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Características clínicas e laboratoriais de pacientes que apresentam clone de hemoglobinúria paroxística noturna detectado por citometria de fluxo

Azambuja, Ana Paula de 27 November 2013 (has links)
Resumo: INTRODUÇÃO: A Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) é caracterizada clinicamente por hemólise intravascular crônica, falência medular e hipercoagulabilidade levando a tromboses. A facilidade na detecção de clone HPN através do uso de técnicas sensíveis aumentou o número de pacientes com este diagnóstico, entretanto, a heterogeneidade da doença torna imprescindível a correlação clínica. OBJETIVOS: Analisar as características clínico-biológicas de uma população brasileira de pacientes com clone HPN, e avaliar as diferenças na apresentação, sobrevida global, diferença entre as categorias clínicas e significado do clone HPN. MÉTODOS: 103 pacientes foram selecionados através de uma busca nos exames de imunofenotipagem por citometria de fluxo (CF) realizados entre dezembro de 1999 e dezembro de 2011, no Laboratório de Imunofenotipagem, HC-UFPR. Definição de Clone HPN+: CF com defeito de expressão >0,1% em pelo menos dois marcadores (CD55, CD59, CD16, CD24, CD66b, CD14) em duas linhagens hematopoéticas distintas. Análise retrospectiva foi realizada nos pacientes que tinham prontuário clínico com pelo menos uma consulta avaliável, feita no ambulatório de Falência Medular HC-UFPR. RESULTADOS: 103 pacientes incluídos no estudo, 52M / 51F, idade mediana 24,1 anos (5.5-62). Sintomas iniciais: astenia 95,1%; infecção 46,6%; sangramentos 66%, sendo 47,1% petéquias e equimoses; hemoglobinúria 23.2%; dor abdominal 38,8%; icterícia 13,6%. Trombose foi observada em 17 (16,5%) pacientes. Citopenias estavam presentes em 101 pacientes: 83(80,6%) pancitopenia, 12(15,2%) anemia e trombocitopenia, e 4(3,9%) anemia e leucopenia. A mediana de hemoglobina foi 8,8g/dL (3,8-14,5 g/dL), neutrófilos 940×103/?L (260-1.450×103/?L), e plaquetas 25×106/?L (2-294×106/?L). Os pacientes foram divididos em 3 grupos, conforme a celularidade da medula óssea e presença de hemólise: 10 pacientes HPN clássica, 39 pacientes HPN + SFM e 54 pacientes HPN subclínica. A celularidade mediana da medula óssea foi 5% em HPN subclínica, 10% na HPN+SFM e 70% na HPN clássica. Vinte e seis pacientes desenvolveram hemólise após uma mediana de 2,35 anos após o diagnóstico da aplasia. A sobrevida global em 10 anos estimada pela curva de Kaplan-Meier foi 81,7% no grupo todo; o grupo HPN subclínica apresentou menor SG (76,5%). Houve diferenças significativas nos sintomas clínicos, leucócitos, plaquetas, DHL, reticulócitos e tamanho do clone HPN entre as três subcategorias, especialmente entre HPN clássica e subclínica. As percentagens de clone HPN em eritrócitos e granulócitos foram significativamente diferentes entre os três grupos (p<0.001), com percentagens medianas respectivamente: 0,04% (0-10%) e 7.3% (6,4-19,0%) em HPN subclínica; 15,8% (14-52%) e 63% (56-78%) em HPN+SFM, e 82,2% (89,7-92,2%) e 98,0% (86,7-98,4%) na HPN clássica. Também houve diferença estatística entre os pacientes com eventos trombóticos ou não nas variáveis: plaquetas (p=0,001), DHL (p=0,002), mediana do clone HPN em neutrófilos=92,7% (3.4%-100%) versus 21,5% (0,25%-99,9%), p<0,001, e eritrócitos =31,8% (0-100%) versus 1,2% (0-100%), p=0,008. CONCLUSÕES: Esta análise retrospectiva representa a maior coorte de pacientes com clone HPN descrita em um único centro no Brasil, e a primeira descrição dos subgrupos HPN clássica, HPN associada à falência medular e HPN subclínica. Os resultados sugerem que pacientes com clones de tamanho grande tem maior incidência de hemólise e trombose, mesmo quando no cenário das síndromes de falência medular. As três categorias clínicas podem ser diferenciadas não só pela biópsia de medula óssea e presença de hemólise documentada, mas também pelo tamanho do clone HPN. Os resultados da citometria de fluxo em pacientes com clone HPN devem ser correlacionados com as informações clínicas e laboratoriais para o correto diagnóstico, classificação e tratamento.

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