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A caça de subsistência na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus e na terra indígena Lago Ayapuá, Amazônia Central, BrasilTerra, Adriana Kulaif 26 November 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-11-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / I interviewed individually, between February and June of 2007, 59 caboclos hunters from
eight communities in the Piagaçu-Purus Sustainable Development Reserve (PP-SDR) and
13 Mura hunters from five communities in the Terra Indígena Lago Ayapuá, about the
patterns of subsistence hunting in terra firme and flooded forests (várzea) along lower
Purus river, Amazonas State. In this region, at least 59 species of vertebrates were hunted
by caboclos and indigenous groups, and the patterns of hunting of these human groups
were similar. Mammals were the most important game vertebrate class more important for
hunters of terra firme communities, followed by birds and reptiles. In várzea communities,
no significant differences were observed between hunting of mammals and birds, both of
which were hunted more than reptiles. Large-bodied mammals and birds were the most
hunted game species. Tayassu pecari (White-lipped peccary) was the most hunted species
in terra firme and Cairina moschata (Muscovy duck) in várzea. Restrictions to the fauna
consumption was more common in indigenous than caboclos communities. Xenarthra were
the vertebrate group most rejected by indigenous groups and primates and carnivores by
caboclos. Hunting was done using four basic strategies. Walking through the forest with
shotguns was the most frequently used strategy, followed by hunting with dogs. Aside
from the subsistence hunting by local people, is common in this region, the sport-hunting
of aquatic birds is practiced by people from nearby cities. The communities presented
distinct hunting territories which sometimes overlapped. The size of hunting territories was
highly correlated to the number of inhabitants of the community. / Entrevistei individualmente, entre fevereiro e junho de 2006, 59 caçadores caboclos de oito
comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (RDS-PP) e 13
caçadores Mura de cinco comunidades da Terra Indígena Lago Ayapuá, sobre os padrões
de caça de subsistência praticadas por estes grupos humanos na terra firme e na várzea no
baixo Rio Purus, no Estado do Amazonas. Na região, no mínimo 59 espécies de
vertebrados foram caçados pelos caboclos e indígenas, sendo o padrão de caça destes
grupos humanos similar. Os mamíferos foram a classe de vertebrados mais caçados na
terra firme, seguidos das aves e dos répteis. Na várzea, não foram encontradas diferenças
significativas entre a freqüência de caça de mamíferos e de aves, onde também foram mais
caçados do que os répteis. Mamíferos e aves de médio e grande porte foram as espécies
mais caçadas, sendo Tayassu pecari (queixada) mais freqüentemente caçado na terra firme
e Cairina moschata (pato-do-mato) na várzea. Restrições ao consumo de fauna foram mais
freqüentes nas comunidades indígenas, sendo os xenartros o grupo mais rejeitado por
indígenas e os primatas e os carnívoros por caboclos. As caçadas foram realizadas com uso
de quatro técnicas, sendo as caçadas a pé e com uso de espingardas as mais freqüentemente
utilizadas, seguida pelas caçadas com uso de cachorros. Além da caça de subsistência
praticada pela população local, é freqüente na região a caça esportiva de aves aquáticas
realizada por pessoas vindas de cidades próximas. As comunidades apresentaram áreas de
caça distintas, ainda que existam algumas sobreposições. O tamanho da área de caça foi
altamente correlacionado ao número de habitantes das comunidades.
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