ao fim das anÃlises didÃticas e
terapÃuticas. Na Ãltima parte do nosso trabalho, a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan, a
constituiÃÃo da tÃpica do imaginÃrio conferiu inteligibilidade aos impasses a que haviam
chegado os analistas pÃs-freudianos. Sob a Ãgide do imaginÃrio, demonstramos os efeitos
desastrosos em elidir o discurso inconsciente no tratamento analÃtico, e apontamos a proposta
lacaniana de retomar as referÃncias do campo da fala e da linguagem. Ao fim do nosso
percurso, acompanhamos a crÃtica de Lacan ao modelo de formaÃÃo da IPA e a saÃda proposta
por ele, o dispositivo do passe, para lidar com os limites da formaÃÃo analÃtica e do fim de
anÃlise. Na conclusÃo, pudemos apontar de que modo o nosso trabalho lanÃa luz sobre as
questÃes referentes à formaÃÃo do analista e contribui à transmissÃo da psicanÃlise. / Our research aims at following the formulations for the concept of end of analysis
beginning with Freud, going through the post-Freudians, and reaching the teaching
contributions from Lacan. To this end we divided our path methodologically in three distinct
segments: 1. the pathway for defining the concept of end of analysis as propounded by Freud;
2. the investigation of the concept of cure and end of analysis in the theoretical productions of
Freudâs contemporaries and post-Freudians; 3. the reassessment of therapeutic perspectives
and the concept of end of analysis as contributed by Jacques Lacan. In the first moment, we
were shown how the inception of the concept of death drive in 1920 contributed to the final
break-up between end of analysis and therapeutic intents. We were also able to discuss
treatment guidelines as propounded by Freud, the hurdles impeding the cure and the adoption
of end of analysis, and the technical proposition for analysis construction, an artificial
solution advanced by Freud to counter the difficulties with analytical treatment. In the second
part, we investigated solutions as propounded by post-Freudian analysts to the problem of the
economics of compulsion. We set out from the hypothesis according to which the analytical
movement did not accept easily the contributions from the concept of death drive, rather
opting for interpreting them as a lessening of therapeutic results. Within this view, two
obstacles impeded the analytical treatment turning it into a never-ending task: in 1930,
character was an obstacle to cure because of its close relation to the obscure ways of drive
satisfaction; in 1950, the analystâs self blurred the good development of transference,
appearing as an inconvenient waste from the end sought by didactical and therapeutic
analyses. In the last part of our work, the constitution of topic in its imaginary configuration,
having its source on Lacanâs contributions, conferred intelligibility to the standstill reached by
post-Freudian analysts. Under the aegis of a configuration shaped by imaginary values we
demonstrated the disastrous results from the attempt to elide the unconscious discourse from
the analytical treatment, and we pointed to a Lacanian proposal of resuming field references
for speech and language. At the end of our pathway, we accompanied Lacanâs critical
appraisal of the model for IPA formation and his solution to the problem, namely, the pass
procedure to deal with the limits of analytical formation and end of analysis. As a conclusion,
we could evaluate how our work throws a light upon issues referring to the analystâs
formation and how it contributes to psychoanalysis transmission.
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O percurso do conceito de fim de análise de Freud a Lacan / The path of the concept of end of analysis to Freud from LacanMARTINS, Ana Carolina Borges Leão January 2010 (has links)
MARTINS , Ana Carolina Borges Leão. O percurso do conceito de fim de análise de Freud a Lacan 2010. 139f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2011-11-30T19:35:53Z
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Previous issue date: 2010 / Our research aims at following the formulations for the concept of end of analysis beginning with Freud, going through the post-Freudians, and reaching the teaching contributions from Lacan. To this end we divided our path methodologically in three distinct segments: 1. the pathway for defining the concept of end of analysis as propounded by Freud; 2. the investigation of the concept of cure and end of analysis in the theoretical productions of Freud’s contemporaries and post-Freudians; 3. the reassessment of therapeutic perspectives and the concept of end of analysis as contributed by Jacques Lacan. In the first moment, we were shown how the inception of the concept of death drive in 1920 contributed to the final break-up between end of analysis and therapeutic intents. We were also able to discuss treatment guidelines as propounded by Freud, the hurdles impeding the cure and the adoption of end of analysis, and the technical proposition for analysis construction, an artificial solution advanced by Freud to counter the difficulties with analytical treatment. In the second part, we investigated solutions as propounded by post-Freudian analysts to the problem of the economics of compulsion. We set out from the hypothesis according to which the analytical movement did not accept easily the contributions from the concept of death drive, rather opting for interpreting them as a lessening of therapeutic results. Within this view, two obstacles impeded the analytical treatment turning it into a never-ending task: in 1930, character was an obstacle to cure because of its close relation to the obscure ways of drive satisfaction; in 1950, the analyst’s self blurred the good development of transference, appearing as an inconvenient waste from the end sought by didactical and therapeutic analyses. In the last part of our work, the constitution of topic in its imaginary configuration, having its source on Lacan’s contributions, conferred intelligibility to the standstill reached by post-Freudian analysts. Under the aegis of a configuration shaped by imaginary values we demonstrated the disastrous results from the attempt to elide the unconscious discourse from the analytical treatment, and we pointed to a Lacanian proposal of resuming field references for speech and language. At the end of our pathway, we accompanied Lacan’s critical appraisal of the model for IPA formation and his solution to the problem, namely, the pass procedure to deal with the limits of analytical formation and end of analysis. As a conclusion, we could evaluate how our work throws a light upon issues referring to the analyst’s formation and how it contributes to psychoanalysis transmission. / A nossa pesquisa tem por objetivo acompanhar as formulações do conceito de fim de análise, desde Freud, passando pelos pós-freudianos e chegando às contribuições do ensino de Lacan. Para tanto, dividimos metodologicamente o nosso percurso em três momentos distintos: 1. o percurso do conceito de fim de análise em Freud; 2. a investigação dos conceitos de cura e de fim de análise nas produções teóricas dos analistas contemporâneos a Freud e pós-freudianos; 3. o redimensionamento das perspectivas terapêuticas e do conceito de fim de análise a partir das contribuições de Jacques Lacan. No primeiro momento, vimos de que modo a introdução do conceito de pulsão de morte, em 1920, contribuiu para a dissociação definitiva entre o fim de análise e os fins terapêuticos. Também pudemos discutir a direção do tratamento em Freud, os obstáculos à cura e ao fim de análise e a proposição técnica das construções em análise, uma saída artificial, proposta por Freud, aos impasses do tratamento analítico. Na segunda parte, investigamos as soluções dadas pelos analistas pósfreudianos ao obstáculo da economia pulsional. Partimos da hipótese de que o movimento analítico não aceitou, de bom grado, as contribuições do conceito de pulsão de morte, preferindo traduzi-las em termos de amortecimento dos resultados terapêuticos. Nessa perspectiva, dois obstáculos tornaram-se supostos lançar o tratamento analítico em uma tarefa sem fim: em 1930, o caráter fazia obstáculo à cura, por sua relação estreita aos obscuros modos de satisfação pulsional; em 1950, o ser do analista embotava o bom andamento da transferência, constituindo-se como um inoportuno resíduo ao fim das análises didáticas e terapêuticas. Na última parte do nosso trabalho, a partir das contribuições de Jacques Lacan, a constituição da tópica do imaginário conferiu inteligibilidade aos impasses a que haviam chegado os analistas pós-freudianos. Sob a égide do imaginário, demonstramos os efeitos desastrosos em elidir o discurso inconsciente no tratamento analítico, e apontamos a proposta lacaniana de retomar as referências do campo da fala e da linguagem. Ao fim do nosso percurso, acompanhamos a crítica de Lacan ao modelo de formação da IPA e a saída proposta por ele, o dispositivo do passe, para lidar com os limites da formação analítica e do fim de análise. Na conclusão, pudemos apontar de que modo o nosso trabalho lança luz sobre as questões referentes à formação do analista e contribui à transmissão da psicanálise.
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