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Vendedores de estrelas: a existência de outras galáxias pela mídia de massa norte-americana na década de 20

Andrade, Victoria Florio Pires de 24 August 2017 (has links)
Submitted by Victoria Andrade (victoriaflorioandrade@gmail.com) on 2017-11-19T22:54:29Z No. of bitstreams: 1 Vendedores de estrelas_VictoriaFlorio.pdf: 8270067 bytes, checksum: 2385f6495ecdbb97eae6f6ddfb27929d (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2017-12-06T20:26:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Vendedores de estrelas_VictoriaFlorio.pdf: 8270067 bytes, checksum: 2385f6495ecdbb97eae6f6ddfb27929d (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-06T20:26:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vendedores de estrelas_VictoriaFlorio.pdf: 8270067 bytes, checksum: 2385f6495ecdbb97eae6f6ddfb27929d (MD5) / Conselho de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Nesta tese damos uma contribuição original sobre como a controvérsia a respeito do tamanho do Universo e existência de outras galáxias além da Via Láctea – entre os astrônomos norte-americanos Harlow Shapley e Heber Doust Curtis – foi apropriada por revistas de jornalismo científico e pela literatura de ficção científica de revista ao longo da década de 1920, nos Estados Unidos. Avaliamos como a recepção desses assuntos reverberou em meio à comunidade de astrônomos que se dedicaram a divulgação da astronomia, naquela época. A repercussão na imprensa e na literatura de ficção científica representava uma lacuna sobre o episódio bem conhecido dos historiadores da astronomia – o Grande Debate – em que Shapley e Curtis discutiram o tamanho do Universo, durante o encontro da Academia Nacional de Ciências, realizado em abril de 1920, Washington D.C.. A década de 1920, nos Estados Unidos, no âmbito de transformações da imprensa, foi marcada pela cultura de vendas, por transformações no discurso do jornalismo científico, por uma tensão entre as imagens públicas de ciência e de literatura e pelo surgimento da literatura de ficção científica de revista. Nossas fontes são revistas de jornalismo, dentre elas a Popular Science Magazine, e de ficção científica, Amazing Stories editada por Hugo Gernsback, a partir de 1926. Nas matérias de jornalismo e nas histórias de ficção, o discurso científico reapareceu transformado pelas metáforas e pela imaginação. A questão da existência de outras galáxias foi abordada em meio a viagens espaciais e vida em outros mundos. As imagens e expectativas sobre o futuro, as limitações dos telescópios para o desenvolvimento da astronomia, e a educação em ciência para a democracia são temas que as revistas de jornalismo científico e de literatura de ficção científica discutiram, compartilharam e venderam. Os interesses do novo mercado editorial em educar o público sobre temas científicos; o ímpeto de transformar notícias sobre ciência em produto; o sucesso das histórias com o público e referências da cultura de vendas reverberaram sobre o discurso e a postura de “personalidades” da divulgação de astronomia, como Harlow Shapley. / The episode once called “The Great Debate” is well-known among historians, but its reception on popular science and science fiction literature remained unstudied. In this work we explore this neglected aspect of the debate held by the National Academy of Sciences, in Washington, DC., April, 1920, among American astronomers Harlow Shapley and Heber Curtis, giving an original contribution to the understanding of the influence of astronomy in the formation of a science culture, in the 1920’s America. Later developments of the controversy on the size of the Milky Way and existence of other galaxies was redefined our understanding on the structure of the Milky Way and the Universe. During the early 20th century, America’s editorial market flourished. New science magazines and the new literary genre of pulp science fiction led both journalists and authors to specialization. Metaphors were used with the purpose of making science a more palatable subject to the general public. We explore the reception of the debate in science journalism magazines, such as Popular Science, and in pulp science fiction magazines, such as Amazing Stories (1926). Both science journalism and science fiction magazines discussed prognostics of society, science and democracy, telescopes, and discussed the limits of the Universe through interstellar travel and extraterrestrial life debate, which influenced future personalities in popular science like Harlow Shapley.

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