Spelling suggestions: "subject:"distory off health anda disease"" "subject:"distory off health ando disease""
1 |
Eternos órfãos da saúde - medicina, política e construção da lepra em Goiás (1830-1962) / Eternels orphelins de la santé - médecine, politique et construction de la lèpre dans l’eat de Goiás (1830-1962)Silva, Leicy Francisca da 23 August 2013 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2014-10-29T19:48:36Z
No. of bitstreams: 2
Tese - Leicy Francisca da SIlva- 2013.pdf: 3644858 bytes, checksum: 3c60e5e4afa9cb68c9701c6fb8d2e236 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-10-30T10:01:54Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Tese - Leicy Francisca da SIlva- 2013.pdf: 3644858 bytes, checksum: 3c60e5e4afa9cb68c9701c6fb8d2e236 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-30T10:01:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Tese - Leicy Francisca da SIlva- 2013.pdf: 3644858 bytes, checksum: 3c60e5e4afa9cb68c9701c6fb8d2e236 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Previous issue date: 2013-08-23 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Le principal objectif de cette thèse est d’analyser le processus de construction de
la lèpre dans l’Etat de Goiás, au Brésil. Pour ce faire, on a cherché, par l’analyse des discours
médicaux et politiques produits pendant la période comprise entre 1830 et 1962, à observer
les transformations de la façon de penser et d’exprimer le problème, et les éléments relatifs au
pouvoir et au savoir qui construisent la maladie comme problème médico-politique. Les
principaux documents utilisés dans cette analyse se composent de rapports médicaux, de
revues médicales de Goiás, de rapports gouvernementaux des Provinces/Etats, et de journaux
locaux. L’hypothèse défendue est que la manière de concevoir la maladie analysée s’est
transformée à Goiás dans les années 1920. La morphée, qui était vue, au XIXe siècle, comme
possiblement curable et dont les malades coexistaient avec les sains dans les espaces urbains,
a donné place à la lèpre, maladie contagieuse qui se propage sur les espaces pauvres et “sans
civilisation” de l’Etat, et qui exigeait que des actions soient entreprises pour la contenir. Cette
transformation a lieu dans un contexte de croissance de l’intérêt porté à l’espace de l’intérieur
du Brésil et à un moment de dispute discursive au sujet du transfert de la capitale fédérale de
Rio de Janeiro à Goiás. Les discours construits autour de cette question présentaient un espace
et une population caractérisés par la maladie et par l’absence du pouvoir public. Ainsi, les
gouvernements, sans moyens d’assumer la politique sanitaire d’assistance médicale aux
malades dans les années 1920 et 1930, laissent ce rôle aux institutions philanthropiques ; alors
qu’à la fin des années 1930 et pendant les années 1940, l’Etat se l’approprie et centralise la
politique de prophylaxie qu’il rapproche fortement du projet de construction de la nouvelle
capitale de l’Etat de Goiás. Pour les médecins, la lutte pour l’hégémonie sur le problème sert
de mot d’ordre pour le renforcement de la classe et pour sa projection sur la scène politique,
dans le cadre de la défense du progrès régional. / This thesis aims at analyzing the process of construction of Leprosy in the Goiás.
It seeks to observe the changes referring to the ways of thinking and of expressing the
problem, as well as the factors related to power and knowledge, which constructs a disease as
a medical-political problem, through the analyzes of the medical and political discourses
produced over the period between 1830-1962. The main documents used for the analysis were
the reports of general practicioners, medical magazines from Goiás, reports from the local and
state government and local newspapers as well. The hypothesis is that in Goiás, in the 1920’s,
there was a change in the way the disease was conceived. The morphea, which in the
nineteenth century, was seen as a possibly curable disease and whose patients lived in urban
areas together with the healthy individuous, gave place to leprosy, a contagious disease, that
spread over the poor and uncivilization areas, which demanded state measures in order to
control it. This change becomes contextualized in the increased interest in the countryside of
Brazil and in the discursive dispute with respect to moving the Federal capital to Goiás. The
discourse constructed around of this issue represents a space and a population characterized
by the disease and the absence of the State power. Thus, the government, without conditions
to undertake the sanitary policy for patients ‘medical care, in the 1920’s and in the 1930’s,
allowed the phylantropic institutions to take care of it, though it was later taken over by the
State at the end of the 1930’s and the 1940’s, which centralized the prophylaxis policy and
strongly relates to the construction project of the new State capital. For the doctors, the
struggle for hegemony over the issue serves as a motto for the strengthening of the class and
their projections in the field of politics, in the defence of regional progress. / Esta tese tem como objetivo principal analisar o processo de construção da lepra
em Goiás. Para tanto, busca, por meio das análises dos discursos médicos e políticos
produzidos no período entre 1830 a 1962, observar as transformações referentes ao modo de
pensar e expressar o problema e os elementos relativos ao poder e ao saber que constroem a
doença como problema médico-político. Os principais documentos utilizados nessa análise
são os relatórios de médicos-viajantes, revistas médicas goianas, relatórios dos governos
provinciais/estaduais e jornais locais. A hipótese defendida é que ocorre em Goiás, na década
de 1920, uma transformação na forma de conceber a doença. A morfeia, que no século XIX
era vista como possivelmente curável e cujos doentes conviviam nos espaços urbanos com os
sadios, dá lugar à lepra, uma doença contagiosa, que se expandia pelos espaços pobres e “sem
civilização”, e que exigia ações do Estado para sua contenção. Esta transformação se faz
contextualizada no aumento do interesse pelo espaço do interior do Brasil e na disputa
discursiva com respeito à mudança da capital federal para Goiás. Os discursos construídos em
torno desta questão apresentam um espaço e uma população caracterizados pela doença e pela
ausência do poder público. Assim, os governos, sem condições para assumir a política
sanitária de assistência médica aos doentes, nas décadas de 1920 e 1930, deixam esse papel
para as instituições filantrópicas, sendo que no final da década de 1930 e na década de 1940
ele é apropriado pelo Estado, que centraliza a política de profilaxia e a relaciona fortemente
com o projeto de construção da nova capital estadual. Para os médicos, a luta pela hegemonia
sobre o problema serve como mote para o fortalecimento da classe e para sua projeção no
campo da política, na defesa do progresso regional.
|
Page generated in 0.105 seconds