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Avaliação dos achados clínicos e histopatológicos nas lesões de poiquilodermia de Civatte antes e após o tratamento com luz intensa pulsada / An evaluation of the clinical and histopathological findings of the lesions of poikiloderma of Civatte before and after treatment with intense pulsed light

Biasi, Tatiana Basso 18 August 2005 (has links)
A poiquilodermia de Civatte é uma condição caracterizada por hiperpigmentação, telangiectasia e atrofia que acomete predominantemente o pescoço e a face de forma simétrica, poupando a área encoberta pelo mento. A sua ocorrência é associada à predisposição genética, à exposição cumulativa ao sol, ao processo de envelhecimento, à hipersensibilidade de contato e a fatores hormonais. Os tratamentos atualmente preconizados baseiam-se na utilização de sistemas de luzes que atuam através do princípio da fototermólise seletiva, isto é, dano térmico confinado a alvos específicos no tecido. Estudos clínicos mostram bons resultados no tratamento da poiquilodermia de Civatte com a luz intensa pulsada, porém não descrevem se estes resultados são acompanhados por alterações histopatológicas correspondentes. O objetivo deste estudo foi avaliar os achados clínicos e histopatológicos nas lesões de poiquilodermia de Civatte, antes e após o tratamento com a luz intensa pulsada. O estudo avaliou 16 pacientes portadores de poiquilodermia de Civatte na região cervical, submetidos a 5 sessões mensais de aplicação de luz intensa pulsada, utilizando-se o filtro de 560 nm. Os pacientes foram fotografados e biopsiados antes do tratamento e 30 dias após o término da quinta sessão. A avaliação clínica foi feita através da comparação das fotografias por 5 avaliadores independentes. Os resultados mostraram que o componente vascular responde melhor do que o componente pigmentar ao tratamento. A avaliação histopatológica foi feita de forma cega em relação aos cortes pré e pós-tratamento, sendo ao final das leituras revelados e comparados. Após cinco sessões não houve diferença na densidade das fibras elásticas na derme superficial e profunda. Não houve redução no número de vasos e na média da área do lúmem dos vasos marcados pelo anticorpo anti-CD34 na derme superficial e profunda. A quantificação do pigmento melânico mostrou redução significante na epiderme, porém não na derme. / Poikiloderma of Civatte is a dermatosis in which there is hyperpigmentation associated with telangiectasia and atrophy. It occurs predominantly on the neck and face in a symmetric fashion, sparing shade-protected areas under the chin. Many factors are included in its etiology, including genetics, chronic excessive sun exposure, aging, hormonal modifications, and contact hypersensitivity. Currently advocated treatment methods are based on the use of selective photothermolysis via optic radiation, in other words, thermal damage confined to specific targets in the tissue. Clinical studies report promising results with treatment of poikiloderma of Civatte with intense pulsed light, however, they don\'t describe whether or not the results are accompanied by histopathological alterations. The objective of this study was to assess clinical and histopathological findings in the lesions of poikiloderma of Civatte before and after treatment with intense pulsed light. Sixteen patients with poikiloderma of Civatte in the neck area were treated with five monthly sessions of intense pulsed light, using the 560 nm cutoff filter. The patients were photographed and biopsies were obtained before the first session and 30 days after the fifth session. Clinical evaluation was performed through comparison of the photographs by five independent observers. Results demonstrated that the vascular component responded better to treatment than the pigmentary component. Histopathological analysis was carried out blindly as to pre- and post-treatment samples, which were unveiled and compared at the end of the readings. After five sessions, in the superficial and deep dermis, there was no difference in the density of elastic fibers nor was there a reduction in vessel number or in medium luminal area of vessels tagged with anti-CD34 antibodies. Quantification of melanin pigment showed a significant reduction within the epidermis, however, this did not occur in the dermis.
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Avaliação dos achados clínicos e histopatológicos nas lesões de poiquilodermia de Civatte antes e após o tratamento com luz intensa pulsada / An evaluation of the clinical and histopathological findings of the lesions of poikiloderma of Civatte before and after treatment with intense pulsed light

Tatiana Basso Biasi 18 August 2005 (has links)
A poiquilodermia de Civatte é uma condição caracterizada por hiperpigmentação, telangiectasia e atrofia que acomete predominantemente o pescoço e a face de forma simétrica, poupando a área encoberta pelo mento. A sua ocorrência é associada à predisposição genética, à exposição cumulativa ao sol, ao processo de envelhecimento, à hipersensibilidade de contato e a fatores hormonais. Os tratamentos atualmente preconizados baseiam-se na utilização de sistemas de luzes que atuam através do princípio da fototermólise seletiva, isto é, dano térmico confinado a alvos específicos no tecido. Estudos clínicos mostram bons resultados no tratamento da poiquilodermia de Civatte com a luz intensa pulsada, porém não descrevem se estes resultados são acompanhados por alterações histopatológicas correspondentes. O objetivo deste estudo foi avaliar os achados clínicos e histopatológicos nas lesões de poiquilodermia de Civatte, antes e após o tratamento com a luz intensa pulsada. O estudo avaliou 16 pacientes portadores de poiquilodermia de Civatte na região cervical, submetidos a 5 sessões mensais de aplicação de luz intensa pulsada, utilizando-se o filtro de 560 nm. Os pacientes foram fotografados e biopsiados antes do tratamento e 30 dias após o término da quinta sessão. A avaliação clínica foi feita através da comparação das fotografias por 5 avaliadores independentes. Os resultados mostraram que o componente vascular responde melhor do que o componente pigmentar ao tratamento. A avaliação histopatológica foi feita de forma cega em relação aos cortes pré e pós-tratamento, sendo ao final das leituras revelados e comparados. Após cinco sessões não houve diferença na densidade das fibras elásticas na derme superficial e profunda. Não houve redução no número de vasos e na média da área do lúmem dos vasos marcados pelo anticorpo anti-CD34 na derme superficial e profunda. A quantificação do pigmento melânico mostrou redução significante na epiderme, porém não na derme. / Poikiloderma of Civatte is a dermatosis in which there is hyperpigmentation associated with telangiectasia and atrophy. It occurs predominantly on the neck and face in a symmetric fashion, sparing shade-protected areas under the chin. Many factors are included in its etiology, including genetics, chronic excessive sun exposure, aging, hormonal modifications, and contact hypersensitivity. Currently advocated treatment methods are based on the use of selective photothermolysis via optic radiation, in other words, thermal damage confined to specific targets in the tissue. Clinical studies report promising results with treatment of poikiloderma of Civatte with intense pulsed light, however, they don\'t describe whether or not the results are accompanied by histopathological alterations. The objective of this study was to assess clinical and histopathological findings in the lesions of poikiloderma of Civatte before and after treatment with intense pulsed light. Sixteen patients with poikiloderma of Civatte in the neck area were treated with five monthly sessions of intense pulsed light, using the 560 nm cutoff filter. The patients were photographed and biopsies were obtained before the first session and 30 days after the fifth session. Clinical evaluation was performed through comparison of the photographs by five independent observers. Results demonstrated that the vascular component responded better to treatment than the pigmentary component. Histopathological analysis was carried out blindly as to pre- and post-treatment samples, which were unveiled and compared at the end of the readings. After five sessions, in the superficial and deep dermis, there was no difference in the density of elastic fibers nor was there a reduction in vessel number or in medium luminal area of vessels tagged with anti-CD34 antibodies. Quantification of melanin pigment showed a significant reduction within the epidermis, however, this did not occur in the dermis.
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Hipercromia cutânea idiopática da região orbital: avaliação clínica, histopatológica e imunohistoquímica antes e após tratamento com luz pulsada de alta energia / Cutaneous idiopathic hyperchromia of the orbital region: clinical, histopathological and immunohistochemestric evaluation before and after the treatment with intense pulsed light

Cymbalista, Natalia Cymrot 24 June 2004 (has links)
Introdução: A hipercromia cutânea idiopática (HCIRO) não tem sua etiopatogenia bem esclarecida. Parecem estar envolvidos fatores genéticos (herança familiar autossômica dominante), aumento de melanina na derme, vasculatura proeminente e frouxidão da pele palpebral. Encontraram-se, na revisão da literatura, alguns artigos que contribuíram para o esclarecimento da etiopatogenia. Objetivos: Avaliar clínica e histologicamente indivíduos portadores de HCIRO, antes e após o tratamento com luz pulsada de alta energia (LPAE), considerando-se a quantidade de melanina na epiderme e na derme antes e após o tratamento e, assim, avaliar a eficácia da LPAE no clareamento da HCIRO. Avaliar possível diferença na quantidade de melanina da pálpebra inferior (afetada) em relação à pele pré-auricular (controle). Avaliar a qualidade das células dérmicas na pálpebra inferior, contendo melanina antes do tratamento (observação através de imuno-histoquímica para determinação do tipo de célula dérmica, se macrófagos ou melanócitos). Avaliar a presença ou não de hemossiderina na derme. Avaliar e seguir os indivíduos, clinicamente, após um ano do término do tratamento, para verificar a manutenção da melhora ou a recidiva da HCIRO. Casuística e Método: Selecionaram-se 12 indivíduos portadores de HCIRO, os quais foram submetidos à avaliação clínica através de fotografias e à avaliação histológica antes e após a aplicação de LPAE para o tratamento de HCIRO. Realizaram-se biopsias na pálpebra inferior, antes e após o tratamento com LPAE, e biopsia na pele pré-auricular esquerda para comparar a quantidade de melanina existente nela e na pálpebra inferior, antes do tratamento. Os indivíduos foram submetidos a uma série de uma a quatro sessões de aplicação de LPAE nas pálpebras inferiores, com intervalos de aproximadamente trinta dias entre as sessões. Sete observadores independentes, dermatologistas, analisaram fotografias da região palpebral inferior dos participantes antes e após o tratamento e classificaram os resultados como melhor, pior, ou inalterado. A reprodutibilidade dessa avaliação foi testada através do coeficiente Kappa. A quantificação de melanina, por área, antes e após o tratamento, foi realizada através de morfometria com análise de imagens por computador (método digital). A verificação de presença ou não de hemossiderina dérmica foi realizada pela coloração de Perls e a identificação da célula dérmica que contém melanina foi feita pela imunohistoquímica, com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A. Resultados: Segundo os sete observadores, houve melhora clínica (clareamento da pele palpebral inferior) estastisticamente significativa (p=0,024) e o coeficiente Kappa mostrou boa concordância entre os observadores. Todos os indivíduos (100%) apresentaram hipercromia pós-inflamatória transitória, com tempo médio de desaparecimento de seis meses, enquanto 58,33% apresentaram hipocromia transitória, no local das biopsias palpebrais, com duração média de sete meses. A análise histológica mostrou ausência de hemossiderina dérmica na pele palpebral, antes e após o tratamento. A quantificação de melanina, por morfometria, mostrou diminuição da mesma após o tratamento tanto na epiderme como na derme, com significância estatística. A morfometria também mostrou, maior quantidade de melanina na epiderme e na derme da pele palpebral inferior, antes do tratamento, em relação à pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. A imunohistoquímica com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A caracterizaram o macrófago como sendo a célula dérmica que contém melanina na HCIRO, não havendo melanócitos dérmicos. Conclusões: A quantidade de melanina, tanto da epiderme quanto da derme, diminuiu após o tratamento com LPAE na pálpebra inferior. Há maior quantidade de melanina, tanto na epiderme quanto na derme da pálpebra inferior em comparação com a pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. As células que contêm melanina na derme palpebral inferior dos indivíduos portadores de HCIRO são macrófagos (e não melanócitos). Nos espécimes examinados neste estudo, não houve presença de hemossiderina na derme da pálpebra inferior. Houve clareamento da pele palpebral inferior após o tratamento com LPAE, e o seguimento clínico após um ano do tratamento mostrou que esse clareamento se manteve, não havendo recidiva da HCIRO. No entanto, um seguimento mais longo é necessário para a avaliação de possível recidiva tardia da pigmentação palpebral. / Introduction: The cutaneous idiopathic hyperchromia (HCIRO) does not have a clear etiopathogeny. Genetic factors seem to be involved (familiar autossomic dominant heredity), increase of melanin in the dermis, proeminent vascularity and eyelid skin slackness. In the literature revision, a few articles were encountered, which contributed in clarifying the etiopathogeny. Objectives: Evaluate clinically and histologically individuals bearer of HCIRO, before and after the treatment with intense pulsed light (LPAE), considering the melanin quantity in the epidermis and dermis, before and after the treatment, in order to evaluate the efficacy of LPAE in the clearing up of HCIRO. Evaluate possible difference in the melanin quantity of the lower eyelid in relation to the pre-auricular skin. Evaluate the quality of the dermic cells in the lower eyelid, containing melanin before the treatment (observation through immunohistochemistry to determine the dermic cell type, whether macrophages or melanocytes). Evaluate the presence or not of hemossiderine in dermis. Evaluate and follow up clinically of the individuals after a year treatment to check the improvement maintenance or HCIRO recurrence. Casuistry and Method: There were selected 12 individuals, bearer of HCIRO, and these were submitted to a clinical evaluation through photographies and to histological evaluation before and after LPAE application for HCIRO treatment. Biopsies were made in the lower eyelid, before and after treatment with LPAE, and in the left pre-auricular skin to compare the melanin quantity with the lower eyelid, before the treatment. The individuals were submitted to one to four sessions of LPAE application in the lower eyelid with approximately thirty day intervals between sessions. Seven independent observers (dermatologists) analysed photos of the participants lower eyelids, before and after the treatment and classified the results as better, inaltered or worse. The reproducibility of this affraisal was tested through the Kappa coefficient. The quantification of melanin, per area, before and after the treatment, was made through morphometry, with image analysis by computer (digital method). The verification of the presence or not of dermic hemossiderin was made through the Perls colouring and the cell identification, which contains melanin, was made through immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A. Results: According to seven observers, there was a clinical improvement (clearing up of the eyelid skin) statistically significant (p= 0.24) and the Kappa coefficient showed a good concordance between the observers. All of the of the individuals (100%) showed a temporary post-inflammatory hyperchromia with an average duration of six months, while 58.33% presents a transitory hypochromia, in the place of palpebral biopsies, of an average duration of seven months. The histological analysis showed absence of dermic hemossiderin in the palpebral skin, before and after the treatment. The melanin quantification, per morphometry, showed decrease of same after the treatment both in the epidermis and dermis, of statistical significance. Melanin quantity was higher in the lower eyelid (before treatment), comparing with pre-auricular skin, with significant difference statistically. Immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A, characterized the macrophages as being the dermic cell which contains melanin in HCIRO, showing no dermic melanocytes. Conclusions: The melanin quantity, both in the epidermis and dermis, decreased after the treatment with LPAE in the lower eyelid. There was more melanin in the epidermis and dermis of the eyelid skin, comparing with the pre-auricular skin, with a statistically significant difference. The cells that contain melanin in the lower eyelid dermis of the individuals bearer of HCIRO, are macrophages (and not melanocytes). In the specimens examined in this study, there was absence of hemossiderin in the dermis of the lower eyelid. There was a clearing up of the lower eyelid skin after the treatment with LPAE, and the clinical follow-up after one year of treatment showed that this clearing up was maintained and no HCIRO reincidence occurred. In the meantime, a longer follow-up is necessary to evaluate a later possible reincidence of the palpebral pigmentation.
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Hipercromia cutânea idiopática da região orbital: avaliação clínica, histopatológica e imunohistoquímica antes e após tratamento com luz pulsada de alta energia / Cutaneous idiopathic hyperchromia of the orbital region: clinical, histopathological and immunohistochemestric evaluation before and after the treatment with intense pulsed light

Natalia Cymrot Cymbalista 24 June 2004 (has links)
Introdução: A hipercromia cutânea idiopática (HCIRO) não tem sua etiopatogenia bem esclarecida. Parecem estar envolvidos fatores genéticos (herança familiar autossômica dominante), aumento de melanina na derme, vasculatura proeminente e frouxidão da pele palpebral. Encontraram-se, na revisão da literatura, alguns artigos que contribuíram para o esclarecimento da etiopatogenia. Objetivos: Avaliar clínica e histologicamente indivíduos portadores de HCIRO, antes e após o tratamento com luz pulsada de alta energia (LPAE), considerando-se a quantidade de melanina na epiderme e na derme antes e após o tratamento e, assim, avaliar a eficácia da LPAE no clareamento da HCIRO. Avaliar possível diferença na quantidade de melanina da pálpebra inferior (afetada) em relação à pele pré-auricular (controle). Avaliar a qualidade das células dérmicas na pálpebra inferior, contendo melanina antes do tratamento (observação através de imuno-histoquímica para determinação do tipo de célula dérmica, se macrófagos ou melanócitos). Avaliar a presença ou não de hemossiderina na derme. Avaliar e seguir os indivíduos, clinicamente, após um ano do término do tratamento, para verificar a manutenção da melhora ou a recidiva da HCIRO. Casuística e Método: Selecionaram-se 12 indivíduos portadores de HCIRO, os quais foram submetidos à avaliação clínica através de fotografias e à avaliação histológica antes e após a aplicação de LPAE para o tratamento de HCIRO. Realizaram-se biopsias na pálpebra inferior, antes e após o tratamento com LPAE, e biopsia na pele pré-auricular esquerda para comparar a quantidade de melanina existente nela e na pálpebra inferior, antes do tratamento. Os indivíduos foram submetidos a uma série de uma a quatro sessões de aplicação de LPAE nas pálpebras inferiores, com intervalos de aproximadamente trinta dias entre as sessões. Sete observadores independentes, dermatologistas, analisaram fotografias da região palpebral inferior dos participantes antes e após o tratamento e classificaram os resultados como melhor, pior, ou inalterado. A reprodutibilidade dessa avaliação foi testada através do coeficiente Kappa. A quantificação de melanina, por área, antes e após o tratamento, foi realizada através de morfometria com análise de imagens por computador (método digital). A verificação de presença ou não de hemossiderina dérmica foi realizada pela coloração de Perls e a identificação da célula dérmica que contém melanina foi feita pela imunohistoquímica, com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A. Resultados: Segundo os sete observadores, houve melhora clínica (clareamento da pele palpebral inferior) estastisticamente significativa (p=0,024) e o coeficiente Kappa mostrou boa concordância entre os observadores. Todos os indivíduos (100%) apresentaram hipercromia pós-inflamatória transitória, com tempo médio de desaparecimento de seis meses, enquanto 58,33% apresentaram hipocromia transitória, no local das biopsias palpebrais, com duração média de sete meses. A análise histológica mostrou ausência de hemossiderina dérmica na pele palpebral, antes e após o tratamento. A quantificação de melanina, por morfometria, mostrou diminuição da mesma após o tratamento tanto na epiderme como na derme, com significância estatística. A morfometria também mostrou, maior quantidade de melanina na epiderme e na derme da pele palpebral inferior, antes do tratamento, em relação à pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. A imunohistoquímica com anticorpos monoclonais antimacrófagos humanos tipo CD68 e anticorpos monoclonais antimelanócitos humanos tipo Melan A caracterizaram o macrófago como sendo a célula dérmica que contém melanina na HCIRO, não havendo melanócitos dérmicos. Conclusões: A quantidade de melanina, tanto da epiderme quanto da derme, diminuiu após o tratamento com LPAE na pálpebra inferior. Há maior quantidade de melanina, tanto na epiderme quanto na derme da pálpebra inferior em comparação com a pele pré-auricular, com diferença estatisticamente significativa. As células que contêm melanina na derme palpebral inferior dos indivíduos portadores de HCIRO são macrófagos (e não melanócitos). Nos espécimes examinados neste estudo, não houve presença de hemossiderina na derme da pálpebra inferior. Houve clareamento da pele palpebral inferior após o tratamento com LPAE, e o seguimento clínico após um ano do tratamento mostrou que esse clareamento se manteve, não havendo recidiva da HCIRO. No entanto, um seguimento mais longo é necessário para a avaliação de possível recidiva tardia da pigmentação palpebral. / Introduction: The cutaneous idiopathic hyperchromia (HCIRO) does not have a clear etiopathogeny. Genetic factors seem to be involved (familiar autossomic dominant heredity), increase of melanin in the dermis, proeminent vascularity and eyelid skin slackness. In the literature revision, a few articles were encountered, which contributed in clarifying the etiopathogeny. Objectives: Evaluate clinically and histologically individuals bearer of HCIRO, before and after the treatment with intense pulsed light (LPAE), considering the melanin quantity in the epidermis and dermis, before and after the treatment, in order to evaluate the efficacy of LPAE in the clearing up of HCIRO. Evaluate possible difference in the melanin quantity of the lower eyelid in relation to the pre-auricular skin. Evaluate the quality of the dermic cells in the lower eyelid, containing melanin before the treatment (observation through immunohistochemistry to determine the dermic cell type, whether macrophages or melanocytes). Evaluate the presence or not of hemossiderine in dermis. Evaluate and follow up clinically of the individuals after a year treatment to check the improvement maintenance or HCIRO recurrence. Casuistry and Method: There were selected 12 individuals, bearer of HCIRO, and these were submitted to a clinical evaluation through photographies and to histological evaluation before and after LPAE application for HCIRO treatment. Biopsies were made in the lower eyelid, before and after treatment with LPAE, and in the left pre-auricular skin to compare the melanin quantity with the lower eyelid, before the treatment. The individuals were submitted to one to four sessions of LPAE application in the lower eyelid with approximately thirty day intervals between sessions. Seven independent observers (dermatologists) analysed photos of the participants lower eyelids, before and after the treatment and classified the results as better, inaltered or worse. The reproducibility of this affraisal was tested through the Kappa coefficient. The quantification of melanin, per area, before and after the treatment, was made through morphometry, with image analysis by computer (digital method). The verification of the presence or not of dermic hemossiderin was made through the Perls colouring and the cell identification, which contains melanin, was made through immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A. Results: According to seven observers, there was a clinical improvement (clearing up of the eyelid skin) statistically significant (p= 0.24) and the Kappa coefficient showed a good concordance between the observers. All of the of the individuals (100%) showed a temporary post-inflammatory hyperchromia with an average duration of six months, while 58.33% presents a transitory hypochromia, in the place of palpebral biopsies, of an average duration of seven months. The histological analysis showed absence of dermic hemossiderin in the palpebral skin, before and after the treatment. The melanin quantification, per morphometry, showed decrease of same after the treatment both in the epidermis and dermis, of statistical significance. Melanin quantity was higher in the lower eyelid (before treatment), comparing with pre-auricular skin, with significant difference statistically. Immunohistochemistry with monoclonal antibodies anti human macrophages type CD68 and monoclonal antibodies anti human melanocytes type Melan-A, characterized the macrophages as being the dermic cell which contains melanin in HCIRO, showing no dermic melanocytes. Conclusions: The melanin quantity, both in the epidermis and dermis, decreased after the treatment with LPAE in the lower eyelid. There was more melanin in the epidermis and dermis of the eyelid skin, comparing with the pre-auricular skin, with a statistically significant difference. The cells that contain melanin in the lower eyelid dermis of the individuals bearer of HCIRO, are macrophages (and not melanocytes). In the specimens examined in this study, there was absence of hemossiderin in the dermis of the lower eyelid. There was a clearing up of the lower eyelid skin after the treatment with LPAE, and the clinical follow-up after one year of treatment showed that this clearing up was maintained and no HCIRO reincidence occurred. In the meantime, a longer follow-up is necessary to evaluate a later possible reincidence of the palpebral pigmentation.

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