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Arqueologia na encosta catarinense : em busca dos vestígios materiais XoklengClaudino, Daniela da Costa January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Nenhuma / O objetivo central desta dissertação foi estabelecer uma comparação do modelo de ocupação estável Xokleng, proposto por Farias (2005), com os sítios arqueológicos identificados no município de Rio Fortuna – SC. Este modelo presumiu que os Xokleng tiveram estabilidade territorial na encosta catarinense. No entanto, as fontes históricas e arqueológicas apresentaram dados divergentes. De um lado, documentos e entrevistas confirmaram a presença dos Xokleng. De outro, sítios arqueológicos caracterizaram grupos caçadores-coletores ligados a Tradição Tecnológica Umbu. De fato, os 66 sítios identificados através da bibliografia e da pesquisa de campo, demonstraram ocupação contínua. Porém, nenhum deles apresentou vestígios materiais descritos nos documentos históricos, pelo contrário, as pontas de projétil confeccionadas em pedra prevaleceram nessas ocupações. Por isso, caracterizamos a cultura material dos sítios arqueológicos e dos assentamentos Xokleng informados pela etnohistória. Estabelecemos semelhanças e diferenças entre estes dados. Visualizamos o contexto arqueológico na área da pesquisa, e nos municípios próximos. Avaliamos a contribuição da metodologia da história oral para as pesquisas arqueológicas. E, por fim, tentamos compreender a relação entre os Xokleng e a Tradição Umbu. Empregamos como metodologias o levantamento bibliográfico, levantamento documental, história oral e pesquisa de campo. Como nem todos os dados foram passíveis de comparação e outros não foram compatíveis com o modelo Xokleng, procedemos à elaboração de duas hipóteses na tentativa de fornecer pistas para futuras pesquisas. A primeira propõe uma associação entre grupos caçadores-coletores antigos e pequenos grupos Xokleng advindos do planalto catarinense; e a segunda, leva em consideração a primeira suposição. Neste caso, sugere que o processo de colonização iniciado por volta de 1850, no Vale do Rio Itajaí, teria ocasionado uma segunda migração da encosta norte para a encosta sul, resultando em alterações culturais. / The principal aim of the dissertation is to compare the model of a stable Xokleng settlement presented by Farias (2005) with the archaeological sites identified in the municipality of Rio Fortuna-SC. The mentioned model proposes that the Xokleng had a territorial stability on the slope of the highlands of Santa Catarina. However, the historical and archaeological data diverge: while the documents and interviews confirm their presence, the archaeological sites characterize a hunter and gatherer culture of the Umbu technological tradition. In fact the 66 sites identified in the bibliography and field investigation prove continued occupation. But, no site presented the materials reported by the written documents; on the contrary, lithic arrow points predominate in the archaeological sites. As a consequence, we are conducted to characterize independently the two sets of data: the material culture of the archaeological sites, and the settlement of the Xokleng as it is reported by documents. We explore the similarities and differences of the two sets, visualize the archaeological composition in the area and in the bordering municipalities, appreciate the contribution of oral history, and then, try to understand the possible relation of the Xokleng and the Umbu tradition. That for, we used the methodologies of bibliographic and documental investigation, oral history, and field work. Not all the data of the two sets permitted a comparison, so we elaborated a double hypothesis. The first proposes an association of the ancient hunters and gatherers of the Umbu tradition with migrating Xokleng groups. The second accepts the mentioned association and aggregates a migration from the Itajai valley to the new habitat when the valley was colonized par German immigrants. So the culture of the migrants differs from the former local indigenous dwellers.
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